Resumos Apresentados I COUFPA - Dentística

Modalidade: Pesquisa Científica

320664 - DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE NAF ASSOCIADOS A UM CREME DENTAL EXPERIMENTAL À BASE DO ANTIOXIDANTE RESVERATROL A 10% FRENTE AO DESAFIO EROSIVO ÁCIDO. Tayanne Laíse Da Rocha Pirixan Louzeiro, Ronaldo Matheus Araújo Marvão, Maria Carolina Sidonio Alves, Sandro Cordeiro Loretto, Paula Mendes Acatauaçu Carneiro e Cristiane De Melo Alencar.

Este estudo objetivou investigar o potencial preventivo de um creme dental a base do antioxidante Resveratrol a 10% associados a diferentes concentrações de Fluoreto de sódio (NaF) sobre a dentina erodida. Cinquenta amostras de dentina cervical bovina foram obtidas e pré-erodidas em solução de ácido cítrico (1%; pH 2.5; 10 min), protegidas com fita UPVC para expor uma janela de 2mm e randomizadas em cinco grupos de acordo com o tratamento anti-erosivo (n=10): G1 – água destilada; G2 – creme dental experimental de Resveratrol a 10%; G3 – creme dental experimental de Resveratrol a 10% associado a NaF 2,6%; G4 – creme dental experimental de Resveratrol a 10% associado a NaF 5,2% e G5 – Creme dental comercial anti erosivo. Foi realizada ciclagem erosiva durante 3 dias. Após isso, as amostras foram submetidas a análises por Microscopia confocal 3D sem contato para mensurar a rugosidade volumétrica (Sa), linear (Ra) e desgaste erosivo. Posteriormente, foi realizada análise quantitativa das fotomicrografias de microscopia confocal. O teste one-way ANOVA/Tukey foi realizado (α=0,05). O grupo G4 obteve menor valor de Ra e Sa quando comparado aos demais grupos (p <0,05). Além disso, apresentou o menor desgaste erosivo em µm3 (p <0,05). O grupo G3 e G4 apresentaram menor quantidade de túbulos dentinários abertos (p <0,05). Os cremes dentais experimentais contendo antioxidante Resveratrol a 10% associados a concentrações de 2,6% e 5,2% de NaF apresentaram desempenhos promissores sobre a estrutura da dentina erodida.

Palavras chave: Dentística; Biomaterial; Erosão dentária.

320561 - DESAFIO EROSIVO-ABRASIVO DE UMA RESINA COMPOSTA EXPERIMENTAL FLOW BIOATIVA A BASE DE ÁCIDO ALFA LIPÓICO E NAF. Maria Carolina Sidonio Alves, Ronaldo Matheus Araújo Marvão, Tayanne Laíse Da Rocha Pirixan Louzeiro, Cecy Martins Silva, Paula Mendes Acatauassú Carneiro, Cristiane De Melo Alencar.

Avaliação das propriedades físicas e perda de volume de uma resina experimental flow bioativa com 60% de carga a base de ácido alfa lipóico e NaF submetido a desafio erosivo-abrasivo. Sessenta discos de resinas foram confeccionados e randomizados em 5 grupos de acordo com o material restaurador utilizado (n=12): GBF00 – Resina bioativa Beautifil flow Plus F00 (Shofu); GBF03 – Resina bioativa Beautifil flow Plus F03 (Shofu); GEX – Resina flow experimental com 60% de carga a base de ácido alfa lipóico e NaF a 1,23%; GCIV: Cimento de ionômero de vidro fotopolimerizável IONOSEAL (VOCO); GCP – Resina flow convencional grandioso (VOCO). Quarenta e oito horas após a polimerização das amostras, metade delas foi protegida e a outra metade foi submetida a desafio erosivo-abrasivo e imersão em solução de café por 15 dias. Foram realizadas análise de mudança de cor, dureza de superfície e perfilometria de não contato 3D para detectar a perda de volume e rugosidade. Um teste ANOVA\Bonferroni de uma via foi realizado para analisar os dados (a= 0,05). Os grupos GBF00 e GCP não demonstraram mudança de cor significativa quando comparado aos demais grupos (p < 0.05). Todavia, o grupo com maior dureza de superfície foi o GCP (p< 0.05). Além disso, houve maior perda de volume nos grupos GCIV quando comparado aos demais (p < 0.05). O material restaurador experimental a base de ácido alfa lipóico e NaF parece promissor na prevenção da perda de volume frente a desafio erosivo-abrasivo. Todavia, suas propriedades mecânicas necessitam ser aperfeiçoadas.

Palavras-chave: Dentística; Resina; Biomaterial; Erosão dentária.

320549 - INFLUÊNCIA DA ESCOVAÇÃO E ACIDEZ NA RUGOSIDADE DE RESINAS COM DIFERENTES PARTÍCULAS DE CARGA. Amanda Vanessa Silva Souza, Thais Andrade de Figueiredo Barros, Edson de Sousa Barros Junior, Cecy Martins Silva, Diandra Costa Arantes e Fernanda Ferreira de Albuquerque Jassé.

O presente estudo teve como objetivo comparar o aspecto superficial de resinas compostas com diferentes matrizes inorgânicas através dos valores de rugosidade superficial após 30 ciclos de desafio erosivo-abrasivo. Por meio de uma matriz cilíndrica bipartida de aço inoxidável (2 mm x 8 mm) foram confeccionados 40 corpos de prova padronizados, sendo 20 em resina nanoparticulada (Z-350 – 3M) e 20 em resina microhíbrida (Z-100 – 3M). Os grupos foram divididos em: G1, Z-350 submetida a desafio erosivo e abrasivo; G2, Z-350 submetida a desafio abrasivo; G3, Z-100 submetida a desafio erosivo e abrasivo; G4, Z 100 submetida a desafio abrasivo. Primeiramente, foi realizada a leitura da rugosidade superficial antes dos desafios erosivo-abrasivo (T1) por meio de um rugosímetro. Para o desafio abrasivo, os corpos de prova foram submetidos a ciclos de escovação simulada de 15 segundos, sob 2N de força, por meio de uma escova elétrica (Oral-B Professional Care 500) posicionada em suporte personalizado associada e uma solução de 3g de dentifrício (Colgate Total 12) com 0,3 ml de água destilada. Para o desafio erosivo, os corpos de prova foram embebidos em solução de ácido cítrico a 1%, por 10 minutos. Finalizando os 30 ciclos, os corpos de prova passaram por uma segunda leitura de rugosidade superficial (T2). Os resultados após os 30 ciclos de desafio erosivo-abrasivo demonstraram diferenças estatísticas significativas para os grupos G1, G2 e G4. No entanto, não houve diferenças para o grupo G3. Diante dos achados, pode-se considerar que a associação da escova com dentifrício causa alterações a longo prazo na superfície de resinas compostas independente de sua composição. No entanto, o ácido não se mostrou um fator importante na alteração da rugosidade superficial de resinas nanoparticuladas e microhíbridas.

Palavras-chave: Resinas Compostas; Dentifrícios; Propriedades de Superfície; Estética; Escovação Dentária.

320543 - SOLUÇÃO EXPERIMENTAL À BASE DE POLIFENÓIS ANTIOXIDANTES DO MARACUJÁ (PASSIFLORA EDULIS) SOBRE A DENTINA. Ronaldo Matheus Araújo Marvão, Maria Carolina Sidonio Alves, Tayanne Laíse Da Rocha Pirixan Louzeiro, Loraine Perez Manzoli, Paula Mendes Acatauaçu Carneiro, Cristiane De Melo Alencar.

Este estudo avaliou o potencial preventivo de uma solução experimental a base de polifenóis antioxidantes provenientes do maracujá (Passiflora edulis) sobre a dentina erodida. Foi desenvolvida uma solução experimental de compostos fenólicos antioxidantes provenientes do maracujá fermentadas em uma concentração de 100%. Trinta amostras de dentina cervical bovina foram obtidas e randomizadas em três grupos (n=10): G1 – água destilada; G2 – solução experimental a 50% de fenólicos antioxidantes provenientes do maracujá; G3 – Creme dental comercial anti-erosivo. Foi realizada ciclagem erosiva e tratamento durante 3 dias. Após isso, as amostras foram submetidas a análises por Microscopia confocal 3D sem contato para mensurar a rugosidade volumétrica (Sa), linear (Ra) e desgaste erosivo. Posteriormente, foi realizada análise qualitativa das fotomicrografias de microscopia confocal e descritiva de espectroscopia de energia dispersiva (EDS). O teste one-way ANOVA/Bonferroni foi realizado (α=0,05). O grupo G2 obteve menor valor de Ra e Sa quando comparado aos demais grupos (p <0,05). Além disso, apresentou o menor desgaste erosivo em µm (p <0,05) em relação a G1 e G3. O grupo G2 apresentou obliteração parcial dos túbulos dentinários e maiores níveis de Ca+2 ao final do desafio. A solução experimental proveniente do Passiflora edulis apresentou desempenho promissor sobre a dentina erodida nesta investigação. Todavia, mais estudos deverão ser realizados para comprovar a sua eficácia e possível consideração no desenvolvimento de novo produto. 

Palavras-chave: Dentística; Erosão dentária; Dentina.

320316 - A INFLUÊNCIA DE UNIDADES FOTOPOLIMERIZADORAS NO MANCHAMENTO DE RESINAS COMPOSTAS APÓS DIFERENTES TÉCNICAS DE POLIMENTO. Luan Júlio Ruiz da Silva, Gabriela Monteiro Barbosa Xavier, Yngrid Fernanda Oliveira Paes, Cecy Martins Silva e Jesuína Lamartine Nogueira Araújo.

As características superficiais constituem um dos principais parâmetros de avaliação do desempenho clínico das restaurações em resina composta. Isso depende não apenas das propriedades do material restaurador, mas também da unidade fotoativadora e técnica de acabamento e polimento empregada. Este estudo in vitro teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes unidades de fotoativação na alteração de cor (?E) e rugosidade superficial (Ra) de resinas compostas submetidas a técnicas de polimento distintas. Foram confeccionados 80 corpos de prova corpos de prova (n=10) com matriz circular bipartida (5x2mm), das resinas Forma Ultradent (F) e Tetric N-ceram- Ivoclar/Vivadent (TN), divididas em grupos de acordo com a unidade fotoativadora, sistema de polimento (Sof-lex Pop on/3M-ESPE ou Opti 1 Step Polisher/Kerr Corporation): F-BP e TN-BP (Bluephase-Ivoclar/Vivadent,20s/1200mW/cm2); F-V e TN-V (Valo Utradent,24s/1000mW/cm2). Foram realizados ciclos de imersão por 7 dias em café. Para Ra foram feitas três medições com cut off de 0,25mm e para alteração de cor foi calculado o ?E00 (CIEDE2000), as análises foram feitas em T0 (antes das imersões) e T1 (após último ciclo de imersão). Os dados foram analisados por ANOVA 3-fatores e Tukey (?=0,05). Observou-se um aumento no ?E, independente do sistema de polimento e fotoativação (p=0,734). Para Ra, houve diferença significativa para a técnica de polimento(p<0.001) e fotoativação(p=0,006). Soluções corantes podem interferir na coloração de diferentes resinas compostas, assim como fontes de ativação e sistemas de polimento podem influenciar na sua rugosidade superficial. 

Palavras-chave: Resinas Compostas, Propriedades de Superfície; Dentística.

320235 - AVALIAÇÃO DO POTENCIAL EROSIVO DOS SUCOS DE FRUTAS INDUSTRIALIZADOS NO ÓRGÃO DENTÁRIO. Maria Eduarda Oliveira de Oliveira, Juliana Garcia Alves e Renata Antunes Esteves.

Este estudo teve como objetivo a avaliação in vitro da associação de um gel experimental de pregabalina (PG) ao clareamento de consultório com peróxido de hidrogênio a 35% na superfície do esmalte dental bovino. Trinta e seis (36) amostras de esmalte (5 x 5 mm) foram obtidas a partir do terço médio da coroa de incisivos bovinos. As amostras de esmalte foram incluídas em tubos PVC e planificadas em politriz (AROTEC, Cotia, SP, Brasil) com papéis de carboneto de silício (lixas) de granulação decrescente. As amostras foram randomizadas em três grupos (n=12), sendo: GC, grupo controle positivo – exposto somente ao agente clareador (FGM, Whiteness HP, Joinville, Brasil) com HP 35%; GKF, exposto ao tratamento dessensibilizante com nitrato de potássio 5% e fluoreto de sódio 2% (Dessensibilize KF 2%) + clareamento com HP 35%; GPG, exposto ao tratamento dessensibilizante com gel experimental de PG + clareamento com HP 35%. O protocolo de clareamento foi realizado em 3 sessões com 3 aplicações de peróxido de hidrogênio a 35% por 15 minutos cada, seguido de lavagem com água corrente. Para os grupos que receberam tratamento dessensibilizante, estes foram aplicados na superfície das amostras por 10 minutos antes do clareamento. Após o tratamento, as amostras foram lavadas abundantemente com água destilada durante 30 segundos, secas suavemente e armazenadas em saliva artificial. Todos os espécimes de esmalte foram submetidos a análises de rugosidade superficial (Ra), alteração de cor (?E), MEV e EDS. A utilização do gel de PG não interferiu na ação clareadora do HP 35% e apresentou resultados semelhantes para Ra, MEV e EDS quando comparado aos demais grupos. Conclui-se que o gel experimental de pregabalina se apresenta como uma boa alternativa para aplicação tópica em dentes e passível de ser avaliado clinicamente. 

Palavras-chave: Pregabalina, clareamento dental, dentística.

319269 - A INFLUÊNCIA DE DENTIFRÍCIOS VEGANOS NA RUGOSIDADE SUPERFICIAL DE RESINA COMPOSTA APÓS DESAFIO EROSIVO E ABRASIVO. Valdinei Maués Pantoja, Luan Júlio Ruiz da Silva, Edson de Sousa Barros Junior, Thaís Andrade de Figueiredo Barros, Davi Lavareda Corrêa e Fernanda Ferreira de Albuquerque Jassé.

Este estudo in vitro teve como objetivo avaliar a rugosidade superficial (Ra) de uma resina composta (RC) nanoparticulada após escovação simulada utilizando dentifrícios vegano e contendo carvão ativado, associados ao desafio erosivo com ácido cítrico (AC). Foram confeccionados 50 corpos de prova da RC (Z 350 XT, 3M), randomizados em cinco grupos (n=10): G1 – Controle: Dentifrício de baixa abrasividade (Colgate total 12, Colgate-Palmolive Company); G2 – The Humble Co. Natural Menta; G3 – The Humble Co. Natural Carvão Vegetal; G4 – The Humble Co. Natural Menta + AC; G5 – The Humble Co. Natural Carvão Vegetal + AC. Com uma escova elétrica, cada corpo de prova recebeu um único ciclo diário de 15 segundos (durante 30 dias) com solução de 3g de dentifrício e 0,3 ml de água deionizada. Para o desafio erosivo, os espécimes foram imersos diariamente em uma solução de 50 ml de AC 1% pH 2,4 por 10 minutos e em seguida lavados. As avaliações de Ra foram obtidas nos tempos T0 – antes das escovações e T2 – após o último ciclo de escovação. Os dados foram analisados por ANOVA 1-fator e teste Tukey (?=0,05). Após 30 dias de escovação observou-se aumento da Ra em todos os grupos (p< 0.001 para todos os grupos), o desafio erosivo com AC não gerou influência significativa nesta alteração. A escovação com dentifrícios veganos aumentou a rugosidade superficial da RC, tal como o dentifrício controle. O desafio erosivo não foi determinante para o aumento da rugosidade superficial entre os grupos. 

Palavras-chave: Dentifrícios, Resinas Compostas, Erosão Dentária.

316259 - EFEITO DE CREMES DENTAIS EXPERIMENTAIS A BASE DE PRÓPOLIS NO CONTROLE DA HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA: UM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO. Elzianne Pires De Souza, Alexandra Melo Pingarilho Carneiro, Brennda Lucy Freitas De Paula, Roberta Pimentel De Oliveira, Cecy Martins Silva E Elma Vieira Takeuchi.

Este ensaio clínico, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo teve como objetivo avaliar o efeito de cremes dentais com própolis em duas concentrações distintas (10% e 15%) no controle da hipersensibilidade dentinária (HD). Sessenta e seis dentes com HD foram randomizados em três grupos de tratamento (n= 22): placebo (creme dental sem princípio ativo), própolis 10% (creme dental com própolis a 10%) e própolis 15% (creme dental com própolis a 15%). A avaliação da HD foi realizada em três tempos: baseline, 15 e 30 dias de tratamento, por meio de estímulo tátil e evaporativo, empregando a escala visual analógica (EVA). Os dados foram analisados com o teste Friedman e Kruskal Wallis. Para todas as análises foram considerados os níveis de significância de 5%. Todos os grupos apresentaram uma diminuição da HD durante o estudo (p<0.05). Após 30 dias de tratamento, os grupos própolis 10% e própolis 15% apresentaram uma redução da HD significativamente maior que o grupo placebo (p<0.05) sendo os grupos experimentais similares entre si (p>0.05). Os cremes dentais contendo própolis na concentração de 10% e 15% foram igualmente eficazes no controle da HD, independentemente da sua concentração. 

Palavras-chave: Sensibilidade da dentina, Dessensibilizantes dentinários, Própolis, Cremes dentais, Ensaio clínico pragmático.

315117 - O CAROÇO DO AÇAÍ COMO ABRASIVO ORGÂNICO NA CONFECÇÃO DE DENTIFRÍCIO FLUORETADO. Jamily José Quaresma, Samir Costa Nunes, Marina Lima Wanderley e Jesuina Lamartine Nogueira Araujo.

O presente trabalho teve como finalidade desenvolver uma formulação de dentifrício utilizando o caroço do açaí como abrasivo orgânico, em substituição aos abrasivos minerais popularmente encontrados nos cremes dentais, como forma de aproveitamento deste material orgânico descartável. Os caroços do açaí despolpados foram submetidos a processo de secagem utilizando-se uma estufa convectiva a 70°C por 48 horas. Logo depois, passaram por moagem e peneiramento para que a granulometria de 270 mesh fosse alcançada. Já para durante o preparo do dentifrício, o pó resultante foi adicionado aos outros componentes da fórmula. Cada substância foi pesada em uma balança de precisão, para 10 gramas de creme dental foram necessários 2 gramas de pó de caroço de açaí, além de água destilada, lauril sulfato de sódio, glicerina, sorbitol, óleo essencial de hortelã, cravo da índia, carboxi metil celulose (CMC), bicarbonato de sódio e flúor. Posteriormente, o material foi dividido em 04 amostras: Amostra 1 (dentifrício fluoretado formulado), Amostra 2 (dentifrício fluoretado formulado sem abrasivo), Amostra 3 (dentifrício Colgate) e Amostra 4 (dentifrício Oral B), que foram submetidas aos seguintes ensaios: determinação da massa específica; determinação da viscosidade e teste de pH. O resultado de massa específica foi de 0,92g/cm³, a viscosidade foi de 14,7 Pa.s e o pH variou entre 7 e 8, sendo estes valores semelhantes aos de cremes dentais comercializados. Dessa maneira, o caroço do açaí despolpado demonstrou ser um abrasivo orgânico aceitável para formulação de cremes dentais. 

Palavras-chave: açaí, dentifrício, resíduo.

313178 - ESTABILIDADE DE COR DE UMA RESINA BULK FILL AURA EM SUCOS DE FRUTAS TÍPICAS DA REGIÃO AMAZÔNICA. Thalles Arievo Mota Sales, Lady Cristina Magalhães Armas, Roberto Oliveira De Andrade E Hércules Bezerra Dias.

O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro a influência de sucos típicas da região amazônica na estabilidade de cor da resina composta Aura Bulk Fill universal (SDI). Foram confeccionados 10 corpos de prova com dimensão 10x2mm para imersão em solução de cada um dos 4 grupos experimentais a seguir: 1: açaí; 2: buriti; 3: bacaba e 4: saliva artificial (grupo controle). O pH das soluções foi aferido por meio de pHmetro portátil (Modelo PG 1400, Gehaka). Os espécimes de resina composta ficaram imersos uniformemente durante 1 semana em recipientes acrílicos contendo 3 mL de cada solução, incubados em estufa a 37 °C e as medidas de avaliação de alteração de cor (DE) realizadas por meio de espectrofotômetro VITA Easy Shade (VITA) nos intervalos de tempo (T): T0: antes da imersão; T1: após 48 horas e T3: após 1 semana. A classificação de DE para os grupos foi feita de acordo com os parâmetros da National Bureau of Standarts (NBS). Os dados foram analisados por meio de teste ANOVA para medidas repetidas e pós teste para comparações múltiplas com correção de Bonferroni, utilizando o software SPSS (IBM) considerando 5% de nível de significância. Os valores de pH foram: saliva artificial (6,5); açaí (4,6); bacaba (5,23); e buriti (5,0). Os valores médios de DE demonstraram que a solução de açaí promoveu a maior alteração de cor (p<0,05) entre os grupos testados. Os demais grupos também provocaram grande alteração de cor e de luminosidade quando comparados ao grupo controle (p<0,05). A estabilidade de cor da resina foi extremamente afetada ao longo do tempo, até mesmo nas primeiras 48h para todos os grupos experimentais. A extrapolação desses dados para a clínica deve considerar a frequência e tempo de consumo dos sucos por cada indivíduo. Ainda que essas resinas sejam usadas principalmente em restaurações dentárias posteriores, a estética a curto prazo pode ser comprometida pelo manchamento, principalmente em pacientes que consomem regularmente sucos da região Amazônica. 

Palavras-chave: Odontologia; Dentística; Resina Composta.

Modalidade: Revisão Sistemática

316267 - O CONSUMO DE BEBIDAS E ALIMENTOS PIGMENTADOS DURANTE O TRATAMENTO CLAREADOR COMPROMETE O RESULTADO DO CLAREAMENTO? - UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. Elzianne Pires De Souza, Gabriela Monteiro Xavier, Aryvelto Miranda Silva, Cristiane De Melo Alencar, Cecy Martins Silva E Elma Vieira Takeuchi.

Esta revisão sistemática tem como objetivo avaliar a influência do consumo de bebidas e alimentos pigmentados na velocidade do tratamento clareador, nos resultados clínicos e na sensibilidade dentária pós operatória. Foi realizada uma revisão sistemática modelada de acordo com as diretrizes PRISMA. As bases de dados PubMed, Embase, Web of Science, Cochrane, Scopus e OpenGrey foram pesquisadas para ensaios clínicos relacionados. A população, exposição/intervenção, comparação, desfechos (PECO/PICO) foram: pacientes adultos indicados para clareamento dental com peróxido de hidrogênio ou peróxido de carbamida; indivíduos que consumiram alimentos ou bebidas pigmentadas durante o tratamento clareador e indivíduos que não consumiram alimentos ou bebidas pigmentadas. Foram avaliadas as mudanças de cor como resultados primários e a sensibilidade dentária como resultado secundário. O risco de viés foi avaliado e os dados dos estudos incluídos foram extraídos por dois pesquisadores independentemente. A certeza da evidência foi avaliada usando à abordagem GRADE (Classificação de Recomendações, Avaliação, Desenvolvimento e Avaliações). Sete estudos foram selecionados para análise qualitativa. Evidências limitadas sugerem que à eficácia do clareamento dental é semelhante, independetemente do consumo de alimentos ou bebidas pigmentadas. A sensibilidade dentária também não parece ser influenciada pela dieta rica em corantes. No entanto, parece haver uma relação do consumo de alimentos ácidos e o aumento da sensibilidade dentária durante o clareamento. 

Palavras-chave: Clareadores dentários, Dietoterapia, Descoloração de dente, Sensibilidade da dentina.

Modalidade: Revisão de Literatura

320656 - CÁRIE E A ODONTOLOGIA CONSERVADORA: REVISÃO DE LITERATURA. Roseni Sayuri Hidaka Veloso Souza, Raquel Tiheko Hidaka Veloso, Matheus Da Costa Castro e Kandice Valente Martins.

O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão bibliográfica acerca da temática cárie e os tratamentos conservadores na odontologia. Para identificar as evidencias que reafirmem o tratamento conservador da cárie como de primeira escolha, foram estudados artigos na base de dados Scielo sobre o tema, no período de 2015 a 2023 com as palavras-chaves “cárie”, “saúde bucal” e “odontologia. Muitos autores apontam o selamento para a quebra desse ciclo. Contudo, quando a dentina é afetada em sua camada mais superficial, a chamada de dentina infectada, de consistência amolecida e amarelada, não há possibilidade de remineralização. Por outro lado, a dentina afetada, camada mais interna e dura, escurecida é capaz de remineralizar deve-se deixá-la de modo a preservar o máximo o elemento. Sabe-se que a remoção total do tecido cariado, pode ocasionar uma exposição pulpar, colocando em risco a vitalidade da polpa. No entanto, a odontologia conservadora vem ganhando espaço trazendo discussões e técnicas minimamente invasivas, na perspectiva da remoção seletiva do tecido cariado, removendo somente a dentina infectada e se apoiando hábitos em higiene, escovação correta e a proservação do elemento. Estudos mostram que a mudança de paradigmas é um obstáculo a ser quebrado. Confrontar conceitos e buscar novas possibilidades são essências nessa fase de dentística reparadora conservadora, que protege o tecido sadio, e não se abala em usar a palavra minimamente, quando o assunto é tratar o elemento dentário. Com isso, a odontologia conservadora ganha cada vez mais espaço, mostrando que é possível assumir uma postura inovadora de preservação, utilizando tratamentos menos invasivas e com baixo custo económico e biológico. 

Palavras-chave: Cárie dental, Saúde Bucal, Odontologia.

317210 - O USO DA FOTOBIOMODULAÇÃO NO TRATAMENTO DA SENSIBILIDADE DENTINÁRIA APÓS O CLAREAMENTO DENTAL: REVISÃO DE LITERATURA. Sara Santos dos Santos, Flávia Garcia de Aquino, Stephany Albuquerque Miranda, Affonso Moyses Souza Cordovil, Luini de Farias Guedes Pereira e Thaianna Lima de Oliveira.

O objetivo desse trabalho foi avaliar a efetividade da fotobiomodulação com laserterapia de baixa potência (LBP) como tratamento para pacientes que sofrem com a sensibilidade dentinária após o clareamento dental. Para isso, realizou-se uma busca de publicações nos últimos 5 anos, nas bases de dados: Pubmed, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Lilacs, usando os descritores: “Tooth Bleaching”, “Dentin Sensitivity” e “Laser Therapy”, utilizando o operador boleano AND. Foram encontrados 19 artigos e obedecendo os critérios de inclusão e exclusão (fugiam do tema, repetidos e sem acesso gratuito), foram selecionados 5. O clareamento dental é um dos procedimentos mais realizados nos consultórios odontológicos, todavia, a sensibilidade após o procedimento ainda é um desafio no cenário clínico. Nesse processo, são utilizados ácidos, que ao penetrarem na estrutura dentária oxidam moléculas pigmentadas e produzem radicais livres, que devido seu baixo peso molecular, podem desencadear sensibilidade. A sintomatologia dolorosa se dá pelo estresse oxidativo causado nas células pulpares e à liberação de mediadores inflamatórios que excitam as terminações nervosas. O risco de sensibilidade dentária em pacientes submetidos ao clareamento de consultório é de aproximadamente 62,9%. Diante disso, uma alternativa para o controle da sensibilidade que tem sido bastante usada é a fotobiomodulação com laserterapia de baixa potência, que tem a capacidade de produzir efeitos neuro farmacológicos como sintetizar, liberar e metabolizar vários produtos bioquímicos endógenos, incluindo endorfinas (?-endorfina) e bradicinina, diminuindo a dor, promovendo menos lesão ao tecido pulpar e reduzindo a inflamação. Dessa forma o uso do LBP no tratamento da sensibilidade após o clareamento dental mostra-se uma boa alternativa para garantir analgesia e bem-estar ao paciente. 

Palavras chave: Clareamento Dental, Sensibilidade da Dentina, Terapia a Laser.

316622 – A IMPORTÂNCIA DO SELAMENTO DENTINÁRIO IMEDIATO EM RESTAURAÇÕES INDIRETAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Victor Diogo Da Silva Quaresma, Amanda Benevenuto Bezerra, Wellem Thalya Da Silva Siqueira, Leonardo Silva Do Nascimento, Hércules Bezerra Dias.

O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura sobre a relevância do uso da técnica de selamento dentinário imediato (IDS) em restaurações adesivas indiretas para obter sucesso clínico restaurador. Realizou-se levantamento bibliográfico, com buscas de artigos nas bases de dados PUBMED e SCIELO, que relacionam o conteúdo à relevância da aplicabilidade da técnica de IDS em restaurações adesivas indiretas, selecionado apenas os escritos em língua-inglesa e publicados entre 2017 a 2023. Os benefícios atribuídos à estrutural dental quando feito o IDS estão presentes durante a fase provisória e definitiva, minimizando as consequentes falhas durante o processo de hibridização. Há ainda relatos de melhores aspectos clínicos quando realizado IDS ao invés de selamento dentinário tardio, quanto à prevenção de microinfiltração bacteriana e redução de hipersensibilidade dentinária, formação de lacunas e resistência de união. Apesar das poucas pesquisas realizadas em dentes humanos vitais acerca da melhor estratégia adesiva como agente de união dentinária, há evidências in vitro sugerindo que a resistência de união da dentina às restaurações à base de resina é melhorada com o IDS independente da técnica utilizada. Sabe-se que a resistência de união em longo prazo parece aumentar consideravelmente quando utilizado o sistema adesivo convencional de 3 passos ou combinação do sistema adesivo com uma camada de resina fluida, contudo, necessita-se de estudos-clínicos para criação de protocolo clínico unânime em relação às melhores estratégias adesivas e técnicas. Portanto, com o aparato literário de alicerce, recomenda-se a prática do selamento dentinário imediato para o sucesso de restaurações indiretas, agregando ao tratamento restaurador máxima preservação da estrutura dental, menor sensibilidade pós-operatória, longevidade da restauração e maior conforto ao paciente, sendo necessários mais estudos clínicos a fim de produzir protocolo clínico. 

Palavras-chave: Adesivos Dentinários; Dentina; Dentística Operatória; Restauração Dentária Permanente.

Modalidade: Relato de caso

315992 – CLAREAMENTO DENTAL EM PACIENTE COM APARELHO ORTODÔNTICO: RELATO DE CASO. Amanda Benevenuto Bezerra, Jennypher Kamilly Silva de Souza, Luiziane Bastista Oliveira, Hércules Bezerra Dias.

O propósito deste trabalho foi realizar um caso clínico com a aplicação do protocolo de clareamento de consultório em paciente usando aparelho ortodôntico. Paciente C.V.M.C., do sexo feminino, 23 anos, usando aparelho ortodôntico fixo, compareceu a Clínica Odontológica da Uninorte com queixa de insatisfação com a cor dos seus dentes. Como a paciente estava em período de finalização ortodôntica, foi proposto então aplicação do protocolo de clareamento dentário em consultório sem a remoção do aparato ortodôntico. O protocolo empregado consistiu na realização de duas sessões de clareamento de consultório utilizando o gel clareador à base de peróxido de hidrogênio com concentração de 35% (Total Blanc Office Clareador Dental – DFL), com intervalo de 7 dias entre as sessões, obedecendo às orientações descritas pelo fabricante. Por se tratar de uma paciente usando aparelho fixo, algumas adaptações foram realizadas: remoção dos fios ortodônticos e ligaduras elásticas, mantendo os bráquetes em posição. Foi utilizada a escala de cor VITA (Bleach Bad Sackingen, Alemanha) para registro de cor antes e depois do clareamento dentário. Após finalizar o tratamento ortodôntico, o aparelho foi removido e foi constatado que os dentes foram efetivamente clareados apesar da presença de bráquetes. Dessa forma, pode-se sugerir que o agente clareador se difunde através do esmalte dentário, dada a permeabilidade de seus poros, permitindo a ação dos radicais livres de oxigênio no tecido subjacente aos bráquetes ortodônticos. Existe, contudo, a recomendação de que esse protocolo só seja aplicado em pacientes com necessidades estéticas urgentes, que o impossibilitem de aguardar o fim do tratamento. Ainda assim, a associação de nossos achados aos descritos na literatura, indicam que o clareamento de consultório nesses casos é possível e efetivo, sem nenhum prejuízo estético. Estudos clínicos controlados e aleatorizados são necessários para extrapolar esses achados para a clínica diária. 

Palavras-chave: Clareamento dental; Ortodontia; Estética dentária.

316736 – REESTABELECENDO A ESTÉTICA DO SORRISO COM FACETAS EM RESINA COMPOSTA: RELATO DE CASO. Wellem Thalya da Silva Siqueira, Amanda Benevenuto Bezerra, Victor Diogo da Silva Quaresma e Hércules Bezerra Dias.

O objetivo do presente trabalho é relatar um caso de facetas em resina composta em um paciente insatisfeito com a forma e cor de seus dentes. Paciente R. F. D., 42 anos, sexo masculino, procurou a clínica odontológica relatando insatisfação com a forma e coloração de seus dentes e que mesmo após ter realizado clareamento dentário, não obteve o resultado esperado. Procedeu-se exame clinico e tomadas fotográficas para avaliação e planejamento, optando-se pela realização de facetas em resina composta de canino a canino superior (13 23). Inicialmente, foi realizada a seleção de cor por meio de mapa cromático, sendo escolhida as seguintes resinas: translúcida (Forma – UltradentÒ), A1E e A2D (Palfique LX5 (TokuyamaÒ) e opacificador Opaquer (Empress DirectÒ). Foi feito o isolamento absoluto modicado, Sseguido da remoção de restauração antiga no dente 21 e o condicionamento com ácido fosfórico 37% por 20-30 segundos nas superfícies dentárias a serem restauradas, depois lavado abundantemente, aplicado adesivo Single Bond Universal (3M ESPE) e a fotoativado (Radii Cal – SDI) por 40 segundos. Para execução das restaurações foi empregada a técnica à mão livre, realizando a construção da parede palatina com auxílio de matriz de poliestér e estratificando as demais camadas. Sobre o substrato dentário remanescente escurecido foi aplicado o opacificador e em seguida fotoativado; em seguida estratificou-se com camadas de resina de dentina, esculpindo-se os mamelos na borda incisal e finalizando com uma camada de resina de esmalte em toda a face vestibular, de forma a se obter uma superfície lisa e esteticamente natural, fotopolimerizando por 40s em cada terço dos dentes. Apesar de demandar maior habilidade por parte do operador, a técnica da mão livre executada neste caso superou as expectativas do paciente e mostrou que as facetas em resina composta são uma excelente opção de tratamento, desde que bem indicadas, para reestabelecimento da estética e função ao paciente. 

Palavras chave: Facetas Dentárias; Resina Composta; Odontologia.

Outras Áreas