Resumos Apresentados II COUFPA - Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial
416931- EXÉRESE DE LESÃO CENTRAL DE CÉLULAS GIGANTES EM REGIÃO ANTERIOR DE MANDÍBULA: RELATO DE CASO Anny Karoliny Cunha da Silva Begot, Francisco Antônio de Jesus Costa Silva, Jeanne Gisele Rodrigues de Lemos, Lorena Maria de Souza da Silva, e Silas Dione Alves Pinheiro
As lesões centrais de células gigantes (LCCG) são neoplasias benignas que ocorrem principalmente na mandíbula anterior, caracterizadas por reabsorção óssea e presença de células multinucleadas gigantes. Podem ser assintomáticas ou causar dor e inchaço. O tratamento envolve a exérese cirúrgica, essencial para evitar recidivas. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de exérese de lesão central de células gigantes na região anterior da mandíbula, contribuindo para a compreensão do diagnóstico e tratamento dessa condição clínica. Paciente sexo feminino, 47 anos, compareceu ao ambulatório com queixa de aumento de volume na região anterior da mandíbula lado esquerdo. Ao intra oral, observou-se abaulamento em região vestibular de mandíbula próximo à região incisivos e caninos do lado esquerdo, com discreto aumento de volume extra oral. A tomografia de face, evidenciou uma imagem hipodensa de proporção considerável na região supracitada com defeito osteolítico. A paciente foi submetida a procedimento cirúrgico para realização de biópsia incisional. Foi realizado incisão intra-oral, perfuração da cortical óssea para acessar a lesão, em seguida, a exérese em associação com curetagem agressiva para garantir que foi removida completamente e preenchimento com enxerto ósseo. A exérese cirúrgica das lesões centrais de células gigantes (LCCG) é crucial para evitar recidivas, e uma técnica adequada é essencial para garantir a remoção completa da lesão. O diagnóstico precoce melhora as chances de um tratamento bem-sucedido, permitindo intervenções menos invasivas. Este trabalho contribui para o meio acadêmico ao abordar aspectos clínicos e cirúrgicos, destacando a importância da integração entre teoria e prática, e promovendo discussões sobre melhores abordagens no manejo das LCCG.
Palavras-chave: Céluals Gigantes; Mandíbula; Relato de Caso.
416925- TRATAMENTO DE AMELOBLASTOMA CONVENCIONAL USANDO PRÓTESE MANDIBULAR: RELATO DE CASO Fernando Manoel Carvalho de Oliveira Marques; Vanessa Rodrigues Morais; Laiza do Socorro Dias Vales; Giovanna Christine Cordeiro de Sousa; Wilker Morett Carvalho de Freitas
O Ameloblastoma Convencional é uma neoplasia odontogênica benigna, de crescimento lento, porém agressiva, mais frequente em região de ramo e corpo de mandíbula. O presente trabalho tem a finalidade de relatar o caso clínico da paciente com diagnóstico de ameloblastoma convencional em mandíbula, tratado por ressecção cirúrgica associada a prótese mandibular. Paciente K.C.P.S, 38 anos, sexo feminino, apresentou-se com queixa de aumento de volume interno em região de mandíbula. Após a confirmação do diagnóstico com auxílio de exames complementares como biópsia incisional e tomografia da face, optou-se pela ressecção cirúrgica da lesão. Foi necessária a reconstrução mandibular, utilizando neste caso, uma prótese mandibular de titânio personalizada, acompanhada de guias de corte, a qual foi confeccionada com base nos exames de tomografia e escaneamento intraoral, proporcionando um tratamento integral e individualizado. O modelo da prótese utilizada foi o da marca Evolve já com encaixes para implantes. A ressecção cirúrgica foi demarcada através dos guias de corte, proporcionando uma osteotomia com margens de segurança precisas e bem delimitadas. O acompanhamento pós-operatório revelou uma recuperação satisfatória, com a paciente apresentando melhora na qualidade de vida e pouca perda estética. Este caso demonstra a importância de uma abordagem precisa e individualizada no tratamento de ameloblastoma convencional, destacando o papel das próteses mandibulares na reabilitação dos pacientes, promovendo uma melhor integração funcional e social.
Palavras-chave: Ameloblastoma; Neoplasia; Prótese Mandibular.
416923- SCHWANNOMA ORBITÁRIO DIREITO COM ENVOLVIMENTO DO ASSOALHO ORBITÁRIO E SEIO MAXILAR: RELATO DE CASO Anny Karoliny Cunha da Silva Begot, Beatriz Reis Santana, Bruno Viana de Sá, Daniel Ferreira Candido Godoi, e Alessandra Arnoud Moreira
Os schwannomas orbitários são tumores benignos que se originam das células de Schwann. Esses tumores ocorrem em várias localizações dentro da órbita, incluindo o assoalho orbitário, entretanto, o envolvimento do seio maxilar é uma condição rara, que pode complicar o diagnóstico e o tratamento. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso raro de schwannoma orbitário com envolvimento do assoalho orbitário e do seio maxilar, contribuindo para compreensão do diagnóstico diferencial e terapêutica. Paciente sexo masculino, 31 anos, apresentou-se ao ambulatório de Neurologia com queixa de diplopia vertical e dor facial tipo choque, com evolução clínica gradual de 2 anos. O exame clínico revelou assimetria facial, leve estrabismo divergente, enoftalmia direita e neuralgia atípica associada ao quinto par craniano, na região infraorbitária direita, com hipoestesia tátil e dolorosa. A TC da face revelou imagem ovalada, expansiva, hipodensa, com realce periférico irregular (4,5 x 2,5 x 3,0 cm), no assoalho da órbita, associada à parede inferior da órbita e ao antro maxilar, estendendo-se para a cavidade orbitária e causando compressão do músculo reto inferior. Foi realizada acesso subciliar para exposição do assoalho orbital, rima infraorbitária e zigoma, que revelou a lesão tumoral, removida por curetagem, preservando-se o nervo infraorbitário e posterior fixação de malha de titânio de 1,5 mm na região infraorbital devido à perda óssea considerável. Este caso destaca o diagnóstico diferencial de lesões expansivas na região infraorbitária, dada a raridade do Schwannoma celular e suas manifestações atípicas. A intervenção cirúrgica adequada, é crucial para o manejo eficaz e prevenção de sequelas funcionais. A histopatológia e imuno-histoquímica desempenham papel vital no diagnóstico e planejamento terapêutico. Este relato contribui para a literatura, enfatizando a importância da identificação precoce e tratamento apropriado de lesões incomuns na prática clínica.
Palavras-chave: Células de Schwann; Seio Maxilar; Relatos de Casos.
416916- RESSECÇÃO DE FIBROMA OSSIFICANTE ASSOCIADO A RECONSTRUÇÃO COM PRÓTESE CUSTOMIZADA: RELATO DE CASO Autores: Rianne Santos Araújo, Maria Eduarda Carlos Conceição, Francisco Antônio de Jesus Costa Silva, Thais da Silva Fonseca, Maria Cândida de Almeida Lopes
O fibroma ossificante (FO) trata-se de uma lesão fibro-óssea benigna dos maxilares que constitui-se de células multipotentes capazes de formar cemento, osso lamelar e tecido fibroso. Clinicamente, esse tumor se manifesta como uma massa de crescimento lento e assintomático. Dependendo da gravidade da lesão, pode ser necessário para a excisão completa da lesão a remoção de estruturas importantes como a articulação temporomandibular (ATM). Diante disso, a confecção e instalação de próteses é crucial para um bom prognóstico do paciente. Este trabalho tem como objetivo a apresentação de um caso de FO avançado, no qual foi realizada a reconstrução da ATM por meio de prótese customizada. A paciente buscou atendimento queixando-se de dor e assimetria facial desde os 15 anos de idade. Foram solicitados exames de imagens sendo constatada uma reabsorção óssea de quase totalidade do ramo mandíbular esquerdo, assim como o côndilo apresentava aspecto desmineralizado com contornos irregulares. O tratamento proposto envolveu a hemimandibulectomia com margem de segurança para a completa remoção da lesão, seguida de reconstrução da área ressecada com prótese customizada, incluindo a ATM. Ao exame histopatológico o resultado foi de fibroma cemento-ossificante. Em sua maioria os FOs são tratados por enucleação e curetagem, entretanto para evitar ou minimizar as chances de recidiva, a ressecção com margem é preferida. Neste caso, após minuciosa avaliação, a conduta foi escolhida devido o estado avançado da lesão, com sinais de agressividade e crescimento rápido. Como após a ressecção a morbidade da paciente seria grande, optou-se por uma ressecção mais agressiva, dessa forma sendo necessária a reabilitação com prótese. Em conclusão, a análise minuciosa é essencial para a tomada de decisões do cirurgião, visando a menor morbidade para o paciente. Dessa forma, deve-se ressaltar os benefícios estéticos e funcionais do uso das próteses personalizadas.
Palavras-chave: Articulação Temporomandibular, Fibroma Ossificante, Morbidade, Reabilitação.
416913- O DESAFIO DA RECONSTRUÇÃO ESQUELÉTICA NAS FRATURAS PANFACIAIS: RELATO DE CASO MARQUES, Fernando Manoel Carvalho de Oliveira; ALBUQUERQUE, Matheus Chaves; FARIAS, Douglas Fabrício da Silva; SANTOS, Raphael Holanda; LIMA, Diego Melo
As fraturas panfaciais são assim denominadas quando todos os terços da face apresentam fraturas concomitantes. Devido à escassez de pontos de referência e estabilidade óssea, as quais sirvam de arcabouço para a redução das fraturas, esse tratamento é considerado complexo. Este trabalho visa relatar a abordagem cirúrgica em um caso de fraturas múltiplas da face. Paciente do sexo feminino, 44 anos, vítima de acidente motociclístico deu entrada ao pronto atendimento em um hospital referência em trauma no estado do Pará, apresentando trauma em face. Clinicamente mostrava ferimentos abrasivos difusos na face, assimetria facial e maloclusão. Ao exame de tomografia da face constatou-se múltiplas fraturas nos terços da face. Foi submetida de forma eletiva a um procedimento cirúrgico sob anestesia geral para o tratamento definitivo. Foram executados os acessos cirúrgicos coronal, subciliar, vestibular maxilar e mandibular para abordagem do esqueleto facial. As fraturas foram reduzidas e fixadas com material de osteossíntese do sistema 1.5/2.0 seguindo os princípios load-sharing, com a sequência de manejo realizada “de baixo para cima” e “de dentro para fora”. A mandíbula foi inicialmente abordada, seguido da região naso-orbito-etmoidal, osso frontal, complexo zigomático, finalizando pela maxila. Por conseguinte, manobras de ressuspensão tecidual, hemostasia e síntese foram realizadas. A conversão submentual da intubação oral foi essencial para a manutenção da oclusão dos maxilares, haja vista que a paciente apresentava cominuição nas fraturas do terço médio da face, inviabilizando a intubação nasal. A paciente evoluiu com uma oclusão estável, restauração das projeções ósseas, cicatrização satisfatória e ausência de infecção. O manejo das fraturas múltiplas de face é desafiador. O planejamento e a compreensão dos parâmetros anatômicos são fundamentais para a adequada restauração da altura, largura e projeção da face, restabelecendo a estética e função.
Palavras-chave: Fraturas Ósseas; Ossos Faciais; Osteossíntese; Redução Aberta; Traumatismos Faciais
416881- TRATAMENTO CIRÚRGICO PARA ADENOMA PLEOMÓRFICO ATÍPICO EM REGIÃO DE PALATO: RELATO DE CASO Ingrid Gomes Mota, Victor Diogo da Silva Quaresma, Thaís da Silva Fonseca, Douglas Fabrício da Silva Farias, Felipe Oliveira de Souza
O adenoma pleomórfico é um tumor benigno que acomete as glândulas salivares, podendo atingir tanto as glândulas salivares maiores quanto as menores, quando essa última é atingida o palato duro é o local mais acometido. Possui leve predileção por mulheres, principalmente entre a quarta e sexta década de vida. O objetivo deste trabalho é apresentar um caso de adenoma pleomórfico em região de palato duro, sendo posteriormente submetido à retirada do tumor em bloco cirúrgico. Paciente do sexo masculino, 52 anos, compareceu ao ambulatório com queixa de aumento de volume de grandes proporções em região de palato duro do lado esquerdo, com evolução de 15 anos, que atrapalhava sua fala, mastigação e deglutição. No exame clínico intraoral notou-se a presença de uma tumefação de consistência firme, com aspecto friável, normocorada e brilhante. Na tomografia de face, observou-se uma massa arredondada hiperdensa com limites hipodensos bem definidos em região de palato duro, também evidenciado na ressonância magnética. O paciente então foi submetido a procedimento cirúrgico para realização de biópsia incisional sob anestesia local, no qual o laudo histopatológico confirmou o diagnóstico de adenoma pleomórfico. Dessa forma, o paciente foi submetido a procedimento cirúrgico sob anestesia geral, com intubação nasal assistida por nasofibroscópio, para exérese da lesão, que consistiu em acesso cirúrgico em região de palato com incisão abaixo do periósteo incluindo a mucosa sobrejacente e remoção completa da lesão. Não houve intercorrência durante a cirurgia e nem no pós-operatório, evoluindo com um bom quadro geral. Conclui-se então, que o exame clínico, exames de imagens e os achados histopatológicos são essenciais para o diagnóstico dessa neoplasia, sendo normalmente necessária sua excisão total por haver possibilidade de comprometimento funcional e transformação maligna para um carcinoma ex-adenoma pleomórfico.
Palavras-chave: Adenoma Pleomorfo; Palato Duro; Osso Palatino.
416874- RESSECÇÃO SEGMENTAR DA MANDÍBULA PARA TRATAMENTO DE FIBROMA CEMENTIFICANTE: RELATO DE CASO ALANA MARIA DINIZ NOBRE, FRANCISCO ANTONIO DE JESUS COSTA SILVA , DOUGLAS FABRÍCIO DA SILVA FARIAS , RAPHAEL HOLANDA SANTOS e DIEGO MELO LIMA
De acordo com a literatura, o fibroma cementificante (FC) é um tumor raro considerado benigno, de origem fibro-óssea, que apresenta crescimento lento e indolor, com predileção pelo sexo feminino e região posterior de mandíbula. Diante disso, o objetivo deste estudo é descrever um caso de manejo clínico de FC. Paciente, sexo masculino, 40 anos, compareceu ao ambulatório, encaminhado do posto de saúde para uma avaliação de aumento de volume no corpo da mandíbula. Durante a anamnese, relatou ter sido submetido a desgaste ósseo na mandíbula em lado direito há 10 anos. Clinicamente foi notado uma lesão envolvendo a face vestibular e lingual na mandíbula no lado direito, com um aumento de volume fixo de superfície lisa, indolor, e com aspecto endurecido a palpação. Ao exame radiográfico, apresentou imagens radiolúcida com focos radiopacos, tendo limites bem definidos. Após avaliação clínica e radiográfica, foi realizado a biopsia incisional, a qual teve como diagnóstico fibroma cementificante. O tratamento proposto foi ressecção segmentar do tumor e a instalação de placa de reconstrução para realizar a manutenção da base mandibular em bloco cirúrgico sob anestesia geral. Atualmente, a paciente segue em acompanhamento ambulatorial já de 01 ano, tendo uma boa relação estética, sem relações de recidiva da lesão, oclusão estável, sem sinais de infecção ou deiscência. Diante do caso exposto, foi possível visualizar a significância da ressecção marginal como forma de tratamento para essa patologia.
Palavras-chave: Fibroma; Neoplasia; Mandíbula; Patologia.
416866- TRATAMENTO CIRÚRGICO PARA PACIENTE COM SÍNDROME DE GORLIN-GOLTZ: RELATO DE CASO Eldilene Martins Coutinho, Lorena Maria de Souza da Silva Thais da Silva Fonseca, Douglas Fabrício da Silva Farias, Wender Luis Barroso Tavares
O queratocisto é um cisto odontogênico de desenvolvimento e acomete principalmente a mandíbula posterior, pacientes com múltiplos queratocistos devem ser avaliados em busca de manifestações da síndrome do carcinoma nevoide basocelular (Gorlin-Goltz), essa uma doença hereditária autossômica dominante que tem como principais manifestações clínicas múltiplos ceratocistos odontogênicos, carcinomas basocelulares e dismorfogênese esquelética. O objetivo deste trabalho é relatar o manejo de uma paciente sindrômica com múltiplas lesões císticas. Paciente foi encaminhada ao serviço de cirurgia buco-maxilofacial do Hospital universitário João de Barros Barreto, foi observado discreto aumento de volume e ausência de alguns dentes. A radiografia panorâmica revelou múltiplas lesões radiolúcidas na região bilateral posterior de mandíbula. A punção aspirativa cística revelou conteúdo pastoso e o histopatológico evidenciou células da camada basal em paliçadas e inversão de polaridade dos núcleos celulares, com 6 a 8 camadas de células fechando o diagnóstico queratocisto. Aos exames clínicos detalhados, paciente mostrou alterações esqueléticas de desenvolvimento e depressões palmoplantares. O raio x de crânio evidenciou calcificação da foice cérebral, confirmando a Síndrome de Gorlin-Goltz. A paciente foi submetida a cirurgia sob anestesia geral para enucleação das lesões císticas e remoção de dentes inclusos. Após 8 dias, a paciente apresentou boa recuperação, com edema em regressão e discreta queixa álgica. Foi prescrita analgesia e orientações de higienização oral. Conclui-se que uma avaliação detalhada após o diagnóstico de múltiplos queratocistos pode levar ao diagnóstico precoce da Síndrome de Gorlin e que a enucleação cística associada à remoção de dentes inclusos mostrou-se eficaz, com boa recuperação pós-operatória.
Palavras-chave: Neoplasias de tecido dentário; Síndrome de Gorlin-Goltz; Cistos odontogênicos.
416862- ODONTOMA COMPOSTO-COMPLEXO EM REGIÃO DE MAXILA EM PACIENTE PEDIÁTRICO: RELATO DE CASO. Ana Zilah Martins Carneiro, Carolina Reis de Andrade, Thaís da Silva Fonseca, Francisco Antônio de Jesus Costa Silva, Diogo de Vasconcelos Macedo
Os odontomas são os tipos mais prevalentes de tumores odontogênicos, sendo classificados como distúrbios de desenvolvimento, consistindo em hamartomas envolvendo esmalte e dentina, bem como quantidades variáveis de polpa e cemento, detectados clinicamente em sua maioria durante as primeiras duas décadas de vida, possui caráter assintomático e maior frequência em maxila, sendo subdivididos em odontoma composto e odontoma complexo. Nesse sentido,o odontoma composto é formado por múltiplas estruturas pequenas homólogas a dentes, já o odontoma complexo configura-se a partir de uma massa amorfa, não apresentando qualquer semelhança anatômica a elementos dentários. O objetivo do presente trabalho se dá na apresentação de um relato de caso clínico de odontoma composto-complexo em região de maxila. Paciente do sexo feminino, 6 anos de idade, compareceu ao ambulatório de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Universitário João de Barros Barreto apresentando aumento de volume anterior em maxila, de aparência endurecida e bem delimitada, com aspectos radiográficos referentes a uma massa hiperdensa calcificada mista, difusa e também similar a dentes. À vista disso, as particularidades clínicas e radiográficas foram imprescindíveis e determinantes para o diagnóstico. O tratamento se deu a partir da excisão total do tumor, associado à osteoplastia local sob anestesia geral. Durante a remoção da lesão observou-se que a mesma possuía aspecto misto, com características tanto do odontoma composto, quanto do complexo, sendo uma forma incomum de apresentação. Após a osteoplastia, prosseguiu-se com o fechamento da ferida cirúrgica. A paciente seguiu em acompanhamento e após 15 dias de pós operatório observou-se cicatrização satisfatória, boa recuperação e bom estado geral. Em conclusão, o diagnóstico precoce e tratamento adequado foram indispensáveis para a preservação funcional e estética da paciente, bem como sua qualidade de vida.
Palavras-chave: Odontoma; Tumores Odontogênicos; Neoplasias Benignas.
416828- RECONSTRUÇÃO ÓSSEA DE LESÃO CÍSTICA COM STICK BONE: RELATO DE CASO Jaqueline Julia Gamboa Vieira, Lorena Maria de Souza da Silva, Isabela Barroso Silva, Raphael Holanda Santos, Wender Luis Barroso Tavares
O cisto periapical é uma lesão inflamatória crônica que se forma na região apical de um dente não vital, frequentemente encontrado na maxila, uma vez que o cisto radicular corresponde cerca de 60% dos cistos da maxila e mandíbula, podendo atingir grandes proporções quando não for tratada. O objetivo deste trabalho científico é relatar um caso de uma paciente com diagnóstico de cisto periapical em região de maxila submetido a enucleação cística e apicectomia sob anestesia geral para tratamento de regeneração óssea. Paciente do sexo feminino, de 53 anos, compareceu ao serviço de Cirurgia Traumatologia BucoMaxiloFacial do Hospital João de Barros Barreto queixando-se de dor em região anterior de maxila. Ao exame clínico, observou-se aumento de volume discreto em região de fundo de vestíbulo em pré-maxila, normocorado e dolorido a palpação. A Tomografia Computadorizada evidenciou uma imagem hipodensa circular com bordas bem definidas na região periapical do dente 23. Foi realizada biopsia incisional sob anestesia local para avaliação histopatológica, tendo seu diagnóstico como cisto periapical. A paciente foi encaminhada para tratamento endodôntico e posteriormente submetida a procedimento cirúrgico para enucleação cística, curetagem e apicectomia do dente 23. Após remoção da lesão e preparo do leito receptor, foi realizada enxertia pela técnica stick bone, composto por coágulos, fase líquida de L-PRF e biomaterial heterogêneo, cobertos por membrana de L-PRF. No momento, a paciente encontra-se em acompanhamento ambulatorial, apresentando cicatrização adequada e neoformação óssea, sem sinais de recidiva. Desta forma, percebe-se a importância da anamnese e exame clinico adequado assoado ao exame histopatológico para o correto diagnóstico.
Palavras-chave: Cisto Radicular; Regeneração Óssea; Biópsia.
416814- TRATAMENTO DE AMELOBLASTOMA POR MEIO DE RESSECÇÃO SEGMENTAR E MARGINAL: RELATO DE CASO. Autores: Maria Eduarda Carlos Conceição, Caio Allan Alves Araújo, Isabela Barroso Silva, Helder Antonio Rebelo Pontes e Diego Melo Lima
O ameloblastoma é um tumor odontogênico benigno, de origem epitelial, esse tumor afeta predominantemente o osso mandibular, acometendo pacientes entre a quarta e a sétima décadas de vida. Frequentemente assintomático. Em casos de comportamento mais agressivo, podem surgir dor e parestesia. O objetivo deste trabalho é relatar o caso clínico de um paciente diagnosticado com ameloblastoma na região mandibular do lado direito. Paciente do sexo masculino de 35 anos de idade compareceu ao ambulatório de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do serviço de referência, no momento de anamnese do paciente o mesmo relatou queixas quanto ao aumento de volume na mandibula a aproximadamente 02 anos. No exame físico extra oral, observou-se aumento de volume na região mandibular apresentando assimetria facial do lado direito, com queixas álgicas e firme a palpação. Mediante avaliação intraoral, constatou-se que ocorreu o apagamento de fundo de vestíbulo mandibular, bem delimitada. Ademais, no exame tomográfico de face foi possível observar a expansão das corticais mandibulares em região sinfisária, parassinfisária direita e corpo mandibular do mesmo lado. Subsequente a esses exames, o paciente foi submetido ao procedimento de biopsia incisional sob anestesia local, na qual foi diagnosticado com ameloblastoma. Assim, com base no laudo foi realizada a cirurgia sob anestesia geral para ressecção da lesão por meio da técnica ressectiva segmentar do lado direito e marginal do lado esquerdo, no qual preservou o contorno da basilar da mandibula. Reconstrução feita por meio de placa de reconstrução no qual foi dobrada previamente no biomodelo de estudo. Em seguida a cirurgia, o paciente compareceu ao ambulatório para consultas de controle, as quais demonstravam que a placa estava bem adaptada e o paciente não apresentava queixas álgicas. Evidencia-se, portanto, que para o diagnóstico assertivo da doença é orientado pelos exames.
Palavras-chave: Ameloblastoma; Tratamento; Tumor odontogênico.
416803- TRATAMENTO CIRÚRGICO DE PERINEURIOMA ORAL – RELATO DE CASO Noemi Peixoto Ribeiro, Jamile do Nascimento Feitosa, Izadora França Oliveira, Yago dos Santos Pereira, Breno Bittencourt Pessoa da Silva
O perineurioma é um tumor benigno raro da bainha do nervo formado apenas por células que possuem diferenciação perineural, possui crescimento lento e sua etiologia ainda não foi totalmente estabelecida. Essa neoplasia acomete partes do corpo como: cabeça, pescoço e tronco, tendo predileção pela pele dos quirodáctilos e das regiões palmares, sendo extremamente rara em cavidade oral. O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso de perineurioma oral, sua avaliação clínica, diagnóstico e tratamento cirúrgico. Paciente do sexo masculino, 29 anos, compareceu a consultório odontológico particular, queixando-se de aumento de volume em região bucal e zigomática a esquerda, evoluindo 30 dias após tentativa mal-sucedida de extração de terceiro molar superior esquerdo. Após, realização de tomografia computadorizada, notou-se grande imagem radiolúcida em região posterior de maxila esquerda associada ao terceiro molar supracitado, causando compressão do seio maxilar ipsilateral, justificando a assimetria facial apresentada. Realizou-se biópsia incisional sob anestesia local com a área coletada sendo enviada para análise histopatológica, com diagnóstico de perineurioma. Após, a coleta do material paciente apresentou infecção local com presença de dor, edema palpebral ipsilateral ao tumor e trismo. Devido localização anatômica incomum e de difícil visualização da lesão, optou-se pelo acesso cirúrgico através da osteotomia Le Fort I. Dessa forma, seguiu-se com a exérese da lesão com margem de segurança e fixação da osteotomia realizada com placas e parafusos de titânio. Paciente se encontra em acompanhamento ambulatorial sem queixas álgicas e sinais e sintomas clínicos de recorrência da lesão. Dessa forma, é de extrema importância o cirurgião dentista considerar o diagnóstico diferencial de lesões na região oral, levando em consideração a natureza pouco reconhecida e localização anatômica incomum da lesão descrita neste caso, para um manejo clínico correto e eficaz.
Palavras-chave: Neoplasias de bainha neural; Patologia Bucal; Cirurgia bucal.
416783- DENTE SUPRANUMERÁRIO: CASO CLÍNICO. Roseni Sayuri Hidaka Veloso Souza , Matheus da costa castro, Rodrigo de Brito Ramos , Priscila Cardoso Barroso, Ana Paula Guerreiro Bentes
Os dentes supranumerários são de etiologia desconhecida, desenvolvimento anormal e encontrados em dentição decídua e permanente, podendo ser único ou múltiplos, uni ou bilaterais. Objetivou-se relatar o caso de dente supranumerário em região de mandíbula do lado direito ocorrido no estágio obrigatório do 7º semestre do Curso de Odontologia de uma Universidade particular em Belém-Pa. O paciente de 42 anos, compaceceu a clínica escola queixando-se do desconforto e constrangimento ao sorrir. Feita anamnese e exame clínico e físico intra e extraoral, verificamos o supranumerário na arcada inferior entre os elementos 43 e 44 (canino e 1 pré-molar), na radiografia periapical evidenciou-se a presença do dente supranumerário na região inferior do lado direito da mandíbula, os quais impediam o desenvolvimento normal do canino e primeiro pré-molar inferior. Para a cirugia foi solicitado exames pré-operatórios de coagulograma, hemograma completo e glicemia em jejum para avaliação do estado de saude e possíveis complicações. Após avaliar os exames iniciou-se o planejamento para discussão do caso com o orientador responsável. A cirurgia foi realizada sem intercorrências, duração de 9 minutos, técnica anestesica do nervo bucal e mentoniano, incisão, deslocamento e usode alavanca apexo 303 para remoção do elemento. Não houve fraturas nem dilaceração de tecido, dadas as orientações pós cirúrgicas e analgesia com retorno de 7 dias, acompanhamento por mensagens, e avaliação no retorno, verificou-se boa cicatrização, feita remoção dos pontos e orientações de saúde bucal o encaminhamento para ortodôntia. Percebemos que o diagnóstico precoce e a escolha tratamento para dentes supranumerários podem evitar problemas estéticos, funcionais ou patológicos, diminuindo a necessidade de tratamentos mais complexos, como tracionamentos dentários.
Palavras-chave: Dente Supranumerário; Cirurgia Bucal; Odontologia.
416775- HEMIMANDIBULECTOMIA PARA TRATAMENTO DE MIXOMA ODONTOGÊNICO: RELATO DE CASO Carolina Reis de Andrade, Francisco Antônio de Jesus Costa Silva, Douglas Fabrício da Silva Farias, Raphael Holanda Santos e Breno Bittencourt Pessoa da Silva
O mixoma odontogênico é uma neoplasia benigna de origem ectomesenquimal, que se comporta de forma localmente agressiva e infiltrativa, sendo o terceiro tumor odontogênico mais frequente. O objetivo desse trabalho é relatar a hemimandibulectomia como alternativa de tratamento para o mixoma odontogênico. Paciente do sexo feminino, 25 anos, compareceu ao ambulatório de Cirurgia Bucomaxilofacial de um hospital referência no Pará, com queixa de “carne crescida” assintomática e evolução de aproximadamente 1 ano após a exodontia do dente 48. Clinicamente apresentava simetria facial, onde pelo exame intraoral queixava-se de um opérculo indolor recobrindo o dente 47. Ao exame tomográfico evidenciou-se uma lesão expansiva unilocular, osteolítica e com margens irregulares, medindo aproximadamente 4,5 centímetros em seu maior diâmetro. Com a realização da biópsia incisional, a análise histopatológica concluiu o diagnóstico de mixoma odontogênico. O plano de tratamento proposto foi a excisão da lesão associado a reconstrução imediata com prótese hemimandibular de polimetilmetacrilato (PMMA), confeccionada a partir da impressão 3D e acrilização do biomodelo. A paciente foi submetida ao procedimento cirúrgico sob anestesia geral. Foram realizados os acessos pré-auricular, submandibular e por via alveolar para exposição da mandíbula posterior e da ATM direita. A neoplasia foi ressecada com margem, seguido do bloqueio maxilomandibular para manutenção da oclusão. A prótese foi posicionada e fixada com uma placa de reconstrução tipo locking do sistema 2.4mm. A paciente evoluiu com oclusão estável, bom posicionamento da prótese, abertura bucal satisfatória, ausência de infecção e função mastigatória preservada. Conclui-se que, devido ao comportamento do tumor, tratamentos conservadores aumentam o risco de recidiva, fazendo-se necessária a ressecção óssea com margem de segurança, tornando a prótese essencial para reestabelecer o sistema estomatognático da paciente.
Palavras-chave: Mixoma; Reabilitação Bucal; Prótese Mandibular
416763- BOLA DE BICHAT COMO OPÇÃO TERAPÊUTICA PARA FECHAMENTO DE COMUNICAÇÃO BUCO SINUSAL: RELATO DE CASO JOUFPA JOUFPA Saira Dandaira Maria Pereira Rodrigues Carneiro, Victor Diogo da Silva Quaresma, Francisco Antônio de Jesus Costa Silva, Thais da Silva Fonseca, Douglas Fabrício da Silva Farias
A comunicação bucosinusal (CBS) refere-se à formação de um trajeto entre a cavidade oral e o seio maxilar, ocorrendo devido ao rompimento da membrana sinusal. A extração de dentes na região maxilar é a causa mais comum dessa complicação. As comunicações bucosinusais são divididas em comunicações recentes (imediatas) e tardias (fístulas). Geralmente, a fístula bucosinusal desencadeia um processo infeccioso no seio maxilar, causado pela entrada de líquidos, alimentos e microrganismos provenientes da cavidade bucal. Além disso, outros fatores também podem provocar uma comunicação bucosinusal (CBS), como traumatismos, colocação de implantes, tratamentos radioterápicos, remoção de lesões, tumores e osteomielite. O objetivo do presente estudo é o de relatar opção de tratamento para fechamento de comunicação bucosinusal. Paciente sexo masculino 48 anos, foi encaminhado ao ambulatório do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) com histórico de exodontia do elemento 26 evoluindo com comunicação bucosinusal, queixava-se de regurgitação de líquido na cavidade nasal e odor fétido em região oral. Relatou ser submetido a uma alternativa de fechamento com retalho vestibular, porém mal sucedido. Após avaliação clínica foi definido como plano de tratamento o fechamento com retalho da bola de bichat pediculada. A cirurgia foi realizada sob anestesia local, feita a incisão, desepitelização e posterior fistulectomia. Logo após, o músculo bucinador foi divulsionado para abrir caminho para a Bola de Bichat ser tracionada para o local do defeito ósseo, sendo posicionada em um local adequado e sem interferências oclusais, por fim foi feita a sutura e, o paciente segue em acompanhamento. Conclui-se que, o uso do retalho da Bola de Bichat mostrou-se eficaz, sendo uma alternativa viável em casos de falha de fechamento com retalho vestibular, promovendo a restauração anatômica da região afetada pela comunicação bucosinusal.
Palavras-chave: Procedimentos Cirúrgicos Bucais, Fístula Bucal, Extração Dentária.
416761- FRATURA DO TIPO BLOW OUT CAUSADA POR AGRESSÃO FISÍCA: RELATO DE CASO MANUELA LIMA CARNEIRO, LETICIA VAN BLOMMENSTEIN RODRIGUES, VICTÓRIA LISBOA DE OLIVEIRA, VICTOR LUIZ BARBOSA ZACARIAS e MARCELO NEWTON CARNEIRO
Apesar de a parede medial da órbita ser a mais frágil, as fraturas do assoalho orbitário do tipo blow out ocorrem com maior frequência, podendo ocasionar enoftalmia, diplopia e restrição dos movimentos oculares extrínsecos. Em casos em que há comprometimento estético e/ou funcional, faz-se necessária a abordagem cirúrgica para liberação dos tecidos aprisionados e restabelecimento dos movimentos oculares e do volume orbitário prévio ao trauma. A reconstrução do assoalho orbitário pode ser realizada a partir do uso de malhas e telas de titânio ou através de enxerto autógeno de áreas doadoras, como calvária, cartilagem conchal e parede anterior do seio maxilar. Ao utilizar materiais alógenos, é possível alcançar resultados satisfatórios sem morbidade associada aos enxertos autógenos. Este trabalho tem como objetivo descrever um relato de caso, a respeito de um paciente que sofreu fratura do tipo blow out causada por agressão física. Paciente, sexo masculino, com história de agressão física (soco em região orbitária), deu entrada no setor de urgência de um hospital de referência em trauma na região norte do Pará. O exame físico constatou a presença de blefarohematoma e enoftalmia à esquerda, com movimentos oculares extrínsecos e acuidade visual preservados. Ao exame de imagem, foi possível observar fratura de assoalho orbitário do tipo blow out à esquerda. Desse modo, optou-se por realizar a abordagem cirúrgica da fratura através de acesso infraciliar; após liberar a musculatura ocular aprisionada, foi feita a reconstrução do assoalho orbitário com uso de tela de titânio e parafusos do sistema 1.5mm. No pós operatório, o paciente em questão teve boa evolução, com restabelecimento da projeção ocular e função preservada. Dessa forma, é fundamental traçar um plano de tratamento que atenda às necessidades de cada indivíduo, considerando os benefícios associados a cada técnica, promovendo o restabelecimento da estética e função, e devolvendo qualidade de vida aos pacientes.
Palavras-chave: Diplopia; Enoftalmia; Fraturas Orbitárias; Traumatologia; Violência.
416755- EXODONTIA ATRAUMÁTICA E PRESERVAÇÃO ALVEOLAR COM ENXERTO XENÓGENO E POLIPROPILENO BIORIENTADO: RELATO DE CASO Andrew Silva Pinheiro, Amanda Wellen Conceição Sampaio, Caio Freitas dos Santos , Adan Lucas Pantoja de Santana e Ivaniro Rodigues da Costa Neto
A exodontia atraumática com preservação alveolar tem se tornado amplamente necessária na rotina clínica do cirurgião-dentista. Visto que, os pacientes buscam de maneira crescente tratamento reabilitadores, como o implante dentário, e o procedimento se provou extremamente valioso para uma eficaz e simplificada execução da cirurgia de colocação do implante. O enxerto xenógeno selecionado foi o Lumina-Bone, pertencente a Criteria Biomateriais, a qual apresenta diferentes granulações que devem ser cautelosamente indicadas para cada tipo de tratamento, a granulação utilizada foi a média, que é indicada para preenchimento, ganho de volume estético e correções de volume de paredes ósseas vestibulares. Para o isolamento do enxerto, a barreira seleciona foi a Lumina-Bopp, da Criteria, consiste numa barreira regenerativa de Polipropileno Biorientado, um material biocompatível e estéril, que pode ficar exposto na cavidade oral, sem a necessidade de ser recoberto pela gengiva, sendo necessária apenas a sutura para sua fixação. Paciente P.S.L., 59 anos, sexo masculino, diabético controlado, buscou o curso de Especialização em Implantodontia do Centro de Desenvolvimento em Odontologia (CDO), sediado na Universidade da Amazônia (UNAMA), com o intuito de reabilitar as ausências dentárias através do implante. No exame clínico foi constatado que o paciente já possui implantes em boca, mas relatava insatisfação com o resultado, além disso, apresentava ausências dentárias dos elementos 25, 26 e 27. O planejamento foi realizado com a tomografia, que constatou a presença de lesão cística no ápice do elemento 36. Em decorrência da lesão cística e pequeno remanescente ósseo constatados no exame de imagem, não foi possível realizar a implante simultaneamente à exodontia. A exodontia foi realizada e não houve quaisquer intercorrências durante o procedimento. O paciente está na regeneração, e deverá aguardar 6 meses para o implante.
Palavras-chave: Cirurgia Bucal, Implantes Dentários, Enxerto de Osso alveolar.
416726- TRATAMENTO TERAPÊUTICO PARA OSTEOMIELITE EM PACIENTE PEDIÁTRICO – RELATO DE CASO Noemi Peixoto Ribeiro, Victor Diogo da Silva Quaresma, Francisco Antônio de Jesus Costa Silva, Douglas Fabrício da Silva Farias3, Diego Melo Lima
A infecção odontogênica associada à osteomielite é uma condição patológica caracterizada pela infecção do osso maxilar ou mandibular secundária a processos infecciosos dentários, como cáries profundas, abscessos periapicais ou periodontite. O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso de infecção odontogênica associada a osteomielite em paciente infantil, destacando avaliação clínica, diagnóstico e o tratamento realizado. Paciente do sexo masculino, 05 anos, foi encaminhado ao ambulatório do Hospital Universitário João de Barros Barreto para avaliação de infecção odontogênica. Na avaliação clínica notou-se aumento de volume em região parotideomassetérica, bucal e submandibular direita, com lesão cariosa extensa no elemento 46, associado a hiperemia e supuração gengival. A tomografia apresentou lesão osteolítica, com áreas de reação periosteal e em padrão permeativo, característico de osteomielite. O tratamento realizado consistiu na exodontia sob anestesia local do elemento 46, associado a administração de Amoxicilina com Clavulanato de Potássio. Após tratamento, paciente retornou em uma semana com melhora significativa, apresentando regressão do inchaço, melhora do quadro álgico, da função mastigatória e da amplitude de abertura bucal. O Paciente seguiu em acompanhamento, com retornos de 15 dias, 1 mês e posteriormente de 3 meses, evoluindo com melhoras recorrentes até o momento. A compreensão da relação dessas patologias é fundamental para a prevenção, e manejo clínico e cirúrgico eficiente de complicações osteoarticulares decorrentes de infecções odontogênicas. Dessa forma, o cirurgião-dentista será capaz de proporcionar o tratamento mais adequando para o paciente.
Palavras-chave: Osteomielite; Patologia Bucal; Saúde Pediátrica.
416686- RELATO DE CASO: TRATAMENTO DE MIXOMA ODONTOGÊNICO COM HEMIMANDIBULECTOMIA E INSTALAÇÃO DE MANTENEDOR DE ESPAÇO PROTÉTICO Bianka Ferreira de Carvalho, Lorena Maria de Souza da Silva, Francisco Antônio de Jesus Costa Silva, Douglas Fabrício da Silva Farias e Breno Bittencourt Pessoa da Silva
O Mixoma Odontogênico (MO) é um tumor benigno raro e localmente agressivo, originado do tecido mesenquimal da lâmina dental ou do ectomesênquima. É mais comum em mulheres de 20 a 30 anos, sendo geralmente diagnosticado em exames radiográficos de rotina. Embora seu crescimento seja lento, ele pode atingir grandes dimensões, causando expansão e deformação óssea. Assim, o objetivo do trabalho é relatar um caso de MO em mandíbula do lado direito associado a instalação de um mantenedor de espaço. Nesse viés, uma paciente do sexo feminino, 26 anos, procurou atendimento odontológico com queixa de periocoronarite, apresentando exame radiográfico panorâmico com uma radiolucidez diferenciada. Diante disso, realizou-se uma biópsia incisional sob anestesia local e, após o laudo histopatológico, a paciente foi diagnosticada com Mixoma Odontogênico, localizado em corpo e ramo mandibular direito. Após o diagnóstico, foi programado um procedimento cirúrgico mais invasivo sob anestesia geral no Hospital Beneficente Portuguesa que consistiu na realização de hemimandibulectomia com ressecção total da lesão, efetuando desarticulação da mandíbula e instalação de um componente protético provisório para atuar como mantenedor de espaço, preservando, assim, a anatomia e a funcionalidade da região afetada. Após o procedimento, a paciente apresentou uma evolução muito positiva, mostrando em seus exames radiográficos material implantado temporário com adaptação satisfatória. Conclui-se que apesar de sua natureza benigna, o MO pode se infiltrar nos tecidos circundantes, o que pode dificultar a remoção completa. Assim, ressalta-se que o tratamento de escolha deste caso obteve resultados positivos, havendo ressecção total da lesão. Ademais, o uso do mantenedor de espaço proporcionou resultados satisfatórios, pois além de preservar o espaço, ele facilitará o segundo procedimento cirúrgico e a instalação posterior da prótese definitiva ou enxerto.
Palavras-chave: Mixoma; Odontologia; Patologia Bucal.
416552- TRATAMENTO CIRÚRGICO PARA ENUCLEAÇÃO DE CISTO RADICULAR EXTENSO EM REGIÃO ANTERIOR DE MAXILA: RELATO DE CASO Alice Maria Barbosa de Sousa,Victor Diogo da Silva Quaresma, Francisco Antônio de Jesus Costa Silva, Thaís da Silva Fonseca, Silas Dione Alves Pinheiro
O cisto radicular é uma lesão inflamatória localizada na região apical de um dente desvitalizado, originado da proliferação dos restos epiteliais de Malassez no ligamento periodontal, suas causas incluem infecções nos canais radiculares devido a cáries e traumas. Clinicamente,a lesão apresenta-se assintomática, manifestando sintomas em casos de inflamação aguda ou crescimento significativo,ocasionando edema e sensibilidade. Este trabalho visa apresentar um caso onde a descompressão concomitantemente a endodontia, possibilita a redução da lesão e a simplificação da enucleação. O paciente compareceu ao ambulatório com um aumento de volume na região anterior da maxila. O exame de imagem revelou uma área radiolúcida entre os dentes 11, 12 e 13, encaminhados para tratamento endodôntico. Em seguida realizou-se a instalação do dispositivo descompressor, com a colocação de um tubete de polietileno no interior do cisto que atua na irrigação intra-lesional, eliminando sua pressão interna. Após o final da endodontia, repetiu-se o exame que evidenciou diminuição significativa da lesão, permitindo a enucleação. A cirurgia inicia com uma incisão ao redor da área, seguida pelo descolamento mucoperiostal. Posteriormente,é realizada a osteotomia com fresas cirúrgicas, contornando a cortical óssea vestibular até expor a lesão cística, sob irrigação constante de soro fisiológico. Com acesso à lesão, é realizada a enucleação completa utilizando cureta de Lucas e um descolador de Molt. Após a remoção,o retalho mucoperiosteal é readaptado e suturado. A amostra cirúrgica é encaminhada para análise histopatológica, confirmando o diagnóstico de cisto odontogênico radicular. O paciente evoluiu positivamente, com cicatrização satisfatória e bom estado geral. Conclui-se que a descompressão, associada ao tratamento endodôntico, é eficaz na diminuição da lesão, permitindo que a enucleação seja realizada de forma simples, em um espaço cirúrgico reduzido e com um tempo de procedimento menor.
Palavras-chave: Cisto radicular ; Cistos odontogênicos; Biópsia; Cirurgia bucal
416435- RESSECÇÃO DE FIBROMA OSSIFICANTE JUVENIL E RECONSTRUÇÃO MANDIBULAR COM COMPONENTE PROTÉTICO PROVISÓRIO – RELATO DE CASO TAYLANA PINHEIRO SOSINHO, LORENA MARIA DE SOUZA DA SILVA, FRANCISCO ANTÕNIO DE JESUS COSTA SILVA, THAÍS DA SILVA FONSECA e SILAS DIONE ALVES PINHEIRO
O fibroma ossificante juvenil (JOF) é uma lesão fibro-óssea benigna que ocorre nos ossos da face, altamente agressivo e tem forte tendência a recidiva, existem duas variantes: fibroma ossificante juvenil trabecular e fibroma ossificante juvenil psamomatóide. O presente estudo objetiva relatar o tratamento de um fibroma ossificante juvenil em mandíbula. Paciente do sexo masculino, 15 anos, compareceu ao ambulatório de cirurgia bucomaxilofacial do HUJBB, após a realização de tomografia cone beam para investigação de elementos dentários com mobilidade, a qual evidenciou uma lesão envolvendo os ápices dentários dos elementos 33, 34, 35, 36 e 37 e toda região de corpo mandibular. Clinicamente, apresentava aumento de volume em região mandibular do lado esquerdo se estendendo para região submandibular, de consistência endurecida. O paciente foi submetido a procedimento cirúrgico a nível ambulatorial para realização de biópsia incisional. O laudo histopatológico evidenciou células fusiformes distribuídas em uma matriz colagenizada, com formação de trabéculas de osso imaturo dispersas de forma irregular, com uma cápsula de tecido fibroso envolvendo a lesão, com diagnóstico de Fibroma Ossificante Juvenil do tipo trabecular. O paciente foi submetido ao procedimento cirúrgico sob anestesia geral com acesso intraoral em rebordo mandibular e acesso submandibular, removeu-se a lesão, todos os dentes envolvidos, e parte do corpo mandibular. Optou-se pela confecção de um componente protético provisório, para reconstrução mandibular, considerando, os prejuízos causados ao sistema estomatognático e a estética do paciente. O procedimento foi realizado sem intercorrências e o paciente segue em acompanhamento pós-operatório. Assim, a fim de minimizar o risco de recorrênica da JOF, deve ser estabelecido um protocolo cirúrgico agressivo, além diss, o tratamento deve ser reabilitador com próteses para minimizar as sequelas dos pacientes e possibilitar uma maior qualidade de vida.
Palavras-chave: Fibroma Ossificante; Fibroma Ossificante da Mandíbula; Cementoma; Patologia.
416431- TRATAMENTO DE FRATURA DO OSSO FRONTAL E FRONTO ORBITAL EM ACIDENTE MOTOCICLÍSTICO: RELATO DE CASO Nahyla Vitória Lucas Damasceno, Sabrinna Santana Ferreira, Yrlana Júlia Soares Ribamar, Diego Wallace Dias de Oliveira e Breno Bittencourt Pessoa da Silva
Principais etiologias de traumas bucomaxilofacial são comumente causados por acidentes automobilísticos/motociclístico. Fraturas do osso frontal e de teto orbitário apresentam uma alta resistência à fratura comparado aos demais ossos faciais, necessitando de um trauma de alta energia para que tal fratura ocorra. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de fratura do osso frontal e fronto-orbital durante um acidente motociclístico, assim como seu tratamento. Paciente do gênero masculino, 47 anos, foi internado no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência – PA, no ano de 2020, em decorrência de trauma em face por acidente motociclístico. No exame físico foi constatado aprofundamento em região frontal e supraorbital direita. Após a alta da neurocirurgia, paciente foi encaminhado para equipe de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial. O exame de imagem por tomografia computadorizada, foi possível observar fratura do osso frontal e fronto-orbital à direita. O tratamento foi realizado por abordagem em centro cirúrgico sob anestesia geral, com acesso cirúrgico bicoronal para redução e fixação dos fragmentos ósseos fraturados, utilizando placas e parafusos de titânio do sistema 2.0mm. Com objetivo de evitar hematoma, foi instalado um dreno de sucção portovac, que foi removido 72 horas após a instalação. Após a fixação dos fragmentos ósseos e reposicionamento do retalho, foi realizado sutura para união de tecidos internos e cutâneos. O paciente recebeu alta após 3 dias, sem intercorrências, sendo reavaliado nos intervalos de 15 em 15 dias, recebendo alta definitiva no 90º dia. Durante essas avaliações, foi observado restauração estética e funcional em virtude do acesso cirúrgico de escolha. Em conclusão, é essencial que o Cirurgião Bucomaxilofacial compreenda a causa do trauma, o correto diagnóstico possibilita elaborar tratamento, aplicando a técnica cirúrgica adequada para garantir um prognóstico mais favorável e sem sequelas.
Palavras-chave: Osso frontal; Osteossíntese; Fixação de fratura.
416426- TRATAMENTO PARA AMELOBLASTOMA ASSOCIADO À RECONSTRUÇÃO COM CRISTA ILÍACA: RELATO DE CASO Daniel Ermindo Silveira consul, Francisco Antônio de Jesus Costa silva, Tiago Willians Paixão Sanches, Diego Pacheco Ferreira, Yago dos Santos Pereira
O ameloblastoma é o tumor odontogênico benigno com maior incidência entre todos os tumores odontogênicos, com exceção do odontoma. A origem do ameloblastoma vem do epitélio odontogênico. Apesar de ser uma neoplasia benigna de crescimento lento e assintomático, o ameloblastoma pode apresentar características localmente invasivas e atingir grandes proporções gerando deformidades ósseas e faciais. O padrão ouro para o tratamento desta neoplasia é a ressecção com enxerto autógeno que pode ser retirado da fíbula, costela, escápula e crista ilíaca do paciente. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de ressecção de ameloblastoma em região posterior de mandíbula associado a reconstrução com crista ilíaca. Paciente do sexo feminino, 44 anos procurou a Equipe de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial do hospital regional de castanhal com a queixa de aumento de volume intraoral. A paciente não relatou febre ou dor e ao realizar o exame clínico foi constatado aumento de volume intraoral. Foi solicitado à paciente exame de tomografia computadorizada e foi realizada a biópsia Incisional da lesão em nível ambulatorial com anestesia local. Após o resultado do anatomohistopatológico foi constatado ameloblastoma folicular. O exame tomográfico mostrou abaulamento das corticais entre os elementos 45 e 47. O tratamento cirúrgico da lesão foi feito sob anestesia geral por meio de ressecção em bloco, também foi realizado exodontia dos elementos 45 e 47 por meio de acesso intraoral e enxertia autógena de crista ilíaca. Os tratamentos conservadores do ameloblastoma como curetagem pós enucleação demonstram uma maior recidiva em relação ao menos conservador como a ressecção cirúrgica com margem de segurança. Entre os tipos de enxertos que podem ser utilizados temos como o padrão ouro o enxerto autógeno. Logo a ressecção em bloco com enxerto de crista ilíaca se mostra uma excelente opção de tratamento desta neoplasia.
Palavras-chave: Ameloblastoma; Neoplasia; Tumores Odontogênicos; Cirurgia Bucal.
416422- ARTROPLASTIA EM GAP EM PACIENTE PEDIÁTRICO: RELATO DE CASO. Saira Dandaira Maria Pereira Rodrigues Carneiro, Hellen Cristina de Paiva Machado, Francisco Antônio de Jesus Costa Silva, Thálison Ramon de Moura Batista, Maria Cândida de Almeida Lopes
Anquilose é uma condição patológica da articulação temporomandibular (ATM), caracterizada pela fusão óssea ou fibrosa da articulação, sendo o trauma uma das causas mais recorrentes. Clinicamente o paciente pode apresentar alterações na mastigação, deglutição, fonação, função muscular, estética e dificuldades em manter a higiene bucal adequada. O objetivo deste trabalho é apresentar um caso onde foi utilizada a técnica de artroplastia em GAP para tratamento de anquilose em paciente pediátrico. Paciente do gênero feminino, 8 anos de idade, apresentou-se ao Hospital Getúlio Vargas (HGV) em Teresina – PI, relatando trauma em face em decorrência de uma acidente ciclístico, com evolução de 3 meses. No momento da avaliação, a paciente possuía queixas álgicas na região da ATM esquerda, abertura bucal de 7mm, mostrando grande limitação e assimetria facial. Após a avaliação do exame radiográfico panorâmico, constatou-se na ATM esquerda uma zona radiopaca sugestiva de formação fibro-óssea evidenciando a fusão entre os tecidos ósseos da mandíbula e do osso temporal. A reconstrução 3D da tomografia ratificou a fusão das estruturas ósseas possibilitando a conclusão diagnóstica de anquilose traumática. Assim, foi planejado realizar artroplastia em GAP sob anestesia geral para condução do caso. O acesso à ATM foi feito por incisão pré-auricular, para manter a estética o mais favorável possível. Com uma broca montada em peça de mão foi feita uma osteotomia na parte inferior (superior ao côndilo) e então a massa anquilótica foi removida com cinzéis. Após os cuidados com o sítio cirúrgico, realizou-se sutura da cápsula articular, plano muscular e plano cutâneo. Paciente evoluiu com bom pós operatório, recuperando a abertura bucal de 40mm. Conclui-se que a artroplastia em gap envolve a ressecção do osso anquilosado, sem a necessidade de material ou enxerto interposicional. Entre seus benefícios estão o tempo cirúrgico reduzido e baixo custo.
Palavras-chave: Traumatologia; Articulação Temporomandibular; Artroplastia; Anquilose.
416266- ABORDAGEM CONSERVADORA PARA FRATURA COMINUTIVA DE MANDÍBULA CAUSADA POR ARMA DE FOGO: RELATO DE CASO Ghufran Mohamad Yassine, Victor Luiz Barbosa Zacarias, Ana Karla da Silva Tabosa, José Thiers Carneiro Júnior, e Marcelo Newton Carneiro
Traumas causados por Projètil de Arma de Fogo (PAF) podem ser baixa ou alta energia, sendo o segundo tipo responsável por fraturas com alto grau de cominuição óssea e grande destruição de tecidos moles, causando efeitos devastadores. A mandíbula é a parte da face mais comumente acometida por fraturas por arma de fogo, podendo-se lançar mão de diversos métodos que vão desde redução fechada até reconstrução com placas do sistema 2.4mm. No caso de pacientes dentados, o uso de bloqueio maxilomandibular é uma alternativa bem estabelecida, capaz de estabilizar a fratura, restabelecer oclusão e manter a nutrição advinda do periósteo. O objetivo desse presente trabalho foi relatar uma alternativa conservadora para a abordagem de fratura cominutiva mandibular. Paciente do sexo masculino, 25 anos de idade, deu entrada em hospital de trauma no estado do Pará com história de ferimento por PAF em face. Ao exame físico apresentava orifício de entrada em região de corpo mandibular direito e orifício de saída em corpo mandibular esquerdo, mobilidade em mandíbula, oclusão instável, lacerações intra-orais e sangramento profuso; encontrava-se estável porém com dispneia em posição supina às custas de débito sanguinolento em orofaringe. Em tomografia de face observou-se fratura cominutiva de mandíbula bilateral, com deslocamento expressivo dos cotos ósseos. Devido comprometimento das vias aéreas, instabilidade da fratura, e alto grau de cominuição óssea, optou-se por abordagem de urgência: foi realizado debridamento, tratamento adequado com lavagem exaustiva e suturas dos orifícios de entrada e saída do projétil , remoção de fragmentos ósseos, seguido de estabilização da fratura por meio da instalação de barra de Erich em maxila e mandíbula e posterior bloqueio maxilomandibular. O paciente permaneceu com o bloqueio por 45 dias, evoluindo de forma satisfatória, com restabelecimento da oclusão e perímetro mandibular.
Palavras-chave: Ferimento por Arma de Fogo; Fraturas Maxilomandibulares; Redução Fechada.
416260- A EXÉRESE DE LESÃO GLANDULAR EM PACIENTE PEDIÁTRICO. ALEX KAYKY SOARES PEREIRA, LORENA MARIA DE SOUZA DA SILVA, FRANCISCO ANTÔNIO DE JESUS COSTA SILVA, THAÍS DA SILVA FONSECA, YAGO DOS SANTOS PEREIRA
A exérese de lesão glandular é um procedimento cirúrgico de remoção de uma lesão desenvolvida em uma glândula, como as salivares. O procedimento é indicado após uma avaliação clínica e pode envolver exames de imagem e biópsias para determinar a natureza da lesão. O objetivo deste relato de caso é descrever a abordagem diagnóstica e terapêutica na exérese de uma lesão glandular em um paciente pediátrico, destacando a importância da avaliação clínica, da indicação da cirurgia e do acompanhamento pós-operatório, visando contribuir para a compreensão dessas lesões. Paciente do sexo feminino, 12 anos, compareceu ao ambulatório com seus responsáveis queixando-se de tumefação em região submandibular e aumento de volume em soalho bucal a esquerda com evolução de 03 meses após trauma. Ao exame físico extraoral, notou-se a presença de assimetria facial, decorrente de aumento volumétrico assintomático na região submandibular à esquerda, sem alteração na coloração do tecido cutâneo circunjacente, flutuante à palpação e ligeiramente crepitante, já ao exame intraoral, foi visível tumefação na região de soalho bucal esquerdo, de coloração azulada, translúcida, indolor, de textura lisa e flutuante. Diante disso, foi solicitada tomografia de face e submetido a paciente a biópsia incisional. Teve-se como resultado histopatológico de rânula. Logo, realizou se diversas tentativas de tratamento, como punção aspirativa, contudo, havendo recidivas e retomando o aumento de volume característico. Assim, foi realizada a remoção da glândula sublingual sob anestesia geral. A paciente evolui sem queixas álgicas e em bom estado geral, sem recidiva. A remoção de lesões nas glândulas salivares mostra-se um procedimento eficaz e seguro. O caso discutido destaca a relevância do diagnóstico precoce e da abordagem cirúrgica adequada, fundamentais para a saúde e bem-estar do paciente. É essencial continuar o acompanhamento clínico para garantir a completa recuperação e detectar eventuais complicações.
Palavras-chave: Cirurgia Bucal; Neoplasias Epiteliais e Glandulares; Odontopediatria.
MIXOMA NASOSSINUSAL RARO COM COMPROMETIMENTO DA CORTICAL INFRAORBITÁRIA SUBMETIDO A TRATAMENTO CONSERVADOR Douglas Jardel Ribeiro da Silva, Alessandra Arnaud Moreira, Maria Sueli da Silva Kataoka, João de Jesus Viana Pinheiro, Sérgio de Melo Alves Júnior
O mixoma é um tumor benigno raro na região de cabeça e pescoço, sendo a mandíbula acometida com maior frequência. A presença na cavidade nasal é ainda mais incomum, com poucos relatos na literatura e etiologia incerta. O mixoma nasossinusal possui padrão de crescimento lento com expansão óssea indolor, sendo uma lesão agressiva, devido à sua capacidade de infiltrar os tecidos adjacentes. O objetivo do presente trabalho é relatar um caso raro de mixoma nasossinusal. O paciente, sexo masculino, 56 anos de idade, melanoderma, compareceu ao serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Beneficente Portuguesa em Belém-PA, com queixa de “aumento de volume no canto do olho esquerdo e corrimento de líquido semelhante a lágrimas”. Clinicamente, havia tumefação em região medial do olho esquerdo com leve deslocamento do globo ocular, indolor à palpação, de consistência fibrosa, sem alteração da capacidade visual. Tomograficamente, observou-se imagem hipodensa envolvendo as células etmoidais e cavidade piriforme do lado esquerdo, com destruição das corticais mediais do seio maxilar e cavidade orbitária. Observou-se também um velamento de imagem hipodensa envolvendo o seio maxilar esquerdo, sem definição de margem, suspeito de sinusite. O resultado da biópsia incisional foi compatível com mixoma. O paciente foi submetido a tratamento com antibioticoterapia durante 15 dias e retornou para a realização de novo exame de imagem que constatou desaparecimento do velamento, permitindo melhor visualização dos limites da lesão. Foi realizada a ressecção cirúrgica da lesão com curetagem e reconstrução da loja óssea e parede medial da órbita com tela de titânio. Este foi o primeiro relato de caso descrito na literatura de um mixoma com envolvimento simultâneo de seio maxilar, fossa nasal e órbita. Devido à sua rara localização, optou-se por um tratamento conservador para preservar as estruturas nobres. O paciente não apresentou recidiva após 2 anos de acompanhamento.
Palavras-chave: Mixoma; Neoplasia de Cabeça; Tratamento Conservador.
416204- RESSECÇÃO DE FIBROANQUILOSE DE ATM ASSOCIADA A CORONOIDECTOMIA: RELATO DE CASO Mário da Costa de Oliveira, Lorena Maria de Souza da Silva, Thaís da Silva Fonseca e Diego Melo Lima
A fibranquilose da Articulação Temporomandibular (ATM) é uma patologia que consiste na união óssea ou fibrosa entre estruturas anatômicas como o disco articular, eminência articular, fossa articular e o côndilo, onde sua etiologia está principalmente relacionada à traumas e processos infecciosos. O presente relato tem como objetivo apresentar o caso de uma paciente com fibroanquilose da Articulação Temporomandibular (ATM), devido acidente automobilístico. Paciente do sexo feminino, 25 anos, compareceu ao ambulatório com queixa de limitação de abertura bucal, após acidente automobilístico, que sofrera no ano de 2017. Clinicamente, apresentava 10 mm de abertura bucal e possuía restrição ao realizar movimentos de protrusão e lateralidade. Com a ressonância magnética, observou se uma fibroanquilose em ATM esquerda. A paciente então foi submetida a procedimento cirúrgico sob anestesia geral para osteotomia e ressecção da fibroanquilose na ATM esquerda, coronoidectomia bilateral e retalho interposicional de músculo temporal em lado esquerdo. Foi utilizado como manobra cirúrgica o acesso de Al-Kayat no lado esquerdo, associado a acesso vestibular mandibular bilateral. Após 05 meses de acompanhamento pós operatório, a paciente apresentou um bom prognóstico com aumento da abertura bucal para 35 mm, protrusão 2 mm, lateralidade do lado esquerdo 1 mm e lado direito 2 mm, evidenciando a eficácia da abordagem escolhida para o tratamento dessa lesão.
Palavras-chave: Anquilose; Articulação Temporomandibular; Odontologia.
416148- TRATAMENTO CIRÚRGICO EM DENTE SUPRANUMERÁRIO SEMI-INCLUSO: RELATO DE CASO Talytha de Wilkersan Coelho Aguiar, Alessandra dos Santos Brito, Rayssyelle Ferreira Garcia , Paulo Henrique Correia Lima
A presença de dentes supranumerários pode gerar alterações funcionais e estéticas, principalmente quando localizados na região anterior da mandíbula. São classificados como dentes de desenvolvimento anormal que podem ocorrer tanto na dentição decídua e/ou na dentição permanente, podendo ser único ou múltiplos, uni ou bilaterais. O objetivo do presente trabalho é relatar um caso de exodontia de um elemento supranumerário, apresentando o diagnóstico, planejamento e conduta do cirurgião-dentista. Paciente J.S.A., 23 anos de idade, sexo feminino, procurou atendimento na clínica Escola Gamaliel da Faculdade de Odontologia – FATEFIG, Tucuruí-Pará, queixando-se da presença um dente anormal. Procedeu-se o exame clínico, sendo constatada a presença de mesiodente. Baseando-se nos exames clínico e radiográfico, optou-se pela remoção cirúrgica do elemento supranumerário. Conforme o planejamento cirúrgico, iniciou-se o procedimento sob anestesia local, fazendo uso da técnica de sindesmotomia e exodontia do supranumerário. O pós-operátorio consistiu en orientações para o paciente acerca dos cuidados pós-cirúrgico. O sucesso do perioperatório consistiu no correto planejamento cirúrgico, seguindo todos os protocolos de segurança. As condições para a cirurgia foram favoráveis a partir do planejamento prévio e da satisfatória adequação do meio intrabucal, não havendo contra-indicações para a realização cirurgia. Assim, o trabalho apresentado mostrou que a busca pelo tratamento e um bom planejamento cirúrgico trouxe benefícios para o paciente. Conclui-se que uma anamnese completa e os corretos exames de imagem são fundamentais para um correto diagnóstico e tratamento.
Palavras-chave: Dente Supranumerário; Diagnóstico; Protocolo Clínico.
416113- FRATURA DE MANDÍBULA ATRÓFICA TRATADA POR FIXAÇÃO DO TIPO LOAD-BEARING: RELATO DE CASO Marina Corrêa Costa, Lorena Maria de Souza da Silva, Francisco Antônio de Jesus Costa silva, Thaís da Silva Fonseca e Douglas Fabrício da Silva Farias
Os traumas faciais correspondem a lesões de origem traumática que afetam à região bucomaxilofacial, sendo a mandíbula um dos ossos mais frequentemente atingidos. Em casos de fraturas de mandíbula atrófica, é necessária uma maior atenção em seu manejo, devido ao potencial osteogênico reduzido que pode dificultar o reparo ósseo. Assim, a escolha da abordagem cirúrgica deve priorizar a estabilidade e a previsibilidade do tratamento. O objetivo deste trabalho é descrever o manejo cirúrgico de uma fratura mandibular em paciente com mandíbula atrófica, destacando os desafios enfrentados devido à idade avançada e à condição óssea comprometida. Paciente do sexo masculino, 56 anos, compareceu ao ambulatório de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial com queixa álgica em mandíbula. O paciente relatou ter sofrido agressão física, evoluindo com trauma em face, dor durante a fala e dificuldade em mastigar. Clinicamente, observou-se mobilidade sintomática na região posterior da mandíbula do lado esquerdo. Ao exame tomográfico, evidenciou se fratura do corpo mandibular esquerdo. O paciente foi submetido a procedimento cirúrgico, sob anestesia geral, com intubação nasotraqueal, para fixação óssea. O acesso preconizado foi o submandibular. A prótese total superior do paciente foi fixada no palato e, então, um bloqueio maxilomandibular provisório foi realizado com os dentes mandibulares remanescentes, para manutenção da dimensão vertical de oclusão. A osteossíntese da mandíbula seguiu os princípios de fixação interna rígida “load-bearing”. O pós-operatório foi satisfatório, com cicatrização adequada e sem queixas de dor e infecção. O manejo de fraturas de mandíbula atrófica representa um desafio significativo, devido à baixa qualidade óssea e à redução do suprimento sanguíneo. Assim, a terapêutica cirúrgica deve ser baseada no grau de atrofia, experiência do cirurgião e comorbidades do paciente, a fim de obter adequada cicatrização e evitar complicações pós-operatórias.
Palavras-chave: Mandíbula; Atrofia; Traumatologia.
416044- HEMIMANDIBULECTOMIA PARCIAL PARA REMOÇÃO DE TUMOR EPITELIAL CALCIFICANTE: RELATO DE CASO. Luca Pinto Ferreira, Ana Carolina Ramos Campos, Jorge Alex Pereira Rodrigues
O tumor epitelial odontogênico calcificante é uma neoplasia rara que acomete aproximadamente 1% comparado a todos os tumores odontogênicos, sendo comum casos em região posterior de mandíbula e podendo envolver maxila. Tratamentos mais agressivos como hemimandibulectomias tendem a ter um melhor prognóstico devido sua taxa considerável de recidiva. Relatar procedimento de hemimandibulectomia parcial para remoção de tumor epitelial odontogênico calcificante. Paciente L.A.L, 56 anos, compareceu ao consultório odontológico via encaminhamento, após exame clinico foi verificado aumento de volume em região de mandíbula com extensão de canino à molar inferior. Diante disso, foi solicitado exame de tomografia computadorizada (TC) para verificação de extensão da lesão. Foi realizada biópsia incisional em ambiente ambulatorial. Exame histopatológico favoreceu tumor epitelial odontogênico calcificante. No planejamento cirúrgico, foi realizada a prototipagem mandibular para pré dobragem de placa do sistema 2.4, realizou-se a cirurgia de hemimandibulectomia parcial de região mesial do elemento 33 ao 46 com margem de segurança e instalação de placa do sistema 2.4. A radiografia pós-operatória identificou um adequado assentamento da placa na região da base da mandíbula. Após 30 dias da cirurgia foi realizado a confecção de uma prótese parcial removível com extensão de gengiva artificial para melhor apelo estético e funcional do paciente. Após 1 ano e 3 meses, o paciente encontra-se sem recidiva da lesão, fonação adequada e deglutição normal. Seguindo esse pressuposto, a paciente realiza acompanhamento anual, clínico e radiográfico para controle de possíveis recidivas. Conclui-se que algumas intervenções cirúrgicas mais agressivas são a melhor opção em casos de tumor odontogênico epitelial calcificante, devido a extensão do tumor, nesse caso a hemimandibulectomia parcial se torna o tratamento mais indicado para evitar recidivas, respeitando a estética e a funcionalidade.
Palavras-chave: Patologia Bucal; Diagnóstico Bucal; Odontologia.
416944- TRATAMENTO DE ANQUILOSE EM REGIÃO DE CÔNDILO: RELATO DE CASO IAGO MARTINS DA SILVA, LORENA MARIA DE SOUZA DA SILVA, FRANCISCO ANTÔNIO DE JESUS COSTA SILVA, THAIS DA SILVA FONSECA, DIEGO MELO LIMA
A anquilose da articulação temporomandibular (ATM) é definida como uma adesão fibrosa ou óssea dos componentes articulares, sendo associada a fatores etiológicos como traumas ou infecções. Clinicamente, caracteriza-se por assimetria facial, desvio do mento para o lado afetado, comprometimento de funções na fala, mastigação, deglutição, bem como dificuldades na higiene oral. Este trabalho tem o objetivo relatar o tratamento de um caso clínico de anquilose em região de côndilo acompanhado pelo serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Universitário João de Barros Barreto. Paciente do sexo feminino, 18 anos, compareceu ao ambulatório do (HUJBB) com a queixa de limitação de abertura bucal desde os 8 anos de idade que evoluiu após uma infecção dentária. Ao exame clínico, observou-se assimetria facial, desvio do mento para o lado esquerdo como também abertura interincisal de 6 mm. Ao exame de tomografia computadorizada, constatou-se imagens sugestivas de adesão fibro-óssea, possibilitando o diagnóstico de anquilose em côndilo esquerdo. Como tratamento cirúrgico, foi feita a artroplastia interposicional com retalho de fáscia e músculo temporal como material interposicional. A paciente foi submetida ao procedimento cirúrgico sob anestesia geral, no qual foi utilizado o acesso cirúrgico pré auricular com extensão temporal (Al-Kayat) para expor a ATM. Com auxílio de cinzéis e broca tronco-cônica, realizou-se a ressecção da estrutura anquilótica do côndilo esquerdo, coronoidectomia ipsilateral , bem como a coronoidectomia contralateral, em virtude da grande limitação de abertura bucal e, após cuidados com a área cirúrgica, foi realizada a sutura por planos. Paciente evoluiu em bom pós operatório, execução de fisioterapia e alcance de abertura interincisal de 22mm. Conclui-se, portanto, que a artroplastia interposicional juntamente com a fisioterapia se apresentam como boas alternativas de tratamento, visto os resultados satisfatórios e baixos custos.
Palavras-chave: Anquilose; Articulação Temporomandibular; Artroplasia.
415844- CISTO ODONTOGÊNICO RADICULAR EM REGIÃO DE MANDÍBULA: RELATO DE CASO Kalynne Paula Barros Correa, Lorena Maria de Souza da Silva, Francisco Antônio de Jesus Costa Silva, Tiago Willians Paixão Sanches , Yago dos Santos Pereira
O cisto odontogênico radicular, também chamado de cisto periapical, é o tipo mais comum de cisto odontogênico. É uma lesão inflamatória crônica que se desenvolve na região periapical de um dente afetado por uma necrose pulpar, ou seja, quando a polpa do dente morre, geralmente, devido a uma cárie profunda ou a um trauma. Tem como características radiográficas uma lesão radiolúcida ao redor do ápice radicular de um dente afetado. O objetivo é relatar um caso clínico de cisto odontogênico radicular em região de mandíbula, que possa fornecer informações relevantes para outros profissionais. Paciente, sexo feminino, foi diagnosticada com uma lesão radiolúcida em região mandibular. A conduta adotada foi a realização de uma descompressão cística, por meio de marsupialização. Após 1 ano, a lesão evoluiu para uma lesão fibrosa. Paciente foi submetida à cirurgia em bloco cirúrgico para remoção de remanescente da lesão, através de incisão intrasulcular, divulsão do nervo e osteotomia periférica, sendo, também, removido o canino em região de base mandibular. A paciente evoluiu bem, sem parestesia com o uso de antibióticos e analgésicos. O prognóstico após a remoção do cisto odontogênico radicular é geralmente excelente, com baixas chances de recorrência, especialmente se a causa subjacente já tiver sido removida.
Palavras-chave: Mandíbula; Cistos Odontogênicos; Diagnóstico por Imagem.
415822- LESÃO RADIOLÚCIDA ENVOLVENDO A COROA DE UM SISO NÃO ERUPCIONADO: RELATO DE CASO Esther Castro de Menezes, Lorena Maria de Souza Silva, Francisco Antônio de Jesus Costa Silva, Thaís da Silva Fonseca, e Diogo Vasconcelos Macedo
As lesões radiolúcidas associadas às coroas de dentes não erupcionados representam um importante achado para determinação do diagnóstico diferencial de lesões císticas e neoplasias odontogênicas. Radiograficamente, os ceratocistos odontogênicos podem se apresentar uniloculares ou multiloculares, com margens corticalizadas bem definidas. Dentre as opções de tratamento, as terapias adjuvantes como o uso do fixador solução de Carnoy têm sido propostas como alternativas para evitar o alto nível de recorrências dessa lesão. O objetivo deste trabalho é descrever o manejo cirúrgico-terapêutico de uma lesão radiolúcida envolvendo a coroa de um siso não erupcionado. Paciente do sexo masculino, 32 anos, buscou o serviço bucomaxilofacial com queixa álgica na região do dente 38. Os achados radiográficos evidenciaram presença de imagem radiolúcida com margens radiopacas regulares envolvendo a coroa do dente 38. A punção aspirativa demonstrou líquido pastoso semelhante a ceratina, ascendendo a hipótese diagnóstico de ceratocisto. A manobra de tratamento definida foi a biopsia excisional. A incisão intrasulcular estendeu-se da porção mesial do primeiro molar inferior até a região de trígono, com descolamento mucoperiosteal, seguida da extração do dente 38 e execução de curetagem vigorosa. Posteriormente, realizou-se a cauterização química com solução de Carnoy a fim de promover remoção completa de tecido residual. A análise histopatológica notou presença de revestimento epitelial paraqueratinizado com células hipercromáticas paliçadas, confirmando o diagnóstico de ceratocisto. Nesse contexto, conclui-se que a junção de aspectos clínicos e radiográficos influenciam na conduta terapêutica, ressaltando-se a associação de métodos cirúrgicos tradicionais às intervenções terapêuticas adjuvantes como opção interessante para este caso.
Palavras-chave: Patologia Bucal; Cistos Odontogênicos; Biópsia.
415741- ABORDAGENS MINIMAMENTE INVASIVAS PARA O TRATAMENTO DA LUXAÇÃO RECIDIVANTE DA ATM: RELATO DE CASO Marina Corrêa Costa, Lorena Maria de Souza da Silva, Francisco Antônio de Jesus Costa silva, Nádia Maria Pires silva e Maria Cândida de Almeida Lopes
A Articulação Temporomandibular (ATM) é composta por um disco fibrocartilaginoso denso, situado entre o côndilo mandibular e a fossa mandibular do osso temporal. A luxação da ATM ocorre quando o côndilo se desloca de sua posição anatômica, resultando em espasmo dos músculos mastigatórios que impedem o fechamento da boca. Quando os episódios de luxação ocorrem com frequência, a condição é classificada como luxação recidivante, cuja prevalência varia entre 3% e 7% na população. Dentre as opções de tratamento, destacam-se técnicas minimamente invasivas, como a hemoterapia, que utiliza transfusão autóloga de sangue, e o bloqueio intermaxilar. O objetivo deste trabalho é descrever o diagnóstico e o manejo de um caso de luxação recorrente da ATM, enfatizando o uso de hemoterapia e bloqueio intermaxilar como abordagens minimamente invasivas. Uma paciente do gênero feminino, 22 anos, buscou o serviço bucomaxilofacial com queixa de dor na região da ATM. Ao exame clínico, observou-se assimetria facial e inchaço no côndilo esquerdo, além disso, a paciente não conseguia fechar a boca. Através da Tomografia Computadorizada (TC) foi confirmada a luxação da ATM. A paciente foi encaminhada para acompanhamento ambulatorial, com a solicitação de exames complementares para uma avaliação mais detalhada das possíveis alterações na ATM. A Ressonância Magnética (RM) evidenciou derrame articular, redução da espessura do disco articular e deslocamento do disco sem redução. Assim, o tratamento indicado foi hemoterapia, junto ao bloqueio intermaxilar para imobilização da mandíbula. A luxação recidivante da ATM é uma condição que gera considerável comprometimento funcional. Exames complementares, como TC e RM, são essenciais para o diagnóstico preciso e elaboração do plano de tratamento. Nesse contexto, abordagens minimamente invasivas, como a hemoterapia e o bloqueio intermaxilar, oferecem alternativas às intervenções cirúrgicas, visando reduzir a ocorrência de episódios de luxação.
Palavras-chave: Terapêutica. Articulação Temporomandibular; Luxações Articulares;
415522- ANQUILOSE DE ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR BILATERAL ASSOCIADA À ANQUILOSE ESFENOMANDIBULAR UNILATERAL: RELATO DE CASO Jaqueline Julia Gamboa Vieira, Lorena Maria de Souza da Silva, Isabela Barroso Silva, Hudson Padilha Marques da Silva e Diogo Melo Lima
A anquilose é a fusão de duas estruturas ósseas, sendo da atm união do côndilo mandibular com o osso temporal, e da esfenomandibular adesão do esfenoide com o côndilo mandibular, desencadeando em disfunção dos movimentos mandibulares. Este trabalho científico tem como objetivo relatar o caso de um paciente com diagnóstico de anquilose bilateral da atm e anquilose esfenomandibular unilateral, submetido a tratamento cirúrgico sob anestesia geral. O paciente, do sexo masculino, 18 anos, compareceu ao ambulatório de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial (CTBMF) do Hospital Regional Público de Castanhal, em Castanhal-PA, vítima de ferimento por arma de fogo caseira há aproximadamente 10 anos, com queixa de disfagia e disfonia. Ao exame clínico, apresentava 9 mm de abertura bucal máxima, maloclusão, mordida aberta anterior, má higiene oral, periodontite, halitose, amaurose no olho esquerdo e assimetria facial. Pelo exame de tomografia da face, observou-se uma fusão óssea bilateral, evidenciando-se anquilose bilateral da atm e, no lado esquerdo, anquilose esfenomandibular, além de uma deformidade óssea significativa das estruturas envolvidas. O paciente foi submetido a procedimento cirúrgico sob anestesia geral, com intubação nasotraqueal por nasofibroscópio para tratamento definitivo, utilizando acesso pré-auricular com extensão temporal no lado direito e acesso de Blair modificado com extensão temporal no lado esquerdo, para remoção dos blocos anquilóticos, enxerto interposicional com retalho temporal, coronoidectomia bilateral e osteoplastia. O procedimento ocorreu sem intercorrências. Atualmente, o paciente segue em acompanhamento de 6 meses no pós operatório com a equipe de CTBMF, apresentando restabelecimento da abertura bucal com de 35 mm e retorno das funções estomatognáticas, sem sinais de infecção ou recidiva. Em síntese, é essencial abordar tal condição, uma vez que o diagnóstico e o tratamento adequados possibilitam a melhora da qualidade de vida do paciente.
Palavras-chave: Anquilose; Côndilo Mandibular; Articulação Temporomandibular.
RAPIDEZ E EFICÁCIA: O PAPEL DA ARTICAÍNA NA OTIMIZAÇÃO DO TEMPO CLÍNICO E CIRÚRGICO Iamylle Gabrielle Souza Santos, Catarina Bastos dos Santos, Lizandra Arnoud Pinto, Rafael das Graças Nascimento da Costa, Letícia Marúcia Barata da Costa
A lidocaína é considerada a solução anestésica padrão da odontologia, a partir da qual todos os outros anestésicos são comparados e, em associação a vasoconstritores, possibilita anestesia pulpar de 40-60 minutos e 120-150 minutos de anestesia em tecidos moles. Entretanto, em países como Canadá e Alemanha, a articaína, tem sido a formulação mais utilizada pelos cirurgiões-dentistas, em solução a 4% associada à adrenalina 1:200.000 ou 1:100.000. O objetivo deste trabalho é apontar as vantagens do uso da articaína na otimização do tempo clínico. Para a realização deste trabalho, foi realizada pesquisa bibliográfica nas bases de dados PubMed e Scielo, os artigos selecionados foram entre os anos 2019 a 2024. A articaína é caracterizada por uma melhor difusão para os tecidos moles e ossos do que os demais anestésicos, isso ocorre pois faz parte do grupo amida, que contém um anel de tiofeno e não de benzeno, como a maior parte dos outros anestésicos do tipo amida. Outra diferença molecular entre a articaína e os demais anestésicos locais do tipo amida é uma ligação extra tipo éster incorporada em sua molécula, isto resulta na hidrólise da articaína pelas esterases plasmáticas e diminui sua hepatotoxicidade, visto que cerca de 90% de sua composição é metabolizada no sangue, enquanto que apenas 10% são metabolizados no fígado. Conclui-se que a articaína 4% apresenta mais eficácia para o uso clínico, pois age de forma mais rápida no início de ação do anestésico após a inserção na área desejada, possui baixa toxicidade, além de proporcionar um tempo mais longo de ação e um melhor controle da dor durante o procedimento com uma menor quantidade de tubetes, proporcionando conforto e uma anestesia satisfatória durante o procedimento cirúrgico, por esse motivo o uso dos anestésicos locais e as técnicas corretas são de suma importância para uma boa prática odontológica e otimização do tempo clínico.
Palavras-chave: Articaina; Cirurgia Bucal; Anestesiologia.
419320- RETALHO LIVRE DE FÍBULA PÓS RESSECÇÃO MANDIBULAR EM CÂNCER ORAL: REVISÃO DE LITERATURA Fernanda Cantão Souza da Costa; Juliana Mickelly Rodrigues da Cruz; Felipe Oliveira de Souza
O retalho livre de fíbula é padrão ouro dentro dos enxertos microvasculares utilizados pós ressecção mandibular em casos de neoplasia orofaríngea. O emprego desse tipo de enxerto traz diversos vantagens pós-operatórias ao paciente, bem como melhora do prognóstico. No entanto, o conhecimento do correto emprego desse tipo de enxerto deve ser bem avaliado pelo cirurgião, a fim de aproveitar todas as suas vantagens e evitar possíveis intercorrências promovendo melhor qualidade de vida ao paciente. Objetivou se realizar uma revisão de literatura abordando os principais aspectos do retalho livre de fíbula em pacientes portadores de câncer oral pós ressecção mandibular. Para tal, foi realizado um levantamento bibliográfico nas bases de dados PubMed, ScienceDirect e Google Acadêmico, no mês de outubro de 2024, por trabalhos publicados nos últimos 10 anos, utilizando as palavras “Fíbula Free Flap” e “oral câncer”, totalizando 10 trabalhos analisados. Aspectos elencado importante sobre a cirurgia que indicam sucesso na reconstrução mandibular, quantidade e qualidade do osso e quantidade de tecido mole, necessários para diminuir a maior parte do espaço morto, para melhorar o estado pós cirúrgico do paciente. Outrossim, um fator importante desse tipo de retalho é a possibilidade de múltiplas osteotomias fibulares, que permitem ao cirurgião reconstruir de maneira apropriada a anatomia da área implantada. Nesse sentido, o objetivo das cirurgias de reconstrução são impactar de maneira positiva a vida do paciente, no que tange restabelecimento de anatomia e fisiologia orofacial. Reestabelecendo, simetria facial e suporte muscular, dando possibilidade de reabilitação dentária protética e funcionalidade estomatognática. Concluímos que é indispensável a atenção quanto quantidade e qualidade da fíbula a ser implantada visando a prevenção de complicações pós cirúrgicas e promovendo funcionalidade ao paciente.
Palavras-chave: Cirurgia Maxilofacial; Cirurgia Oncológica; Enxerto Vascular; Microcirurgia; Neoplasias Orais.
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