Resumos Apresentados I COUFPA - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais

Modalidade: Pesquisa Científica

320627 - ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO A PACIENTES HIPERTENSOS: CONHECIMENTO E PERCEPÇÕES DE ESTUDANTES DE ODONTOLOGIA. Danyelle de Sousa Gomes, Emanuelle Namias de Souza, Jullyana Tavares Duarte, João Pedro Santos Pereira, João Pedro Pamplona Lobato da Cunha e Fabiola Pontes Azevedo.

O objetivo do presente estudo foi analisar o nível de conhecimento e percepção acerca do atendimento à pacientes portadores de hipertensão arterial sistêmica (HAS) dos alunos de graduação em Odontologia em Belém do Pará. Após aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário do Estado do Pará (CESUPA), sob o número 4.729.482, o presente estudo transversal quantitativo de caráter descritivo, implementou um questionário direcionado à acadêmicos do curso de Odontologia de diferentes Instituições de Ensino Superior (IES), que estivessem cursando regularmente os dois últimos períodos da graduação. Após leitura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), 152 acadêmicos responderam um questionário estruturado autoaplicável com respostas fechadas pré-categorizadas na plataforma Google Formulários. Os dados coletados foram tabelados e descritos por meio de porcentagem (%) e gráficos para demonstrar a percepção dos alunos diante de cada questionamento realizado. Mais de sete IES, entre públicas e privadas, estavam envolvidas no estudo. De acordo com os dados coletados, 52% participantes cursavam o penúltimo semestre e 48% cursavam o último semestre da graduação em Odontologia. Diante disso, foi possível observar um descontentamento por parte dos acadêmicos quanto ao aprendizado a respeito da HAS e o manejo desses pacientes para o atendimento clínico odontológico, notável através do elevado número de erros e perguntas não respondidas. Os dados obtidos na presente pesquisa revelam que apesar dos alunos compreenderem algumas questões sobre a hipertensão arterial sistêmica, ainda existem dúvidas sobre o manejo adequado desses pacientes nos atendimentos odontológicos. 

Palavras-chave: Hipertensão Arterial; Odontologia; Estudantes; Conhecimento. 

Modalidade: Projeto de Extensão

316756 -GUIA DE ORIENTAÇÃO DE HIGIENIZAÇÃO BUCAL PARA PACIENTES COM FISSURAS LABIOPALATAIS; APLICAÇÃO EM UM PROJETO. Lívia Sardinha De Melo, Ana Carolina Gomes Caldas, Stheffany Pena Gomes, Anne Carolline Vilas Bôas Souza, Débora Gomes Cardoso e David Normando.

O objetivo deste trabalho é apresentar a elaboração e aplicação de um guia de orientações de higiene bucal para pacientes com fissuras labiopalatais, desenvolvido pelo Projeto de Assistência Odontológica ao Paciente com Fissura Labiopalatal (AFLAB), com intuito de estabelecer estratégias de promoção de saúde bucal a este público. Para embasamento teórico do material, utilizou-se referências indexadas nas bases de dados PubMed, Scielo e Biblioteca Virtual de Saúde, utilizando os descritores “Cleft Lip”. “Cleft Palate”, “Oral Hygiene”, com auxílio do operador booleano “AND” para critérios de inclusão de artigos publicados entre os anos 2013 e 2023. Foram selecionados 9 artigos. A elaboração do material didático foi desenvolvida na plataforma online Canva- Design Gráfico para Todos. As imagens utilizadas são pertencentes à plataforma, a qual disponibiliza fotos e ilustrações de acesso livre. Fissuras labiopalatais são as malformações craniofaciais mais comuns e podem causar uma série de desafios, incluindo dificuldades na alimentação, fala e respiração, além de afetar a saúde bucal. Pacientes reabilitados passam por cirurgias e tratamentos para corrigir essas anomalias, mas ainda enfrentam algumas limitações e necessidades específicas em relação à higiene bucal. Portanto, um guia de orientação de higienização bucal para pacientes com fissuras labiopalatais desempenha um papel crucial na promoção da saúde bucal desses indivíduos, fornecendo informações específicas sobre a limpeza adequada da cavidade bucal e das áreas afetadas pela fissura. Ressalta-se a importância da educação em saúde bucal para os pacientes com fissuras labiopalatais, pois estudos mostram que estes pacientes têm maior propensão a desenvolver doença periodontal e cárie, devido a particularidades anatômicas, tornando primordial a implementação de um guia de higienização, para que haja manutenção da saúde bucal e evite problemas futuros, proporcionando qualidade de vida após a reabilitação oral. 

Palavras-chave: Fenda labial; Fissura Palatina; Higiene Bucal; Educação em Saúde

320234 - ATIVIDADE DE EXTENSÃO: 27 ANOS DE ASSISTÊNCIA A PACIENTES COM FISSURA LABIOPALATAL. Anne Carolline Vilas Bôas Souza, Fellipe da Silva Ferreira, Débora Gomes Cardos e David Normando.

A AFLAB – Associação Voluntária de Apoio ao Portador de Fissura Labiopalatal é uma organização não governamental que possui um acordo de cooperação com um projeto de extensão vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Odontologia da UFPA. Este trabalho traz o relato do percurso de atividades e assistência, desde a fundação até os dias atuais. Uma entrevista com perguntas semi-estruturadas foi elaborada, enviada à equipe responsável do projeto, sendo estas: professor fundador e orientador do projeto; cirurgiã-dentista responsável pelas atividades de clínica geral; auxiliar de saúde bucal que compõe a equipe técnica de suporte. Solicitou-se o envio de material de suporte como: folhetos, folders, publicações e outros, com informações sobre as atividades desenvolvidas. O público-alvo são pacientes com fissura labiopalatal, atendidos atualmente na Clínica Odontológica da Universidade Federal do Pará, recebendo atendimento educativo, preventivo e reabilitador englobando a clínica-geral, odontopediatria e ortodontia para estabelecimento adequado das funções orais, bem como promoção da qualidade de vida e bem-estar. O Projeto possui cooperação com diversos hospitais do estado, e, principalmente, com o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP. Teve seu início em 1996 e contava como membros: pacientes, pais, responsáveis e profissionais da saúde. No ano seguinte, formou-se o Núcleo de Atendimento Odontológico, o qual percorreu diversos locais até se fixar na Clínica Odontológica da UFPA, oferecendo tratamento odontológico para adultos e crianças portadores de fissura labiopalatal, de acordo com a necessidade que possuem. Atualmente, o projeto conta com a participação de dentistas, discentes de pós graduação da UFPA e acadêmicos de odontologia que atendem de forma voluntária. Ao longo de 27 anos, contabiliza cerca de 35.000 atendimentos realizados conduzidos de forma ética, resolutiva, com compromisso e de acordo com as normas de biossegurança e humanização. 

Palavras-chave: Fissura Labial, Saúde Bucal, Voluntariado. 

320555 - DIAGNÓSTICO PRECOCE DA FISSURA LABIOPALATAL DURANTE O PRÉ-NATAL EM GRÁVIDAS NO ESTADO DO PARÁ. Raissa Alexia Siqueira Mendes, Valéria Mesquita da Silva1, João Vítor Andrade de Carvalho, José Lucas da Silva Lago, Anderson Cesar Costa Santos, Andréa Maia Corrêa Joaquim.

A incidência de fissuras labiopalatais (FLP) no Brasil é de 1:650 crianças nascidas vivas. Elas ocorrem por falhas no desenvolvimento ou na maturação dos processos embrionários, podendo causar problemas de má oclusão, respiração, deglutição, nutrição e fonação. O acompanhamento pré-natal é de grande importância para avaliar a condição de saúde da mulher, fornecer dados, além de dar diagnóstico precoce de alterações clínicas tanto da mãe quanto do feto. Este trabalho procurou analisar a presença do acompanhamento gestacional de mães de pacientes com FLP atendidos no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) do Hospital Universitário João de Barros Barreto da Universidade Federal do Pará (HUJBB-UFPA), através de um levantamento de dados a partir da análise de 208 prontuários de pacientes com FLP atendidos no CEO-HUJBB, a partir de 2018. Dentre os prontuários analisados, 83% das mães retrataram ter realizado pelo menos uma consulta pré-natal, sendo a maioria na rede pública. Dessas, 49,13% realizaram o exame de ultrassom, sendo a FLP detectada, como diagnóstico precoce, em apenas 16,5% dos casos e em clínicas particulares. Apesar da maioria das mães terem feito consultas pré-natais, algumas realizaram o exame de ultrassom, mas o diagnóstico precoce da FLP foi feito apenas em 16,5%. Conclui-se que o acompanhamento gestacional na rede pública ainda é ineficiente, não sendo capaz de proporcionar integralmente o diagnóstico precoce de patologias ou malformações, como a FLP. Assim, é necessário investigar a qualidade do pré-natal na rede pública de saúde, o preparo técnico-científico dos profissionais e conhecimento sobre a FLP, para aumentar o quantitativo de notificações prévias ao parto dessas patologias, melhorando as políticas públicas, haja vista que o acolhimento e intervenção desses pacientes e da família é essencial para o desenvolvimento das crianças com alterações craniofaciais. 

Palavras-chave: Fissura Palatina, Diagnóstico Pré-natal, Fenda Labial. 

320659 - CONDIÇÃO BUCAL DE PACIENTES COM FISSURA LABIOPALATAL RELACIONADOS À PREVALÊNCIA DOS TIPOS DE FISSURA NO ESTADO DO PARÁ. João Vitor Andrade de Carvalho, José Lucas da Silva Lago, Raissa Alexia Siqueira Mendes, Alyne Ayri Nagase, Viviann Menezes da Costa e Andréa Maia Corrêa Joaquim.

As fissuras labiopalatais (FLP), são alterações congênitas de caráter multifatorial mais comuns que acometem a face. Há diversos tipos de FLP, com diferente grau de comprometimento, que interfere na anatomia do sistema estomatognático, na respiração, mastigação, fonação, estética e fatores psicossociais, sendo necessário um tratamento multidisciplinar para a reabilitação, com duração desde o nascimento até a fase adulta do paciente. As alterações anatômicas com irregularidade do arco dentário, tecido cicatricial formado após as diferentes intervenções cirúrgicas, são fatores que podem impactar na saúde bucal dos portadores de FLP, além de dificultar o controle de placa bacteriana, favorecendo o surgimento de cáries dentárias e doenças periodontais. O objetivo deste estudo foi relacionar a condição bucal nos diferentes tipos de FLP dos pacientes atendidos no Centro de Especialidades Odontológicas do Hospital Universitário João de Barros Barreto da Universidade Federal do Pará (HUJBB-UFPA). Este estudo descritivo retrospectivo de corte transversal baseado na avaliação clínica de 244 pacientes portadores de FLP, atendidos no HUJBB-UFPA, aprovados no Comitê de Ética em Pesquisa da UFPA com o protocolo 25403419.4.0000.0018. Os resultados apresentaram que para cada tipo de FLP há uma diferente condição de saúde oral, tendo os portadores de FLP pós-forame e fissuras raras de face a maior média de dentes cariados enquanto FLP pré-forame bilateral apresentou maior quantidade de dentes hígidos. Concluiu-se que a maioria dos pacientes avaliados eram portadores de FLP Transforame Incisivo Unilateral Esquerda, do sexo masculino, com idade superior a 12 anos, com dentição permanente, moradores da região metropolitana de Belém. Além disso, a elevada prevalência de cárie dentária foi associada à má higiene oral, dieta cariogênica, e fatores predisponentes como amelogênese imperfeita, apinhamentos dentários, e díficil acesso ao atendimento na rede pública estadual. 

Palavras-chave: Fissura Palatina, Fenda labial, Saúde Bucal 

Modalidade: Revisão de Literatura

315856 - ART COMO TÉCNICA RESTAURADORA PREVENTIVA PARA PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECÍFICAS. Carla Cristina Ferreira dos Santos, Carolynne Ferreira dos Santos, Gabriela Marçal Moreira de Lima e Erick Nelo Pedreira.

O presente estudo busca investigar, por meio de uma análise da literatura, a eficácia do Tratamento Restaurador Atraumático (ART) e a sua aceitabilidade por Pacientes com Necessidades Especiais (PNE). O ART consiste na utilização de instrumentos manuais e cimento de ionômero de vidro, caracterizando-se por ser uma técnica pouco invasiva se comparada às abordagens restauradoras convencionais, como o uso de amálgama e resina composta. Nesse viés, para a construção dessa revisão de literatura, foram consultadas as seguintes bases de dados: Medline, Scientific Electronic Library Online e Portal de Periódicos da CAPES, utilizando, principalmente, os descritores: tratamento dentário restaurador sem trauma e pessoas com deficiência, tendo sido incluídos trabalhos publicados no período de 2014 a 2022, nos idiomas: inglês, português, russo e francês, que relacionaram diretamente o ART e PNE. Sob essa ótica, de acordo com os resultados analisados, esses pacientes, muitas vezes, enfrentam dificuldades para realizar uma higiene oral adequada e, por isso, apresentam maiores riscos de desenvolver lesões cariosas. Somado a isso, geralmente, esse público não lida bem com os métodos restauradores convencionais, o que coloca o ART como uma possibilidade promissora de tratamento, podendo ser utilizado de modo preventivo, terapêutico e restaurador, além de ser uma forma de diminuir a ansiedade gerada durantes os atendimentos, já que são utilizados instrumentos manuais, os quais não emitem sons desconfortáveis e raramente são utilizadas anestesias, evitando as agulhas e injeções. Devido a isso, estudos apontam que o ART é mais aceito por essa parcela populacional, bem como apresenta maior eficácia e durabilidade nesses pacientes. Assim, a revisão da literatura permite inferir que o ART é uma técnica viável e bem aceita pelas PNE, todavia, é necessária a realização de mais estudos nessa área, a fim de aprimorar esse tratamento e, por conseguinte, melhorar a saúde bucal dessa população. 

Palavras-chave: tratamento dentário restaurador sem trauma, cimentos de ionômeros de vidro, pessoas com deficiência, assistência odontológica para pessoas com deficiências. 

316155 - TÉCNICAS PARA O ATEDIMENTO ODONTOLÓGICO À CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Geovana Freitas Colares, Gabriely Everton Dos Santos, Juliana Garcia Alves, Evellyn Cássia Martins Rodrigues, Tatiana Helen Vasconcelos Costa e Aline Costa Flexa Ribeiro Proença.

Este estudo objetiva descrever abordagens clínicas e técnicas para o atendimento odontológico à pacientes infantis com Transtorno do Espectro Autista (TEA), por meio de revisão da literatura. Realizou-se a busca eletrônica nas bases PubMed e Scielo incluindo os descritores “autistic”, “oral health”, “treatment” e “patient management”, com o operador boleano AND. Foram encontrados 01 artigo na base de dados Scielo e 17 na PubMed. Após análise dos títulos e resumos, foram selecionados 05 artigos que atendiam aos critérios: abordagem de técnicas de manejo comportamental de pacientes infantis com TEA na odontologia, publicados de 2010 a 2023 e acesso gratuito ao texto completo. Os estudos enfatizaram a necessidade de uma abordagem considerando os comportamentos e necessidades da criança, bem como o contexto familiar, personalizando o atendimento conforme as inseguranças e preferências dos pais ou responsáveis. Estudos sugeriram uma consulta inicial apenas com os responsáveis da criança, para entender tais necessidades e as preferências da criança. A Pedagogia Visual (PV) foi citada como técnica eficaz, usando imagens, fotografias ou vídeos para familiarizar a criança com o ambiente odontológico. Recomendou-se criar um ambiente adaptado sensorialmente, dado que o ambiente odontológico pode super estimular a criança com ruídos, odores, luzes e cores intensas, levando à recusa ao tratamento. O cirurgião-dentista deve usar roupas com cores suaves, iluminação suave e músicas tranquila. Técnicas avançadas, como o uso de Óxido Nitroso, estabilização protetora, sedação com benzodiazepínicos e anestesia geral, também foram mencionadas. A escolha da técnica deve ser personalizada de acordo com as necessidades das crianças e as preferências dos pais ou responsáveis. É essencial que o cirurgião-dentista aprimore os conhecimentos para desenvolver abordagens facilitadoras no tratamento de crianças com TEA. 

Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista, Saúde Bucal, Administração dos Cuidados ao Paciente. 

317069 - ANESTÉSICOS LOCAIS EM ODONTOLOGIA: UM GUIA PARA ACADÊMICOS DE ODONTOLOGIA NO ATENDIMENTO DE PACIENTES DE ALTO RISCO. Lucas Cruz Ferreira, Daniel Ugulino Ferreira e Claudia Pires Rothbarth.

Os objetivos desse trabalho são desenvolver um guia prático para facilitar a escolha de anestésicos locais por acadêmicos de odontologia durante o atendimento clínico de pacientes de alto risco além de realizar levantamento bibliográfico acerca dos tipos de anestésicos locais e suas aplicações na Odontologia, auxiliar acadêmicos de Odontologia na seleção dos anestésicos locais para o atendimento de pacientes de alto risco com alterações cardiocirculatórias: doenças cardíacas e hipertensão arterial, grávidas, diabéticos, renais crônicos, doença hepática, hipotireoidismo e hipertireoidismo, orientar o uso consciente dos anestésicos locais em Odontologia para prevenir complicações sistêmicas. A utilização de anestésicos locais na prática clínica é bastante rotineira dentro da odontologia, as condições sistêmicas dos pacientes e a escolha do tipo e dosagem das substâncias anestésicas geram dificuldades para estudantes e profissionais menos experientes, desta forma, se faz necessário realizar um correto planejamento para atendimento. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo desenvolver um guia prático para facilitar a escolha de anestésicos locais por acadêmicos de odontologia durante o atendimento clínico de pacientes de alto risco. Foi realizada uma revisão de literatura tomando como base artigos científicos publicados entre os anos de 2009 e 2022, em língua portuguesa e inglesa, os quais foram coletados por meio da busca eletrônica nas bases de dados LILACS, PUBMED, Google Scholar e ScienceDirect, além da consulta aos livros consagrados acerca do assunto. Os resultados obtidos foram organizados em um guia prático, visando facilitar a escolha dos anestésicos locais pelos estudantes durante o atendimento odontológico e, assim, contribuir para a diminuição de complicações sistêmicas durante o uso dessas substâncias em pacientes de alto risco. 

Palavras-chave: Anestésicos Locais, Cardiopatias, Hipertensão, Odontologia, Pacientes. 

320583 - SUGESTÃO DE PROTOCOLO DE EXODONTIA EM PACIENTES PÓS RADIOTERAPIA – REVISÃO DE LITERATURA. Gabriel Tadashi Valente do Couto Goto, Maria Carolina Sidonio Alves, João Pedro Santos Pereira e Douglas Magno Guimarães.

O manejo de pacientes que realizam exodontia após a radioterapia de cabeça e pescoço representam um desafio para os cirurgiões dentistas e as equipes multidisciplinares. Tendo em vista que a osteorradionecrose é o efeito secundário de maior severidade da radioterapia de cabeça e pescoço, este estando relacionado principalmente as exodontias realizadas após o tratamento radioterápico. Um total de 78 artigos foram avaliados, dentro desse número, 1562 pacientes foram separados com base no critério estabelecido como exodontia atraumática, utilização de antibióticos, pentoxifilina, tocoferol e clodronato (PENTOCLO) e câmara hiperbárica no desenvolvimento de osteoradionecrose. A osteorradionecrose ainda é uma doença atrelada a RT de cabeça e pescoço, sendo sua mais prevalente na região posterior de mandíbula. A antibioticoterapia e PENTOCLO apresentaram resultados promissores quanto a prevenção do desenvolvimento da ORN, portanto é de suma importância frisar a necessidade da avaliação odontológica antes mesmo do paciente ser submetido a RT, para evitar intervenções cirúrgicas futuras. 

Palavras-chave: Neoplasias de cabeça e pescoço, Osteorradionecrose, Cirurgia bucal. 

Modalidade: Relato de caso

320591 - TRATAMENTO ODONTOLÓGICO EM PACIENTE RENAL CRÔNICO: RELATO DE CASO. Larissa Hevellen Mendes De Lima, Jennifer Kyssya De Lima Freitas e Rayssa Nayra de Albuquerque Lima.

Pacientes renais crônicos apresentam diversas manifestações na cavidade bucal e fazem parte da rotina clínica do cirurgião-dentista, devido a isso, alguns cuidados precisam ser feitos no atendimento odontológico para abranger a singularidade desse paciente, seja em relação às medicações, qual melhor anestésico a ser empregado e como resolver as ocorrências bucais. O presente trabalho visa relatar um caso de manejo odontológico de uma paciente com doença renal crônica. Paciente J.R.C.B., sexo feminino, 13 anos de idade, foi atendido na Clínica escola de Odontologia da Universidade da Amazônia, com queixa principal de gengiva extremamente inflamada, com acúmulo de cálculo dental na região esquerda dos dentes superiores e inferiores. Na anamnese, a responsável pela adolescente relatou que a paciente possuía problemas renais crônicos, e que a mesma necessitava das medicações ciclosporina e prednisona com o uso contínuo para a manutenção dos rins. Ao exame clínico, observou-se que a paciente possuía hiperplasia gengival medicamentosa e muito acúmulo de cálculo dental, e também alguns dentes decíduos para extrações, e por meio do exame radiográfico foi confirmada a necessidade das exodontias dos dentes 64, 74 e 75. Diante desse caso, foi proposta a adequação do meio bucal por meio de raspagem e profilaxia, na segunda consulta a exodontia dos dentes 64, 74 e 75, sendo o anestésico de escolha a prilocaína 3% com felipressina 0,03 UI devido ser menos tóxica para os rins, no retorno foi realizado o procedimento de aumento de coroa nos dentes 34 e 35, junto com ulectomia do dente 13 e para o processo de cicatrização foram feitas 3 sessões de fotobiomodulação. Nesse sentindo, nota-se a importância do conhecimento sobre pacientes sistemicamente comprometidos. Este relato mostra uma paciente com diversas manifestações bucais devido as medicações, como a hiperplasia gengival medicamentosa, e como o cirurgião-dentista é fundamental para a manutenção da saúde geral do paciente. 

Palavras-chave: Doença renal crônica, saúde bucal, doenças periodontais, cavidade bucal. 

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