Resumos Apresentados I COUFPA - Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial

Modalidade: Revisão de Literatura

320723 – COMPLICAÇÕES NA REMODELAÇÃO DAS VIAS AÉREAS PÓS CIRURGICA ORTOGNÁTICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Giovanni Lucas de Oliveira Antunes Lima, Larissa Emille Pinto e Pinto, Antonio Victor Silva Damacena, Taís Araújo Rios Moreira, Kamilly de Lourdes Ramalho Frazão.

A cirurgia ortognática é realizada para corrigir deformidades faciais, principalmente relacionadas à maloclusões, visando melhorar principalmente a função mastigatória, porém, há casos que ocorrem complicações pós-operatórias que causam danos as vias aéreas. Logo, o objetivo desse estudo foi investigar as complicações na remodelação das vias aéreas após a cirurgia ortognática, e suas consequências clínicas. A pesquisa foi realizada nas bases de dados PUBMED e LILACS. Foram utilizadas as palavras-chave: “Postoperative Complications”; “Orthognathic surgery”; “Airway Management”. Os estudos selecionados foram em língua inglesa, publicados entre 2019 e 2023. Como resultado, a principal complicação das vias aéreas após a cirurgia ortognática é a obstrução ou redução do espaço aéreo superior. Isso ocorre devido às alterações na estrutura óssea da face durante a cirurgia, que podem afetar a anatomia dessas vias. A movimentação anterior e posterior dos maxilares, pode resultar em elevação ou lesão da mucosa nasal, diminuindo o espaço disponível para o fluxo de ar. Ainda, o alargamento e o desvio do nariz também são observados após procedimentos corretivos. Outra complicação importante é a alteração volumétrica na faringe, afetando o tamanho e a forma da mesma. Essas complicações não são comumente recorrentes, porém quando presentes, podem causar sintomas como ronco, apneia do sono e dificuldades respiratórias. Nesse sentido, a apneia obstrutiva do sono em idade avançada requer monitoramento pós-operatório consistente, sendo esses os pacientes mais críticos diante dessas complicações. Portanto, é importante que os cirurgiões bucomaxilofaciais tenham conhecimento dos tipos, causas e tratamento das complicações das vias aéreas superiores e devem fornecer essas informações aos pacientes que as desenvolvem, não obstante, devem realizar a técnica com precisão para evitar que tais alterações comprometam a qualidade de vida dos pacientes.

Palavras-chave: Complicações Pós-Operatórias. Cirurgia Ortognática. Manuseio das Vias Aéreas.

319983 – OS PRINCIPAIS TRAUMAS BUCOMAXILOFACIAIS ASSOCIADOS A MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: REVISÃO DE LITERATURA. Amanda Dionísia Sousa Araújo, Gabriel Martins Lima, Geovanni Pereira Mitre e Breno Bittencourt Pessoa da Silva.

O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão de literatura a respeito dos principais traumas bucomaxilofaciais decorrentes da violência doméstica. Para esta finalidade, realizou-se uma busca nas bases de dados LILACS, GOOGLE ACADÊMICO, SCIELO, utilizando-se os descritores traumatismos faciais, cirurgiões bucomaxilofaciais, violência doméstica, face e violência contra a mulher. Optou-se por incluir produções científicas que abordem traumas relacionados a violência contra a mulher na área da odontologia, publicados no período de 2010 a 2023. De acordo os dados obtidos, na maior parte dos casos de violência relatados, o responsável pelo crime era o marido ou companheiro da vítima, ocorrendo algum traumatismo facial em 63% das ocorrências. Lesões em tecidos moles foram as mais frequentes, como abrasões, contusões, equimose e escoriações, com localização mais frequente no terço inferior da face. Em relação às fraturas, quando ocorrem, localizam-se mais comumente na região de mandíbulas, com e sem envolvimento de fraturas dentárias de coroa e raiz associadas. Tais lesões geram nas vítimas consequências como a incapacidade de falar, engolir, ver e respirar, além de repercussões psicossociais. Adicionalmente, os principais fatores associados a essa violência foram os socioeconômicos, demográficos e psicoafetivos, acontecendo majoritariamente na faixa etária de 20 e 39 anos. Conclui-se que a maior prevalência de violência doméstica física são lesões em tecidos moles no terço inferior da face, que podem envolver alguns casos a fratura mandibular e/ou dentárias associadas. Tais informações de caracterização são de extrema relevância para abordagem clínica-odontológica desses casos.

Palavras-chaves: Cirurgia Maxilofacial, Traumatismos Faciais; Violência Doméstica, Violência Contra a Mulher.

320340 – A IMPLEMENTAÇÃO DE PLASMA RICO EM PLAQUETAS PARA O TRATAMENTO DA OSTEOARTRITE DA ATM: REVISÃO DE LITERATURA. Rodrigo Cardim Dos Santos, Gessé Antonio Da Silva Conde, Lorena Maria De Souza Da Silva, Thais Da Silva Fonseca, Douglas Fabrício Da Silva Farias, Hudson Padilha Marques Da Silva.

Esse estudo tem como intuito abordar a utilização do plasma rico em plaquetas (PRP) intra-articular no tratamento da osteoartrite na articulação temporomandibular. Elucidando suas indicações e os resultados mais relevantes encontrados na literatura.Esta revisão de literatura foi realizada através da análise de artigos em idioma inglês pelos bancos de dados virtuais Pubmed e Science Direct utilizando os descritores: “Osteoarthritis”, “Platelet Rich Plasma”, “Temporomandibular joint”, sendo selecionados artigos que se encaixam aos requisitos de inclusão, estando entre os períodos históricos de 2020 a 2023. A degeneração articular causada pela osteoartrite promove defeitos ósseos e cartilaginosos que são causados por trauma, predisposição genética e pela presença de mediadores inflamatórios, diminuindo, assim, a capacidade de regeneração tecidual no local. As características clínicas apresentadas nas articulações temporomandibulares com osteoartrite são a presença de artralgia, estalidos e da diminuição na abertura bucal. Consequentemente, promove um agravamento do mau funcionamento fisiológico do sistema estomatognático. Um dos tratamentos clínicos de alta relevância é a biosuplementação articular através do uso de plasma rico em plaqueta (PRP) que é uma concentração de plaquetas em um pequeno volume de plasma, que contém fatores de crescimento que auxiliam na remodelação e reparação tecidual que foram expostos a degeneração. A utilização do PRP para o tratamento da osteoartrite vem demonstrando uma diminuição da dor e dos sons articulares, e, consequentemente, promovendo uma melhor função mastigatória.

Palavras-Chaves: Osteoarthritis; Platelet Rich Plasma; Temporomandibular joint

316511 – DEFORMIDADES DENTOFACIAIS E OS IMPACTOS GERADOS NA QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES: REVISÃO DE LITERATURA. Petrus Moraes Almeida, Lorena Maria De Souza Da Silva, Iago Martins Da Silva, Hudson Padilha Marques Da Silva, Victor Matheus Chaves Albuquerque e Douglas Fabrício Da Silva Farias.

Esse estudo tem como intuito avaliar o impacto da cirurgia ortognática na qualidade de vida de pacientes com deformidade dentofacial. Esta revisão de literatura foi realizada através da análise de artigos em idioma inglês pelos bancos de dados virtuais Pubmed e Science Direct utilizando os descritores “Quality of Life”; “Dentofacial Deformity”; “Orthognathic Surgery”, sendo selecionados 4 artigos que se encaixam aos requisitos de inclusão, estando entre os períodos históricos de 2018 a 2023. Em 1995, a organização mundial da saúde definiu qualidade de vida como a “percepção do indivíduo de sua inserção na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. Assim, a condição física e estado psicológico estão fundamentalmente ligados e afetam substancialmente a qualidade de vida de uma pessoa com deformidade dentofacial, apresentam uma série de sintomas, incluindo dificuldade de mastigação, deglutição, respiração, fonação e estética facial. Tudo isso contribui para uma desvantagem para o indivíduo, resultando na diminuição do bem-estar e, consequentemente, de todo o espectro da qualidade de vida. É importante medir o impacto das deformidades e seus respectivos tratamentos na saúde dos pacientes com instrumentos confiáveis e sensíveis. Mas sempre preservando a particularidade de cada indivíduo e buscando compreender e adaptar as abordagens de acordo com o contexto cultural em qual está inserido. Conclui-se que cada paciente possui suas motivações e expectativas diferentes em relação ao tratamento, seja eles por aspectos funcionais, estéticos e psicossociais. Sendo o impacto gerado pela cirurgia ortognática extremamente positivo na qualidade de vida de pacientes com deformidade dentofacial.

Palavras-chave: Dentofacial Deformities; Quality of Life; Orthognathic Surgery.

Modalidade: Relato de caso

320711 – REDUÇÃO INCRUENTA IMEDIATA DE FRATURA DE ARCO ZIGOMÁTICO GUIADA POR IMAGEM INTRAOPERATÓRIA: RELATO DE CASO. Carlos Eduardo Belfort de Araújo Gondim, Lorena Maria de Souza da Silva, Thais da Silva Fonseca, Douglas Fabricio da Silva Farias e Diego Melo Lima.

Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de tratamento de fratura de arco zigomático guiada por imagem transoperatória. Paciente do sexo feminino, 32 anos, deu entrada ao pronto atendimento de um hospital referência em trauma no estado do Pará, apresentando trauma em face às custas de acidente automobilístico. Clinicamente apresentava abrasões, edema em hemiface esquerda, afundamento em região pré-auricular e limitação de abertura bucal. Ao exame tomográfico apresentava fratura do arco zigomático esquerdo em dois segmentos, com deslocamento medial. A paciente foi submetida ao procedimento cirúrgico em caráter de urgência sob sedação endovenosa para o tratamento incruento da fratura. Foi realizado a abordagem de Keen pelo vestíbulo maxilar posterior ipsilateral, para a manipulação da fratura com um instrumento rombo pela fossa infratemporal. Um intensificador de imagem denominado “Arco cirúrgico em C” foi utilizado no transcirúrgico, fornecendo imagens radiográficas dinâmicas em tempo real, guiando a posição adequada da fratura com precisão. Após a redução da fratura, esta foi estabilizada com tala de madeira sobre a pele, a qual foi suturada em volta do osso fraturado, permanecendo durante 02 semanas. Atualmente a paciente encontra-se em acompanhamento pós-operatório, apresentando melhora significativa na simetria facial, com abertura bucal satisfatória e funções restabelecidas. Tecnologias mais avançadas como sistemas de navegação transoperatória são primorosas, porém pouco acessíveis. A redução guiada pelo braço C proporcionou uma oportunidade para confirmar instantaneamente a acurácia da redução óssea.

Palavras-chave: Arco zigomático. Cirurgia Maxilofacial. Intensificação de Imagem Radiográfica. Redução Fechada de Fratura.

320378 – ABORDAGEM CIRÚRGICA EM PACIENTE PORTADOR DE DISOSTOSE CLEIDOCRANIANA: RELATO DE CASO. Lucas Pinto Ferreira e Priscila Flores Silva Gonçalves.

A disostose cleidocraniana foi descrita pela primeira vez em 1765, porém, 1946 essa patologia genética foi constatada que se tratava de uma herança autossômica dominante, onde em alguns casos fatores externos durante o período fetal influenciam mutações no gene CBA1, situado no cromossomo 6p21, responsáveis pela transformação de células tronco mesenquimais em osteoblastos. Clavículas hipoplásicas ou aplásicas, atraso ou fechamento tardio das suturas cranianas, baixa estatura, anomalias dentárias. O paciente com disostose cleidocraniana precisa de uma equipe de múltiplas especialidades visando seu diagnostico ao tratamento. O objetivo deste trabalho é relatar uma abordagem cirúrgica em paciente portador de disostose cleidocraniana e seu manejo cirúrgico visando o seu tratamento. Paciente M.C.R.S; gênero feminino, 20 anos, natural de Recife, apresentou-se ao ambulatório de cirurgia Bucomaxilofacial, via encaminhamento, para avaliação de retenções dos dentes decíduos e múltiplos dentes impactados, a paciente apresentava hipertelorismo, baixa estatura, distância intercantal e base nasal aumentada, foi solicitada a paciente a tentativa de união dos ombros, onde a aproximação foi positiva em direção a linha média do corpo, a paciente foi encaminhada para outra unidade especializada em síndromes genéticas e foi constatado o diagnóstico de disostose cleidocraniana. Após radiográfica panorâmica foi observado vinte e três dentes inclusos, onde, catorze fazem parte da dentição permanente e nove são dentes supranumerários, após isso, foi feita a exodontia dos dentes supranumerários e optou-se juntamente com cirurgião-dentista especialista em ortodontia o tracionamento dos dentes permanentes. Como as manifestações bucais e faciais são marcantes, o cirurgião-dentista talvez seja o primeiro a detectá-las, devendo, portanto, referenciar o paciente para o tratamento mais adequado, cabendo ao profissional preconizar o melhor para o paciente visando à sua estética e funcionalidade.

Palavras-chave: Displasia Cleidocraniana, Deformidade congênita, Exodontia

320337 – MANEJO CIRÚRGICO DE INFECÇÃO ODONTOGÊNICA EM CAVIDADE ORAL: RELATO DE CASO. Rodrigo Cardim Dos Santos, Lorena Maria De Souza Da Silva, Thais Da Silva Fonseca, Hudson Padilha Marques Da Silva, Douglas Fabrício Da Silva Farias e Diego Melo Lima.

Este trabalho tem como objetivo relatar a abordagem cirúrgica de uma infecção odontogênica sob anestesia local. Paciente pediátrica do sexo feminino, 11 anos, compareceu no ambulatório de Cirurgia Buco-maxilo facial do Hospital Universitário João de Barros Barreto acompanhada de sua genitora, apresentando inchaço em face com evolução de aproximadamente 30 dias. Clinicamente apresentava aumento de volume em região bucal e no vestíbulo mandibular posterior no lado direito, flutuante, com sensibilidade à palpação, alegando trismo e quadro febril nos últimos 04 dias. Ao exame intraoral o elemento 46 se mostrava com comprometimento carioso na face distal. A responsável relatou administração intramuscular de Penicilina G, evoluindo com discreta melhora do quadro, onde negou episódios de disfagia e dispneia. A paciente foi submetida ao procedimento cirúrgico imediato sob anestesia local para o tratamento do sítio infectado. Foram realizadas as exodontias dos elementos 45 e 46 para eliminar o foco da infecção, sendo que o dente 45 as custas do elevado grau de mobilidade. Por conseguinte, foi executado uma incisão no vestíbulo bucal ipsilateral na região posterior da mandíbula, seguido da drenagem do conteúdo purulento por ordenha mecânica e divulsão das lojas com uma pinça Kelly. Foi instalado um dreno de penrose, que foi suturado no vestíbulo oral, onde permaneceu durante 72 horas. Foi mantido antibioticoterapia com Amoxicilina + Clavulanato de Potássio e Metronidazol durante 07 dias. Atualmente a paciente encontra-se em bom estado geral, com melhora do quadro infeccioso, cicatrização satisfatória e restauração das funções orais. O protocolo de tratamento mais comum para as infecções odontogênicas é a remoção da causa, através de exodontias ou tratamento endodôntico, seguida de drenagem da secreção purulenta e terapia antibiótica adjuvante. Portanto, o rápido reconhecimento e tratamento correto das infecções de cabeça e pescoço são essenciais para um melhor prognóstico.

Palavras-chave: Antibacterianos; Cárie Dentária; Cirurgia Bucal; Infecção Focal Dentária; Supuração.

319686 – LESÃO CENTRAL DE CÉLULAS GIGANTES: RELATO DE CASO. Luana Rafaelle Loureiro Silveira, Hudson Padilha Marques da Silva, Raphael Holanda Santos, Victor Matheus Chaves Albuquerque, Douglas Fabrício da Silva Farias e Hélder Antonio Rebelo Pontes.

Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de tratamento cirúrgico de um Tumor de Células Gigantes na maxila. Paciente do sexo masculino, 48 anos, compareceu ao ambulatório de Cirurgia Buco-maxilo-facial do Hospital Universitário João de Barros Barreto para avaliação de aumento de volume em cavidade oral com 09 meses de evolução. Clinicamente apresentava lesão em rebordo alveolar maxilar esquerdo, séssil, fixa, ulcerada, de consistência fibrosa, sangrante e indolor à palpação. Ao exame de radiografia panorâmica evidenciou-se área radiolúcida com aspecto de reabsorção óssea na região paramediana na infraestrutura da maxila à esquerda. Após a biópsia incisional e análise histopatológica, foi definido o diagnóstico de Lesão Central de Células Gigantes. O paciente foi submetido ao procedimento cirúrgico sob anestesia geral para exérese do tumor. O acesso de Newmann modificado se mostrou essencial para exposição adequada dos limites da condição patológica. Foi realizada a enucleação e curetagem da lesão, assim como a osteotomia periférica local como manejo adjuvante para diminuição dos índices de recidiva. Atualmente o paciente encontra-se em acompanhamento pós-operatório de 03 meses, apresentando cicatrização satisfatória, ausência de infecção e sem sinais de recorrência. Critérios podem ser utilizados para classificar o comportamento biológico da lesão como agressiva ou não agressiva: dor, velocidade de crescimento, tamanho, reabsorção radicular, perfuração de cortical óssea e recidivas. No presente caso, o tumor se mostrou como não agressivo pelo caráter de crescimento lento e assintomático. O tratamento pode variar desde um tratamento conservador com infiltrações intralesionais até a abordagem cirúrgica pela ressecção total da lesão. Portanto, cada caso deve ser individualizado para a adequada proposta terapêutica.

Palavras-chave: Cirurgia Maxilofacial; Neoplasias Maxilares; Patologia Bucal; Tumores de Células Gigantes.

319686 – LESÃO CENTRAL DE CÉLULAS GIGANTES: RELATO DE CASO. Luana Rafaelle Loureiro Silveira, Hudson Padilha Marques da Silva, Raphael Holanda Santos, Victor Matheus Chaves Albuquerque, Douglas Fabrício da Silva Farias e Hélder Antonio Rebelo Pontes.

Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de tratamento cirúrgico de um Tumor de Células Gigantes na maxila. Paciente do sexo masculino, 48 anos, compareceu ao ambulatório de Cirurgia Buco-maxilo-facial do Hospital Universitário João de Barros Barreto para avaliação de aumento de volume em cavidade oral com 09 meses de evolução. Clinicamente apresentava lesão em rebordo alveolar maxilar esquerdo, séssil, fixa, ulcerada, de consistência fibrosa, sangrante e indolor à palpação. Ao exame de radiografia panorâmica evidenciou-se área radiolúcida com aspecto de reabsorção óssea na região paramediana na infraestrutura da maxila à esquerda. Após a biópsia incisional e análise histopatológica, foi definido o diagnóstico de Lesão Central de Células Gigantes. O paciente foi submetido ao procedimento cirúrgico sob anestesia geral para exérese do tumor. O acesso de Newmann modificado se mostrou essencial para exposição adequada dos limites da condição patológica. Foi realizada a enucleação e curetagem da lesão, assim como a osteotomia periférica local como manejo adjuvante para diminuição dos índices de recidiva. Atualmente o paciente encontra-se em acompanhamento pós-operatório de 03 meses, apresentando cicatrização satisfatória, ausência de infecção e sem sinais de recorrência. Critérios podem ser utilizados para classificar o comportamento biológico da lesão como agressiva ou não agressiva: dor, velocidade de crescimento, tamanho, reabsorção radicular, perfuração de cortical óssea e recidivas. No presente caso, o tumor se mostrou como não agressivo pelo caráter de crescimento lento e assintomático. O tratamento pode variar desde um tratamento conservador com infiltrações intralesionais até a abordagem cirúrgica pela ressecção total da lesão. Portanto, cada caso deve ser individualizado para a adequada proposta terapêutica.

Palavras-chave: Cirurgia Maxilofacial; Neoplasias Maxilares; Patologia Bucal; Tumores de Células Gigantes.

316683 – ODONTOMA COMPOSTO EM REGIÃO ANTERIOR DE MAXILA: RELATO DE CASO EM PACIENTE PEDIATRICO. Rianne Santos Araújo, Thais da Silva Fonseca, Francisco Antonio de Jesus Costa Silva, Raphael Holanda Santos, Diogo Vasconcelos Macedo e Helder Antonio Rebelo Pontes.

Odontoma é um tumor odontogênico que possui origem a partir de epitélio e do ectomesenquima odontogênico, podendo ser subdividido em dois tipos: o odontoma composto, formado por estruturas organizadas de forma semelhante aos dentes e o complexo, que se caracteriza por apresentar os tecidos dentais, porém de forma desorganizada, não remetendo à estrutura dental; há raros casos em que podem ser encontradas características de ambos, composto e complexo. Clinicamente, esta lesão é comumente identificada durante as primeiras décadas de vida, sendo assintomático, apresentando crescimento lento e geralmente identificado com exames de imagem de rotina. O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de odontoma composto complexo em região anterior de maxila esquerda. Paciente pediátrica M.S.R.M., do gênero feminino, 06 anos, leucoderma, foi encaminhada por uma unidade básica de saúde ao ambulatório de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial do Hospital Universitário João de Barros Barreto, queixando-se de aumento de volume em região maxilar. Em avaliação clínica, foi possível observar aumento de volume em região anterior de maxila esquerda, endurecido, bem delimitado e indolor. Ao exame tomográfico, observou-se pontos hiperdensos com formação semelhante a vários dentes irregulares. Os aspectos clínicos e radiográficos foram fundamentais e suficientes para o diagnóstico. O tratamento realizado foi excisão total da lesão, associado a osteoplastia local sob anestesia geral, sendo o prognostico favorável. Deste modo, conclui-se que a partir de um diagnostico empregado com a semiotecnica correta, o tratamento do odontoma composto, mostra-se efetivo e com pequenas chances de recidiva.

Palavras-chave: Odontoma; Maxila; Neoplasia.

TRATAMENTO DE SEQUELA DE FRATURA DO COMPLECO ZIGOMÁTICO ORBITÁRIO: RELATO DE CASO. Jerson Pinto Da Trindade, Lorena Maria De Souza Da Silva, Isabela Barroso Silva, Hudson Padilha Marques Da Silva, Douglas Fabrício Da Silva Farias e Diego Melo Lima.

O presente trabalho tem como objetivo relatar a abordagem cirúrgica de um paciente com sequela de fratura em face. Paciente do sexo masculino, 39 anos, encaminhado ao ambulatório de Cirurgia Buco-maxilo-facial do Hospital Universitário João de Barros Barreto para avaliação de trauma em face. Relatou que foi vítima de acidente náutico em um intervalo de 10 dias previamente à consulta. Ao exame clínico apresentava aplainamento malar, blefaroequimose, hiposfagma, abrasão e discreto edema periorbitário no lado direito. Ao exame tomográfico foi observado a presença de fratura com deslocamento posteromedial do complexo orbito-zigomático-maxilar direito. O paciente foi submetido ao procedimento cirúrgico eletivo sob anestesia geral para o tratamento definitivo. Foram realizados os acessos faciais superciliar supra-orbital, subciliar e vestibular maxilar para abordagem dos pilares deslocados. Em virtude do tempo de trauma, houve a necessidade de cinzelar os pilares fraturados para o reposicionamento do complexo. Após a redução e estabilização deste, os pilares foram fixados com placas e parafusos do sistema de fixação 2.0. Foram realizadas manobras de hemostasia e a ressuspensão dos tecidos moles associada a síntese dos acessos em seus planos anatômicos. Por motivos de inacessibilidade, o paciente foi operado tardiamente em um intervalo de 02 meses pós-trauma, quando a fratura se encontrava em processo de consolidação. A principal queixa do paciente era estética e funcional, onde ele ainda apresentava assimetria facial e limitação de abertura bucal. Atualmente o paciente encontra-se em acompanhamento pós-operatório, com projeção malar e função mastigatória restabelecida. O tratamento precoce das fraturas faciais tem um maior índice de sucesso quando comparado ao tratamento tardio, pois a consolidação viciosa torna o procedimento cirúrgico mais difícil, podendo causar deformidades secundárias, resultando em sequelas estética e funcionais.

Palavras-chave: Cirurgia Maxilofacial; Fixação Interna de Fraturas; Fraturas Mal Consolidadas; Fraturas Ósseas.

316501 – TRATAMENTO CIRÚRGICO DE LIPOMA INTRAORAL: RELATO DE CASO. Karen Lemos Pinto, Lorena Maria de Souza da Silva, Thais da Silva Fonseca, Hudson Padilha Marques da Silva, Douglas Fabricio da Silva Farias e Nicolau Conte Neto.

O presente trabalho tem como objetivo relatar o manejo cirúrgico de um Lipoma no espaço bucal da cavidade oral. Paciente do sexo masculino, 54 anos, compareceu ao ambulatório de Cirurgia Buco-maxilo-facial do Hospital Universitário João de Barros Barreto, com queixa de disfunção mastigatória e aumento de volume bucal com evolução de aproximadamente 04 anos. Ao exame clínico apresentava lesão em topografia de mucosa jugal direita, única, de consistência amolecida e superfície lisa, indolor, móvel, de coloração amarelo-pálida com aspecto de tecido adiposo, medindo aproximadamente 04 centímetros em seu maior diâmetro. Ao exame de tomografia computadorizada da face em janela de tecido mole, foi observado lesão com característica de hipodensidade no espaço bucal no lado direito, medialmente ao músculo bucinador. O paciente foi submetido ao procedimento cirúrgico sob anestesia local para exérese total da condição patológica. Foi realizado uma incisão ao longo da mucosa da jugal paralela ao plano oclusal, seguido da divulsão subjacente com o plano de clivagem sobre a cápsula da lesão. Após a enucleação do tumor, foram realizadas manobras de hemostasia e a mucosa foi suturada com fio de Nylon 4.0 por primeira intenção. A peça foi direcionada ao laboratório de Patologia Bucal do mesmo hospital para análise histopatológica, onde com a associação junto aos achados clínicos recebeu o diagnóstico de Lipoma. Atualmente o paciente encontra-se em acompanhamento ambulatorial pós-operatório, com cicatrização satisfatória, ausência de infecção, sem sinais de recidiva e com restauração da função mastigatória. O Lipoma é um tumor benigno de origem mesenquimal, composto por adipócitos maduros, de crescimento lento e geralmente assintomático. É necessária cautela durante a excisão cirúrgica para evitar recorrências, especialmente com lipomas com padrão infiltrativo.

Palavras-chave: Cirurgia Bucal; Lipoma; Neoplasias Lipomatosas; Patologia Cirúrgica.

316276 - RECONSTRUÇÃO MANDIBULAR EM PACIENTE PEDIÁTRICO COM ENXERTO COSTOCONDRAL: RELATO DE CASO. Érika Nazaré Sales de Miranda Carvalho, Raquel Campos Tavares, Rodolfo José Gomes de Araújo, Victor Matheus Chaves de Albuquerque, Raphael Holanda Santos e Breno Bittencourt Pessoa da Silva.

Sabe-se que o ameloblastoma é uma neoplasia benigna de origem epitelial odontogênica, derivado do ameloblastos. Compreende cerca de 10% dos tumores da mandíbula e maxila e caracteriza-se por crescimento lento e progressivo com o paciente relatando poucos sintomas. Dessa forma, o presente trabalho tem como propósito relatar o manejo clínico e cirúrgico de uma paciente pediátrica, através dos exames clínicos e de imagens, assim como a técnica cirúrgica utilizada. Paciente, sexo feminino, 13 anos, sem comorbidades, compareceu ao serviço de cirurgia bucomaxilofacial do Hospital Barros Barreto, para avaliação após achado radiográfico solicitado por outro profissional. No exame clínico apresentava aumento de volume em região massetérica direita, de aspecto normocorado, endurecida a palpação, indolor, abertura bucal parcialmente restrita, apresentando discreta alteração oclusal. No exame de imagem notou se lesão radiolúcida estendendo-se do corpo até côndilo mandibular direito. Foi realizada biópsia incisional, sendo confirmado o diagnóstico histopatológico de ameloblastoma. O procedimento cirúrgico optado foi o de ressecção da lesão com margem de segurança e realização enxerto costocondral. Paciente encontra-se em acompanhamento ambulatorial, apresentando acessos cirúrgicos com cicatrização satisfatória, melhora na abertura bucal, oclusão estável e sem sinais de infecção do enxerto. Dessarte, portanto, é imprescindível que os profissionais da odontologia sejam habilitados e capacitados para diagnosticar essa lesão, a fim de proporcionar um tratamento adequado e sem muito desconforto para os pacientes, em especial os pediátricos que ainda estão em crescimento e necessitam de um manejo diferenciado.

Palavras-chave: Ameloblastoma; Tumores odontogênicos; Diagnostico.

316141 - RECONSTRUÇÃO DE FISSURA ALVEOLAR MAXILAR COM ENXERTO ÓSSEO: RELATO DE CASO. Lorena Maria de Souza da Silva, Hudson Padilha Marques da Silva, Douglas Fabrício da Silva Farias, Raphael Holanda Santos, Pedro Paulo Nascimento Ponciano e Celio Armando Couto da Cunha Junior.

Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de reconstrução óssea de um paciente fissurado. Paciente do sexo masculino, 22 anos, compareceu ao ambulatório de Cirurgia Buco-maxilo-facial do Hospital Universitário João de Barros Barreto em Belém-PA para avaliação de fissura maxilar. Relatou histórico de cirurgia primária para fechamento de fissura labial esquerda pré-forame durante a primeira infância e atualmente encontra-se em tratamento ortodôntico para cirurgia de enxerto ósseo alveolar secundário. Ao exame clínico apresentava defeito ósseo alveolar em região anterior da maxila no lado esquerdo. Observou se no exame de tomografia cone beam de maxila a presença do elemento 22 com microdontia isolada e um elemento supranumerário conoide na região da fenda alveolar, onde esta mostrava comunicação com a fossa nasal anterior ipsilateral. O paciente foi submetido ao procedimento cirúrgico sob anestesia geral para reconstrução do defeito ósseo, com retalho de Neumann modificado, seguido do deslocamento mucoperiosteal para acesso à fenda e cavidade nasal anterior. Foi realizado a exodontia dos elementos 22 e do supranumerário as custas do elevado grau de mobilidade. Em sequência uma membrana de colágeno reabsorvível Geistlich Bio-Gide® foi hidratada e adaptada para proteção da cavidade nasal e retenção do enxerto ósseo subsequente. Foram depositados 02 gramas de enxerto ósseo xenógeno Geistlich Bio-Oss® no sítio receptor, seguido da adaptação de uma nova membrana na região alveolar vestibular para regeneração tecidual. O retalho foi suturado por primeira intenção com fios de sutura monofilamentados de Politetrafluoretileno e Nylon 5.0. No momento o paciente encontra-se em acompanhamento pós-operatório, com cicatrização satisfatória, em finalização de tratamento ortodôntico compensatório para posterior reabilitação com implante dentário. Quando realizado na época ideal, o enxerto ósseo apresenta bons resultados e contribui na reabilitação dos pacientes fissurados.

Palavras-chave: Dente Supranumerário; Enxerto Ósseo; Fenda Palatina; Regeneração Tecidual Guiada.

315962 - FECHAMENTO DE COMUNICAÇÃO OROANTRAL COM RETALHO PALATINO ASSOCIADO A CORPO ADIPOSO DE BICHAT: RELATO DE CASO. Fernanda Carla Pantoja Quaresma, Hudson Padilha Marques da Silva, Douglas Fabrício da Silva Farias, Diego Melo Lima.

Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de tratamento de comunicação buco-sinusal tardia com retalho cirúrgico do palato e corpo adiposo bucal. Paciente do sexo masculino, 35 anos, compareceu ao ambulatório do Serviço de Cirurgia Buco-maxilo-facial do Hospital Universitário João de Barros Barreto, da Universidade Federal do Pará, com queixa de odor intraoral e regurgitação nasal. Relatou histórico de exodontia do elemento 27 há 1 mês. Clinicamente apresentava quadro de sensibilidade em face compatível com sinusopatia, quadro de disgeusia, fístula oroantral no rebordo alveolar maxilar posterior esquerdo, sem sinais flogísticos. Ao exame de imagem evidenciou-se defeito ósseo na região molar operada previamente. Foi definido a abordagem cirúrgica para o tratamento da fístula e lavagem nasal associado à administração de Amoxicilina com Clavulanato de Potássio, uma semana antes da cirurgia. O paciente foi submetido ao procedimento sob anestesia local; esse mostrou um amplo defeito alveolar em comunicação com seio maxilar. Após a fistulectomia e curetagem local, foi realizado o retalho palatino com preservação do feixe vásculo-nervoso palatino maior. O corpo adiposo de Bichat ipsilateral foi manipulado e suturado sobre a comunicação e o defeito cruento no palato, para transposição do retalho palatino sobre o rebordo alveolar. Esse último foi suturado em primeira intenção com fio de seda 3.0. O regime antibiótico foi mantido por mais uma semana, com controle anti-inflamatório e analgésico, além de manutenção do leito cirúrgico com irrigação de clorexidina 0,12%. Atualmente o paciente encontra-se em acompanhamento pós-operatório de 04 meses, com cicatrização satisfatória, ausência de infecção, sem queixas funcionais. O tratamento das comunicações oroantrais é baseado predominantemente no tempo de evolução, sinais e sintomas e tamanho do defeito, em que cada caso em particular deve ser individualizado para o manejo adequado.

Palavras chave: Cirurgia Bucal, Extração Dentária, Fístula Bucoantral, Retalhos Cirúrgicos.

319842 – TRATAMENTO CLÍNICO E CIRÚRGICO DE OSTEOMELITE MANDIBULAR EM PACIENTE PEDIÁTRICO: SÉRIE DE CASOS. Luana Rafaelle Loureiro Silveira, Francisco Antônio de Jesus Costa Silva, Hudson Padilha Marques da Silva, Douglas Fabrício da Silva Farias, Raphael Holanda Santos e Diego Melo Lima.

O objetivo deste trabalho é relatar uma série de dois casos de pacientes pediátricos diagnosticados com osteomielite em mandíbula, ressaltando a importância do diagnóstico precoce e o manejo adequado. Ambos os casos (Paciente 1 e Paciente 2) são do sexo masculino, 05 anos, apresentavam inchaço no lado direito da face associados à comprometimento carioso no dente 85. No Paciente 1, identificou-se uma fístula no rebordo alveolar vestibular associada ao dente supracitado com aumento de volume em região bucal e massetérica ipsilateral. A tomografia de face evidenciou comprometimento ósseo extenso e reação periosteal na região posterior da mandíbula no lado direito, compatível com osteomielite. Instituiu-se o procedimento cirúrgico sob anestesia geral para desbridamento mandibular, exodontia do elemento 85 e germes dentários associados. Se manteve internado para antibioticoterapia endovenosa com Clindamicina durante 03 semanas. Após 12 meses, apresentou cicatrização satisfatória, ausência de infecção, restauração da conformação mandibular e simetria facial. Paciente 2, apresentou aumento de volume em região massetérica e bucal a direita com 1 mês de evolução. Observou-se elemento 85 com destruição cariosa extensa. A tomografia de face notou-se imagem sugerindo processo osteolítico difuso de côndilo até parassínfise ipsilateral, fechando o diagnóstico de osteomielite. Foi realizada a exodontia do elemento 85 e terapia medicamentosa com AINE, analgésico e Amoxicilina com clavulanato. Após 1 mês, o mesmo evoluiu com melhoras do quadro clínico, regressão do aumento de volume, sem recidiva da infecção e sem queixas. Conclui-se que o processo carioso de ambos os casos foi determinante para instalação do quadro infeccioso, sendo necessário um correto diagnóstico para um tratamento adequado e reestabelecimento da saúde do paciente.

Palavras-chave: Osteomielite; Infecção Focal Dentária; Doenças Ósseas Infecciosas.

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