Resumos Apresentados I COUFPA - Estomatologia e Patologia Oral
Modalidade: Pesquisa Científica
316713 - ESTUDO IMUNOHISTOQUÍMICO DAS PROTEÍNAS RELACIONADAS À PLURIPOTÊNCIA CELULAR NO AMELOBLASTOMA. Rebeka Camille Carvalho Chamon, Flávia Letícia Magalhães Lemos, Karolyny Martins Balbinot, Maria Sueli da Silva Kataoka, João de Jesus Viana Pinheiro, Sergio de Melo Alves Junior.
O objetivo do estudo consistiu em verificar a expressão das proteínas SOX-2, NANOG e OCT4, biomarcadores de células tronco e da via de sinalização canônica do TGF-?rII, associada a pluripotência celular, em amostras teciduais de ameloblastoma (AME), para analisar uma possível relação com o comportamento apresentado por esse tumor odontogênico localmente invasivo. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará – CEP / ICS/ UFPA (CAAE: 30647720.6.0000.0018). A amostra de estudo consistiu em 21 casos de AME, 10 casos de cisto dentígero (CD) e 10 casos de folículo dentário (FD), que foram submetidos à imuno-histoquímica para identificação das proteínas de interesse. As amostras foram incubadas com anticorpos Anti-SOX2, Anti-NANOG, Anti-OCT4, Anti-SMAD-4, Anti-TGF?1 e Anti phospho-TGF beta Receptor II durante 1 hora. Para avaliação da imunomarcação as imagens foram obtidas em microscópio com câmera digital acoplada, com objetiva de 40x. Após análise, observou-se que a imunomarcação de SOX-2, NANOG, OCT4, TGF?1, TGF?RII e SMAD-4 foi predominante nas células epiteliais dos cordões e das ilhas tumorais. A marcação de SOX-2 foi apenas nuclear, enquanto NANOG, OCT4 e SMAD4 tiveram uma marcação tanto nuclear quanto citoplasmática nas células epiteliais. A marcação de TGF?1 foi nuclear e citoplasmática e de forma difusa e intensa no estroma, enquanto TGF?RII teve uma marcação localizada na membrana celular e no citoplasma. Ao comparar a expressão das proteínas nas amostras de AME, CD e FD, foi verificada expressão significativamente maior de todas as proteínas em AME (p<0,001). E entre as amostras de CD e FD, não foi observada diferença estatística significante (p>0,05). Com base nos resultados obtidos, verificou-se a alta expressão dos biomarcadores relacionados com a pluripotência celular em AME, sugerindo a participação dessas proteínas na origem e progressão do tumor.
Palavras-chave: Ameloblastoma, Imuno-histoquímica, Proteínas da Superfamília de TGF-beta.
318316 - PREVALÊNCIA DE CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM ONCOLOGIA INFANTIL NO ESTADO DO PARÁ. Emilly Silva e Silva, Gerlane Lima Oliveira, Marina Fadul Neves do Couto, Cassia Alves de Lima, Giovanna Silva Araújo, Douglas Magno Guimarães.
O principal objetivo deste estudo é contribuir com dados confiáveis para o estabelecimento de políticas públicas de assistência às crianças diagnosticadas com câncer de cabeça e pescoço, apoiando campanhas educativas para a prevenção e diagnóstico precoce para a faixa etária pediátrica. Foram selecionados prontuários eletrônicos de pacientes de 0 a 19 anos e coletadas informações sobre variáveis demográficas, localização topográfica dos tumores, cidade de origem, evolução do paciente e diagnóstico histopatológico. Foram analisados 4.113 prontuários, dos quais 133 atenderam aos critérios de análise. O sexo masculino teve maior incidência (58,64%) do que o feminino (41,35%). As faixas etárias com maior percentual foram de 10 a 14 anos (31,57%), seguida de 5 a 9 anos (30,82%). As localizações topográficas mais recorrentes foram região cervical e linfonodal (66,91%) e ossos gnáticos (15,78%). Os diagnósticos mais frequentes foram linfoma de Hodgkin (44,36%), carcinoma papilífero (9,02%) e rabdomiossarcoma (8,27%). Conclui se que, no Estado do Pará, o tumor mais frequente é o Linfoma de Hodgkin, sendo os linfonodos cervicais a localização topográfica mais recorrente, com evolução média favorável. O perfil sociodemográfico dos pacientes com câncer infantil apresentou maior incidência na Região Metropolitana de Belém, na faixa etária de 10 a 14 anos, sendo que o sexo masculino apresentou taxas mais elevadas.
Palavras-chave: Câncer de cabeça e pescoço; Tumores malignos; Hospital pediátrico.
320004 - ESTUDO IN VITRO DOS MARCADORES DE CÉLULAS-TRONCO SALL4, LIN28A E KLF4 EM AMELOBLASTOMA. Nathália Fernandes Silva, Rafaela de Albuquerque Dias, Karolyny Martins Balbinot, Maria Sueli da Silva Kataoka, Sérgio de Melo Alves Junior, João de Jesus Viana Pinheiro.
O presente estudo se propôs a avaliar a expressão das proteínas SALL4, LIN28A e KLF4, biomarcadores de células-tronco, em linhagem celular de ameloblastoma humano (AME-hTERT). Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará (Parecer nº 5.490.937). Para tal propósito, a linhagem celular AME-hTERT foi cultivada em meio DMEM/F-12 suplementado com 10% de soro fetal bovino, e mantida em estufa à temperatura de 37 °C em atmosfera úmida e 5% de CO2. As células foram acompanhadas diariamente em microscópio de contraste de fase, e após a obtenção da confluência celular esperada a linhagem AME hTERT foi submetida ao protocolo de imunofluorescência indireta. As células semeadas sobre lamínulas de vidro, em placa de 24 poços, foram incubadas com os anticorpos primários diluídos em PBS/BSA. Os anticorpos utilizados foram Anti-Sall4 (1:50, mouse), Anti-LIN-28 (1:50, mouse) e Anti-GKLF (1:50, mouse). Para detecção dos anticorpos primários, foi realizada a incubação em solução contendo o anticorpo secundário conjugado a AlexaFluor 488. Por fim, as células foram analisadas em microscópio de fluorescência com câmera digital acoplada. Observou-se que a linhagem AME-hTERT expressou as proteínas SALL4, LIN28A e KLF4, exibindo um padrão granular. A proteína SALL4 apresentou expressão nuclear e citoplasmática, enquanto a expressão de LIN28A e de KLF4 foi predominantemente nuclear. Não houve expressão dessas proteínas no grupo controle. Dessa forma, diante dos resultados obtidos confirmou se a imunoexpressão dos biomarcadores de células-tronco na linhagem AME-hTERT, sugerindo a possível influência dessas células no comportamento biológico do ameloblastoma, desde a origem, progressão e recorrência desse tumor.
Palavras-chave: Tumores Odontogênicos; Ameloblastoma; Células-Tronco; Imunofluorescência.
320230 - A VIA DE SINALIZAÇÃO TGF-?RII/SMAD-4 ATUA NA PLURIPOTÊNCIA CELULAR E NO COMPORTAMENTO BIOLÓGICO DO AMELOBLASTOMA. Flávia Letícia Magalhães Lemos, Rebeka Camille Carvalho Chamon, Karolyny Martins Balbinot, Maria Sueli da Silva Kataoka, João de Jesus Viana Pinheiro, Sérgio de Melo Alves Júnior.
O Ameloblastoma (AME) é a neoplasia odontogênica de origem epitelial mais comum e, embora classificado como um tumor benigno, possui comportamento potencialmente agressivo com propensão à invasão locorregional e recorrência. Considerando a relevância do AME, o objetivo deste estudo é verificar se a via do TGF-?RII/SMAD4 está relacionada com a regulação das características de autorrenovação e pluripotência nas células-tronco. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará (Parecer: 4.003.555). Foi realizado um estudo in vitro, onde a linhagem celular de ameloblastoma humano (AME-hTERT) foi cultivada e, posteriormente, realizou-se o silenciamento de TGF-?RII, seguido de imunofluorescência indireta para as proteínas TGF-?RII, TGF?-1, SMAD4, SOX2, NANOG e OCT4, teste de viabilidade, proliferação celular e ensaio de ferida. Verificou-se que o silenciamento foi efetivo pela inibição da expressão de TGF-?RII (linhagem AME-shTGF?RII). A linhagem silenciada expressou as proteínas de interesse. Quando comparada à linhagem controle, verificou-se menor imunoexpressão de TGF-?RII na membrana celular; com relação à TGF?-1 houve aumento da expressão no citoplasma. Houve alteração na localização de SMAD4, cuja expressão nuclear diminuiu e a citoplasmática aumentou em relação ao controle. As proteínas SOX2, NANOG e OCT4 apresentaram menor imunoexpressão na linhagem silenciada. Em relação à viabilidade celular, não foi observada diferença significativa entre as linhagens testadas. Quanto à proliferação e migração, as células silenciadas tiveram tais capacidades diminuídas, quando comparadas com a linhagem não silenciada. Levando em consideração os resultados obtidos, conclui-se que a via de sinalização TGF-?RII/SMAD4 parece atuar na regulação de fatores relacionados à pluripotência celular, influenciando no comportamento biológico em linhagem de AME.
Palavras-chave: Ameloblastoma, Receptor do Fator de Crescimento Transformador beta Tipo II, Transdução de Sinais
Modalidade: Revisão de Literatura
315730 – USO DE STENT INTRAORAL PARA PROTEÇÃO DOS TECIDOS BUCAIS DURANTE A RADIOTERAPIA. Sandiele Duarte Dias, Camila Yasmin Craveiro Sacramento, Thais Gomes Mateus, Charles William Cavalcante de Oliveira, Lucas Cabral Trindade, Erick Nelo Pedreira.
Este trabalho tem como objetivo avaliar a eficácia e os benefícios clínicos da utilização do stents intraorais como medida de proteção dos tecidos não-alvo durante tratamentos de radioterapia em região de cabeça e pescoço. A pesquisa foi conduzida nas bases de dados PubMed, ScienceDirect, Medline e Google Acadêmico, usando os termos “intraoral stents”, “protect oral tissues” e “radiotherapy”, combinados com o operador booleano AND e filtrados para artigos publicados nos últimos 5 anos e escritos na língua inglesa. O resultado das buscas incluiu 10 estudos potencialmente relevantes para a extração dos dados. O câncer de cabeça e pescoço é o sexto tipo de câncer mais frequente na população, representando entre 4% e 6% de todos os casos de câncer. A radioterapia é empregada no tratamento de aproximadamente 80% dos pacientes diagnosticados com câncer nessas regiões. Apesar dos avanços na oncologia, a radioterapia continua associada a uma toxicidade significativa, resultando em condições como mucosite oral, alterações na produção de saliva, necrose óssea, disgeusia, disfagia e trismo. Para enfrentar esses desafios, os stents intraorais personalizados sugerem uma estratégia promissora para reduzir tais efeitos adversos e melhorar a eficácia do controle tumoral. Esses dispositivos atuam ampliando o espaço entre a maxila e a mandíbula, afastando assim os tecidos saudáveis das regiões-alvo da radiação. Além desse efeito protetor, eles também oferecem estabilização mandibular e contribuem para otimizar o planejamento da radioterapia, permitindo a administração precisa da dose de radiação diretamente no sítio tumoral. Em síntese, a colaboração de especialistas como cirurgiões-dentistas e protesistas bucomaxilofaciais são esseciais para a fabricação e adaptação desses dispositivos, fortalecendo o papel da equipe multidisciplinar.
Palavras-chave: Neoplasias de Cabeça e Pescoço, Radioterapia, Fatores de Proteção.
316270 - CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO DIAGNÓSTICO DE LESÕES E CONDIÇÕES CANCERIZÁVEIS. Camila Yasmin Craveiro Sacramento, Sandiele Duarte Dias, Thaís Gomes Mateus, Lucas Vinicius Cabral da Trindade, Erick Nelo Pedreira.
O objetivo da pesquisa consistiu em avaliar a evolução das técnicas diagnósticas baseadas em inteligência artificial (IA) para reconhecimento de lesões e condições cancerizáveis. Realizou-se busca nas bases de dados Pubmed, Science Direct e Google Scholar, resultando na seleção de 5 estudos após aplicação dos critérios de elegibilidade entre os anos 2012 e 2022, no idioma inglês, utilizando os descritores “Artificial Intelligence”, “Mouth Neoplasms” “Diagnosis, oral” e “Oral Pathology”. O aprendizado de máquina é um ramo de técnicas estatísticas e probabilísticas de otimização, com reconhecimento de padrões difíceis de interpretar. Em casos clínicos complexos, a leitura microscópica pode ser subjetiva, com diferença de definição e estratificação de risco pouco eficaz. Ao longo dos anos, estudos procuram empregar a inteligência artificial ??para prever o comportamento e o prognóstico do câncer. Os artigos pesquisados apresentaram diferentes tipos de algoritmos de IA testados, desde sistemas supervisionados de aprendizado de máquina (SVM-Support Vector Machine) até sistemas de aprendizado profundo (CNN- rede neural convolucional). Todos os modelos pesquisados apresentaram satisfatórios desempenhos. Os estudos empregaram análises por imagens histológicas, onde relataram precisão superior a 90%, bem como alta sensibilidade e especificidade. A lesão predominantemente analisada foi o carcinoma espinocelular oral (CEC). Foram observados aspectos como reconhecimento de amostras com e sem padrão histológico suspeito, detecção de sítios tumorais, classificação de padrão textural para CEC, identificação automatizada de carcinoma espinocelular usando características de forma, textura e cor de tiras de imagens inteiras. Conclui-se que o uso da Inteligência artificial para diagnóstico do câncer bucal representa uma ferramenta valiosa e novos estudos analisando sua eficiência e eficácia devem ser realizados para a fomentação de novas perspectivas acerca da sua utilização.
Palavras-chave: Inteligência Artificial, Diagnóstico Bucal, Neoplasias Bucais, Patologia Bucal.
316323 - ALTERAÇÕES ORAIS E SUAS REPERCUSSÕES EM PACIENTES SOB CUIDADO DE TERAPIA INTENSIVA: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Thayssa Silva Santos, Sérgio de Melo Alves Júnior.
O estudo tem como objetivo identificar as principais alterações em mucosa oral que se manifestam em pacientes entubados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e quais as repercussões dessas alterações na saúde sistêmica, bem como as consequências do tratamento sistêmico na saúde oral do paciente. Uma revisão de literatura foi realizada em setembro de 2023 nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scielo, aplicando-se os descritores: Manifestações Bucais, Mucosa Bucal e Unidades de Terapia Intensiva. Dos artigos encontrados, foram selecionadas cinco publicações. Os critérios de elegibilidade incluíram as publicações que apontam as diversas condições em cavidade oral decorrentes da entubação orotraqueal e do tratamento em UTI, além das principais consequências dessa intervenção ao paciente. A literatura aponta que as alterações mais encontradas são o ressecamento labial, hipossalivação, halitose, úlceras traumáticas, saburra lingual e candidíase. Muitos estudos ressaltam também que condições bucais pré-existentes como a cárie, gengivite e doença periodontal são alterações comuns e que podem alterar as condições sistêmicas do paciente, assim como o sistêmico pode contribuir para o aparecimento de alterações orais, como o crescimento gengival e hemorragias decorrentes de condições de imunossupressão, além de úlceras e infecções oportunistas resultantes da terapêutica medicamentosa escolhida. As lesões em mucosa oral oriundas de um processo de internação e entubação são recorrentes e podem interferir no estado geral de saúde, no tempo de internação e no risco de mortalidade. Diante disso, a integração do cirurgião dentista à equipe multiprofissional nas UTIs e o maior fomento da literatura sobre as repercussões de lesões orais são imprescindíveis para estimular a investigação, orientação e higienização, minimizando a interferência de fatores secundários na saúde e recuperação do paciente.
Palavras-chave: Manifestações bucais, Mucosa bucal, Unidades de Terapia Intensiva.
316465 - ATUAÇÃO DO CIRURGIÃO DENTISTA EM COMPLICAÇÕES ADVINDAS DA ANGINA DE LUDWIG: REVISÃO DE LITERATURA. Bianka Ferreira de Carvalho, Isabela Brito Lima, Lorena Maria de Souza da Silva, Hudson Padilha Marques da Silva, Raphael Holanda Santos e Douglas Fabrício da Silva Farias.
Esse estudo tem como intuito evidenciar os principais aspectos clínicos da síndrome de Beckwith Wiedemann e sua repercussão no sistema estomatognático e as possibilidades de tratamento e as dificuldades no manejo desse grupo de pacientes. Esta revisão de literatura foi realizada através da análise de artigos em idioma inglês pelos bancos de dados virtuais Pubmed e Science Direct utilizando os descritores “Beckwith-Wiedemann syndrome”; “Treatment”; “macroglossia”, sendo selecionados 5 artigos que se encaixam aos requisitos de inclusão, estando entre os períodos históricos de 2018 a 2022. A síndrome de Beckwith-Wiedemann é a síndrome de crescimento excessivo mais comum. Etiologicamente, é um distúrbio causado por alterações genéticas e epigenéticas que afetam a regulação de genes na região do cromossomo 11p15. Apresenta espectro clínico amplo e variado, o que pode tornar o diagnóstico desafiador em alguns casos. Dentre os sinais clínicos, destacam-se macrossomia, macroglossia e defeitos da parede abdominal como as características mais comuns. A macroglossia é uma característica considerada um fator de risco para a apneia obstrutiva do sono. Os distúrbios respiratórios do sono são altamente variáveis ??nesta população, sendo uma variedade de terapias conservadoras e cirúrgicas empregadas para tratar a apneia obstrutiva do sono em crianças com síndrome de Beckwith-Wiedemann, mas nenhuma foi estudada sistematicamente. A redução da língua é a base da terapia cirúrgica para macroglossia, mas há dados limitados disponíveis sobre sua eficácia no tratamento da apneia obstrutiva do sono ou seu efeito na fala e na deglutição. Conclui-se neste estudo que o tratamento cirúrgico parece proporcionar resultados positivos com desfecho satisfatório nas alterações dentoesqueléticas, fonéticas, respiratórias e mastigatórias.
Palavras-chave: Beckwith-Wiedemann syndrome; Treatment; Macroglossia.
316385 - SÍNDROME DE BECKWITH-WIEDEMANN E AS ABORDAGENS CIRÚRGICAS PARA O TRATAMENTO DAS ALTERAÇÕES FACIAIS: REVISÃO DE LITERATURA. Iago Martins da Silva, Lorena Maria de Souza da Silva, Petrus Moraes Almeida, Francisco Antônio de Jesus Costa Silva, Hudson Padilha Marques da Silva, Douglas Fabrício da Silva Farias.
Este trabalho tem como intuito evidenciar os principais aspectos clínicos da Angina de Ludwig, os riscos decorrentes desta lesão e como deve ser a abordagem quanto a esse quadro infeccioso. Esta revisão de literatura foi realizada através da análise de artigos em idioma inglês pelos bancos de dados virtuais Pubmed e Science Direct utilizando os descritores: “Ludwig’s Angina”, “Infection”, “Treatment”, sendo selecionados 6 artigos que se encaixam aos requisitos de inclusão, estando entre os períodos históricos de 2017 a 2022. A Angina de Ludwig é uma infecção potencialmente letal e de rápida disseminação, envolvendo as regiões sublingual, submandibular e submental bilateralmente. A maioria das causas é de origem odontogênica, sendo 70% proporcionada por uma infecção aguda causada nos molares inferiores. Outras causas conhecidas são o abscesso peritonsilar ou parafaríngeo, fratura mandibular, lacerações orais ou sialadenite submandibular. Uma das complicações de maior risco é a mediastinite, uma alteração nas vias respiratórias que apresenta como sintomas dor torácica, dispneia ou angústia respiratória. A tomografia computadorizada é extremamente útil nas infecções cervicais, porque mostra com exatidão o envolvimento precoce do mediastino, permitindo a localização ideal para intervenção cirúrgica. Na maioria dos estudos avaliados, notou-se que a terapêutica antibiótica isolada não é o meio de tratamento adequado, sendo necessário uma abordagem cirúrgica. Conclui-se que é de extrema importância que o cirurgião-dentista saiba identificar os sinais e sintomas desta infecção para que possa proceder corretamente diante dessa complicação, merecendo atenção redobrada devido ao seu alto potencial de letalidade.
Palavras-chave: Ludwig’s Angina, Infection, Treatment.
316631 - MANIFESTAÇÕES ORAIS DA NEOPLASIA ENDÓCRINA MÚLTIPLA TIPO 2B: REVISÃO DE LITERATURA. Jerson Pinto Da Trindade, Cássia Gabrielle Reis Negrão, Lorena Maria De Souza Da Silva, Caio Allan Alves De Araújo, Hudson Padilha Marques Da Silva, Douglas Fabrício Da Silva Farias.
Esta revisão de literatura possui o intuito de evidenciar as principais alterações causadas por esta neoplasia no sistema estomatognático. Foram pesquisados artigos em inglês, nas bases de dados Pubmed e Science direct, com as palavras-chave: “Multiple Endocrine Neoplasia, Neurofibroma, Manifestation”; sendo selecionado 5 artigos que seguem os requisitos de inclusão, estando entre os períodos históricos de 2017 a 2023. A neoplasia endócrina múltipla tipo 2B representa um grupo raro de doenças autossômicas dominantes, sendo a proporção de 50% para ambos os sexos, contudo, alguns estudos apontam uma sutil predominância feminina. A sua manifestação nas estruturas maxilo-faciais traz aspectos importantes que devem imediatamente levantar a suspeita do diagnóstico. De acordo com a literatura utilizada, os principais sinais que há evidenciam são a plenitude tecidual generalizada dos lábios, dolicocefalia, o esclerognatismo esquelético associado ao prognóstico mandibular ou retrognatia que requer tratamento ortodôntico combinado com cirurgia ortognática. A presença de diastemas dentários em qualquer dos arcos é bem reconhecida. Neuromas orais ou neurofibromas são marcas registradas, apresentam-se como nódulos ou pápulas indolores que afetam os lábios, porção anterior da língua, podendo também serem vistas na mucosa jugal, palato duro e gengiva. Esses achados são patognomônicos, particularmente quando observados em pacientes com desproporções posturais marfanóides ou aumento palpável da tireoide. Contudo, o componente mais importante da síndrome é o carcinoma medular da tireóide (CMT), que ocorre em 90 100% dos pacientes. Conclui-se que, a NEM2B é uma condição rara que traz diversos danos ao paciente. As características maxilofaciais de MEN2B devem alertar o clínico para a possibilidade desta doença mórbida, que apresenta em casos de CMT uma vida média de 21 anos.
Palavras-chave: Multiple Endocrine Neoplasia, Neurofibroma, Oral Manifestation
319131 – ABORDAGEM CONSERVADORAS DE LESÕES AGRESSIVAS E BENIGNAS DOS MAXILARES: UMA REVISÃO DE LITERARTURA. Cássia Gabrielle Reis Negrão, Eloiza Da Silva Pinheiro, Lorena Maria De Souza Da Silva, Caio Allan Alves De Araújo, Hudson Padilha Marques Da Silva, Douglas Fabrício Da Silva Farias.
Esse estudo tem como intuito avaliar as principais modalidades de tratamento conservador das lesões agressivas e benignas dos maxilares. Esta revisão de literatura foi realizada através da análise de artigos em idioma inglês pelos bancos de dados virtuais Pubmed e Science Direct utilizando os descritores: “Oral Pathology”; “Mandibular Neoplasms”, “Benign Tumor”, sendo selecionados artigos que se encaixam aos requisitos de inclusão, estando entre os períodos históricos de 2020 a 2023. Existem diversas maneiras de tratamento das lesões que afetam os maxilares, dentre elas, a marsupialização, a qual os estudos mostram casos de regressão total da lesão após 04 meses da instalação do dispositivo. Essa descompressão seguida de enucleação diminui a probabilidade de recorrência em comparação com a descompressão sozinha. Das diversas modalidades de tratamento, a enucleação, associada à solução de carnoy é o tratamento conservador com menor taxa de recidiva, 5,3%, ficando atrás apenas da ressecção segmentar. Porém, esse mesmo protocolo de tratamento para ameloblastomas unicísticos enfrentam uma taxa de recidiva maior, de 60%, ou até 80% quando o ameloblastoma é multicístico e de 0% para ceratocistos. Outra opção de tratamento para lesões agressivas nos maxilares é a criocirurgia, que tem como principal vantagem a manutenção do remanescente ósseo viável. As modalidades de tratamento mais recentes incluem a calcitonina, um peptídeo hormonal produzido pela tireoide que pode inibir a atividade celular de alguns tumores. O interferon-?, que é um agente com ação antiangiogênica utilizado principalmente no tratamento de hemangiomas e tumores vasculares. Concluindo-se que as técnicas conservadoras são uma boa modalidade de tratamento quando bem realizadas e indicadas. Além disso, é necessário um longo período de acompanhamento para esses tipos de tratamento. Entendendo que nenhum tratamento é inerente a complicações, apresentando riscos de recidiva.
Palavras-chave: Mandibular Neoplasms; Benign Neoplasm; Oral Pathology
319681 - INTERVENÇÃO CLÍNICA E ANTIBIÓTICOS: COMO SOLUCIONAR AS INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS? REVISÃO DE LITERATURA. Anne Morais Rodrigues, Joanne Brasil Araújo, Lorena Maria de Souza da Silva, Caio Allan Alves de Araújo, Hudson Padilha Marques da Silva, Douglas Fabrício da Silva Farias.
O objetivo desta revisão de literatura é salientar a eficácia de tratamentos realizados sem a necessidade de prescrições medicamentosas e informar os riscos e complicações do abuso de antibióticos. Esta revisão de literatura foi realizada através da análise de artigos em idioma inglês pelos bancos de dados virtuais Pubmed e Science Direct utilizados os descritores: “Antibiotics”, “Therapeutics”, “Infections”, sendo selecionados 5 artigos que se encaixam aos requisitos de inclusão, estados entre os períodos históricos de 2018 a 2023. O curso de infecção depende da virulência das bactérias, dos fatores de resistência do hospedeiro e da anatomia regional. A decisão da conduta clínica frente a uma infecção odontogênica é baseada na origem e gravidade da infecção e no estado dos mecanismos de defesa do hospedeiro. Diversos estudos demonstram que a principal ação contra as infecções odontogênicas é a eliminação da fonte primária de infecção. O uso excessivo e incorreto dos antibióticos é considerado como uma das principais causas do surgimento de microrganismos resistentes. A resistência bacteriana aos antibióticos disponíveis chega a porcentagem de 5 a 20% nas infecções odontogênicas. Algumas bactérias anaeróbias estritas podem produzir a enzima betalactamase capaz de quebrar o anel betalactâmico das penicilinas e das cefalosporinas, inativando esses antimicrobianos. Os antibióticos são necessários em muitas infecções odontogênicas para acelerar a resolução completa, mas nunca devem ser considerados como uma alternativa à intervenção odontológica. Deste modo, conclui-se que a remoção da fonte de infecção continua sendo o principal objetivo do tratamento e os antibióticos são adjuntos a um tratamento eficaz e seguro.
Palavras-chave: Antibiotic, Infection, Therapeutics
318084 - CISTO ODONTOGENICO GLANDULAR: REVISÃO DE LITERATURA. Daniel Kataoka do Valle, Anny karoliny Cunha da Silva Bogot, Ala Anna Mello Reis, Fabio Garcia Amaral Soares, Geovanni Pereira Mitre.
O presente estudo tem o propósito de levantar dados da literatura acerca das características clínicas, radiográficas e tratamento do cisto odontogênico glandular. Para tal foi efetuada uma busca de artigos científicos do tipo relato de caso, no período de 2013 a 2023, nas plataformas PubMed e Google acadêmico. Utilizou-se as palavras-chave “cisto odontogênico glandular” e “glandular odontogenic cyst’’. Vinte artigos foram selecionados para a coleta das informações de características clínicas, radiográficas e tratamento. Clinicamente os artigos mostraram uma maior prevalência do cisto em adultos do sexo masculino, com cerca de 60% apresentando-se como um aumento de volume na região afetada. A localização mais frequente foi a anterior de mandíbula, mas podendo ocorrer em qualquer região maxilomandibular. Dor foi observada em apenas 15% dos casos. Radiograficamente exibe-se como um achado radiolúcido unilocular em 65% dos casos e multilocular, em 35%, com limites bem definido e bordas escleróticas. O tratamento deve ser conduzido de forma criteriosa, pois apesar de ser tratado de forma conservadora (enucleação, marsupialização e curetagem) na maioria dos casos, lesões de comportamento agressivo e recidivante podem necessitar de ressecção em bloco, seguida de reconstrução. Desta forma, ressalta-se a importância do conhecimento por graduandos e profissionais da saúde a respeito do Cisto Odontogênico glandular, um cisto do desenvolvimento raro e de comportamento potencialmente agressivo, para adequada tomada de decisões clínicas de diagnóstico e tratamento.
Palavras-chave: Cistos Odontogênicos, Diagnóstico Bucal, Estomatologia.
320203 – TRATAMENTO MULTIDICIPLINAR DAS FISSURAS LABIOPALATINAS: REVISÃO DE LITERTURA. Maria Paloma Silva da Silva, Alisson de Melo Moraes, Livia Estefany da Cunha Magalhães, Maria Clara Dantas Azevedo da Silva, Vinicius Rafael Lima de Sousa, Geovanni Pereira Mitre.
O objetivo do presente estudo é realizar uma revisão de literatura a respeito das fissuras labial e/ou palatina (FLP), dirigindo-se para um melhor conhecimento das condutas de tratamento em um contexto multidisciplinar. Para isso, realizou-se uma busca nas bases de dados Pubmed, Scielo e Google Acadêmico, utilizando-se o descritor “Fissuras Labiopalatinas” e “reabilitação multiprofissional” nos últimos 10 anos. Conforme os dados levantados, a FLP é a deformidade craniofacial congênita mais frequente e apresenta se de formas variadas, podendo afetar o lábio superior, fossa nasal e palato em diferentes níveis. Dentre as consequências geradas por esta condição, são comuns o comprometimento da audição, fonética, mastigação, deglutição e respiração. Diante da extensão de aspectos clínicos e repercussões na qualidade de vida do paciente acometido, uma abordagem multiprofissional é necessária. Relata-se a intervenção cirúrgica de fechamento do lábio com 3 meses de vida e o do palato, em tempo máximo de 1 ano. De forma geral, faz-se necessário o trabalho conjunto das seguintes especialidades-chave para o tratamento: médicos, cirurgiões dentistas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos. Desta forma, o tratamento das FLP’s é complexo e depende do grau de acometimento, momento do diagnóstico e início da intervenção. Assim, a reabilitação funcional, estética e psicossocial por uma equipe multiprofissional deve ter início precoce para minimizar os impactos na vida do paciente.
Palavras-chave: Fenda Labial, Fissura Palatina, Desenvolvimento Maxilofacial, Equipe Multiprofissional, Reabilitação.
320213 - EFEITOS DO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO PRECOCE DO ODONTOMA COMPOSTO EM DENTES PERMANENTES DE PACIENTES PEDIÁTRICOS. Amanda Drielle Conceição de Sousa, Carla Cristina Santana dos Reis, Carla Cristina Ferreira dos Santos, Erick Nelo Pedreira.
O presente estudo busca avaliar, baseado em análise da literatura, o papel do diagnóstico precoce do odontoma composto nos dentes permanentes de pacientes pediátricos, com idades entre 9 e 13 anos. Essa doença é caracterizada como uma neoplasia benigna de origem odontogênica, que ocorre com maior frequência na região da maxila, sendo usualmente associada ao impedimento dos movimentos eruptivos dos dentes permanentes. Nesse viés, para a construção dessa revisão de literatura, foram consultadas as bases de dados: Medline, Scientific Electronic Library Online e Google Acadêmico, utilizando os descritores: odontoma, criança e dentição mista, tendo sido incluídos trabalhos publicados no período de 2014 a 2021, nos idiomas inglês e português, os quais relacionaram diretamente o tempo de diagnóstico e o início do tratamento do odontoma composto aos efeitos sobre os dentes permanentes da população infanto-juvenil. Os resultados obtidos na literatura analisada evidenciaram a relevância do diagnóstico precoce da lesão, como aliado na conservação dos elementos associados ao odontoma, bem como na escolha SBN: 978-65-01-37185-6 do plano de tratamento adequado, visando um bom prognóstico. Ademais, os casos de diagnóstico tardio apresentaram a necessidade do uso de tracionamento ortodôntico. O pós-operatório dos casos relatados resultou em um bom prognóstico da erupção dos dentes permanentes após a remoção dos dentes decíduos envolvidos com o odontoma, sendo, em alguns casos, indicado o tratamento ortodôntico para esses pacientes. Assim, as análises permitem inferir que os exames clínicos associados ao exame radiográfico são de extrema importância para o diagnóstico precoce do odontoma, uma vez que o tratamento prematuro aumenta as chances de preservação dos dentes permanentes inclusos e formação adequada da dentição definitiva, causando efeitos benéficos ao desenvolvimento da dentição permanente.
Palavras-chave: odontoma, criança, dentição mista, patologia bucal.
320372 - CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DA TERAPIA COM LASER DE BAIXA POTÊNCIA EM LESÕES ORAIS. Larissa Dos Santos Matos, Gabriella Dos Reis Dos Santos, Lucas Gabriel Silva Ferreira, Amanda Benevenuto Bezerra, Isabella Monteiro De Moraes, Erick Nelo Pedreira.
A terapia com laser de baixa potência se apresenta como uma via alternativa de tratamento, promovendo efeito anti-inflamatório, analgésico e cicatrizante, propiciando uma redução importante no uso de fármacos. Este estudo objetiva identificar quais lesões orais apresentam melhor resolução a partir do tratamento com laser de baixa potência. Para tanto, foi conduzida uma revisão de literatura na qual a busca nas bases de dados ocorreu por meio dos descritores em inglês “Low-Level Light Therapy”, “Phtotobiomodulation”, “Oral Pathology” e “Maxillofacial Pathology” combinados por meio de operadores booleanos. Além disso, utilizou-se os seguintes critérios de inclusão: ensaios clínicos randomizados publicados a partir de 2019 em português e inglês. Todos os artigos que não atendiam aos critérios definidos e/ou não se encaixavam na temática e nos objetivos deste estudo foram excluídos. Os artigos que se enquadravam nos critérios descritos anteriormente foram lidos a fim de extrair dados sobre a metodologia utilizada, quais lesões foram tratadas pelo laser de baixa potência, assim como os resultados observados pelos autores após o tratamento. Os estudos apontaram resultados significantes relacionados ao tratamento de lesões orais com o uso do laser de baixa potência. A principal lesão para a qual esse tratamento é aplicado é a mucosite oral induzia por radioterapia para o tratamento de câncer de cabeça e pescoço e o principal desfecho observado nesses casos foi a melhora da qualidade de vida do paciente. A partir da análise detalhada dos estudos, conclui-se que as evidências sugerem ser promissora o uso da terapia a laser em relação à diminuição do tempo de cicatrização e ao reparo tecidual de forma preventiva em lesões orais, como exemplo a mucosite oral, que afetam pacientes oncológico. Dessa forma, é possível proporcionar qualidade de vida e aumentar as chances de sucesso no tratamento com o uso da terapia a laser de baixa potência quando aplicados a lesões orais.
Palavras-chave: Terapia com Luz de Baixa Intensidade; Patologia Bucal; Terapia a Laser
320609 – DIAGNÓSTICO DE OSTEONECROSE DOS MAXILARES RELACIONADA A MEDICAMENTOS: UMA PRÁTICA CONTEMPORÂNE E CRESCENTE. Ana Carolina Moraes Costa, Raissa Baia Valente, Victor Diogo da Silva Quaresma, Leonardo Silva do Nascimento, Carolynne Ferreira dos Santos, Vânia Castro Corrêa.
O objetivo deste trabalho é fomentar a importância do cirurgião-dentista sobre o conhecimento das osteonecroses relacionadas a medicamentos (ONM), uma condição atual e crescente que acomete muitos indivíduos, e que envolve principalmente a participação do cirurgião-dentista no diagnóstico. Foi realizada uma revisão bibliográfica, nas bases de dados PUBMED, SCILEO e Scopus, por meio de interligações de palavras-chave, diante dos resultados foram incluídos os trabalhos com data de publicação nos últimos 10 anos. A osteonecrose dos maxilares relacionadas a medicamentos é uma toxicidade em que clinicamente há exposição de tecido ósseo, ou sondável por meio de fístulas intra ou extraorais, que persistem por mais de oito semanas em pacientes que fizeram uso ou em uso vigente de medicamentos antirreabsortivos ou antigiogênicos e que não fizeram tratamento de radioterapia na região de cabeça e pescoço. Atualmente o uso desses medicamentos tornou-se frequente, para o tratamento de neoplasias malignas sólidas com metástases ósseas, neoplasias hematológicas, assim como no tratamento de doenças osteometabólicas. Ao associar o aumento da incidência desta condição ao contexto da odontologia, há a necessidade de o profissional ter conhecimento acerca destas medicações, sobretudo interpretar as necessidades pelas quais o paciente as utiliza e, principalmente, os efeitos que a medicação pode desencadear. Além disso, são contraindicados alguns procedimentos odontológicos, como a exodontia, sendo apontada como um dos principais fatores que a desencadeiam. Assim, é imprescindível que o cirurgião-dentista esteja apto a realizar o diagnóstico desta condição de grande importância no cenário atual. Reconhecer as características clínicas, histórico médico, assim como as medicações em vigência, irá auxiliar o profissional no processo diagnóstico. Assim, com o diagnóstico estabelecido poderá ser realizado o tratamento adequado, proporcionando conforto e melhora ao quadro do paciente.
Palavras-chave: Osteonecrose; Odontologia; Antirreabsortivos.
320620 – LESÕES BUCAIS EM ASSOCIAÇÃO AO USO DE PRÓTESE DENTÁRIAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Ingrid Gomes Mota, Lorena Maria de Souza da Silva, Thiago Pereira Lopes, Andréa Santos da Cruz, Camila Lima de Andrade.
Este trabalho tem como objetivo apresentar as principais lesões associadas ao uso de próteses dentárias e os fatores de surgimento e desenvolvimento dessas lesões. O estudo tratou-se de uma revisão de literatura, elaborada mediante um levantamento nas bases de dados eletrônicas PubMed e Google Acadêmico. O processo de buscas realizou-se por meio dos DeCs “Patologia Bucal”, “Prótese Dentária” e “Prótese Total”, utilizando o operador booleano “AND”, sendo filtrados artigos a partir do ano de 2018 até o ano 2023. De acordo com a literatura, as lesões bucais mais frequentes em associação ao uso de próteses dentárias são hiperplasia fibrosa inflamatória, úlcera traumática, estomatite protética, queilite angular e candidíase, havendo diversos fatores para o surgimento e desenvolvimento dessas lesões, dentre eles, deficiência de higienização, maior tempo de uso, planejamento inadequado da prótese, má adaptação e hipossalivação. Sendo assim, conclui-se, que as próteses dentárias são essenciais para a reabilitação oral de áreas edêntulas, mas, é necessário ser de conhecimento do cirurgião-dentista os fatores que causam as lesões bucais relacionados ao uso dessas próteses para que o mesmo haja de forma a prevenir o desenvolvimento das lesões, orientando sobre a higienização da prótese e o tempo de uso, confeccionando e adaptando de forma correta e planejando o melhor tratamento para pacientes de acordo com suas necessidades, sendo imprescindível cada paciente seguir as recomendações e orientações profissionais para assim evitar o surgimento das lesões bucais. Palavras-chave:
Patologia Bucal, Prótese Dentária, Prótese Total
320655 – FUMO INVERTIDO E SUAS IMPLICAÇÕES NA CAVIDADE ORAL: REVISÃO DE LITERATURA. Athus Michel Flexa Conceição, Rafaela de Albuquerque Dias.
Este trabalho tem como objetivo avaliar os efeitos do fumo invertido (FI) na cavidade oral. Para isso, realizou-se uma revisão de literatura utilizando as seguintes bases de dados: PubMed, LILACS, MEDLINE, SciELO, Cochrane e Google Scholar, com os seguintes descritores: tabagismo, fumar tabaco e boca, além dos termos cavidade oral, fumo invertido e tabagismo invertido combinados em português e inglês. Os critérios de inclusão foram todos os artigos publicados e indexados nas referidas bases de dados, na íntegra, em português, inglês e espanhol, abordando a temática desta revisão de literatura. A busca resultou em 283 publicações que, após leitura crítica dos artigos e critérios de inclusão, foram incluídos 10 trabalhos nessa revisão. Os resultados demonstraram que as lesões orais decorrentes do FI afetam principalmente mulheres em países em desenvolvimento e tropicais devido à predominância desse hábito, e a região da cavidade oral mais atingida é o palato duro. A estomatite nicotínica foi a mais citada, além de lesões pré-malignas como a leucoplasia. Alterações na língua foram mencionadas em menor grau, iniciando com palidez e progredindo para máculas vermelhas e ulceradas. As anormalidades observadas nos tecidos foram categorizadas em leves, moderadas e avançadas de acordo com o grau e a extensão, desde áreas elevadas e esbranquiçadas até a identificação de pápulas com ou sem espessamento da superfície epitelial. A ocorrência de lesões malignas também foi frequente, com destaque para o carcinoma espinocelular, que afetou principalmente o palato duro, seguido pela língua. Relatou-se também que a temperatura do tabaco aceso pode gerar efeitos citotóxicos e mutagênicos devido as temperaturas atingidas. Com base nesses resultados, recomenda-se a implementação de políticas públicas, sobretudo nas regiões endêmicas, que além de incentivar as pessoas a pararem de fumar, também proporcionem informações sobre os riscos do fumo para a saúde bucal e geral da população.
Palavras-chave: Tabagismo; fumar tabaco; boca.
Modalidade: Relato de caso
315730 - DESVENDANDO A SINDROME DE SJÖGREN: SUAS PARTICULARIDADES E CORRELAÇÃO COM A XEROSTOMIA. Ana Carolina Ramos Campos, Giovanna Silva Araújo, Bárbara Cordovil Afonso, Emilly Silva e Silva, Douglas Magno Guimarães.
O objetivo deste trabalho é relatar dois casos distintos de xerostomia, sendo um deles diagnosticado como Síndrome de Sjögren, a partir de análise clínica e histopatológica. A princípio, evidenciamos uma paciente do gênero feminino, com 45 anos de idade, apresentando boca seca, olhos secos, pele ressecada e sangramento nasal, levantou suspeita de Síndrome de Sjögren. Portanto, foi realizada uma biópsia de três fragmentos de tecido mole, que se apresentavam com formato e superfície irregular, coloração acastanhada e consistência fibrosa. No exame histopatológico, observou-se a presença de infiltrado inflamatório mononuclear e degeneração dos ácinos salivares, com algumas áreas das glândulas salivares infiltradas por tecido adiposo. De forma semelhante, há um caso de paciente do sexo feminino, 62 anos de idade, com sintomas similares, incluindo xerostomia e olhos ressecados. Porém, em contrapartida, todos os testes sorológicos foram negativos, apesar da semelhança nos sintomas. Após ter sido submetido ao tratamento foi observada uma evolução satisfatória nas reavaliações. A Síndrome de Sjögren é uma doença autoimune que pode se manifestar tanto como uma doença primária quanto secundária quando associada à outra enfermidade. Esta patologia desencadeia uma hiperreatividade dos linfócitos B, convertendo-os em plasmócitos responsáveis pela produção de anticorpos que provocam a infiltração de linfócitos em glândulas, tanto exógenas quanto não exógenas, sobretudo nas lacrimais e salivares. Como resultado, na cavidade oral, sua manifestação principal é a xerostomia. Para o diagnóstico da Síndrome de Sjögren, é fundamental realizar uma abordagem diagnóstica por exclusão, descartando hipossalivação induzida por drogas ou radiação, doenças virais como HIV, diabete, hipotireoidismo e causas de origem psicogênica. Assim, é possível conduzir uma investigação clínica abrangente para a Síndrome de Sjögren.
Palavras-chave: Síndrome de Sjögren; xerostomia; doença autoimune
315833 - VARIAÇÕES CLÍNICAS DA QUEILITE: UMA ANÁLISE ABRANGENTE. Rosanne Brabo, Ana Carolina Ramos Campos, Giovanna Silva Araújo, Douglas Magno Guimarães.
O objetivo deste trabalho é apresentar as distinções clínicas e histológicas entre as formas da enfermidade, com enfoque na queilite descamativa, actínica, angular e de contato. A pesquisa foi realizada mediante um relato de caso. Desse modo, o paciente do sexo masculino, com idade de 57 anos, informou alta exposição solar diariamente e uso do tabaco, também apresentava lesões ulceradas com aspecto eritematoso na região inferior dos lábios. A queilite é o nome dado a processos inflamatórios ocorrentes nos lábios. Estas inflamações são causadas por vários fatores. Geralmente são lesões pré-malignas e a causa está relacionada a exposições prolongadas e diárias ao sol. Em decorrência disso, os sintomas geram desconfortos, como comprometimento estético da região, ulcerações e dor. Apesar da sintomatologia similar entre as variadas apresentações da doença, há uma diferenciação dependendo do desenvolvimento e manifestação dos sinais e sintomas. A partir disso, as hipóteses de diagnóstico foram de queilite descamativa, actínica e glandular. Após o exame histopatológico, foi constatada a presença de mucosite liquenoide, sendo o apagamento interface epitélio-conjuntivo o diagnóstico diferencial para a queilite descamativa. Por fim, o tratamento foi feito pelo uso tópico de pomada dexametasona, com o intuito de diminuir a sintomatologia.
Palavras-chave: Odontologia. Saúde bucal. Queilite.
315841 - TUMOR DE PINDBORG EM CORPO DE MANDÍBULA: RELATO DE CASO. Bárbara Cordovil Afonso, Marina Fadul Neves Do Couto, Ana Carolina Ramos Campos, Giovanna Silva Araújo, Jorge Alex Pereira Rodrigues, Douglas Magno Guimarães.
O presente trabalho tem o objetivo de relatar um caso de Tumor de Pindborg, uma neoplasia benigna rara de origem odontogênica, responsável por <1% de todos os tumores odontogênicos e com cerca de dois terços de todos os casos descritos encontrados na mandíbula. Não há predileção sexual e é mais frequentemente encontrado em pacientes com idade entre 30 e 50 anos. Paciente do sexo feminino, 56 anos, procurou atendimento odontológico devido a aumento de volume em região mandibular que estava presente há 6 meses. No exame clínico intraoral, foi observado nódulo indolor, localizado em gengiva vestibular mandibular direita, estendendo-se do canino ao primeiro pré-molar inferior com vitalidade dos dentes envolvidos. Foi solicitada tomografia computadorizada da região que revelou uma lesão com defeito hipodenso com áreas hiperdensas, unilocular, circular e de limites corticalizados, localizado no corpo da mandíbula à direita, com afastamento das raízes dos elementos 43 e 44. As hipóteses diagnósticas envolviam Tumor Odontogênico Adenomatoide, Fibroma Ameloblástico e Tumor de Pindborg. Foi realizada biópsia incisional e o espécime foi encaminhado para análise histopatológica, que revelou alterações celulares que confirmaram o diagnóstico de Tumor de Pindborg. O tratamento consistiu na remoção cirúrgica da lesão e da porção marginal do osso afetado. A paciente está em acompanhamento há 6 meses sem sinal de reincidência.
Palavras-chave:Tumores Odontogênicos, Neoplasias Mandibulares, Patologia Bucal.
315842 - TUMOR DE CÉLULAS GRANULARES: RELATO DE UM CASO CLÍNICO. Bárbara Cordovil Afonso, Marina Fadul Neves Do Couto, Ana Carolina Ramos Campos, Giovanna Silva Araújo, Cássia Alves De Lima Luna, Douglas Magno Guimarães.
O Tumor de Células Granulares é uma neoplasia benigna e incomum de tecidos moles, 45% a 60% dos casos ocorrem na região da cabeça e pescoço, com predileção pela cavidade oral, acometendo principalmente pacientes entre a quarta e sexta década de vida e do sexo feminino. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de Tumor de Células Granulares, com ênfase nos aspectos clínicos e histopatológicos, nas hipóteses diagnósticas e no tratamento adotado. Paciente do sexo feminino, 19 anos, procurou atendimento odontológico com queixa de uma lesão em borda lateral da língua presente por 2 anos. No exame clínico intraoral, foi observado nódulo submucoso único, indolor, bem delimitado, com formato arredondado, com coloração semelhante à da mucosa, de base séssil e firme à palpação, não mostrando padrão de malignidade. As hipóteses clínicas envolviam Fibroma, Tumor de Células Granulares, Hiperceratose e Acantose. Foi realizada uma biópsia excisional e o material foi submetido ao exame histopatológico que revelou alterações celulares que confirmaram o diagnóstico de Tumor de Células Granulares. Após um período de 12 meses de pós-operatório, não houve sinal de recidiva da lesão ou qualquer outro comprometimento, com o tratamento consistindo na própria excisão local conservadora por meio da biópsia.
Palavras-chave: Tumor de Células Granulares, Neoplasias de Tecidos Moles, Patologia Bucal.
316333 - DIAGNÓSTICO DE LEUCOPLASIA EM PALATO DURO EM SERVIÇO DE ESTOMATOPATOLOGIA NA AMAZÔNIA. Renatu Ekayhe, Gustavo Bezerra dos Santos Lira, Carolina Almeida Paradela, Glória Beatriz dos Santos Laredo, Igor Mesquita Lameira, Hélder Antônio Rebelo Pontes.
A leucoplasia é um termo utilizado para definir lesões que se apresentam como uma mancha branca ou placa que não pode ser caracterizada clínica ou patologicamente como qualquer outra doença. Seu diagnóstico dependente não apenas da aparência clínica, mas também na exclusão de outras doenças que se manifestam como placas brancas na mucosa oral. O objetivo desse trabalho foi realizar um relato de caso clínico de leucoplasia no serviço de estomatopatologia do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), no estado do Pará. Paciente do sexo masculino, 28 anos, compareceu à clínica da patologia bucal do HUJBB queixando-se de placa esbranquiçada no palato duro há cerca de 19 anos. Na anamnese, paciente relatou ser tabagista e consumir álcool socialmente, ambos por cerca de 9 anos. Ao exame clínico intraoral, observou-se uma placa esbranquiçada com superfície granulomatosa, localizada na região de palato duro. Foi realizada uma biópsia incisional e observou-se um fragmento de tecido mole, de superfície lisa, de formato irregular, de consistência fibrosa com coloração esbranquiçada, medindo 03x03x02 milímetros. Foi observada uma hiperceratose e acantose com displasia leve, indicativo de suspeita de leucoplasia. Os cortes histológicos revelam fragmento de mucosa revestida por epitélio pavimentoso estratificado paraceratinizado e a camada basal apresenta-se duplicada, com polarização invertida. O infiltrado inflamatório justo epitelial é encontrado na lâmina própria. Feixes de fibras musculares estriadas esqueléticas, túbulos e ductos de glândulas salivares, vasos sanguíneos ectásicos e áreas de hemorragia completam o quadro histopatológico. A união dos elementos do exame clínico, de anamnese e histopatológicos fecharam o diagnóstico de leucoplasia.
Palavras-chave: Patologia, Diagnóstico, Leucoplasia.
316348 - EXAMES COMPLEMENTARES E SUA IMPORTÂNCIA PARA O DIAGNÓSTICO DE CERATOCISTO ODONTOGÊNICO: RELATO DE CASO. Arianny Lobo dos Anjos, Débora Raissa Sousa Silva, Carolina Almeida Paradela, Igor Mesquita Lameira, Lorena Paula de Paula, Helder Antonio Rabelo Pontes.
O Ceratocisto Odontogênico é uma patologia que possui comportamento clínico específico, com grande potencial de crescimento quando comparado a outros cistos. Possui altas chances de recidiva e são responsáveis por cerca de 3 a 11% de todos os cistos odontogênicos. Além disso, suas características histopatológicas são bem diferenciáveis e seu desenvolvimento ainda é desconhecido. O ceratocisto, em 60% a 80% dos casos, apresenta predileção pelo corpo posterior de mandíbula e seu ramo. O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de Ceratocisto. Paciente do sexo masculino, 34 anos de idade, melanoderma, foi encaminhado para o serviço de Patologia bucal do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) relatando sensibilidade intermitente no local do cisto. De acordo com o paciente, o cisto surgiu há aproximadamente 1 ano. Paciente relatou não ser fumante, no entanto era etilista há cerca de 20 anos. Clinicamente, o paciente apresentava tumefação corpo mandibular do lado direito, com abaulamento da cortical óssea, cápsula que possuía fácil deslocamento de cor rosa-pálida com conteúdo necrótico, fétido e consistência pastosa em seu interior. O exame radiográfico panorâmico revelou uma área radiolúcida do lado direito, com bordas bem definidas e que englobava parte da raiz do dente 47. A hipótese diagnóstica foi de cisto odontogênico infectado. Foi realizada biópsia incisional e o diagnóstico foi de Ceratocisto. O paciente foi encaminhado para fazer o tratamento com o cirurgião buco-maxilo para descompressão e acompanhamento. O ceratocisto odontogênico pode mimetizar outros cistos como o dentígero por exames radiográficos e a falta de exames complementares dificulta o diagnóstico diferencial. Além do exame panorâmico radiográfico, a biópsia e análise histopatológica são cruciais para o diagnóstico correto e precoce deste cisto, haja vista que ele pode ser confundido com outros cistos odontogênicos e possui altas chances de recidiva.
Palavras-chave: Patologia, Cistos Odontogênicos, Patologia Bucal, Odontologia.
316383 - DIAGNÓSTICO DE CARCINOMA ADENÓIDE CÍSTICO EM VÉU PALATINO DO LADO DIREITO: RELATO DE CASO. Bianka Ferreira de Carvalho, Jordana Caroline Barata Araújo, Glória Beatriz dos Santos Laredo, Felipe Reis Fernandes, Gabriela Sepêda dos Santos, Hélder Antônio Rebelo Pontes.
O Carcinoma Adenóide Cístico (CAC) é uma neoplasia maligna comum que afeta sobretudo as glândulas salivares menores, sendo o palato o local mais afetado. Essa patologia comumente se desenvolve em adultos de meia-idade, tendo predileção pelo sexo feminino e o paciente pode apresentar dor, perda da função do nervo facial ou paralisia. Assim, o objetivo do trabalho é relatar um caso clínico de CAC em palato mole. Nesse viés, um paciente do sexo masculino, 20 anos, compareceu ao serviço de patologia bucal do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) relatando uma lesão no lado direito do “céu da boca”, com tempo de evolução de aproximadamente um ano. O paciente informou não consumir bebida alcoólica e negou ser fumante. No exame clínico, notou-se um aumento de volume no véu palatino no lado direito, com telangiectasia superficial e fístula local. A lesão apresentava cor amarelo-pálida de formato nodular, consistência fibrosa, aspecto glandular, bem como cápsula delgada, friável em seu interior e pouco fibrosa em sua superfície, tendo aspiração positiva para cerca de 1 mL de conteúdo sanguinolento. Realizou-se uma biópsia incisional sob anestesia local e os cortes histológicos revelaram presença de neoplasia epitelial maligna de padrão tubular e cribriforme, composta de células pequenas e médio tamanho, com núcleos hipercromáticos e citoplasma escasso ou levemente eosinofílico. Observou-se, ainda, hiperplasia mioepitelial de células basais e discreto pleomorfismo nuclear. O estudo imuno-histoquímico revelou presença de células/ductais para citoceratina e células basais positivas para proteína p63. Após a correlação clínica e microscópica, o paciente foi diagnosticado com carcinoma adenóide cístico. Dessa maneira, conclui-se que o conhecimento das patologias orais é crucial tanto para realizar o diagnóstico precoce, quanto para fazer o planejamento de tratamento mais adequado, com o intuito de garantir um prognóstico mais favorável ao paciente.
Palavras-chave: Assistência Odontológica; Carcinoma Adenoide Cístico; Patologia bucal.
316409 - A BIÓPSIA COMO ESTRATÉGIA PREVENTIVA DA MALIGNIZAÇÃO DO ADENOMA PLEOMÓRFICO: UM RELATO DE CASO. Daysa da Silva Martins, Mayra Emanuele Magalhães Alves, Isis Mardini da Silva Coelho, Emili Barbara Monteiro Miranda, Jeise Mendes Medeiros de Lima, Hélder Antônio Rebelo Pontes.
O Adenoma Pleomórfico é a patologia mais frequente nas glândulas salivares, com prevalência no palato de indivíduos adultos, entre 30 e 60 anos, com diminuta predileção pelo sexo feminino. Materializa-se clinicamente como nódulo fibroso, indolor e de crescimento moroso. Derivado de elementos ductais e mioepiteliais, o Adenoma Pleomórfico apresenta variabilidade histológica inerente à localização de manifestação, podendo inclusive tornar-se um Carcinoma ex-adenoma pleomórfico. O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de adenoma pleomórfico diagnosticado pelo Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), destacando a importância da biópsia para prevenção de recidivas e malignização. Paciente masculino, 37 anos, foi encaminhado para o serviço do HUJBB por apresentar lesão nodular no palato duro sem cruzamento da linha média com evolução de dois anos – assintomática, ovalada, normocorada, de consistência fibrosa, base séssil e margens definidas, de aspecto radiográfico radiopaco. Com base nos achados, realizou-se biópsia excisional para exame anatomopatológico. A partir dos aspectos clínicos, de anamnese detalhada e de exame histopatológico, pode-se concluir o diagnóstico de adenoma pleomórfico. Por se tratar de um tumor benigno com possibilidade de malignização, o tratamento de escolha com maior taxa de eficácia e menor índice de recidiva, foi a excisão cirúrgica total do tumor e da margem circundante. Considerando estes aspectos, o caso evidencia a relevância da biópsia para eleição adequada da conduta de tratamento, pois somente a enucleação deste tumor não é suficiente para evitar minimizar recidivas e processos de malignização.
Palavras-chave: Adenoma pleomorfo; Patologia Bucal; Biópsia; Diagnóstico Bucal.
316429 - GENGIVITE ULCERATIVA NECROSANTE AGUDA EM PACIENTE HIV+: UM RELATO DE CASO CLÍNICO. Erick Matheus da Silva Araújo, Isis Mardini Coelho, Karoliny Martins Balbinot, Jeise Mendes Medeiros de Lima, Andréa Maia Corrêa Joaquim.
A Gengivite Ulcerativa Necrosante Aguda (GUNA), é uma doença periodontal de caráter diferenciado e agressivo. Apresenta-se com grande inflamação, papilas edemaciadas e algumas invertidas, áreas de necrose com pseudomembrana, dor, úlceras e hemorragias. De cunho multifatorial, como trauma, má higiene e estresse psicológico (prevalência de 7%), é importante citar que o estado de imunossupressão associado à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), correlaciona-se com o desenvolvimento do quadro periodontal necrótico. O paciente C.F.F, sexo masculino, 26 anos, feoderma, buscou o serviço de Patologia Bucal do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) com queixa de dor exorbitante em cavidade oral. Ao exame clínico observou-se áreas necróticas em regiões marginais, sangramento espontâneo, descolamento tecidual, com tempo de evolução de três dias. Notou-se presença de placa branca em borda látero-inferior de língua, não destacável a raspagem, sugestivo de Leucoplasia. Fisicamente, observou-se presença de inúmeras petéquias marrons em pele. Solicitou-se exames de sangue laboratoriais: Hemograma, Hemoglobina Glicada e sorologia para HIV, tendo como resultado reagente positivo. Assim como, solicitados exames de imagem (Periapical de boca toda) pela técnica do Paralelismo para análise de nível ósseo. O tratamento deu-se início com protocolo de Laserterapia+PDT adjunto a medicações sistêmicas de Metronidazol associado à Amoxicilina, Paracetamol, Pantoprazol para proteção gástrica e bochechos de Digluconato de Clorexidina 0,12%, assim como, motivação do paciente e instruções sobre higiene oral. Após protocolo de laserterapia+PDT e medicação, paciente relatou melhora expoente em dois dias. Dessa forma, conclui-se que, a Gengivite Ulcerativa Necrosante Aguda, é uma patologia altamente invasiva e debilitadora, atingindo os tecidos de suporte dentário de forma rápida e agressiva se não tratada, tendo como grande chave de diagnóstico, a investigação sistêmica.
Palavras-chave: Gengivite ulcerativa necrosante; Patologia bucal; Terapia a Laser.
316459 - CARCINOMA DE SEIO MAXILAR INDIFERENCIADO: UM RELATO DE CASO. Flavia Amorim Sampaio, Débora Raissa Sousa Silva1, Carolina Almeida Paradela, Igor Mesquita Lameira, Lorena Paula de Paula, Hélder Antônio Rebelo Pontes.
O carcinoma de seio maxilar é uma neoplasia incomum de causa desconhecida e representa 3% de todos os carcinomas da cabeça e do pescoço, sendo o seio maxilar o sítio mais acometido. A maioria dessas lesões é classificada como carcinoma epidermoide, as quais não apresentam sintomatologia ou em alguns casos chegam a mimetizar uma sinusite. O objetivo deste relato é apresentar um caso de carcinoma de seio maxilar indiferenciado ao utilizar os achados clínicos e histológicos. Paciente do sexo feminino T.C.S.R., 86 anos, encaminhada para o serviço de patologia bucal do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) para avaliação de lesão localizada em terço médio e região temporal esquerda da face. Ao exame extraoral constatou-se aumento de volume em região de maxila, de osso zigomático e do temporal do lado esquerdo, com consistência firme, normocromado e indolor. Já o aspecto clínico intraoral exibiu fundo de vestíbulo aumentado, com rebordo maxilar sem suporte ósseo à palpação. Realizou-se a incisão da lesão e foram avaliados na macroscopia dois fragmentos de tecido mole, de superfície irregular, fibrosa, com coloração parda-acastanhada. Já na microscopia, os cortes histológicos exibiram fragmentos de neoplasia caracterizados pela proliferação celular com intenso pleomorfismo, citoplasma eosinofílico e núcleos hipercromáticos, permeados por feixes de fibras colágenas dispersas, e vasos sanguíneos de tamanhos diversos. Assim, a biópsia confirmou a hipótese diagnóstica e a paciente foi encaminhada para o médico especialista em cabeça e pescoço. Portanto, a partir deste relato de caso evidencia-se a importância de um serviço de diagnóstico eficaz para que ao correlacionar os achados clínicos com exames complementares possa ser feito o diagnóstico correto das doenças e o seu encaminhamento para tratamento em tempo hábil, colaborando dessa forma com um bom prognóstico para o paciente.
Palavras-chave: Carcinoma epidermoide; Carcinoma Indiferenciado; Neoplasias epiteliais malignas.
316467 – FOTOBIOMODULAÇÃO APLICADA NO TRATAMENTO DE QUEIMADURA QUÍMICA POR ÁCIDO FOSFÓRICO A 37%: RELATO DE CASO. Ana Carolina Gomes Caldas, Lívia Sardinha de Melo, Stheffany Pena Gomes, Rayssa Nayra de Albuquerque Lima, Raíssa Pinheiro de Mendonça.
O tratamento de queimaduras químicas, independente da gravidade, tem por objetivos o controle da dor, da infecção e o reparo das feridas causadas. Nesse sentido, por tratar-se de uma técnica minimamente invasiva, acessível e não traumática, a fotobiomodulação apresenta-se como uma alternativa terapêutica eficaz no tratamento de lesões na cavidade oral, devido às suas características inerentes quanto à cicatrização e analgesia. O presente relato visa demonstrar a eficácia da fotobiomodulação no tratamento de queimaduras químicas decorrentes da exposição ao ácido fosfórico a 37% em procedimentos odontológicos. Paciente L.G.S.D., sexo masculino, 20 anos de idade, apresentou-se com queixa de sintomatologia dolorosa e ardência na cavidade oral após procedimento microabrasivo com uso de ácido fosfórico a 37%. Ao exame clínico, observou-se múltiplas lesões em mucosa gengival de aspecto eritematoso com margens indefinidas, presença de edema e necrose tecidual em região superior direita. Após correlação entre a anamnese e evidências clínicas, o diagnóstico foi de queimadura química provocada pela exposição ao agente ácido. A laserterapia de baixa intensidade foi a conduta terapêutica proposta. Foram realizadas três sessões com intervalos de 7 dias. Utilizou-se o MMO Laser Duo com configuração L1 para a aplicação durante 20 segundos em cada área afetada, em potência de 2J. Após a terceira sessão, observou-se a regressão total das lesões com mucosa de aspecto saudável, sem a presença de edema e sensibilidade. Ao término do tratamento, obteve-se prognóstico favorável, com regeneração do tecido gengival em aproximadamente três semanas. Logo, a conduta escolhida obteve sucesso, visto que o uso da fotobiomodulação dispensou manobras invasivas, devolvendo ao paciente a qualidade de vida e estética do sorriso.
Palavras-chave: Cavidade Oral, Lesões dos Tecidos Moles, Queimaduras, Terapia a Laser.
316487 – PARACOCCIDIOIDOMICOSE: A MICOSE SISTÊMICA E SUAS MANIFESTAÇÕES. Giovanna Silva Araújo, Ana Carolina Ramos Campos, Bárbara Cordovil Afonso, Cassia Alves De Lima Luna, Emilly Silva E Silva, Douglas Magno Guimarães.
Este relato de caso tem como objetivo expor a importância de um diagnóstico precoce da doença causada pelo fungo dimórfico Paracoccidioides brasiliensis – encontrado frequentemente em regiões agrícolas – o contágio ocorre, através da inalação das hifas que, posteriormente, se tornarão leveduras que comprometem principalmente o pulmão e podem se disseminar para outros órgãos e sistemas. Em muitos casos apresenta sinais e sintomas na cavidade oral, com aparência moriforme, não existindo uma área especifica da mucosa para sua manifestação, mas podendo ser determinantes para o diagnóstico da infecção. Neste relato de caso apresentamos um paciente do gênero masculino, 29 anos, procedente de Paragominas – PA. Foi submetido a atendimento odontológico relatando lesão ulcerada, com aspecto moriforme, presente bilateralmente na mandíbula com sangramento incessante. Em conclusão, foi realizado uma biópsia incisional e através do exame histopatológico foi fechado o diagnóstico de Paracoccidioidomicose (PCM), o tratamento foi feito com anfotericina B endovenosa e obteve-se um quadro de melhora satisfatória na reavaliação.
Palavras chave: Paracoccidioidomicose, Patologia bucal, Estomatologia.
316498 – GRANULOMA PIOGÊNICO EM REGIÃO DE PALATO: UM RELATO DE CASO. Petrus Moraes Almeida, Jordana Caroline Barata Araújo, Glória Beatriz dos Santos Laredo, Felipe Reis Fernandes, Gabriela Sepêda dos Santos, Helder Antônio Rebelo Pontes.
Caracterizado por um crescimento nodular da cavidade oral, o granuloma piogênico tem sido considerado de natureza não-neoplásica, e embora não sendo ligado à infecção, pode representar uma resposta do tecido seja por lesão traumática ou irritação local. O sítio com maior predileção é a gengiva (75%-85%), em seguida os lábios, tendo a região de palato como sendo mais rara. Clinicamente apresenta-se como um aumento de volume indolor e variável, altamente vascularizado, com superfície lisa ou lobulada, ulcerada e variando do rosa ao roxo. Este trabalho visa relatar um caso clínico de granuloma piogênico direcionado para o serviço de Patologia Bucal do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB). Paciente do sexo feminino, encaminhada ao serviço de Patologia Bucal do (HUJBB), apresentou lesão em região de palato, e ao exame clínico foi observado uma lesão na palatina com proximidade aos dentes 13,14 e 15. Ao ponto de vista macroscópico, após realização de uma biópsia incisional, o material apresentava de dois (02) fragmentos de tecidos mole, de superfície e formato irregular, consistência fibrosa e com coloração parda acastanhada, posteriormente sendo enviado para análise histopatológica. Feita análise, os cortes histopatológicos revelam fragmentos de mucosa revestida parcialmente por epitélio pavimentoso estratificado, exibindo proliferação pseudo epiteliomatosa. Observa-se também área de descontinuidade epitelial revestida por fibrina entremeada por rico infiltrado inflamatório misto e proliferação de vasos sanguíneos com tamanhos variados. Logo, após exame microscópico, a impressão sobre a lesão foi coerente com granuloma piogênico. Apesar do crescimento nodular do Granuloma piogênico não se relacionar à natureza neoplásica, podem gerar medo ao paciente no que tange à rapidez no crescimento. Por isso, vale salientar a importância de um diagnóstico precoce para não temer alguma lesão maligna, assim como o discernimento do Cirurgião-Dentista sobre o assunto.
Palavras-chave: Granuloma Piogênico, Palato, Neoplasias Bucais
316607 – MARSUPIALIZAÇÃO NO TRATAMENTO DE CISTO DENTÍGERO: UM RELATO DE CASO. Cássia Alves De Lima Luna, Marina Fadul Neves Do Couto, Emilly Silva, Gerlane Lima Oliveira, Giovanna Silva Araújo, Douglas Magno Guimarães.
O cisto dentígero, a forma mais comum de cisto odontogênico, é uma cavidade patológica que se forma ao redor da coroa de um dente não irrompido, geralmente associado a impactações dentárias. Seu crescimento lento e assintomático pode levar a deformações faciais, impactações e deslocamento de dentes ou estruturas adjacentes. As abordagens terapêuticas disponíveis são enucleação, marsupialização e a descompressão seguida por enucleação. O objetivo deste trabalho é dissertar um caso clínico, de paciente jovem, do sexo masculino, 19 anos de idade que apresentava um cisto dentígero na mandíbula. A presença de uma área radiolúcida unilocular delimitada associada à coroa do dente 38 impactado levou à suspeita inicial de outras condições como ameloblastoma ou queratocisto. Através da marsupialização, o líquido cístico foi removido e fragmentos de epitélio pavimentoso com células mucosas foram identificados no exame histopatológico. O diagnóstico final confirmou o cisto dentígero. A marsupialização, demonstrada neste caso, destaca-se como uma opção eficaz para tratamento definitivo, reduzindo a pressão intracística e preservando as estruturas adjacentes. Este estudo não somente ressalta a frequência do cisto dentígero, mas também enfatiza a imperatividade do diagnóstico e tratamento precoces. O cirurgião-dentista desempenha um papel fundamental na identificação correta dessa condição, bem como na seleção do tratamento mais adequado, levando em consideração a sua prevalência.
Palavras-chave: Cisto dentígero; Marsupialização; Patologia Oral; Saúde Bucal.
316618 – CARCINOMA AMELOBLÁSTICO EM REGIÃO MANDIBULAR: RELATO DE CASO. Fernanda Carla Pantoja Quaresma, Débora Raissa Sousa Silva, Carolina Almeida Paradela, Igor Mesquita Lameira, Lorena Paula de Paula, Hélder Antônio Rabelo Pontes.
O carcinoma ameloblástico é um tumor odontogênico de origem epitelial representando 1% dos ameloblastomas. Acomete ampla fixa etária, sendo comum em indivíduos da 6ª década e considerado agressivo por destruir a cortical óssea e atingir tecidos moles subjacentes. Esse trabalho visa descrever sobre o caso de um paciente submetido ao exame histopatológico, em hospital de referência, em Belém, para diagnóstico de lesão em tecido mole. Paciente ACS, 27 anos, compareceu ao Hospital Universitário João de Barros Barreto, encaminhado de instituição pública para receber diagnóstico e, consequentemente, tratamento para lesão em corpo mandibular em lado direito com evolução de 3 anos. Durante a anamnese, paciente negou apresentar problemas sistêmicos e ser etilista e fumante. No exame clínico, notou-se que a lesão era múltipla e ulcerada, de superfície irregular, sangrante ao toque, assintomática, de consistência fibrosa à palpação extraoral e que está associada aos elementos dentários 44,45 e 47, os quais apresentavam se com seleta mobilidade. Foi requerido biópsia incisional para confirmar hipótese diagnóstica de Carcinoma Espinocelular, colhendo-se 3 fragmentos da peça e fixada em formol para avaliação anato patológica. Entretanto, após análise macroscópica, confirmou-se que a patologia em questão era um Carcinoma Ameloblástico. Sabe-se que a lesão em questão gera metástases para a região pulmonar e linfonodal cervical, sendo necessário estabelecer um tratamento multidisciplinar para tratar o Carcinoma Ameloblástico, o qual pode consistir em uma cirurgia ampla associada à radioterapia e à quimioterapia, em conjunto com médicos de região da cabeça e pescoço. Dessa forma, é de extrema relevância o correto diagnóstico e a integralização da odontologia a outras especialidades para ofertar o tratamento adequado do paciente, devolvendo função e estética e proporcionando qualidade de vida.
Palavras-chave: Ameloblastoma, Tumores odontogênicos, Carcinoma, Biópsia.
316671 - CARCINOMA ADENÓIDE CÍSTICO SINCRÔNICO DE GLÂNDULA SUBMANDIBULAR E GLÂNDULA SALIVAR MENOR DE LÍNGUA. Magda Luiza da Costa Barros, Roberta Morgana Modesto Garcia, Thaís da Silva Fonseca, Diego Melo Lima.
O atual trabalho tem como objetivo relatar um caso raro de carcinoma adenóide cístico sincrônico acometendo glândula submandibular e língua. Paciente do sexo feminino, 50 anos, sem antecedente de doença neoplásica prévio, com queixa de aumento de volume em região submandibular e língua, em crescimento progressivo, percebido há aproximadamente 02 anos e meio, de forma simultânea. Ao exame físico extraoral apresenta lesão de aspecto nodular, sintomática, fibrosa e móvel em região submandibular em lado direito. Pelo exame clínico intra-oral, observou-se lesão nodular, fibrosa em região de dorso, ápice, borda lateral e soalho de língua no lado direito, associada a sensibilidade ao toque. Em tomografia computadorizada de face (janela para tecido mole), evidencia-se lesões isodensas e bem delimitadas. Foi realizado biópsia incisional sob anestesia local da lesão localizada em língua e o estudo imunohistoquímico foi compatível com neoplasia glandular bem diferenciada. Posteriormente foi submetida a procedimento cirúrgico sob anestesia geral para exérese de lesão em língua e biópsia excisional da lesão em glândula submandibular, as quais apresentavam-se com áreas de tecido infiltrados observado no trans cirúrgico. Por este motivo foi realizado nova análise microscópica e imuno-histoquímica e as lesões foram compatíveis com CAC. A paciente está sendo acompanhada para investigar se há sinais de recidivas e para o tratamento definitivo foi encaminhada ao setor oncológico. Dessa maneira, tratando-se de uma neoplasia de ocorrência rara mostra-se o valor de se investigar a fundo para que seja traçado o melhor plano de tratamento e aumentar a taxa de sobrevida da paciente.
Palavras-chave: Carcinoma Adenóide cístico; Neoplasias das Glândulas Salivares; Glândula Submandibular
316695 - GRANULOMA PIOGÊNICO ASSOCIADO À PERIODONTIA: UM RELATO DE CASO. Valéria Mesquita Da Silva, Rebeka Camille Carvalho Chamon, Raissa Alexia Siqueira Mendes, Igor Mesquita Lameira, Helder Antônio Rebelo Pontes.
A proposta deste trabalho é expor um caso clínico apresentando uma lesão sem diagnóstico prévio envolvendo comprometimento estético, onde exigiu a necessidade de realizar a excisão para evitar danos ao paciente. Paciente do sexo feminino E.P.R, 52 anos, foi encaminhada ao serviço de patologia do Hospital Universitário João de Barros Barreto apresentando, na vestibular do elemento 21, uma lesão eritematosa, pediculada, bem delimitada, sangrante ao toque e indolor, com evolução de aproximadamente 04 meses. Foi realizada biópsia excisional para confirmar a hipótese diagnóstica: Granuloma Piogênico. O exame anatomopatológico revelou através do laudo histopatológico a confirmação da hipótese diagnóstica, evidenciando que nas áreas onde não havia revestimento epitelial, notou-se membrana fibrino-hemorrágica; lâmina própria apresentando infiltrado inflamatório e proliferação de células endoteliais; além de um infiltrado inflamatório mononuclear composto por linfócitos, plasmócitos e glândulas salivares menores compostas por alguns túbulos e ductos. A cirurgia de excisão incluiu o suporte da periodontia, onde foi realizado no mesmo procedimento cirúrgico a gengivoplastia abrangendo os elementos 13,12,11,21,22 e 23 com intuito de evitar danos colaterais ao paciente. Conclui-se que, ainda que o granuloma piogênico seja uma lesão não neoplásica da cavidade oral ocasionada devido uma irritação local, sua semelhança com outras lesões benignas e malignas exige um correto diagnóstico. O tratamento deve incluir ainda uma correta remoção da lesão e curetagem dos dentes envolvidos evitando recidivas, além de devolver a autoestima do paciente quando a lesão apresentar comprometimento estético, como relatado neste caso.
Palavras-chave: Granuloma Piogênico, Patologia Bucal, Periodontia.
316701 - CARCINOMA ESPINOCELULAR EM BORDA LATERAL DE LÍNGUA: RELATO DE CASO. Rianne Santos Araujo, Gustavo Bezerra Dos Santos Lira, Igor Mesquita Lameira, Felipe Reis Fernandes, Lorena Paula De Paula, Heldér Antônio Rebelo Pontes.
O carcinoma espinocelular (CEC) se trata de uma lesão multifatorial, sem fator etiológico definido; estudos apontam que há fatores intrínsecos e extrínsecos que podem estar associados ao seu aparecimento, como o fumo, álcool e exposição solar sem proteção. Essa lesão costuma dá-se entre a quinta e sexta décadas de vida, com prevalência pelo sexo masculino, geralmente acometendo a cavidade bucal e orofaringe. Clinicamente, o CEC tem sido documentado em associações ou tem sido precedido por uma lesão pré cancerosa, o sinal clássico é uma lesão ulcerada persistente, geralmente com endurecimento e infiltração periférica, ligada ou não a manchas avermelhadas ou esbranquiçadas. O diagnóstico é obtido por dados da anamnese, exame físico e a realização da biópsia com exame histopatológico. O objetivo desse trabalho é relatar um caso clínico CEC em paciente com lesão em borda lateral de língua. Paciente do gênero masculino, 67 anos, tabagista durante 50 anos e etilista, compareceu ao ambulatório de Patologia Bucal do Hospital Universitário João de Barros Barreto queixando-se de lesão em língua com duração de 3 meses. Ao exame clínico intraoral, observou-se lesão ulcerativa, exofítica, endurecida, séssil, de bordas elevadas e mal definidas em borda lateral de língua. Após anamnese detalhada do paciente, a hipótese diagnóstica foi de CEC. Foi realizada biópsia incisional, removendo um fragmento de tecido mole de superfície e formato irregulares, consistência fibrosa e esbranquiçada. Foi realizado exame histopatológico que apresentou invasão da lâmina própria por células poliédricas exibindo perda do isomorfismo celular; as células neoplásicas exibiam núcleos pleomórficos hipercromáticos e com nucléolos bem evidentes. O diagnóstico final foi de CEC bem diferenciado. Deste modo, conclui-se que a inspeção clínica detalhada, anamnese completa e o histórico do paciente são elementares para a construção da linha de diagnóstico.
Palavras-chave: Carcinoma de células escamosas; Neoplasias bucais; Neoplasia maligna.
316706 -LESÃO DE MIELOMA MÚLTIPLO MIMETIZANDO CISTO NASOLABIAL: RELATO DE CASO CLÍNICO. Rebeka Camille Carvalho Chamon, Flávia Letícia Magalhães Lemos, Ricardo Alves de Mesquita, João de Jesus Viana Pinheiro, Sergio de Melo Alves Junior, Gabriela Avertano Rocha da Silveira.
O objetivo deste trabalho é apresentar um caso incomum de mieloma múltiplo (MM), com manifestação oral e diagnóstico complexo. Paciente E.S.A, sexo feminino, 58 anos, procurou atendimento estomatológico no Centro de Tratamento Oncológico (CTO-PA), tendo como queixa principal um aumento de volume na região labial superior direita, sem sintomatologia dolorosa. Durante o exame extraoral, observou-se uma massa flutuante na região do sulco nasolabial, com elevação do lábio superior do lado direito, envolvendo a asa do nariz, provocando aumento de volume do assoalho nasal. Ao exame clínico intraoral, observou-se a presença de uma tumefação no lábio superior, de base séssil, limites bem definidos e coloração levemente arroxeada, adjacente à área ulcerada em fundo de sulco próximo à região dos dentes 11 e 12. A paciente já havia sido diagnosticada com MM em 2020 e apresentava múltiplas lesões ósseas, incluindo crânio, tórax e pelve. A tomografia computadorizada fan beam de face e seios da face evidenciou lesão de partes moles de aspecto nodular, com conteúdo denso, localizada na região nasolabial do lado direito, medindo aproximadamente 2,4cm em seu maior diâmetro. A hipótese diagnóstica foi de cisto nasolabial. Para confirmação da hipótese, foi realizada tentativa de punção seguida de biópsia incisional da área tumoral. O exame histopatológico revelou que se tratava de uma neoplasia maligna de plasmócitos, com padrão sólido de crescimento e disposição em lençóis. Ao exame imuno-histoquímico, observou-se nas células neoplásicas positividade intensa para os anticorpos Plasma-cell, CD138, Mum-1 e restrição de imunoglobulina de cadeia leve Kappa. Ki 67 revelou positividade em 90% das células neoplásicas. Nesse sentido, considerando as informações clínicas e o diagnóstico histopatológico, conclui-se, então, que a cavidade oral pode ser um sítio de ocorrência do MM extramedular e que um correto diagnóstico é feito pela correlação clínica, histopatológica e imuno-histoquímica.
Palavras-chave: Mieloma Múltiplo, Diagnóstico Diferencial, Plasmócitos
316939 - PARACOCCIDIOIDOMICOSE EM LÍNGUA E REBORDO ALVEOLAR: UM RELATO DE CASO. Natália Jennifer de Sousa Santos, Mayra Emanuele Magalhães Alves, Isis Mardini da Silva Coelho, Emili Barbara Monteiro Miranda, Jeise Mendes Medeiros de Lima, Hélder Antônio Rebelo Pontes.
O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso de paracoccidioidomicose em borda lateral de língua e rebordo alveolar inferior. Paciente do sexo masculino, de 68 anos, de idade compareceu ao Setor de Patologia Bucal do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) queixando-se de lesões ulceradas em borda de língua e rebordo vestibular inferior, com evolução de 6 meses. Durante a anamnese, o paciente relatou ter sido fumante por cerca de 50 anos, além de ter consumido bebida alcoólica dos 30 aos 63 anos. O exame físico demonstrou a presença de lesões ulceradas de cor parda-acastanhada e consistência friável em borda lateral de língua e rebordo vestibular e palatino inferior com superfície irregular. No exame radiográfico, a lesão não possuía qualquer aspecto, tratando-se apenas de tecido mole. Realizou-se biópsia incisional de três fragmentos, cujo aspecto histopatológico consistiam em fragmentos de mucosa revestida por epitélio pavimentoso estratificado paraceratinizado, cuja lâmina própria exibia intensa proliferação de células inflamatórias mononucleares de permeio a vasos sanguíneos de variados tamanhos. Além disso, observou-se a presença de células gigantes dispersas pelo tecido de granulação. A coloração de prata metenamina revelou leveduras que, por vezes, sofrem brotamento formando estruturas semelhantes ao leme de navio, sugestivo de infecção por Paracoccidioides brasiliensis. Após o diagnóstico de paracoccidioidomicose, o paciente foi encaminhado para o infectologista, a fim de realizar o tratamento adequado à patologia. Neste sentido, demonstra-se que o diagnóstico preciso é de suma importância para o tratamento e acompanhamento adequado da doença, para que não haja complicações e agravantes da patologia para o paciente.
Palavras-chave: Patologia Bucal; Odontologia; Saúde Bucal; Paracoccidioidomicose.
316991 - MANIFESTAÇÃO ORAL DO HPV: CONDILOMA ACUMINADO - UM RELATO DE CASO CLÍNICO. Jeovana Vitória Furtado Lisboa, Mayra Emanuele Magalhães Alves, Isis Mardini da Silva Coelho, Emili Barbara Monteiro Miranda, Jeise Mendes Medeiros de Lima, Hélder Antônio Rebelo Pontes.
O presente trabalho objetiva apresentar um relato de caso clínico da lesão de condiloma acuminado em paciente com HPV. Paciente do sexo feminino, compareceu ao serviço de odontologia do Hospital Universitário João de Barros Barreto encaminhada de uma clínica privada apresentando uma lesão nodular séssil, normocorada, bem delimitada, de superfície enrugada e consistência amolecida localizada na mucosa labial inferior do lado direito e mucosa jugal, estava assintomática e não-sangrante por aproximadamente dois anos. Foi feita remoção cirúrgica em dois tempos, primeiro foi realizada uma incisão para a retirada de parte da lesão, no qual foi solicitado um exame anátomo-patológico e os cortes histológicos revelaram núcleos picnóticos e halo perinuclear interpretado como coilócitos, compatíveis com lesão por HPV e após isso, encaminhado para reações imunohistoquímicas constatando infecções de baixo risco pelos genótipos 6 e 11. Após o diagnóstico, foi efetuada a remoção total da lesão e posterior encaminhamento para um médico infectologista para analisar a existência de lesões em outras áreas do corpo e realizar a intervenção adequada. É importante que o cirurgião-dentista tenha maestria e conhecimento adequado acerca da doença para realizar o diagnóstico diferencial, que o paciente seja encaminhado para a equipe médica específica para verificar possíveis outras lesões, inclusive no trato genital, e acompanhar a patologia a fim de evitar complicações mais graves.
Palavras-chave: Papillomavirus Humano 6, Condiloma Acuminado, Infecções Sexualmente Transmissíveis.
317020 - CARCINOMA VERRUCOSO DIAGNOSTICADO EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA: UM RELATO DE CASO. Adriane Melo De Miranda, Mayra Emanuele Magalhães Alves, Isis Mardini Da Silva Coelho, Emili Barbara Monteiro Miranda, Jeise Mendes Medeiros De Lima, Hélder Antônio Rebelo Pontes.
O objetivo deste trabalho foi relatar um caso clínico de Carcinoma Verrucoso Oral do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB). Paciente do sexo feminino, 100 anos, foi encaminhada para o serviço de Patologia Bucal do HUJBB, relatando como queixa principal dor e uma lesão branca na cavidade oral, posteriormente, foi orientada a realizar uma biopsia incisional, a qual foi enviada para o serviço em questão. Ao exame clínico, observou-se uma lesão branca, de aspecto verrucoso por toda extensão do palato duro, de forma pediculada na porção anterior e séssil na região posterior, com 2 meses de evolução. Macroscopicamente o material composto por 03 fragmentos de tecido mole, de superfície irregular, com coloração esbranquiçada e de consistência friável foi enviado para análise. Microscopicamente os cortes histológicos revelam fragmentos de neoplasia de origem epitelial caracterizados pela invasão do conjunto subjacente em forma de cristas alongadas e embolotadas de células com morfologia poliédrica e citoplasma eosinofílico. Individualmente as células neoplásicas exibem núcleos pleomórficos, hipercromáticos e com nucléolos evidentes. A paciente foi encaminhada para o oncologista e para o médico de cabeça e pescoço para então definir os tratamentos específicos. O presente caso, evidencia a importância dos Cirurgiões Dentistas no diagnóstico de patologias orais, o quão necessário é o reconhecimento das características clínicas das lesões, para realizar o diagnóstico de forma correta, encaminhar e tratar de maneira efetiva possibilitando melhores resultados ao paciente.
Palavras-chave: Diagnóstico Clínico; Carcinoma Verrucoso; Biópsia; Diagnóstico Bucal
317051 - SARCAROMA DE KAPOSI EM PACIENTE COM VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV): RELATO DE CASO. Daniel Kataoka do Valle, Ala Anna Mello Reis, Anny Karoliny Cunha da Silva Bogot, Samille da Souza Queiroz, Gabriel Medeiros Távoras e Daniel Cavallero Colares Uchôa.
O Sarcoma de Kaposi (SK) é uma neoplasia angioproliferativa, multifocal, de etiologia viral e patogênese multifatorial. Essa entidade causa tumores que se desenvolvem nos tecidos subcutâneos, nas membranas, mucosas da boca, nariz ou do ânus. As lesões se apresentam com máculas elevadas ou nódulos que podem ser de cor roxa, marrom ou vermelha. Com tendência ao desenvolvimento em indivíduos infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). O objetivo desse trabalho é relatar o caso de um paciente com SK com a primeira manifestação em cavidade oral. Paciente do sexo masculino, 25 anos, com queixa de aumento de volume no lábio inferior, foi encaminhado ao serviço de patologia bucal do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB). Durante a anamnese o paciente relatou trauma na região com evolução de 30 dias. Ao exame intraoral, observou-se lesão ulcerada, com coloração de vermelho-azulada, sugestivo de lesão vascular ou lesão por alguma patologia viral/infecciosa. Foi realizada biópsia incisional para melhor elucidação e conduta do caso. O exame histopatológico revelou estroma fibroso de tecido conjuntivo, contendo glóbulos vermelhos extravasados e células fusiformes. As análises imuno-histoquímicas solicitadas apresentaram CD3, CD34, além de HHV-8 positivo. Foi solicitado também teste rápido de HIV para o paciente, o qual apresentou positividade, confirmando assim o diagnóstico clínico e histopatológico de SK. O paciente foi encaminhado para tratamento médico oncológico e no período de seis meses com utilização de quimioterapia e terapia antirretroviral, houve regressão total das lesões. Paciente segue em acompanhamento com a equipe de infectologia, oncologia e patologia bucal do HUJBB. O cirurgião dentista deve ser capaz de identificar lesões, agravos associados a condições sistêmicas e infecções virais na cavidade oral. Portanto é de extrema importância relatos de caso como esse que orientem o manejo e conduta clínica.
Palavras-chave: Sarcoma de kaposi, HIV, Patologia bucal
317691 - MUCOCELE MIMETIZANDO LESÃO MALIGNA: RELATO DE CASO CLÍNICO. Flávia Letícia Magalhães Lemos, Rebeka Camille Carvalho Chamon, Maria Sueli da Silva Kataoka, João de Jesus Viana Pinheiro, Sérgio de Melo Alves Júnior, Gabriela Avertano Rocha da Silveira.
O objetivo deste trabalho é relatar um caso de mucocele no assoalho bucal, em paciente do sexo masculino, com características clínicas semelhantes as de uma neoplasia maligna. Paciente de 52 anos, leucoderma, buscou atendimento odontológico no Centro de Tratamento Oncológico (CTO-PA), queixando-se de um “caroço embaixo da língua”, assintomático, que havia aparecido há, aproximadamente, 40 dias. Durante o exame clínico intraoral, observou-se um nódulo eritematoso, com superfície ulcerada e esbranquiçada, de aproximadamente 10 mm, no assoalho bucal, adjacente à região dos dentes 45-47, com limites indefinidos, base séssil e de consistência amolecida à palpação. A hipótese diagnóstica foi de sialodenite e o diagnóstico diferencial foi de carcinoma epidermoide. Realizou-se, então, uma biópsia excisional, que foi enviada para exame histopatológico no Laboratório de Anatomopatologia da Faculdade de Odontologia da UFPA. Durante a análise da amostra, observou-se um intenso infiltrado inflamatório misto na lâmina própria e áreas de extravasamento de material eosinofílico compatível com mucina, contendo numerosos macrófagos mucífagos, sugerindo mucocele. Contudo, também se observou um epitélio desorganizado com alterações celulares semelhantes a atipias presentes em lesões malignas. Assim, surgiu a dúvida de hipóteses diagnósticas como angiossarcoma, sarcoma e sarcoma de Kaposi. Devido a hesitação do diagnóstico, a amostra foi submetida à análise imuno-histoquímica com as proteínas KI-67, CD34, AML, HHV8, DESMINA, HHF35, AE1/AE3 e Vimentina, marcadores de origem vascular, muscular e epitelial, os quais não marcaram para lesão neoplásica. Além disso, o teste de PAS, realizado para verificar a presença de hifas, foi negativo. Sendo assim, o exame imuno-histoquímico mostrou-se relevante para conclusão do diagnóstico, sugestivo de mucocele, uma lesão benigna de fácil tratamento e bom prognóstico. O paciente evoluiu com boa cicatrização e não houve recidiva da lesão.
Palavras-chave: Mucocele, Soalho bucal, Patologia.
319330 – FIBROSSARCOMA: UM RELATO DE CASO. Gerlane Lima Oliveira, Emilly Silva e Silva, Cássia Alves de Lima Luna, Marina Neves Fadul do Couto, Douglas Magno Guimarães.
O fibrossarcoma é uma neoplasia mesenquimal maligna que se origina a partir de fibroblastos e possui caráter infiltrativo, é um tumor relativamente raro na região de cabeça e pescoço. Clinicamente, a lesão pode causar dor, inchaço, parestesia e, ocasionalmente, perda de dentes e ulceração da mucosa subjacente. No cotidiano do consultório odontológico muitos cirurgiões-dentistas têm uma experiência muito limitada com este tumor. Nesse sentido, este estudo objetiva colocar em evidência e debater essa doença na comunidade acadêmica científica. O caso clínico desse trabalho relata uma paciente do sexo feminino, cor parda, com 56 anos de idade que compareceu a Clínica Odontológica de um centro universitário com queixa de sangramento e entupimento nasal recorrente nos últimos dois meses. Assim, foi solicitada uma tomografia para avaliar a condição. Como resultado o exame radiográfico apresentou lesão obstrutiva, na região maxilar esquerda. E a hipótese diagnóstica foi de um Tumor Nasoangiofibroma. Em seguida, depois da análise da lesão clínica, o exame histopatológico foi solicitado para a confirmação da doença. Assim, foi realizada a biópsia incisional, para o exame histopatológico, a qual teve como laudo final de fibrossarcoma. A paciente foi encaminhada para excisão cirúrgica do tumor em um centro de referência de lesões malignas, a partir disso, ela passou a seguir o regimento do hospital. A paciente operou no dia 25/05/2023 e foi submetida em tratamento de radioterapia e quimioterapia. Conclui-se que é importante debater tal patogenia entre cirurgiões-dentistas e estudantes da graduação para compreensão do seu método diagnóstico e tratamento desse tumor maligno raro.
Palavras-chave; Patologia bucal; Fibrossarcoma; Tumor Maligno
MANEJO DE UMA PACIENTE COM FIBROMA DE CÉLULAS GIGANTES: UM RELATO DE CASO. Giselle Karolina de Lima Reis, Geovana Freitas Colares, Gabriely Everton dos Santos, Daniel Cavallero Colares Uchöa.
O objetivo deste trabalho é descrever, por meio de um relato de caso clínico, a abordagem adotada diante da ocorrência de um Fibroma de Células Gigantes (FCG) na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Pará (FO-UFPA) e os aspectos histológicos associados a essa lesão. Paciente M.C.M, sexo feminino, 19 anos, compareceu à clínica odontológica da FO-UFPA, para realizar um exame de rotina. Durante o exame intraoral, notou-se a presença de um nódulo séssil, indolor e de coloração rosa, localizado na papila interdental entre os dentes 31 e 41. A paciente alegou desconhecer o momento em que a lesão se manifestou. Nesse contexto, as hipóteses diagnósticas foram Fibroma ou Lesão de origem viral, o que motivou a realização de uma biópsia excisional e o subsequente envio da amostra para análise histopatológica. A referida biópsia foi conduzida nas instalações da clínica integrada, sob supervisão docente, com a participação de alunas e sob anestesia local. Com o auxílio de uma pinça clínica e de cabo de bisturi com lâmina 12, a lesão foi totalmente excisionada e encaminhada ao laboratório de histopatologia da faculdade, acompanhada de uma ficha com a descrição da lesão e dados da paciente. A análise histológica, revelou uma mucosa oral revestida por epitélio pavimentoso estratificado hiperparaceratinizado, apresentando projeções finas em direção ao conjuntivo, com a lâmina própria constituída por tecido conjuntivo denso, exibindo intensa deposição de fibras colágenas, contendo numerosos fibroblastos grandes e estrelarios, além da presença de infiltrado inflamatório crônico linfocitário. O diagnóstico de FCG, foi comunicado à paciente e atualmente, o acompanhamento clínico é a única medida adotada, visto que o tratamento convencional dessa lesão envolve a excisão cirúrgica, sendo a recorrência um evento raro. Destaca-se que o exame histopatológico desempenha um papel fundamental no estabelecimento preciso do diagnóstico dessa patologia.
Palavras-chave: Patologia Bucal; Odontologia; Biópsia.
320195 - DIAGNÓSTICO DE TUMOR ODONTOGÊNICO AMELOBLASTOMA: RELATO DE CASO. Jordana Caroline Barata Araújo, Igor Mesquita Lameira, Carolina Almeida Paradela, Gabriela Sepêda dos Santos, Helder Antônio Rebelo Pontes.
O ameloblastoma é um tumor odontogênico que tem como tecido de origem o epitélio odontogênico. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de ameloblastoma de larga extensão em região de mandíbula, lado esquerdo. Paciente, sexo feminino, 21 anos, encaminhada ao serviço de Patologia Bucal do Hospital Universitário João de Barros Barreto, queixando-se de quadro álgico e sensibilidade ao exercer a fala, mastigação e deglutição. Ao exame clínico, observou-se uma lesão localizada na mandíbula, lado esquerdo, de consistência firme, ulcerada, sangrante a palpação e com sensibilidade, apresentando a evolução de 5 anos. Após a análise clínica, foram levantadas as hipóteses diagnósticas de Carcinoma Ameloblástico e Ameloblastoma. Ao viés microscópico, os cortes histológicos revelaram fragmentos de neoplasia formada por epitélio odontogênico caracterizado pela presença de ilhas de células hipercromáticas, com polarização invertida e dispostas em paliçada. Na região mais central, observa-se um arranjo mais esparso, lembrando o retículo estrelado. Em outro campo, percebe-se a presença de dentina tubular madura, consistente com um elemento dentário. Vasos sanguíneos de variados calibres completam o quadro histopatológico. Os ameloblastomas são tumores agressivos e de crescimento lento, por isso, é crucial a existência de um diagnóstico precoce para um tratamento com êxito e menos invasivo.
Palavras-chave: Ameloblastoma, neoplasia benigna, mandíbula.
320273 - A MANIFESTAÇÃO ORAL DA PARACOCCIDIOIDOMICOSE SEMELHANTE À LESÃO MALIGNA: UM RELATO DE CASO. Marina Corrêa Costa, Julia Fonseca da Silva, Carolynne Ferreira dos Santos, Mário da Costa de Oliveira, Igor Mesquita Lameira, Helder Antônio Rebelo Pontes.
O presente relato de caso tem como objetivo demonstrar a importância do odontólogo no diagnóstico de lesões orais infecciosas como Paracoccidioidomicose (PCM) e, consequentemente, à conduta clínica ideal. Nesse sentido, a PCM é caracterizada como uma micose sistêmica, causada pelo Paracoccidioides brasiliensis, um fungo dimórfico que está disperso no meio ambiente com a capacidade de infectar o ser humano. Na cavidade oral, as lesões representam o primeiro sinal clínico da PCM, sendo lesões granulomatosas eritematosas, associadas a dor, halitose, ardor e hemorragia na região da gengiva e mucosa labial. Geralmente possuem aspecto clínico semelhante a lesões malignas, sendo muitas vezes a primeira hipótese diagnóstica de Carcinoma. Nesse viés, este trabalho aborda o caso de um paciente do sexo masculino, de 26 anos, trabalhador rural do interior do Estado do Pará, que foi encaminhado ao Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), após o surgimento de lesão eritematosa, de aspecto granular, dolorosa, localizada na gengiva inserida da região dos dentes 12-16, com evolução de 6 meses desde sua aparição inicial. Além disso, apresentava histórico de lesões em pele e mucosa oral. Dessa forma, foi realizada biópsia incisional revelando, por meio de exame anátomo patológico utilizando coloração de prata (Grocott), intenso infiltrado inflamatório mononuclear permeado por células tipo Langerhans. Ademais, leveduras de PMC de variados tamanhos foram encontradas dispersas pelo espécime e presença de hemorragia, completando o quadro histopatológico conclusivo de Paracoccidioidomicose brasiliensis. Após diagnóstico, o paciente foi direcionado ao tratamento com o médico infectologista devido à condição sistêmica da doença. Assim, pode-se constatar que os odontólogos têm um papel essencial no diagnóstico de doenças e alterações orais, sendo essenciais durante a condução do caso em conjunto com a equipe multiprofissional, aumentando a chance de um prognóstico favorável.
Palavras-chave: Paracoccidioidomicose, Micologia, Diagnóstico.
320279 - ADENOMA PLEOMÓRFICO OU CARCINOMA MUCOEPIDERMÓIDE? DIAGNÓSTICO POR MICROSCOPIA: UM RELATO DE CASO. Mayra Emanuele Magalhães Alves, Igor Mesquita Lameira, Isis Mardini da Silva Coelho, Emili Barbara Monteiro Miranda, Jeise Mendes Medeiros de Lima, Hélder Antônio Rebelo Pontes.
Este trabalho visa relatar o caso de carcinoma mucoepidermóide de paciente do Serviço de Patologia Bucal do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB). Paciente, sexo feminino, 34 anos, encaminhada ao Serviço de Patologia Bucal com queixa de lesão localizada no palato duro com duração de aproximadamente um ano. Paciente relatou ser fumante, fazendo uso de aproximadamente dez cigarros por dia desde os 12 anos. Ao exame clínico a lesão apresentava com formato nodular, de superfície ulcerada, base séssil e assintomática. Diante das características clínicas surgiu a hipótese diagnóstica de Adenoma Pleomórfico, para confirmação do diagnóstico foi realizada biópsia incisional da lesão. O material foi enviado para realizar exame anatomopatológico, tratava-se de um fragmento de tecido mole de superfície irregular, formato irregular, de consistência fibrosa, coloração parda-acastanhada e medindo 07x04x05mm. Na análise histológica foi observado fragmento de neoplasia glandular caracterizada pela formação de espaços císticos revestidos por células mucosas, epidermóides e intermediárias. Em alguns campos foi possível observar feixes fibrosos permeando a proliferação neoplásica. Epitélio de superfície e áreas de hemorragias completaram o quadro histopatológico. Com as informações do exame histológico foi abandonada a hipótese diagnóstica inicial e concluiu-se que a patologia tratava-se de um Carcinoma Mucoepidermóide. O paciente foi encaminhado para o atendimento especializado com médico de cabeça e pescoço e médico oncologista do HUJBB, para planejamento do tratamento. O relato do caso acima deixa claro a importância do conhecimento teórico e experiência clínica do cirurgião-dentista para identificar e lidar com lesões malignas, tomando a conduta adequada para que o diagnóstico seja realizado corretamente, a fim de que o paciente obtenha, de forma rápida, o melhor tratamento e seja encaminhado para o serviço de saúde necessário aumentando as chances de cura.
Palavras-chave: Carcinoma Mucoepidermoide; Patologia Bucal; Biópsia; Neoplasias.
320468 - LIPOMA EM MUCOSA JUGAL: RELATO DE CASO. Ingrid Vilhena da Silva, Maria Sidiane Idelfonso Cardoso, Igor Mesquita Lameira, Gabriela Sepêda dos Santos, Emili Barbara Monteiro Miranda, Hélder Antônio Rebelo Pontes.
O lipoma é uma neoplasia benigna de gordura, com etiologia desconhecida, são incomuns na cavidade bucal, cerca de 1% a 4% dos casos de lipomas. Clinicamente apresenta-se com aumento de volume nodulares, de superfície lisa e consistência macia, geralmente é assintomático, com coloração amarelada, mas as lesões mais profundas podem apresentar coloração rosa. A mucosa jugal e o vestíbulo bucal são as localizações mais comuns na cavidade oral. A maioria dos pacientes tem 40 anos ou mais, sem predileção por gênero. O objetivo desse trabalho é relatar um caso clínico de lipoma em mucosa jugal, acompanhado pelo serviço de Patologia Bucal do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB). Paciente do sexo masculino, 55 anos, encaminhada ao serviço de Patologia Bucal do (HUJBB), queixando-se de aumento de volume em região de bochecha direita. O paciente relatou ser etilista e fumante. A lesão encontrava-se na mucosa jugal direita, com mais ou menos 3 anos de evolução, os dados clínicos apresentavam aumento de volume, com consistência amolecida, cor amarelada, punção aspirativa negativa. No transoperatório, apresentou-se com tecido adiposo homogêneo. O material enviado para análise consistiu de 01 fragmento de tecido mole, de superfície lisa, formato arredondado, de consistência fibrosa, com coloração amarelada, medindo 35x30x15mm. Após a análise, o diagnóstico final revelou Lipoma. Apesar do lipoma ser incomum na cavidade bucal, é necessário ter o conhecimento dessa lesão para um diagnóstico preciso através da avaliação clínica detalhada para proporcionar ao paciente o tratamento adequado.
Palavras-chave: Lipoma, Neoplasia benigna, Patologia bucal.
320510 – LINFANGIOMA DE LÍNGUA EM PACIENTE ADULTO: RELATO DE CASO CLÍNICO. Nathália Fernandes Silva, Katherine Julissa Palma Valladares, Maria Sueli da Silva Kataoka, João de Jesus Viana Pinheiro, Sérgio de Melo Alves Junior, Gabriela Avertano Rocha da Silveira.
O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de linfangioma oral localizado em região de língua. Paciente de 37 anos de idade, sexo feminino, feoderma, ex-etilista e tabagista esporádica, buscou atendimento odontológico no Centro de Tratamento Oncológico do Pará (CTO-PA) queixando-se de uma “lesão na língua”, sem sintomatologia dolorosa, que surgiu há cerca de 2 anos. Ao exame clínico intraoral, observou-se uma lesão nodular no dorso da língua, séssil, com limites indefinidos, medindo aproximadamente 5 mm. Pela aparência benigna da lesão e para fins diagnósticos, foi realizada a biópsia excisional e o exame histopatológico. Os cortes histológicos revelaram um epitélio pavimentoso estratificado hiperparaqueratinizado, exibindo áreas de acantose e degeneração hidrópica. A lâmina própria era constituída de tecido conjuntivo denso celularizado, apresentando infiltrado inflamatório linfocítico. Além disso, observou-se grande quantidade de vasos calibrosos com o endotélio delgado, localizados na lâmina própria, em permeio ao tecido muscular estriado esquelético e abaixo do tecido muscular, gerando diagnóstico compatível com linfangioma. O linfangioma, embora seja um tumor benigno dos vasos linfáticos, pode gerar comorbidades ao paciente, uma vez que o seu crescimento exacerbado pode estar associado a infecções do trato respiratório superior, além de resultar em macroglossia. Esse tumor é frequentemente diagnosticado na infância, por volta dos 2 anos de idade, mais comuns em homens, e raramente é observado em indivíduos adultos. Nesse sentido, é de suma importância que o Cirugião Dentista esteja atento às possíveis variações epidemiológicas do linfangioma, para que seja realizado o diagnóstico precoce e o correto manejo do paciente.
Palavras-chave: Linfangioma; Mulher; Cavidade Oral.
320513 – LESÕES ORAIS RELACIONADAS À INTOLERÂNCIA À LACTOSE: UM RELATO DE CASO. Jefferson Diego Da Silva Veiga, Flávia Letícia Magalhães Lemos, Maria Sueli Da Silva Kataoka, João De Jesus Viana Pinheiro, Sérgiode Melo Alves Junior, Gabriela Avertano Rocha Da Silveira.
O objetivo deste trabalho é relatar um caso de intolerância à lactose com manifestações orais crônicas e incomuns. Paciente SJCC, sexo feminino, 39 anos, buscou atendimento no Centro de Tratamento Oncológico (CTO-PA) devido ao aparecimento frequente de lesões nas mucosas jugal e labial, que surgiam e desapareciam espontaneamente há 18 anos, mas que não estavam regredindo nas últimas duas semanas. Ao exame intraoral, observou-se múltiplas lesões ulceradas em mucosa jugal direita e fundo de sulco superior esquerdo. Foram solicitados exames complementares como hemograma, vitamina B12, quadro sorológico completo e pesquisa de anticorpos específicos, devido à suspeita de Lúpus, Líquen plano erosivo, deficiência de vitamina B12 ou manifestações orais de ISTs. Após análise dos resultados laboratoriais, realizou-se uma biópsia incisional na região de mucosa jugal, seguida de análise histopatológica. Revelou-se, então, a presença de microabscesso em área focal do epitélio e infiltrado inflamatório crônico e agudo, predominantemente justa-epitelial, vasos sanguíneos e hemorragia, resultando em um diagnóstico de processo inflamatório crônico e agudo inespecífico com hiperqueratose e microabscesso. Assim, solicitou-se à paciente que fosse feito um diário com anotações sobre sua alimentação, seguido de exames de intolerância ao glúten e à lactose. Constatou-se, então, que a paciente apresentava intolerância à lactose e após a restrição alimentar a essa substância, as lesões regrediram por completo. A intolerância à lactose é um distúrbio digestivo que resulta da deficiência ou ausência da enzima lactase. Na cavidade oral, as manifestações desta condição são pouco relatadas, o que requer a observação das características clínicas e histopatológicas para um diagnóstico diferencial. Sendo assim, conclui-se que o conhecimento do cirurgião-dentista sobre as possíveis manifestações orais relacionadas à intolerância à lactose foi de extrema importância para estabelecer o diagnóstico.
Palavras-chave: Intolerância à lactose; Cavidade oral; Diagnóstico.
320524 – FIBRO-ODONTOMA AMELOBLÁSTICO RARO EM ADULTO: RELATO DE CASO. Débora Raissa Sousa Silva, Maria Sidiane Idelfonso Cardoso, Carolina Almeida Paradela, Igor Mesquita Lameira, Lorena Paula de Paula, Hélder Antônio Rebelo Pontes.
O fibro-odontoma ameloblástico (FOA) é um tumor odontogênico raro, que acomete mais comumente homens do que mulheres. É usualmente encontrado em crianças, na faixa etária de 10 anos, sendo raro em adultos. O objetivo desse trabalho é relatar um caso clínico de FOA raro em adulto, evidenciando a importância diagnóstica para o cirurgião dentista. Paciente do sexo feminino, 30 anos de idade, encaminhada ao serviço de Patologia Bucal do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), apresentando lesão em região posterior do corpo mandibular, envolvendo o dente 36. Ao exame clínico e radiográfico, foi observado lesão radiolúcida, circunscrita, próxima ao ápice do elemento 36, teste de vitalidade positivo, 1,7 cm em sua maior extensão, com parede cística fibrosa e de fácil destacamento. A hipótese diagnóstica inicial foi de Cisto odontogênico. Foi realizada tomografia computadorizada, evidenciando imagem hipodensa, extensa e expansiva, bem delimitada, na região do dente 36 ao 38, presença de reabsorção radicular externa nas raízes do dente 36, adelgacidade das corticais ósseas: vestibular, lingual e basal, assim como deslocamento do canal mandibular. Nova hipótese diagnóstica considerada: ameloblastoma unicístico. Realizada biópsia excisional e realizado exame anatomo patológico, revelando fragmento de neoplasia odontogênica caracterizada por pequenas ilhas e cordões epiteliais, exibindo na periferia células colunares baixas com núcleos com polarização invertida. O epitélio odontogénico encontra-se permeado por tecido conjuntivo frouxo de aparência primitiva, semelhante à papila dentária. Focos de material calcificado semelhantes a esmalte e dentina encontram-se dispersos confirmando a hipótese de FOA. Dessa forma, é de suma importância a correlação dos exames complementares às evidências clínicas para o diagnóstico da lesão, sobretudo em lesões raras como a supracitada, tendo em vista buscar a melhor conduta para o tratamento e um bom prognóstico.
Palavras chave: Odontoma, Diagnóstico Diferencial, Patologia Bucal.
320541 – OSTEOSSARCOMA EXTENSO EM MAXILA: RELATO DE CASO INCOMUM. Victor Diogo Da Silva Quaresma, Ana Carolina Moraes Costa, Raissa Baia Valente, Helder Antônio Rebelo Pontes, Flávia Sirotheau Corrêa Pontes, Daniel Cavalléro Colares Uchôa.
O objetivo desse caso é relatar um caso raro de osteossarcoma fibroblástico extenso em maxila, acometendo a órbita e o seu correto diagnóstico. Paciente do sexo masculino, 22 anos, compareceu ao serviço de patologia bucal do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), com queixa de inchaço na face, observou-se clinicamente lesão de aspecto tumoral em maxila esquerda, atingindo periórbita ipsilateral, assintomática inicialmente, porém com queixa álgica no momento da consulta inicial, evolução de 6 meses. Solicitou-se exame de imagem Tomográfico, o qual se constatou lesão óssea hiperdensa circundada por área hipodensa, envolvendo a órbita. Realizou-se biópsia incisional, cujo diagnóstico histopatológico foi de osteossarcoma fibroblástico. O paciente foi encaminhado ao serviço oncológico do HUJBB para tratamento quimioterápico, tendo em vista que o cirurgião de cabeça e pescoço julgou que o tumor era inoperável, abrangendo estruturas nobres dos ossos gnáticos. Baseado nesse caso, conclui-se que o cirurgião-dentista deve identificar corretamente as características clínicas das neoplasias, proporcionando ao paciente um diagnóstico presuntivo. Ademais, os exames de imagem são importantes para estabelecer um diagnóstico preliminar, entretanto, o exame histopatológico é padrão para o diagnóstico confirmatório e guia para o tratamento.
Palavras-chave: Patologia Bucal. Osteossarcoma. Neoplasias.
320611 – MANIFESTAÇÃO ORAL DA PARACOCCIDIOIDOMICOSE EM PALATO: RELATO DE CASO. Maria Sidiane Idelfonso Cardoso, Débora Raissa Sousa Silva, Igor Mesquita Lameira, Gabriela Sepêda dos Santos, Emili Barbara Monteiro Miranda, Hélder Antônio Rebelo Pontes.
A Paracoccidioidomicose é uma infecção fúngica profunda causada pelo Paracoccidioides brasiliensis, comumente encontrada na América do Sul. Afeta predominantemente homens, com uma proporção de 15:1, especialmente trabalhadores rurais na meia-idade, apresentando-se inicialmente como uma infecção pulmonar após exposição aos esporos do fungo. Além disso, as lesões orais costumam ser úlceras moriformes, que geralmente acometem a mucosa alveolar, gengiva e palato. O objetivo desse trabalho é relatar um caso clínico de Paracoccidioidomicose. Paciente do sexo masculino, 71 anos, encaminhado ao serviço de Patologia Bucal do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), queixando-se de lesão na maxila. O paciente relatou ser etilista há mais de 50 anos e fumante há mais de 30 anos. A lesão encontrava-se em rebordo anterior da maxila, com aproximadamente 3 meses de evolução. As características clínicas revelaram lesão endofítica sangrante, ulcerada, com área de necrose, cruzando a linha média superior. O material enviado para análise consistiu de 02 fragmentos de tecido mole, superfície irregular, formato irregular, de consistência fibrosa e coloração parda-acastanhada. Esses achados levantaram às hipóteses diagnósticas de Carcinoma Espinocelular e paracoccidioidomicose. O exame anátomo patológico revelou fragmento de mucosa revestida parcialmente por epitélio pavimentoso estratificado paraceratinizado. Na lâmina própria observou-se intenso infiltrado inflamatório mononuclear permeado por células tipo Langhans. Com auxílio da coloração de Grocott foi possível observar leveduras de paracoccidioidomicose de variados tamanhos encontraram-se dispersos pelo espécime. Áreas de hemorragia completaram o quadro histopatológico. Os achados levaram ao diagnóstico de Paracoccidioidomicose. Com isso, torna-se imprescindível conhecer as características clínicas e histológicas para poder fechar um diagnóstico assertivo ao paciente, para assim, tratá-lo de forma adequada.
Palavras-chave: Paracoccidioidomicose, Infecções Fúngicas Invasivas, Patologia Bucal
320615 – VARIANTE INTRAORAL RARA DE CONDROLIPOMA: RELATO DE CASO. Lorena Maria De Souza Da Silva, Jordana Caroline Barata Araújo, Glória Beatriz Dos Santos Laredo, Felipe Reis Fernandes, Gabriela Sepêda Dos Santos, Hélder Antônio Rebelo Pontes.
Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de condrolipoma raro em região de borda lateral posterior de língua. Paciente do sexo feminino 62 anos compareceu ao serviço de Patologia Bucal do Hospital Universitário João de Barros Barreto, com queixa de aumento de volume na língua que atrapalhava sua mastigação e fala. Ao exame clínico observou-se uma lesão séssil de coloração amarelada, indolor, localizado em borda posterior de língua, lado direito, com aproximadamente 3 cm de diâmetro. Com isso, através da análise clínica e histórico do paciente houve o levantamento de hipótese diagnóstica entre lipoma e neurofibroma. Dessa forma, como protocolo, foi realizado a biópsia incisional da lesão para análise histopatológica. Com a coleta da amostra e acondicionamento da mesma em formol, observou-se a flutuação do fragmento, sendo ainda mais sugestivo de um lipoma. Contudo, após análise microscópica, os cortes histológicos revelaram fragmento de mucosa caracterizada por feixes de fibras colágenas dispostas em vários sentidos produzidas por fibroblastos maduros associados a quantidades variáveis de tecido cartilaginoso, delimito por adipócitos arranjados em lóbulos. Vasos sanguíneos ectásicos e discreto infiltrado inflamatório completam o quadro histopatológico, concluindo-se como uma variante rara conhecida como condrolipoma. Assim, observamos a importância de uma anamnese e exame clínico adequado associado ao exame histopatológico para o correto diagnóstico, principalmente por ser uma neoplasia rara, na qual a cartilagem presente no tumor pode representar uma alteração metaplásica ou proliferação harmartomatosa, geralmente atribuída à multipotencialidade das células-tronco mesenquimais derivadas do tecido adiposo, seja através de uma interação genética ou de fatores ambientais, responsáveis pela condrogênese nessas lesões.
Palavras-chave: Lipoma; Língua; Neoplasia benigna.
320675 – BIÓPSIA DE GLANDULAS SALIVARES MENORES PARA CONFIRMAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DA SÍNDROMEDE SJOGREN: RELATO DE CASO. Bianka Asami Watanabe Kanzaki, Rebeka Camille Carvalho Chamon, Sérgio de Melo Alves Júnior, João de Jesus Viana Pinheiro, Maria Sueli da Silva Kataoka, Gabriela Avertano Rocha da Silveira.
O objetivo deste trabalho é relatar um caso de confirmação diagnóstica da síndrome de Sjögren, após biópsia de glândulas salivares menores. Paciente do sexo feminino, 56 anos, leucoderma, buscou atendimento no Centro de Tratamento Oncológico (CTO–PA), devido à sensação intensa de boca seca (xerostomia) e olhos secos (xeroftalmia), há 14 anos. No exame intraoral, não foi observada lesão aparente, apenas ressecamento das mucosas orais e pequenas fissuras no lábio inferior. Após exames pré-operatórios, realizou-se uma biópsia incisional na região de lábio inferior para remoção de algumas glândulas salivares menores. O material removido foi encaminhado para análise histopatológica, no qual observou-se, adjacente aos ácinos das glândulas salivares menores, focos de infiltrado inflamatório com 50 ou mais linfócitos e plasmócitos. Apesar da análise de alguns anticorpos específicos não terem demonstrado alteração, pela história clínica da paciente e após a avaliação dos resultados do teste de Schirmer e da biópsia de glândulas salivares menores, chegou-se ao diagnóstico final de síndrome de Sjögren. Dessa maneira, a paciente foi encaminhada para o reumatologista e segue em acompanhamento estomatológico, com o intuito de aliviar a queixa de xerostomia e tratar a ocorrência de candidíase oral de repetição, provavelmente relacionada ao quadro de hipossalivação severa. Portanto, é imprescindível que o cirurgião dentista correlacione os achados clínicos e laboratoriais com a análise histopatológica feita após a biópsia das glândulas salivares menores, para que o correto diagnóstico seja obtido e a condução do tratamento seja realizada de forma correta.
Palavras-chave: Síndrome de Sjogren, Xerostomia, Xeroftalmia, Diagnóstico
320691 – ADENOMA PLEOMÓRFICO: RELATO DE CASO COM EVOLUÇÃO DE 20 ANOS. Thaiane Ferreira de Lima, Emily dos Santos Neves, Flávia Sirotheau Correa Pontes, Yago dos Santos Pereira, Breno Bittencourt Pessoa da Silva.
O escopo designa a relatar um caso clínico de Adenoma Pleomórfico com evolução de 20 anos que foi tratado por meio de parotidectomia superficial. Paciente, 67 anos, mulher, compareceu ao serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial (CTBMF) do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), com queixa de aumento de volume em face com evolução de aproximadamente 20 anos, não relatou queixas álgicas, mas mencionou crepitação ao mastigar. Ao exame extra-oral atentou-se para aumento de volume de consistência fibrosa e imóvel em região parotideomasseterina direita. Após realização dos exames pré-operatórios, a paciente foi submetida à biópsia excisional da lesão sob anestesia geral e ocorreu sem intercorrências, sem déficit do nervo facial ou infecção. No pós-cirúrgico de 15 dias, o laudo emitido histopatológico foi compatível com Adenoma Pleomórfico. Clinicamente, o acesso cirúrgico estava em cicatrização avançada, com ausência de infecção e com sutura sem débitos, no mais, a sutura foi removida. No retorno de 30 dias, a paciente não apresentou assimetria facial, nem paralisia facial, nenhuma infecção, nem déficits funcionais ou estéticos. Após um ano da cirurgia, foram feitas tomadas fotográficas e tomografia computadorizada, sendo que não houve queixas estéticas, funcionais e nem recidiva da lesão. Em suma, apesar de sua evolução ser lenta e assintomática, o Adenoma Pleomórfico ou Tumor Misto Benigno, assim denominado devido à sua origem dupla de elementos epiteliais e mioepiteliais, deve ser diagnosticado precocemente, em razão de poder atingir grandes proporções, caso seja negligenciado. Contudo, no geral, clinicamente, se apresenta como um aumento de volume firme, indolor e de crescimento lento, comumente medindo dois a três centímetros. Tendo isso em vista, o cirurgião dentista habituado com lesões orais tem por obrigação realizar o diagnóstico dessas lesões para que o tratamento seja realizado com o mínimo de complicações estéticas e funcionais.
Palavras-chave: Adenoma Pleomorfo; Patologia Bucal; Medicina Bucal.
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