Resumos Apresentados I COUFPA - Periodontia
Modalidade: Revisão de Literatura
315631 - INTER-RELAÇÃO ENTRE DOENÇA PERIODONTAL E PACIENTES COM SÍNDROME DE DOWN: ABORDAGEM ODONTOLÓGICA. Thais Gomes Mateus, Sandiele Duarte Dias, Camila Yasmin Craveiro Sacramento, Ana Beatriz Lobato da Costa, Gabriela Marçal Moreira de Lima e Erick Nelo Pedreira.
A Síndrome de Down é uma anomalia congênita, onde há alteração no cromossomo 21, levando a uma série de alterações bucais e sistêmicas. Dentre as alterações presentes na síndrome de Down, existem estudos que comprovam uma grande evolução da doença periodontal nesse grupo de pacientes. A doença é mais suscetível a esses pacientes devido à imunossupressão e higiene bucal deficiente. Pacientes com Síndrome de Down apresentam menor quantidade de linfócitos T comparado a pacientes não sindrômicos, o que leva à baixa na imunidade desses indivíduos. O presente trabalho reporta uma revisão narrativa da literatura, com o objetivo de avaliar a relação entre doença periodontal e pacientes com Síndrome de Down. Foi realizada uma busca nas bases de dados Pubmed e Scielo, utilizando os descritores “Down Syndrome”, “Periodontitis” e “Oral Health” com a expressão booleana “and”. A combinação dos descritores, resultou em 50 estudos. Destes, 45 não preenchiam os critérios de inclusão estabelecidos, restando 5 artigos para revisão e leitura completa. A doença periodontal se manifesta em indivíduos com Síndrome de Down de maneira severa ainda em idade precoce, com uma prevalência que pode variar de 70% a 90% em pacientes acima de 30 anos de idade. A doença periodontal é biofilme dependente, entretanto, a alta prevalência desta doença em indivíduos sindrômicos não está associada apenas ao acúmulo de biofilme dentário. Os resultados indicam que indivíduos com Síndrome de Down apresentam maior prevalência e severidade da doença periodontal, decorrente do desequilíbrio entre os sistemas pro e antioxidante, levando ao desenvolvimento da doença periodontal. Foi possível concluir que pacientes com Síndrome de Down exibem grande predominância para doença periodontal e a mesma é crescente com a idade. Contudo, os pacientes que realizam o autocuidado em casa, com supervisão e visitam regularmente um dentista especializado, têm menos chance de desenvolver a doença periodontal.
Palavras-chave: Síndrome de Down, Periodontite, Saúde bucal.
316856 - INTER-RELAÇÃO ENTRE A DOENÇA PERIODONTAL E O DIABETES MELLITUS. Gabriely Everton dos Santos, Geovana Freitas Colares, Ana Cláudia Braga Amoras Alves.
A finalidade deste trabalho foi revisar a literatura atual acerca da inter-relação entre a doença periodontal e o diabetes mellitus, com o objetivo de compreender a correlação entre essas duas condições clínicas. Para o desenvolvimento da pesquisa, foi feito um levantamento bibliográfico nas bibliotecas eletrônicas PUBMED, SCIELO e Google Acadêmico, utilizando os seguintes descritores: “Saúde Bucal”, “Diabetes Mellitus” e “Doenças Periodontais”, combinados com o operador boleano AND. Após análise de títulos e resumos, 04 artigos foram selecionados para a inclusão nesta revisão. A literatura demonstra que o diabetes mellitus e a doença periodontal estabelecem uma relação bidirecional, onde uma condição influencia a outra. Existem evidências de que o diabetes mellitus pode predispor e agravar a doença periodontal, uma vez que compromete a resposta imunológica do organismo frente às infecções bucais. Por outro lado, a infecção periodontal pode impactar significativamente o controle glicêmico em indivíduos com diabetes mellitus ao longo do tempo, aumentando o risco de complicações associadas à doença diabetes. Desta forma, um tratamento efetivo do diabetes pode contribuir para o manejo da periodontite e vice-versa, uma vez que essas condições compartilham semelhanças na resposta inflamatória e afetam uma parcela significativa da população mundial. Em conclusão, a preservação da saúde periodontal pode reduzir o risco e a progressão do diabetes mellitus, ao mesmo tempo em que o tratamento periodontal pode influenciar positivamente o controle glicêmico da doença. Essa interconexão entre essas patologias destaca a importância da abordagem integrada entre profissionais da odontologia e da medicina no cuidado de pacientes afetados por ambas as condições.
Palavras-chave: Diabetes Mellitus; Doenças Periodontais; Doenças Crônicas Não Transmissíveis; Saúde Bucal.
320143 - A RELAÇÃO ENTRE DOENÇAS PERIODONTAIS E DOENÇAS SISTÊMICAS: REVISÃO DE LITERATURA. Milena Silva de Oliveira, Amujacy Tavares Vilhena, Regina Angélica de Araújo Tavares Silva.
O presente trabalho propõe uma revisão de literatura para apresentar a interação existente entre doenças periodontais e doenças sistêmicas. Para tanto, a partir de estudos científicos disponibilizados nas bases de dados Scielo e Google Acadêmico em relação a temática, foram identificados trabalhos com as temáticas de interações biológicas e o potencial de impacto na saúde de pacientes. Os achados provenientes da revisão bibliográfica demonstram que a doença periodontal – inflamação crônica associada ao acúmulo de placas bacterianas – afeta a cavidade oral, mais precisamente as regiões supra ou subgengival, causando sua inflamação e, consequentemente, a gengivite ou periodontite; podendo ainda, migrar para a corrente sanguínea e atingir órgãos e locais distantes da cavidade oral. Por sua vez, as doenças sistêmicas afetam o corpo como um todo, podendo ocasionar potencial agravo em doenças respiratórias, Diabetes Millitus, doenças cardiovasculares, complicações em pacientes obesos, e até mesmo complicações na gravidez. Neste sentido, as literaturas analisadas associaram as doenças periodontais a um maior risco de agravos e o desenvolvimento de doenças sistêmicas, tendo como elo em comum o processo de inflamatório. Destarte, existe uma estreita relação entre estas doenças, fazendo crer que as doenças periodontais podem estar diretamente ligadas a um fator coadjuvante interligado ao surgimento dessas doenças em indivíduos geneticamente saudáveis. Dada a quantidade de doenças sistêmicas que podem estar associadas as doenças periodontais, a pesquisa se fez necessária à medida que contribuirá com a comunidade científica; podendo ainda, colaborar com a saúde da população, considerando que as políticas públicas são elaboradas, ou pelo menos deveriam, com base em dados extraídos de estudos científicos.
Palavras-chave: Doenças Periodontais, Doenças metabólicas, Saúde pública.
320605 - USO DA MEDICINA NATURAL NO CONTROLE DAS DOENÇAS PERIODONTAIS. Misley Hellen Almeida Silva, Sidney Saldanha Junior, Miki Taketomi Saito.
As doenças periodontais (DP) são doenças inflamatórias iniciadas por biofilme que acomentem as estruturas de sustentação e proteção ao redor do dente. O tratamento inicial das DP é baseado no controle mecânico do biofilme, podendo ser associado à terapias adjuntas. A clorexidina é referência no neste tratamento adjunto, contudo apresenta efeitos colaterais, como alteração no paladar e descamações na mucosa, se usada por longos períodos. A busca por novos medicamentos que apresentem biocompatibilidade, menor toxicidade, boa atividade terapêutica, além de menor custo, levou ao aumento da quantidade de pesquisas por fitoterápicos. O objetivo do presente estudo é revisar na literatura os atuais avanços da medicina natural, com foco em fitoterapia, para o desenvolvimento de medicamentos com potencial uso odontológico, em especial na DP. Foi realizada pesquisa nas bases de dados PubMed, Science Direct e Scielo por publicações do período de 2000 a 2023, nas línguas inglesa e portuguesa, utilizando como descritores: Doenças Periodontais; Naturologia; Fitoterapia; Plantas Medicinais. Treze artigos científicos foram selecionados, onde alguns estudos demonstraram que o uso de óleos essenciais (óleo de manuka; melaleuca; eucalipto) na concentração de 0,2% por 30s, eliminaram por completo cepas de bactérias periodontopatogênicas. A própolis demonstrou alto potencial com efeito antimicrobiano, o alho demonstrou propriedades antibacterianas, antifúngica e antiviral, com inibição de crescimento e efeito bactericida sobre os organismos testados. A ação antimicrobiana dos fitoterápicos pode ser explicada pela indução da inibição da síntese da parede celular, síntese dos ácidos nucléicos, metabolismo energético ou possuem efeito sobre a membrana citoplasmática. Ainda que estudos precisem ser desenvolvidos para melhor elucidar seus mecanismos de ação e suas propriedades e aplicabilidades, a medicina natural é uma opção promissora para o uso dentro da terapêutica odontológica.
Palavras-chave: Doenças Periodontais, Naturologia, Fitoterapia, Plantas Medicinais
Modalidade: Relato de caso
312979 - TRATAMENTO DE DISCROMIA GENGIVAL CAUSADA POR MELANOSE RACIAL, COMPARATIVO DE DUAS TÉCNICAS: RELATO DE CASO. Ala Anna Melo Reis, Leonardo Araújo Cardoso, Gabriel Medeiros Távora, Samille de Souza Queiroz, Felipe Vilhena Brilhante e Rodolfo José Gomes de Araújo.
A pigmentação gengival é resultante da produção excessiva de melanina pelos melanócitos situados na camada basal do epitélio. São manchas escuras localizadas na mucosa mastigatória, mais comumente na gengiva inserida e livre, causadas por diferentes etiologias. Esse aspecto da gengiva não é um problema de saúde; contudo, mui- tos pacientes sentem-se incomodados com a aparência escurecida da gengiva durante o sorriso. Em relação à terapia cirúrgica periodontal indicada para amenizar o aspecto escurecido da gengiva, pode-se ressaltar aquelas que utilizam lâminas de bisturi, brocas esféricas com pontas diamantadas, criocirurgia, eletrocirurgia, lasers e enxertos gengivais livres com epitélio autógeno. O presente trabalho tem por objetivo descrever um caso clínico em que a pigmentação melânica gengival da paciente foi tratada utilizando-se brocas diamantadas e bisturis. Também será descrito um procedimento de cirurgia plástica periodontal para corrigir ou amenizar a quantidade de pigmentação melânica gengival aparente nas arcadas superior e inferior da paciente. Após o procedi- mento cirúrgico realizado com sucesso, conclui-se, pelo grau de satisfação da paciente, que a técnica selecionada se destaca por oferecer excelentes resultados e por ser de fácil execução.
Palavras-chave: Periodontia, Estética, Pigmentação, Cirurgia bucal.
320562 - CONSEQUÊNCIAS PERIODONTAIS DE FACETAS EM RESINA COMPOSTA MAL ADAPTADAS: RELATO DE CASO. Caio Rodrigues Oliveira, Antônio Felipe Mendes De Paiva, Thalles Arievo Mota Sales, Patrícia Soares Timbó, Amanda De Oliveira Macedo.
A busca pelo tratamento com facetas em resina composta tem aumentado consideravelmente nos últimos anos devido a resultados estéticos satisfatórios, menor custo e maior rapidez. Algumas falhas no planejamento e na execução do procedimento podem ser responsáveis pela inflamação e sangramento gengival. As causas mais prováveis para a gengivite relacionada a facetas em resina são: a mal adaptação das bordas e invasão do espaço biológico. Este trabalho tem como objetivo relatar o caso de uma paciente que apresentava sangramento e inflamação gengival devido a facetas em resina composta mal adaptadas e com sobrecontorno. Paciente do sexo feminino, 28 anos, compareceu a clínica odontológica queixando-se de sangramento gengival e insatisfeita com as facetas em resina antigas. Após anamnese e exame clínico foi constatado características clínicas de gengivite, como: vermelhidão, edema e sangramento gengival ao toque. Constatou-se sobrecontorno de resina composta na região cervical dos dentes antero-superiores impossibilitando a correta higienização e consequentemente causando acúmulo de placa bacteriana e cálculo subgengival. Após o diagnóstico e plano de tratamento, foi realizado aumento de coroa clínico estético com osteotomia e osteoplastia para correção do sorriso gengival e reposicionamento dos tecidos de inserção supracrestal, assim como a remoção do excesso de resina composta para a melhor cicatrização dos tecidos periodontais e posterior confecção das novas facetas em resina composta. Conclui-se que é de suma importância a capacitação profissional para realizar facetas em resina composta, visto que é crucial que a execução desse procedimento consiga respeitar a anatomia dos dentes com naturalidade e o espaço biológico periodontal, a fim de garantir a longevidade, estética e principalmente a saúde bucal do paciente.
Palavras-chave: Periodontia, Gengivite, Resina composta.
320624 - CORREÇÃO DE BLACK SPACE COM ÁCIDO HIALURÔNICO: RELATO DE CASO. Valeria Mesquita da Silva, Raissa Alexia Siqueira Mendes, Leonardo De Souza Louzardo, Danielle Flexa Ribeiro Horta, Karina Flexa Ribeiro Mello, Tábata Resque Beckmann Carvalho.
O objetivo deste trabalho é expor os resultados da utilização do Ácido Hialurônico (AH) em um caso de reconstrução papilar. Paciente do sexo feminino, 54 anos, chegou à clínica odontológica relatando insatisfação estética na região do elemento 12. Ao exame clínico observou-se que o incisivo lateral em questão se tratava de um implante, no qual apresentava coroa protética de coloração desarmônica para o sorriso. Além disso, era possível notar Black Space na porção mesial e distal do implante. Sendo assim, foi realizada a instalação de uma coroa provisória para realização da manipulação tecidual (enxerto gengival) e correção do defeito periodontal. Após 3 meses, foi confecionada a coroa definitiva respeitando o mesmo padrão de coloração dos demais elementos dentários e em seguida foram realizadas consecutivas aplicações de 0,1ml de Ácido Hialurônico, a cada 7 dias durante 2 meses, com 8 meses de proservação do caso. Após esse período de tratamento percebeu-se ganho de volume considerável nas porções papilares afetadas. Conclui-se que, ainda que a recuperação da papila interdental seja um desafio para a periodontia, o fechamento de Black Space com Ácido Hialurônico se apresenta como uma opção terapêutica promissora quando bem indicada, devido sua alta biocompatibilidade tecidual, método indolor, não cirúrgico e excelente resultado estético, como relatado neste caso clínico.
Palavras-chave: Gengiva, Ácido Hialurônico, Periodontia.
320637 - CIRURGIA GUIADA PERIODONTAL COM USO DE BIOVOLUME PARA CORREÇÃO DE SORRISO GENGIVAL E REPOSICIONAMENTO LABIAL. Emily Dos Santos Neves, Jacy Leite Mattos, Marlia Dalylla Sarmento Breia, Thaiane Ferreira de Lima, Armando Rodrigues Pereira Lopes Neto.
O objetivo do presente trabalho é relatar um caso sobre cirurgia guiada periodontal com uso de biovolume para correção de sorriso gengival e reposicionamento labial. Paciente, sexo feminino, 28 anos, chegou ao consultório particular, apresentando queixa principal de exposição exagerada da gengiva no sorriso. Diante do exame clínico e análise do exame tomográfico, a paciente foi diagnosticada com erupção passiva alterada, além disso, foi observada a posição alta do sorriso devido e uma depressão óssea na maxila. O tratamento para o sorriso gengival foi planejado baseado na odontologia digital com a cirurgia guiada periodontal e a confecção do biovolume com polimetilmetacrilato. Dentro do planejamento digital é possível prever análises que melhor compõe a harmonia do sorriso, como o equilíbrio entre a estética branca e a estética vermelha, o novo espaço biológico que será criado, e também a posição do zênite gengival, o que aumenta exponencialmente as chances de satisfação do paciente diante do tratamento periodontal. Através do guia cirúrgico foram realizadas as incisões e a remoção do colarinho referente ao excesso gengival. O retalho total foi descolado para realizar a osteotomia e a osteoplastia devido ao biotipo espesso da paciente. Após a plastia periodontal, foram utilizados parafusos de fixação no biovolume que foi previamente fabricado, diferente da odontologia convencional que preconiza primeiramente a moldagem do defeito ósseo para que em um segundo tempo cirúrgico possa fixar o biovolume. O pós-operatório imediato apresentou o aumento da coroa clínica, o aumento de volume na área da maxila e o reposicionamento labial. O follow-up de 6 meses apresentou resultados positivos para estética do sorriso e satisfação total da paciente. Portanto, a odontologia digital foi aliada da periodontia para a previsão da harmonia do sorriso, além disso, proporcionou conforto à paciente devido ao único tempo de dois procedimentos cirúrgicos.
Palavras-chave: Periodontia ; Estética Dentária; Polimetil Metacrilato.
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