Resumos Apresentados II COUFPA - Estomatologia e Patologia Oral
416897- ESCLEROTERAPIA COMO ABORDAGEM TERAPÊUTICA DE MALFORMAÇÕES VASCULARES BUCAIS: RELATO DE CASO Grazielly Alencar Costa, Daniel Cavallero Colares Uchoa
As malformações vasculares são anomalias estruturais que alteram os vasos sanguíneos, sem resultar proliferação endotelial. As lesões predominantemente se iniciam desde o nascimento, perdurando até o restante da vida. Clinicamente, manifestam-se como nódulos ou manchas de coloração púrpura, com textura lisa ou granulada, variando em tamanho e geralmente assintomáticas. Nos últimos anos, a escleroterapia tem se consolidado como uma alternativa conservadora eficaz no tratamento dessas lesões vasculares. Relatar um caso de malformação vascular tratado com escleroterapia, demonstrando a eficiência e segurança da utilização de oleato de etanolamina a 5% (Ethamolin) no tratamento de lesões vasculares na região bucomaxilofacial. Paciente gênero feminino, 34 anos, leucoderma, procurou o consultório particular de Estomatologia com queixa de lesões na língua, relatando que apenas duas lesões estavam presentes desde a infância, e as outras foram notadas cerca de 2 meses antes da consulta. Ao exame intra-oral, observou-se lesões no dorso, ventre, borda e base de língua, além de mucosa jugal direita e fundo de vestíbulo maxilar. As características clínicas confirmaram diagnóstico de múltiplas malformações vasculares. A escleroterapia – injeção intralesional de agente esclerosante – foi a conduta terapêutica proposta. Sendo realizadas 07 aplicações com intervalos de 15 dias entre elas. Após a primeira aplicação houve redução parcial das lesões em dorso de língua e mucosa jugal. Assim, gradualmente, foram realizadas aplicações em todas as áreas acometidas, até a completa involução das lesões. A estratégia terapêutica adotada demonstrou-se eficaz, uma vez que o uso da escleroterapia possibilitou a resolução das lesões sem a necessidade de intervenções cirúrgicas invasivas. O tratamento foi de fácil execução e atendeu às expectativas da paciente, que relatou estar altamente satisfeita com o resultado final, caracterizado pela regressão completa das malformações vasculares.
Palavras-chave: Malformações Vasculares; Escleroterapia; Patologia.
416880- CARCINOMA EPIDERMOIDE ORAL EM PACIENTE COM SÍNDROME DE GORLIN-GOLTZ: RELATO DE CASO KAILA STHEFANY FARIAS DA SILVA, VICTOR LUIZ BARBOSA ZACARIAS, JOÃO DE JESUS VIANA PINHEIRO, SÉRGIO DE MELO ALVES JÚNIOR, JOSÉ THIERS CARNEIRO JÚNIOR
O Carcinoma Epidermoide Oral (CEO) é a neoplasia maligna bucal mais comum, acomete preferencialmente homens acima de 50 anos, tendo como fatores predisponentes tabagismo, etilismo e a hereditariedade. A Síndrome de Gorlin-Goltz (SGG), é uma condição hereditária e tem seu diagnóstico baseado na presença de múltiplos carcinomas basocelulares e queratocistos odontogênicos. O objetivo desse trabalho é relatar um caso de CEO em paciente com SGG, discutindo possíveis associações entre essas patologias. Paciente de 34 anos, melanoderma, sexo feminino, gestante, retornou ao ambulatório do Hospital Ophir Loyola para acompanhamento de descompressão de queratocistos. Na consulta, a paciente relatou uma lesão no palato, sangrante e dolorosa, com evolução de aproximadamente um mês. Ao exame clínico intraoral, constatou-se a presença de uma lesão ulcerada em região posterior do lado direito da maxila, próxima à região de túber e sangrante ao toque. Os possíveis diagnósticos diferenciais, foram: o carcinoma adenoide cístico, sialometaplasia necrosante, e carcinoma epidermoide oral. Foi realizada a biópsia incisional e a amostra foi encaminhada ao Laboratório de Anatomopatologia e Imuno histoquímica da Faculdade de Odontologia da UFPA. Na análise histopatológica foram observadas células epiteliais invadindo a lâmina própria sob forma de ninho. Individualmente, as células apresentaram atipias, como pleomorfismo, hipercromatismo, alteração da relação núcleo-citoplasma, binucleação e mitoses. O diagnóstico foi de Carcinoma Espidermoide Oral. O plano de tratamento da paciente incluiu maxilectomia associado ao tratamento do Câncer de Cabeça e Pescoço (CCP). A Síndrome de Gorlin Goltz, é decorrente de mutações nos genes PTCH1 e PTCH2, porém, na literatura não há evidências de uma associação direta entre a SGG e o CEO. No entanto, estudos relataram a expressão do gene PTCH1 em todos os casos de Carcinoma Epidermoide Oral avaliados, com mediana de expressão de 0.227 (DP=7.370).
Palavras-chave: Carcinoma de Células Escamosas de Cabeça e Pescoço; Neoplasias Bucais; Síndrome do Nervo Basocelular.
416856- OSTEONECROSE RELACIONADA A MEDICAMENTOS EM TÓRUS PALATINO: RELATO DE CASO Flávia Letícia Magalhães Lemos, Maria Sueli da Silva Kataoka, João de Jesus Viana Pinheiro, Sérgio de Melo Alves Júnior e Gabriela Avertano Rocha da Silveira
A osteonecrose dos maxilares relacionada a medicamentos (MTONJ) é uma manifestação clínica relativamente rara e agressiva, proveniente de efeitos secundários de alguns fármacos. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de MTONJ em tórus palatino, em paciente do sexo feminino, submetida a tratamento quimioterápico para adenocarcinoma de pulmão. Paciente de 76 anos de idade buscou atendimento odontológico no Centro de Tratamento Oncológico (CTO-PA), queixando-se de dor no palato há cerca de 60 dias. Durante a anamnese, a paciente relatou que nunca havia tomado medicamentos antirreabsortivos, somente cálcio para tratar osteoporose. Ao exame clínico intraoral, observou-se múltiplas ulcerações na região de tórus palatino, compatíveis com mucosite, tratada com laserterapia. Um mês após o fim do tratamento, a paciente evoluiu para uma lesão de bordas elevadas circundando uma área de exposição de osso necrótico. A hipótese diagnóstica foi de MTONJ e o diagnóstico diferencial foi de metástase de câncer de pulmão em tórus. Realizou-se curetagem da lesão que foi enviada para exame histopatológico, neste observou-se fragmentos de tecido ósseo constituído de trabéculas ósseas, com perda de osteócitos e espaços medulares vazios, inseridos em um fundo de tecido conjuntivo frouxo com inflamação crônica, além de colônias de bactérias e células gigantes multinucleadas na periferia das trabéculas, sugerindo osteomielite. Como exame complementar, tomografia computadorizada com contraste revelou áreas de sequestro ósseo. No retorno ao CTO-PA, a paciente apresentou seu histórico de medicamentos para osteoporose e todos eram da classe dos bisfosfonatos. Esse histórico e a associação entre os exames clínico, histopatológico e tomográfico mostrou-se relevante para a conclusão do diagnóstico de MTONJ. O tratamento foi conduzido com administração de antibioticoterapia e, como o sequestro ósseo já havia sido removido, a lesão cicatrizou completamente, sem necessidade de nova intervenção.
Palavras-chave: Osteonecrose; Osteomielite; Palato; Patologia.
416854- ASPECTOS CLÍNICO-PATOLÓGICOS DO FIBRO-ODONTOMA AMELOBLÁSTICO: RELATO DE CASO Ana Beatriz Lobato da Costa, Lorena Maria de Souza da Silva, Victor Matheus Chaves Albuquerque, Douglas Fabrício da Silva Farias e Helder Antônio Rebelo Pontes
O Fibro-Odontoma ameloblástico é um tumor misto, benigno e raro, geralmente se apresenta como um inchaço assintomático, erupção dentária tardia na região afetada e aparência radiográfica mista bem definida, que é semelhante a outras formações neoplásicas odontogênicas. Este estudo apresenta um caso clínico, com a finalidade de aumentar o entendimento sobre essa condição incomum, facilitando seu diagnóstico precoce e seu manejo adequado. Paciente do sexo feminino, 29 anos, compareceu ao ambulatório de Cirurgia Bucomaxilofacial do Hospital universitário João de Barros Barreto com radiografia panorâmica evidenciando lesão de carater assintomático no corpo mandibular esquerdo. Relatou histórico de mobilidade dentária dos molares inferiores ipsilaterais, sendo estes previamente extraídos por outro profissional. Foi solicitado uma tomografia computadorizada de feixe cônico para avaliação tridimensional da lesão, se apresentando com aspecto unilocular envolvendo o nervo alveolar inferior. A paciente foi submetida a enucleação e curetagem da lesão sob anestesia local com Acesso de Neumann para abordagem da condição patológica, sem intercorrências. A peça cirúrgica foi encaminhada ao laboratório de Patologia Bucal para análise histopatológica, revelando pequenos ninhos e longos cordões estreitos de epitélio odontogênico dentro do estroma celular e de aparência primitiva, contendo estruturas calcificadas consistindo em focos de materiais dentinóides, concluindo o diagnóstico de Fibro-Odontoma Ameloblástico. A paciente evoluiu com cicatrização satisfatória e está em acompanhamento pós operatório de 01 ano sem sinal de recidiva. Sendo assim, uma anamnese detalhada, juntamente com exames complementares, como exame de imagem e histopatológicos são fundamentais para definição da conduta escolhida.
Palavras-chave: Patologia Bucal; Odontoma; Neoplasias; Diagnóstico.
416794- SÍFILIS ORAL: RELATO DE CASO E A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE Jackeane Cardoso Matias; Jamiris Rodrigues do Espírito Santo; Bianca Rafaela Miranda de Oliveira; Georgeana Cristina Coelho Carneiro; Raíssa Pinheiro de Mendonça de Affonso
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) que pode apresentar manifestações orais que mimetizam outras condições, tornando o diagnóstico desafiador. Os principais diagnósticos diferenciais incluem úlceras traumáticas, estomatite aftosa, candidíase, lesões por herpes simples, líquen plano e carcinoma de células escamosas, entre outros. A transmissão ocorre por relações sexuais desprotegidas (vaginais, anais ou orais), mas também pode ser adquirida por contato com sangue contaminado. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de sífilis oral primária e destacar a importância da prevenção durante as relações sexuais. Paciente do sexo masculino, 39 anos, compareceu ao consultório com lesão ulcerada única no ápice da língua. No histórico, relatou lesão ulcerada em mucosa labial, tratada com triancinolona acetonida, conforme prescrição médica, onde as lesões labiais regrediram, mas a lesão lingual persistiu e continuou a aumentar. O paciente informou ter uma parceira fixa em um relacionamento aberto, porém não fazia uso regular de preservativos em suas relações. Foram solicitados exames laboratoriais, incluindo hemograma e coagulograma (para uma possível biópsia) e sorologia para ISTs. Os resultados apresentaram VDRL reagente, HIV negativo e FTA-ABS positivo, confirmando o diagnóstico de sífilis primária com cancro oral. O paciente foi encaminhado ao infectologista e, após tratamento com penicilina, a lesão oral regrediu espontaneamente. Além disso, foi solicitado que o paciente informasse suas parceiras sexuais sobre a necessidade de avaliação médica, e o caso foi notificado no posto de saúde, seguindo os protocolos de vigilância epidemiológica. O caso ressalta a importância do reconhecimento precoce das manifestações clínicas da sífilis oral, essencial para um diagnóstico rápido e eficaz, evitando a progressão para sífilis secundária, além de reforçar a necessidade do uso de preservativos como medida de prevenção.
Palavras-chave: IST; Sífilis; Cancro.
416779- DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE ADENOMA PLEOMÓRFICO DE GLÂNDULA SALIVAR MENOR: RELATO DE CASO MANUELA LIMA CARNEIRO, LETICIA VAN BLOMMENSTEIN RODRIGUES, MARINA ALBUQUERQUE PEREIRA DE OLIVEIRA, VICTOR LUIZ BARBOSA ZACARIAS e MARCELO NEWTON CARNEIRO
Tumores de glândula salivar constituem um importante grupo de lesões orais, cujo diagnóstico deve ser criterioso. Neste grupo, o adenoma pleomórfico apresenta-se como a neoplasia benigna mais comum, caracterizada por uma lesão nodular única, de contornos bem delimitados, superfície lobulada, consistência firme, móvel e indolor à palpação. Dentre as glândulas salivares, a parótida é acometida na maioria dos casos, contudo glândulas salivares menores também estão suscetíveis ao surgimento da lesão em região de palato, lábios e língua. A excisão completa da lesão é um protocolo de tratamento definitivo. Deve-se evitar quebra na continuidade da lesão e remover toda a lesão para minimizar a recorrência. Este trabalho tem como objetivo não só relatar um caso de uma paciente diagnosticada com adenoma pleomórfico, mas também alertar sobre a importância da realização de um diagnóstico diferencial preciso. Paciente do sexo feminino, 27 anos, melanoderma, apresentou queixa de pulsação em palato mole com um ano de evolução. O exame clínico constatou aumento de volume em região de palato mole à direita, de aproximadamente 3 cm, coloração semelhante à mucosa e áreas eritematosas, superfície lisa, bordas regulares e bem delimitadas. Foi realizada biópsia incisional evidenciando uma neoplasia de origem glandular compatível com adenoma pleomórfico, cujo tratamento instituído foi excisão cirúrgica total da lesão, contudo o novo laudo recebido constatou o diagnóstico de carcinoma epidermóide. Sendo assim, foi solicitado exame de imunoistoquímica que confirmou novamente o diagnóstico de adenoma pleomórfico, considerado diagnóstico final. A paciente apresentou boa evolução pós operatória no retorno de aproximadamente 2 anos e não apresenta sinais de recidiva. Dessa forma, é fundamental que o diagnóstico diferencial de lesões tumorais seja realizado de forma criteriosa não somente pela diversidade morfológica encontrada, mas também pela variedade do comportamento biológico das lesões.
Palavras-chave: Adenoma Pleomorfo; Biópsia; Diagnóstico Diferencial; Glândulas Salivares; Neoplasias.
416778- DIAGNÓSTICO DE PÊNFIGO VULGAR EM MUCOSA JUGAL: RELATO DE CASO Luana Garcia Sanches, Mayra Emanuele Magalhães Alves, Igor Mesquita Lameira, Thayná Cruz de Castro, Helder Antônio Rebelo Pontes
Entende-se por pênfigo vulgar uma doença autoimune rara a qual pode ter prognóstico grave caracterizada por lesões bucais bolhosas e erosivas que podem evoluir para úlceras dolorosas, sendo frequentemente as primeiras manifestações da doença e as de mais difícil tratamento, podendo levar à morte. As primeiras características clínicas costumam ser observadas na mucosa bucal, não tendo predisposição por gênero e afetando em sua maioria pacientes adultos. Ao exame clínico encontram-se erosões e ulcerações superficiais e irregulares aleatoriamente na mucosa bucal. Este trabalho busca relatar um caso de pênfigo vulgar em região de mucosa jugal. Paciente do sexo masculino, 29 anos, encaminhado ao serviço de patologia bucal do Hospital Universitário João de Barros Barreto, para biópsia incisional de lesão ulcerada na mucosa jugal lado direito. Clinicamente apresentava uma área descamativa de aspecto ulcerado, com dor em toda mucosa oral. Foi enviado para o exame anatomopatológico um fragmento de tecido mole, de superfície irregular, formato irregular, de consistência friável, com coloração pardo acastanhada, medindo 04x04x03mm. No exame histopatológico nota-se que a lâmina própria mostra-se moderadamente permeada por um infiltrado inflamatório mononuclear predominantemente linfócito e desprendimento do epitélio caracterizando a formação de uma fenda intraepitelial o qual é o principal achado para levar ao fechamento diagnóstico de pênfigo vulgar. O tratamento para a doença preferencialmente deve ser realizado nos estágios iniciais e envolve o uso de corticóides sistêmicos juntos com outros medicamentos imunossupressores. Assim, observamos a importância do exame clínico conjunto com o exame histopatológico no devido diagnóstico da doença, já que trata-se de uma condição rara que pode ser confundida facilmente com outras patologias bolhosas e influenciar negativamente no tratamento e causar efeitos ainda mais adversos e agressivos em paciente com comprometimento imunológico.
Palavras-chave: Pênfigo; Mucosa Bucal; Patologia Bucal.
416711- CERATOCISTO ODONTOGÊNICO EM REGIÃO RETROMOLAR DA MANDÍBULA: RELATO DE CASO Luana Aráujo Silva, Mayra Emanuele Magalhães Alves , Igor Mesquita Lameira, Thayná Cruz de Castro, Helder Antônio Rebelo Pontes
O ceratocisto odontogênico é um cisto de desenvolvimento derivado de restos da lâmina dentária, que afeta principalmente a região posterior da mandíbula. Classificado como tumor pela OMS em 2005 devido ao seu crescimento agressivo e alta recidiva, foi reclassificado como cisto em 2017. Apesar de benigno, seu comportamento agressivo exige tratamento cuidadoso, incluindo a enucleação com remoção das margens adjacentes. O objetivo deste relato é apresentar um caso de ceratocisto em região posterior de mandíbula no lado direito, utilizando os achados clínicos e histológicos para diagnóstico. Paciente do sexo masculino, 17 anos de idade, foi encaminhado ao ambulatório de Cirurgia Buco-maxilo-facial do HUJBB, para excisão de ceratocisto evidenciado por exames de imagens de rotina. A tomografia computadorizada de face revelou lesão hipodensa, na região do corpo e ramo da mandíbula direita. Clinicamente, não apresentava aumento de volume, mas havia comunicação intraoral na região retromolar direita e cápsula cística friável, com aproximadamente dois anos de evolução. Foi realizada biópsia excisional da lesão sob anestesia local, para exame anatomopatológico. Os exames histopatológicos constataram presença de camada basal em paliçada, epitélio delgado queratinizado e cápsula fibrosa, baseado nessas características clínicas e histológicas, confirmou-se o diagnóstico de Ceratocisto. Para o tratamento, foram realizadas curetagem, ostectomia periférica para remoção total da lesão e por fim crioterapia. O ceratocisto odontogênico, apesar de clinicamente silencioso e sem aumento de volume, apresentou características radiográficas e histopatológicas comuns da lesão, permitindo um diagnóstico preciso. O tratamento mostrou-se eficaz na remoção completa da lesão, reduzindo o risco de recidiva e demonstrando a importância de uma abordagem cirúrgica abrangente para casos dessa natureza.
Palavras-chave: Mandíbula; Odontologia; Patologia Bucal.
416705- MIELOMA MÚLTIPLO EM REGIÃO DE PALATO: RELATO DE CASO Débora Raissa Sousa Silva, Mayra Emanuele Magalhães Alves, Igor Mesquita Lameira, Jessika leão Ribeiro, Hélder Antônio Rebelo Pontes
O Mieloma Múltiplo é caracterizado como uma neoplasia maligna e progressiva de células B. Fisiologicamente, o seu avanço pode desencadear: destruição óssea, falência renal, supressão da hematopoiese e maior risco de infecções. É a segunda neoplasia hematológica mais comum. O objetivo desse trabalho é relatar um caso clínico de Mieloma Múltiplo, evidenciando a importância diagnóstica para o cirurgião dentista. Paciente, sexo masculino, 51 anos de idade, foi encaminhado ao serviço de patologia bucal do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), apresentando lesão em região de palato (linha média) com tempo de evolução de 3 anos. O paciente era fumante e etilista, ambos há 30 anos. Ao exame clínico, observou-se lesão nodular, pilosa, séssil, assintomática e de coloração vermelho arroxeada. A hipótese diagnóstica foi de Adenoma Pleomórfico. Foi realizada biópsia incisional e os cortes histológicos revelaram fragmento de mucosa revestida por epitélio pavimentoso estratificado paraceratinizado. Na lamina própria, observou-se a proliferação de células redondas exibindo hipercromatismo e pleomorfismo nuclear, muitas dessas células neoplásicas apresentaram aspecto plasmocitóide, ilhas de materiais amorfos permeando a proliferação neoplásica. Para elucidação do diagnóstico foi realizada análise imuno histoquímica do fragmento, em que se evidenciou positividade para CD138 e padrão monoclonal de expressão para cadeia leve de imunoglobulina Kappa. Os achados são consistentes com o diagnóstico de infiltração por Plasmocitoma/Mieloma Múltiplo (WHO-2022) com monoclonalidade para cadeia leve de imunoglobilina Kappa. O paciente foi encaminhado para tratamento com médico de cabeça e pescoço. Dessa forma, é de suma importância a correlação dos exames complementares às evidências clínicas para o diagnóstico diferencial da lesão, sobretudo em neoplasias malignas como a supracitada, tendo em vista buscar a melhor conduta para o tratamento do paciente.
Palavras-chave: Mieloma Múltiplo; Diagnóstico Diferencial; Patologia Bucal.
416666- ADENOCARCINOMA SEM OUTRA ESPECIFICAÇÃO (SOE) EM PALATO: RELATO DE CASO RARO KAROLAYNE APARECIDA QUEIROZ VITELLI, KATHERINE JULISSA PALMAS VALLADARES, GABRIELA AVERTANO ROCHA DA SILVEIRA, JOÃO DE JESUS VIANA PINHEIRO, e SÉRGIO DE MELO ALVES JÚNIOR
O Adenocarcinoma Sem Outra Especificação (SOE) é uma neoplasia maligna rara de glândula salivar. Devido aos variados padrões histopatológicos e da escassez de estudos, o seu diagnóstico é de difícil caracterização clínica e histopatológica, realizado predominantemente por meio de exclusão. Por isto, a Organização Mundial da Saúde em sua 5ª edição da Classificação de Tumores de Cabeça e Pescoço inseriu o termo Carcinoma Salivar Sem Outra Especificação para carcinomas pouco diferenciados, refletindo os desafios em seu diagnóstico. O tratamento consiste em excisão cirúrgica e seu prognóstico está associado à localização e ao estágio clínico da condição. Este trabalho relata um caso de Adenocarcinoma SOE nas glândulas salivares menores do palato duro e destaca a complexidade do seu diagnóstico. Paciente de 29 anos, sexo feminino, recorreu ao Centro de Atendimento Oncológico PA, relatando dor na região do palato duro, com evolução de três meses. A avaliação clínica constatou um tumor intraoral de cor arroxeada, consistência firme, limites indefinidos, base séssil e cerca de 30mm. Realizou-se uma biópsia incisional e o exame histopatológico revelou uma invasão profunda à lâmina própria, em forma de ninhos, com espaços ductiformes contendo material amorfo e basofílico. As células exibiam duas formas morfológicas: uma com núcleos pequenos e hipercromáticos, citoplasma escasso e claro; e outra com núcleos maiores e citoplasma eosinofílico. Também se observou atipias celulares como hipercromatismo nuclear, mitoses atípicas e alterações na relação núcleo/citoplasma, indicando o diagnóstico de Adenocarcinoma SOE. Portanto, esse estudo enfatiza a dificuldade de diagnosticar esse tumor, caracterizado pelos vários padrões celulares, o que impede uma classificação específica. Além disso, a literatura ainda é limitada, ressaltando a necessidade de mais estudos sobre essa neoplasia rara, a fim de aprimorar seu diagnóstico e proporcionar prognóstico mais favorável ao paciente.
Palavras-chave: Adenocarcinoma; Neoplasias de Glândulas Salivares; Neoplasias de Cabeça e Pescoço.
416629- MELANOMA PRIMÁRIO EM MUCOSA ORAL: UM RELATO DE CASO RARO JEFFERSON DIEGO DA SILVA VEIGA, VICTOR LUIZ BARBOSA ZACARIAS, GABRIEL SILVA BATISTA, SERGIO DE MELO ALVES JUNIOR E MARCELO NEWTON CARNEIRO
O melanoma é uma neoplasia maligna de origem melanocítica altamente agressiva que pode acometer a pele e mucosas do corpo. No entanto, a ocorrência desta neoplasia na mucosa oral é rara, tornando o diagnóstico muitas vezes desafiador e tardio. A incidência e a taxa de mortalidade deste tumor têm aumentado em todo o mundo, afetando pessoas jovens e de meia idade, com predileção pelo sexo feminino. O seu diagnóstico é obtido através do exame histopatológico. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de extenso melanoma primário em mucosa oral. Paciente do sexo feminino, 69 anos, melanoderma, buscou atendimento odontológico no Hospital Beneficente Portuguesa devido aumento gengival. No exame intraoral, constatou-se a presença de uma placa de coloração escura, lobulada, assintomática, na região de gengiva, estendendo-se do canino direito ao pré-molar esquerdo, com um ano de evolução. A paciente foi então encaminhada ao serviço de Cirurgia Buco-Maxilo do Hospital Ophir Loyola e, após os exames pré-operatórios, foi realizada uma biópsia incisional na região de papila incisiva. O material removido foi encaminhado para a análise histopatológica, na qual observou-se displasias epiteliais associadas a abundante pigmentação melanocítica, obtendo o diagnóstico final de melanoma. Dessa forma, após os exames de estadiamento, estabeleceu-se o plano de tratamento, que consistiu no encaminhamento para o cirurgião de cabeça e pescoço, o qual optou pela hemi-maxilectomia. Com isso, uma placa obturadora provisória foi então elaborada, com intuito de minimizar a comunicação buco sinusal. Após a cirurgia, a radioterapia foi indicada, em conjunto com o acompanhamento para reabilitação oral com o protesista buco-maxilo facial. Dessa forma, por se tratar de uma lesão agressiva que pode acometer a cavidade oral, cabe ao cirurgião-dentista reconhecer as características clínicas desta lesão, visando estabelecer um diagnóstico precoce e atuar no tratamento reabilitador quando necessário.
Palavras-chave: Melanoma; Mucosa Oral; Diagnóstico Bucal; Terapêutica.
416495- E-CIGARRETES: PRINCIPAIS REPERCUSSÕES NA CAVIDADE ORAL DECORRENTE DO USO DE CIGARRO ELETRÔNICO CARLOS ALBERTO CARMO LIMA, CARINA BARROS DO AMARAL, GABRIELA SEPÊDA DOS SANTOS, CAROLINA ALMEIDA PARADELA
O uso de cigarros eletrônicos, promovido como uma alternativa menos nociva ao cigarro convencional, tem crescido. No entanto, surgem preocupações sobre seus efeitos na saúde bucal. Estudos indicam que o uso prolongado pode causar danos à cavidade oral, sugerindo que esses dispositivos não são tão inofensivos quanto aparentam. Diante dessa controvérsia, o presente estudo revisa a literatura existente sobre as implicações orais do uso de cigarros eletrônicos, com foco na saúde periodontal, lesões orais, fluxo salivar e possíveis alterações na microbiota bucal. Foram consultadas as bases de dados PubMed, Scopus e Google Scholar, abrangendo artigos publicados entre 2019 a 2023. Foram selecionados estudos clínicos e revisões que abordassem os efeitos dos cigarros eletrônicos na saúde bucal. Os critérios de inclusão focaram em pesquisas que investigassem exclusivamente efeitos adversos do uso de cigarros eletrônicos na cavidade oral. A revisão revelou que o uso de cigarros eletrônicos pode estar associado a aumento da inflamação periodontal e disbiose da microbiota oral. Embora os impactos sejam, em geral, menores que os do tabagismo convencional, foram observadas lesões em tecidos moles e maior risco de cáries. Além disso, o uso prolongado mostrou reduzir o fluxo salivar, resultando em xerostomia e aumentando a suscetibilidade a infecções bucais, ligando o uso contínuo do cigarro eletrônico a várias complicações orais. Esses achados reforçam que os efeitos do uso do cigarro eletrônico não devem ser subestimados. O uso prolongado de cigarros eletrônicos pode causar inflamação periodontal e disbiose, afetando a homeostase oral. É essencial alertar os usuários sobre esses riscos e a importância de acompanhamento odontológico.
Palavras-chave: Cigarro Eletrônico, Patologia Bucal, Saúde Bucal.
416470- FIBROSSARCOMA DE BAIXO GRAU EM REGIÃO SUBMANDIBULAR: RELATO DE CASO KLYVER ROBERTH COSTA SOUZA, ISABELA BARROSO SILVA, DOUGLAS FABRÍCIO DA SILVA GARIAS, DIEGO PACHECO FERREIRA, HELDER ANTÔNIO REBELO PONTES
O fibrossarcoma é um tumor maligno raro de fibroblastos, ocorrendo em apenas 10% dos casos na região de cabeça e pescoço. Apresenta-se como um aumento de volume que pode atingir grandes proporções antes de produzir dor e não tem prevalência por idade. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso clínico de fibrossarcoma de baixo grau, enfatizando a análise histopatológica e o tratamento cirúrgico. Paciente do sexo feminino, 17 anos, compareceu ao serviço de Patologia Oral e Maxilofacial do Hospital Universitário João de Barros Barreto apresentando aumento de volume assintomático na região submandibular e bucal esquerda, com evolução de 10 meses. Ao exame tomográfico, constatou-se uma imagem hipodensa intraóssea envolvendo o corpo mandibular e a região submandibular. Após a biópsia incisional, foi realizado o exame histopatológico, onde observou-se a presença de células fusiformes, com áreas de mitose e discreto pleomorfismo. Foi realizada a imuno-histoquímica com resultados de Ki67 baixo, vimetina positivo, S100 negativo, HHF35 negativo, CD31 negativo, Beta-catenina negativo, concluindo o diagnóstico de Fibrossarcoma de baixo grau. A paciente foi submetida ao procedimento cirúrgico sob anestesia geral pelo cirurgião de cabeça e pescoço em conjunto com a equipe de cirurgia buco-maxilo-facial, para ressecção do tumor com ampla margem de segurança e fixação dos segmentos ósseos remanescentes com placa de titânio. A paciente encontra-se em acompanhamento pós-operatório de 5 anos, sem recidiva da lesão. A recidiva é observada em cerca de metade dos casos, e as taxas de sobrevida em 5 anos variam de 40% a 70% que estão relacionadas à evolução da lesão antes do diagnóstico e tratamento. Conclui-se que o diagnóstico precoce diante das análises clinica e histopatológicas é de suma importância tanto em questão cirúrgica para uma ressecção com uma ampla margem de segurança quanto para preservação das estruturas adjacentes a essa patologia.
Palavras-chave: Fibrossarcoma; Neoplasias; Neoplasias Mandibulares.
416453- Pênfigo Vulgar com Múltiplas Manifestações Orais - Relato de Caso TAYLANA PINHEIRO SOSINHO, MAYRA EMANUELE MAGALHÃES ALVES, JESSIKA LEÃO RIBEIRO, IGOR MESQUITA LAMEIRA e HELDER ANTÔNIO REBELO PONTES
O pênfigo é um grupo de doenças autoimunes mediadas por IgG que destroem os desmossomos do epitélio estratificado escamoso, os autoanticorpos são direcionados a desmogleína 1 e 3, por fim. a acantólise causa bolhas intraepiteliais e úlceras na pele e mucosa oral, o pênfigo vulgar é a forma mais comum de pênfigo, mais de 80% dos casos, os sítios orais mais, comumente, afetados são mucosa palatina, lingual, labial e gengiva. O presente estudo objetiva relatar um caso de uma paciente com diagnóstico de pênfigo vulgar em múltiplos sítios da mucosa oral. Paciente do sexo feminino, 34 anos, compareceu ao serviço de Patologia Bucal do Hospital Universitário João de Barros Barreto, com queixa de lesões doloridas na mucosa gengival com evolução de aproximadamente 5 meses. Ao exame clínico, observou-se múltiplas lesões descamativas em papila interdental, porção anterior de mucosa jugal direita, ápice e ventre lingual, doloridas e sangrentas. Posto isto, por meio da análise clínica e histórico médico houve o levantamento da hipótese entre pênfigo vulgar e penfigóide benigno das membranas mucosas. Dessa forma, foi realizada a biópsia incisional da lesão sob anestesia local para análise histopatológica, onde o laudo resultou em pênfigo vulgar. A análise microscópica do corte histológico revelou desprendimento do epitélio caracterizando a formação de uma fenda intraepitelial, característica histológica marcante do pênfigo vulgar. A paciente foi encaminhada para o dermatologista para realizar o planejamento e condução do caso. Portanto, é importante que o pênfigo seja diagnosticado de forma rápida, as lesões orais em 60% dos casos são o primeiro sinal, nesses episódios se houver o diagnóstico e tratamento feitos rapidamente, o envolvimento da pele pela doença pode ser evitado. Além disso, atrasos significativos no diagnóstico podem implicar no aumento de chances da fatalidade da doença. Assim, o cirurgião-dentista possui um papel importantíssimo no diagnóstico do pênfigo.
Palavras-chave: Pênfigo; Dermatopatias Vesiculobolhosas; Doenças da Pele e do Tecido Conjuntivo.
416443- MUCOCELE NO LÁBIO INFERIOR: DIAGNÓSTICO HISTOPATOLÓGICO E ABORDAGENS TERAPÊUTICAS Nahyla Vitória Lucas Damasceno, Sabrinna Santana Ferreira, Yrlana Júlia Soares Ribamar, Alann Thaffarell Portilho de Souza e Breno Bittencourt Pessoa da Silva
A lesão benigna mais comum das glândulas salivares menores é a mucocele, que frequentemente ocorre após um trauma, resultando no extravasamento de muco devido à obstrução do ducto salivar. Isso leva a um aumento volumétrico na região afetada, sendo mais prevalente no lábio inferior. O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de um paciente J.B.S.J, do gênero masculino, 21 anos e ASA I, que apresentou lesão bolhosa na mucosa labial inferior há aproximadamente 3 meses, exigindo biópsia para diagnóstico definitivo. No exame físico intraoral, verificou-se uma lesão em forma de bolha no lábio inferior, lateral à linha média, medindo aproximadamente 3mm, base séssil, esbranquiçada, bem delimitada, superfície lisa, apresentando flacidez à palpação e indolor. Considerando as características anteriormente citadas, estabeleceu-se a hipótese diagnóstica de mucocele, a conduta adotada foi a remoção cirúrgica da lesão por meio de biópsia excisional. O procedimento cirúrgico foi realizado sob anestesia local, com uma incisão em elipse e a remoção das glândulas acessórias subjacentes, visando evitar recidiva. O espécime coletado foi preservado em solução de formol 10% e enviado para ao Laboratório de Anatomia Patológica e Imuno-Histoquímica PPGO – UFPA. No pós operatório de 7 dias, observou-se aspecto cicatricial satisfatório. Os achados histopatológicos confirmaram diagnóstico de mucocele, revelando o extravasamento de mucina com histiocitos espumosos, circundado por tecido conjuntivo denso com infiltrado inflamatório misto. A remoção cirúrgica da mucocele é essencial para prevenir desconforto, já que essa lesão pode interferir em funções básicas como fala e mastigação. Além disso, fundamental que o profissional se familiarize com essa patologia e conheça suas características clínicas, para obter um diagnóstico preciso e realizar um plano de tratamento adequado.
Palavras-chave: Mucocele; Biópsia; Diagnóstico.
416433- CARCINOMA ESPINOCELULAR EM BORDA LATERAL DE LÍNGUA: RELATO DE CASO Monique Souza Dos Santos Paraense, Mayra Emanuele Magalhães Alves, Karolyny Martins Balbinot, Igor Mesquita Lameira, e Helder Antônio Rebelo Pontes
O Carcinoma Espinocelular (CEC) consiste na neoplasia epitelial maligna mais frequente na cavidade bucal. Afeta, sobretudo, homens, de idades entre 45 e 60 anos, com aspectos clínicos que variam entre lesões exofíticas, endofíticas, leucoplásicas, eritroplásicas ou eritroleucoplásicas. Acomete qualquer parte da mucosa oral, sendo a língua o sítio mais afetado pelo CEC intraoral. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de carcinoma espinocelular, presente em borda lateral de língua. Paciente do sexo masculino, 60 anos, compareceu ao serviço de Patologia Bucal do Hospital Universitário João de Barros Barreto, com queixa de afta que não regredia mesmo após realização de tratamento. Ao exame clínico observou-se lesão ulcerada com bordas endurecidas, fibrótica com superfície enrugada, localizada em borda lateral da língua, do lado esquerdo. A partir da análise clínica e do histórico do paciente, a hipótese diagnóstica foi de carcinoma espinocelular. Foi realizada biópsia incisional da lesão para análise histopatológica. A microscopia revelou fragmentos de neoplasia, caracterizados pela invasão da lâmina própria por células poliédricas, exibindo perda do isomorfismo celular, com células neoplásicas apresentando núcleos pleomórficos hipercromáticos, nucléolos evidentes e ácinos de glândulas salivares menores e infiltrado inflamatório mononuclear completando o quadro histopatológico, confirmando o diagnóstico de carcinoma espinocelular moderadamente diferenciado. Diante deste resultado, o paciente foi encaminhado para tratamento e acompanhamento com médicos de cabeça e pescoço e oncologistas. Dessa forma, observa-se a importância da análise minuciosa dos aspectos clínicos da lesão associada ao exame histopatológico e a uma anamnese detalhada, a fim de elaborar o diagnóstico correto da neoplasia de modo breve, proporcionando mais chance de sobrevida e conforto para o paciente.
Palavras-chave: Carcinoma Espinocelular; Cavidade Oral; Língua; Neoplasias Bucais.
416424- CARCINOMA EPIDERMÓIDE LOCALIZADO EM PALATO DURO: RELATO DE CASO Gabrielly Silva dos Reis, Mayra Emanuele Magalhães Alves, Yuri Correa Ferreira, Igor Mesquita Lameira, Helder Antônio Rebelo Pontes
O carcinoma epidermóide (CE) representa mais de 90% de todos os tumores malignos que acometem as estruturas orais. No carcinoma intraoral ocorre o acometimento principalmente da língua (lateral posterior e superfícies ventrais), podendo ocorrer em outras localizações como assoalho bucal, mucosa jugal, gengiva, mucosa labial e palato duro. É mais comum em pacientes do sexo masculino acima dos 50 anos. O CE é uma doença multifatorial e pode ter fatores extrínsecos como o fumo, álcool e vírus. Já os fatores intrínsecos incluem anemia por deficiência de ferro, estado imunológico e saúde oral geral. Além disso, possui apresentação clínica variável, incluindo as formas leucoplásica, eritroplásica, eritroleucoplásica e úlceras nos padrões de crescimento exofítico e endofítico. Este trabalho tem como objetivo relatar o caso de uma paciente com diagnóstico de carcinoma epidermóide em região de palato duro. Paciente do sexo feminino, 80 anos, foi encaminhada ao serviço de Patologia Bucal do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB). De acordo com a paciente, a lesão teve um tempo de evolução de 3 meses. Paciente relatou ser fumante há mais de 50 anos. Ao exame clínico observou-se lesão nodular dolorosa, ulcerada, endurecida, com bordas friáveis localizada em região de palato duro no lado direito e linfadenopatia. Foi realizada biópsia incisional para análise anatomopatológica, onde o material consistia em múltiplos fragmentos de superfície e formato irregular, consistência fibrosa e coloração pardo-acastanhado. O diagnóstico foi de carcinoma epidermóide com diferenciação basalóide. Além disso, o laudo mostrou P16 – um biomarcador- negativo, ou seja, o CE, nesse caso, não tinha associação com o HPV. A paciente foi encaminhada para tratamento com o oncologista. Portanto, é incontestável que uma anamnese e exame clínico adequado em associação com o exame anatomopatológico é crucial para o correto diagnóstico e posterior tratamento desse tumor maligno.
Palavras-chave: Carcinoma de Células Escamosas; Palato Duro; Neoplasias; Patologia Bucal.
416414- LESÃO NODULAR SANGRANTE EM REGIÃO INTERDENTAL: A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE GRANULOMA PIOGÊNICO Arianny Lobo dos Anjos, Mayra Emanuele Magalhães Alves, Yuri Correa Ferreira , Igor Mesquita Lameira e Helder Antônio Rebelo Pontes
O granuloma piogênico (GP) é considerado uma lesão não-neoplásica relativamente frequente que pode afetar pessoas de todas as idades, sendo mais comum em adultos jovens. Existe uma maior incidência no sexo feminino, especialmente durante a gravidez. É indolor e exibe sangramento espontâneo, pois é altamente vascularizado. Apesar do nome, acredita-se que a lesão não está relacionada com organismos piogênicos. Costumam se desenvolver após um trauma ou após irritação e inflamação gengivais devido uma higiene oral não satisfatória. O GP pode exibir um crescimento rápido, podendo causar preocupação tanto ao paciente quanto ao cirurgião-dentista (CD), que poderão temer uma lesão maligna. O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de GP. Paciente do sexo feminino, 58 anos, melanoderma foi encaminhada ao serviço de Patologia Bucal do Hospital Universitário João de Barros Barreto com uma lesão nodular, indolor, bem delimitada, associada à papila dental entre os elementos dentários 42 e 43. A paciente relatou que possuía esse nódulo pediculado, de superfície lisa e coloração avermelhada há aproximadamente 15 dias. Após o exame clínico intra-oral, associado à má higiene oral apresentada pela paciente, a hipótese diagnóstica foi de GP. Foi então requerida a excisão cirúrgica e o material foi enviado para análise anatomopatológica, a qual revelou um epitélio pavimentoso estratificado com áreas de acantose e exocitose, lâmina própria constituída por longos feixes de fibras colágenas dispostos em vários sentidos e direções, permeando vasos sanguíneos, além de intenso infiltrado inflamatório mononuclear composto principalmente por linfócitos e plasmócitos, confirmando o diagnóstico de GP. O exame histopatológico é essencial para o correto diagnóstico devido à alta taxa de recidiva desta lesão. O CD deve dominar a técnica cirúrgica adequada e orientar o paciente sobre o cuidado com a higienização, aumentando as chances de sucesso do tratamento.
Palavras-chave: Odontologia; Granuloma Piogênico; Patologia Bucal.
416347- FIBROMA OSSIFICANTE: UM RELATO DE CASO CLÍNICO Adriane Melo de Miranda, Mayra Emanuele Magalhães Alves, Igor Mesquita Lameira, Leonardo Anthonio Lopes Rocha, Helder Antônio Rebelo Pontes
O fibroma ossificante(FO) é uma neoplasia benigna, a qual é composta por tecido fibroso e possui um potencial de crescimento. Tem maior frequência durante a terceira e quarta década de vida, tendo uma predileção pelo sexo feminino. O objetivo deste trabalho foi relatar um caso clínico de FO diagnosticado em um hospital de referência. Paciente do sexo feminino, 41 anos de idade, compareceu ao Serviço de Patologia Bucal do Hospital Universitário João de Barros Barreto, relatando como queixa principal, um aumento de volume no lado direito da face, o qual perdurava por três anos. Após o exame clínico extraoral e intraoral, a paciente foi encaminhada para realizar uma tomografia da face e uma biopsia incisional. O resultado da tomografia revelou uma volumosa formação sólida expansiva, heterogênea a qual estava ocupando o seio maxilar direto. No que se refere ao exame histológico, o estudo imuno-histoquímico revelou positividade de SATB2, actina muscular lisa e ausência de sinais histológicos de malignidade. Junto com as características clínicas, confirmou-se o diagnóstico FO. O presente caso, evidencia a importância dos Cirurgiões Dentistas no diagnóstico precoce de patologias orais.
Palavras-chave: Neoplasias, Fibroma Ossificante, Patologia Bucal.
416221- CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS NA LÍNGUA: RELATO DE CASO Gabriella Lucina Monteiro Xavier, Mayra Emanuele Magalhães Alves, Igor Mesquita Lameira, Lorrane Cruz de Castro, e Helder Antônio Rebelo Pontes
O Carcinoma de Células Escamosas (CEC) é a neoplasia maligna oral mais comum, respondendo por 90% a 95% dos tumores malignos da boca, geralmente ocorre em homens de meia idade na porção lateral da língua e tem como fatores de risco predominantes o uso de tabaco junto ao consumo excessivo de álcool. Este trabalho visa relatar o caso de um paciente diagnosticado com Carcinoma Espinocelular em região lingual. Paciente do sexo masculino, 54 anos, tabagista e etilista crônico, compareceu ao serviço de Patologia Bucal do Hospital João de Barros Barreto, com queixa de lesão dolorosa na língua com evolução de um mês. Ao exame clínico intraoral foi observado lesão com superfície ulcerada apresentando áreas de necrose, dolorosa e sangrante ao toque, mal delimitada, de bordas endurecidas, localizada na porção anterolateral direita da língua. A partir dos achados clínicos foi realizada biópsia incisional para exame anatomopatológico. A análise histopatológica revelou, fragmentos de neoplasia de origem epitelial caracterizados pela invasão do tecido conjuntivo subjacente por ilhas de células com morfologia poliédrica e citoplasma eosinofílico. Individualmente, as células neoplásicas exibem núcleos pleomórficos, hipercromáticos e com nucléolos evidentes. Foi observado a presença de inúmeras ilhas sofrendo metaplasia escamosa, levando a formação de pérolas córneas. Figuras de mitose dispersas no espécime estavam presentes. Estas informações levam ao diagnóstico de Carcinoma Espinocelular Bem Diferenciado. Diante disso, apesar de ser o câncer de cavidade oral mais comum, vale ressaltar como o diagnóstico oral precoce é essencial no tratamento desta neoplasia, visto que por ser extremamente maligno, em seus estágios avançados, como no presente caso, apresenta pobre prognóstico. Portanto, é essencial a atualização do cirurgião dentista e o conhecimento acerca das manifestações precoces dessa doença.
Palavras-chave: Carcinoma de Célualas Escamosas; Neoplasias de Cabeça e Pescoço; Neoplasias Bucais; Língua.
416192- AMELOBLASTOMA EM CORPO MANDIBULAR: RELATO DE CASO Iago Martins da Silva, Mayra Emanuele Magalhães Alves, Igor Mesquita Lameira, Lorrane Cruz de Castro, Helder Antônio Rebelo Pontes
O ameloblastoma é um tumor odontogênico de origem epitelial, benigno, de crescimento lento, localmente invasivo e com elevados índices de recidiva, sendo a mandíbula o local mais acometido. Este trabalho tem o objetivo relatar um caso clínico de ameloblastoma em mandíbula acompanhado pelo serviço de Patologia Bucal do Hospital Universitário João de Barros Barreto. Paciente do sexo masculino, 35 anos, encaminhada ao serviço de Patologia Bucal do (HUJBB) relatando aumento de volume em região anterior de mandíbula, com evolução de cinco anos e apresentando dor espontânea sem sinais de infecção em cavidade oral. Ao exame clínico extra oral, apresentava assimetria facial causada por tumefação endurecida e indolor ao toque. No exame clínico intraoral foi observado mobilidade dentária nos dentes 32, 31, 41, 42, 43 e 44. Foi realizada punção aspirativa com resultado negativo. No exame de tomografia computadorizada de face, observou-se lesão hipodensa multiloculada. A biópsia excisional foi realizada por procedimento cirúrgico sob anestesia geral, utilizando o acesso submandibular estendido para ressecção completa do tumor com margem de segurança, regularização óssea e posteriormente fixação com placa de titânio de reconstrução do sistema 2.4 mm. O material foi encaminhada para exame anatomopatológico. No exame histopatológico foi observado fragmentos de neoplasia formada por epitélio odontogênico caracterizado pela presença de ilhas de células hipercromáticas, com polarização invertida e dispostas em paliçada. Na região mais central, observou-se um arranjo mais esparso, lembrando o retículo estrelado. Correlacionando os achados clínicos e histológicos, chegou-se ao diagnóstico de ameloblastoma. A ressecção cirúrgica é o tratamento de escolha na maioria dos casos de ameloblastoma, visto seu alto poder infiltrativo e de recidiva quando tratado de forma mais conservadora.
Palavras-chave: Ameloblastoma; Tumores Odontogênicos; Mandíbula.
416179- CONDROSSARCOMA DE MANDÍBULA EM PACIENTE JOVEM: UM RELATO DE CASO NATHÁLIA FERNANDES SILVA, KATHERINE JULISSA PALMA VALLADARES, JONAS IKIKAME DE OLIVEIRA, JOÃO DE JESUS VIANA PINHEIRO E SÉRGIO DE MELO ALVES JÚNIOR
O condrossarcoma é um tumor cartilaginoso maligno, caracterizado pela formação de cartilagem pelas células neoplásicas, sendo mais comum nas regiões do fêmur, úmero e costelas. Esta malignidade corresponde a aproximadamente 0,1% entre as neoplasias de cabeça e pescoço e demonstra predileção pela região anterior da maxila. Além disso, apresenta uma ampla faixa etária (média de 42 anos), com maior frequência em pacientes do sexo masculino em idade mais avançada. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é relatar um caso de condrossarcoma de mandíbula em paciente jovem. Uma paciente de 20 anos de idade, do sexo feminino, leucoderma e sem fatores de risco, buscou atendimento relatando “inchaço próximo à língua”, com evolução de 3 meses e assintomático. Ao exame clínico intraoral, observou-se lesão com limites definidos, séssil, de consistência borrachóide e superfície lisa. A hipótese diagnóstica foi de lesão central de células gigantes. Para fins diagnósticos, realizou-se biópsia incisional que foi enviada para exame histopatológico, no qual foram observados fragmentos de neoplasia de origem mesenquimal exibindo tecido cartilaginoso constituído por condrócitos com graus variáveis de maturação, que apresentam pleomorfismo, variação no tamanho dos citoplasmas e dos núcleos, além de células binucleadas ocasionais vistas nas lacunas. De permeio, observou-se ossificação na matriz condroide. Ademais, a análise imuno histoquímica foi realizada e revelou marcação positiva da proteína S100, a qual está relacionada ao diagnóstico e prognóstico. O diagnóstico final foi de condrossarcoma. Dessa forma, embora seja uma lesão de baixa prevalência, é importante que o cirurgião dentista esteja atento às possíveis variações epidemiológicas do condrossarcoma, uma vez que, tratando-se de uma lesão maligna, quanto mais breve e assertivo o diagnóstico, mais rápido o paciente obterá o tratamento adequado e, consequentemente, maiores serão as chances de um prognóstico mais favorável.
Palavras-chave: Condrossarcoma; Neoplasia Maligna; Mandíbula; Jovem.
416157- LÍQUEN PLANO EROSIVO: RELATO DE CASO Joana Maria Veiga de Lima, Mayra Emanuele Magalhães Alves, Igor Mesquita Lameira, Thayná Cruz de Castro, Helder Antônio Rebelo Pontes
O líquen plano é uma doença dermatológica crônica mediada imunologicamente, relativamente comum, que afeta a mucosa bucal e tem mulheres de meia idade compondo a maior parte de pacientes. Existem duas formas de lesões bucais, a forma reticular é a mais comum, é assintomática e tem o padrão de linhas brancas entrelaçadas, enquanto a forma erosiva é mais significativa, sintomática e possui áreas eritematosas, atróficas, com graus variáveis de ulceração central e com a periferia das lesões circundada por finas estrias brancas irradiadas. O presente trabalho teve como objetivo relatar o caso de uma paciente com o diagnóstico de Líquen Plano Erosivo em região de mucosa jugal. Paciente do sexo feminino, 71 anos, melanoderma, compareceu ao serviço de Patologia Bucal do Hospital Universitário João de Barros Barreto com úlceras dolorosas com duração de um ano. Clinicamente, observou-se na mucosa jugal direita lesões ulceradas, esbranquiçadas, não sangrantes, dolorosas e lesões na pele. A hipótese diagnóstica foi de doença autoimune, portanto, foi realizada uma biópsia incisional para a análise histológica. Os cortes histológicos revelaram mucosa revestida por epitélio pavimentoso estratificado paraceratinizado exibindo variado grau de atipia na camada basal, degenerada em alguns campos, intenso infiltrado inflamatório mononuclear justa epitelial, feixes de musculatura estriada esquelética, feixes de fibras nervosas e áreas de extravasamento de hemácias, o que corrobora para o diagnóstico de líquen plano erosivo. O tratamento padrão consiste em aplicação de corticosteróide tópico, várias vezes ao dia nas lesões, a fim de induzir a cicatrização em até duas semanas, reavaliações são necessárias pela possibilidade de recidivas. Os achados clínicos junto da análise histológica são importantes para o correto diagnóstico de líquen plano, igualmente, a comunicação com o paciente sobre o reaparecimento da condição é fundamental para a reaplicação e efetividade do tratamento.
Palavras-chave: Doenças Autoimunes; Dermatopatias; Líquen Plano Bucal; Úlceras Orais.
416149- EFICÁCIA DA LASERTERAPIA NO TRATAMENTO DE MUCOSITE GRAU IV EM PACIENTE COM CÂNCER DE OROFARINGE: RELATO DE CASO. Autores: Daphne Ramires Tavares, Jhemeson Robert Farias Alves, Samara Carrias Caldas, Tamires Ribeiro de Oliveira, Sâmia Cordovil de Almeida
O manejo de pacientes oncológicos em tratamento com radioterapia (RT) para tumores na região de cabeça e pescoço, exige atenção especial devido às complicações orais, como hipossalivação, cáries por radiação, risco de osteorradionecrose e a mais frequente de todas, a mucosite oral (MO). O câncer de boca apresenta etiologia multifatorial, como tabagismo, radiação solar, álcool e papilomavírus humano (HPV). A MO se manifesta por eritema, ulceração e dor, afetando a qualidade de vida dos pacientes. O objetivo deste estudo é analisar a importância da atuação do dentista antes e durante a quimioterapia (QT) ou RT, além de enfatizar o acompanhamento na prevenção e manejo da mucosite com laser de baixa potência. Paciente do sexo masculino, C.A.P.B, 49 anos, com histórico de tabagismo por 30 anos, foi diagnosticado com câncer de orofaringe associado ao HPV, localizado na amígdala direita. Foi encaminhado ao atendimento odontológico prévio à radioterapia e quimioterapia para iniciar o seu tratamento oncológico com segurança e sem riscos de posterior osteorradionecrose. Durante o tratamento de radioterapia, apresentou MO grau IV, caracterizada por dor intensa, lesões maiores que 4 cm em seu maior diâmetro em bordas laterais de língua, localizadas bilateralmente, apresentando crostas fibrinopurulentas. O paciente fez a Gastrostomia (GTT) para alimentação via sonda. Não conseguia ingerir líquidos e nem alimentos pela cavidade oral. Após várias sessões de laserterapia com laser vermelho e infravermlho, houve melhora significativa da dor e da capacidade de alimentação via oral, resultando na recuperação do paciente e na regressão completa da MO. O uso do laser demonstrou eficácia, promovendo alívio da dor, cicatrização e melhora da qualidade de vida do paciente, ressaltando a importância dessa ferramenta como uma intervenção padrão no tratamento de mucosite em pacientes submetidos ao tratamento oncológico de cabeça e pescoço.
Palavras-chave: Terapia a laser; Mucosite; carcinoma espinocelular; Cicatrização.
416288- LIPOMA NA REGIÃO BUCAL: RELATO DE CASO THAIS KRISTINE REIS PALHETA, MAYRA EMANUELE MAGALHÃES ALVES, YURI CORREA FERREIRA, IGOR MESQUITA LAMEIRA, HELDER ANTÔNIO REBELO PONTES
O lipoma é uma das mais comuns neoplasias benignas de tecido mesenquimal. Apesar de ser um tipo de tumor comum, apenas 4 a 5% dos casos atingem a região oral. Possui prevalência de localização em região de língua, assoalho bucal, fundo de vestíbulo, palato e mucosa jugal. Sua etiologia é incerta, mas acredita-se que alterações endócrinas, infecções, traumatismos, alcoolismo e causas hereditárias possam atuar como fatores predisponentes nos lipomas da cavidade oral, podem acontecer em qualquer idade, mas é mais comum em adultos e raramente acomete crianças. Clinicamente, apresenta-se como massa nodular, séssil ou pediculada, bem delimitada, de consistência mole à palpação, sua coloração varia de amarelo a rósea a depender da profundidade da lesão, possui crescimento lento e frequentemente é assintomático. O objetivo desse trabalho é relatar um caso de lipoma na região bucal. Paciente do sexo masculino, 17 anos, procurou o serviço odontológico do Hospital Universitário João de Barros Barreto, queixando-se de aumento de volume na região de vestíbulo maxilar esquerdo, com dor à palpação, bem delimitado, endurecido à palpação, porém friável com tecido amolecido. Sob a hipótese diagnóstica de cisto sebáceo foi realizada a biopsia incisional. A análise do exame histopatológico revelou fragmento de mucosa revestido por epitélio pavimentoso estratificado paraqueratinizado com áreas de acantose, lâmina própria constituída por tecido conjuntivo frouxo composto por longos feixes de fibras colágenas produzidas por fibroblastos maduros que permeiam adipócitos maduros e vasos sanguíneos de variados tamanhos. Baseando-se nos achados clínicos e histopatológicos, o diagnostico de lipoma foi confirmado. O lipoma é uma lesão benigna, de prognóstico excelente, a excisão cirúrgica é o tratamento ideal e a ressecção completa deve ser enfatizada para evitar a recorrência.
Palavras-chave: Lipoma; Neoplasia; Neoplasia Benigna.
416316- ATÉ QUE PONTO A RELAÇÃO ENTRE MÉDICOS E CIRURGIÕES DENTISTAS AFETAM O TRATAMENTO DE SEUS PACIENTES? Georgeana Cristina Coelho Carneiro, Jamiris Rodrigues do Espírito Santo, Jackeane Cardoso Matias, Bianca Rafaela Miranda de Oliveira, Raissa Pinheiro de Mendonça Affonso
A estomatologia é fundamental para a prevenção e tratamento de pacientes com condições sistêmicas que afetam diretamente ou não a cavidade oral. A relação entre médicos e dentistas é fundamental para a evolução dos pacientes especialmente em casos mais complexos, sendo o trabalho multidisciplinar essencial para garantir eficácia desse atendimento. Este trabalho tem como objetivo relatar a abordagem de uma paciente com leucemia mielógena aguda (LMA) entre médico e dentista. Paciente do sexo feminino, 43 anos, com LMA, realizou sua última quimioterapia no dia 02/08. No dia 03/08 foi avaliada por equipe de estomatologia, apresentando nódulo endurecido e indolor em lábio inferior e relatou ter lesionado a região há cerca de um mês. Hipótese diagnóstica: mucocele/fibroma. No dia 08/08 essa lesão apresentava piora na região com infecção secundária, foi proposto terapia fotodinâmica, porém como estava em mielossupressão o médico proibiu qualquer intervenção odontológica. A percepção sobre a rivalidade de atendimento e a falta de comunicação entre médicos e dentista é um fator que afeta diretamente o trabalho multidisciplinar destacando que em muitos casos se tem dificuldade e cooperativismo de ambos devido a cultura de competição. Conselhos Federais de Medicina e Odontologia há tempos geram embates sobre procedimentos, onde muitas vezes se desvia do foco principal, a saúde e qualidade do atendimento para esses pacientes. A ausência de diálogo e protocolos precisos para a comunicação entre essas duas áreas resulta em um atendimento segmentado, onde atuam de forma isolada sem levar em consideração o impacto final para o paciente. Assim, é fundamental que entre essas duas áreas sejam promovidos treinamentos interdisciplinares com meta de melhor comunicação entre ambos, evitando conflitos e gerando um ambiente colaborativo e sem atingir negativamente o tratamento direto do seu paciente.
Palavras-chave: Odontologia; Médicos; Comunicação.
416119- LIPOMA EM CAVIDADE ORAL: UM RELATO DE CASO Gilvam Furtado Dias, Mayra Emanuele Magalhães Alves, Igor Mesquita Lameira, Lorrane Cruz de Castro, e Helder Antônio Rebelo Pontes
O lipoma é um tumor benigno de gordura, de patogênese desconhecida, estando na maioria das vezes ligado a fatores hereditários e a obesidade, sendo considerado a neoplasia mesenquimal mais comum. A mucosa jugal e o vestíbulo bucal são as localizações intra-orais mais frequentes, representando 50% de todos os casos. O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso de lipoma em cavidade oral em região de fundo de vestíbulo inferior do lado esquerdo. Paciente do sexo masculino, 69 anos, melanoderma, buscou atendimento no Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) apresentando como queixa principal aumento de volume indolor na região anterior de mandíbula no lado esquerdo com evolução de oito meses. No exame intra oral, foi observado lesão causando aumento de volume, de coloração normocorada, bem delimitada, indolor e não sangrante ao toque, tendo como hipótese diagnóstica o lipoma ou fibroma. A partir disso, foi realizada uma biópsia excisional e encaminhada para exame anatomopatológico, que apresentou na macroscópica quatro fragmentos de tecido mole de superfície irregular, formato irregular, de consistência amolecida, com coloração esbranquiçada, medindo 17x12x08mm. No exame histopatológico, observou-se feixes de fibras colágenas produzidas por fibroblastos maduros que permeavam adipócitos maduros, fechando, assim, o diagnóstico de lipoma. O paciente segue bem, respondendo de forma excelente a cirurgia. É imprescindível que o cirurgião-dentista conheça as inúmeras patologias que acometem a região oral e maxilofacial, contribuindo para a prevenção, quando possível, diagnóstico precoce e tratamento, além de contribuir para um prognóstico mais favorável.
Palavras-chave: Lipoma; Diagnóstico Clínico; Patologia.
416078- MIÍASE EM REBORDO ALVEOLAR MAXILAR EM PACIENTE COM DÉFICIT NEUROLÓGICO: RELATO DE CASO ENEIDA JULIANE TEIXEIRA BERNARDO RAMOS, LORENA MARIA DE SOUZA DA SILVA, DOUGLAS FABRÍCIO DA SILVA FARIAS, FRANCISCO ANTÔNIO DE JESUS COSTA SILVA, HÉLDER ANTONIO REBELO PONTES
A miíase é uma patologia rara que geralmente acomete indivíduos com higiene precária e alterações neuropsicológicas, ocorrendo predominantemente em países próximos aos trópicos. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de tratamento cirúrgico e medicamentoso de Miíase do rebordo alveolar maxilar. Paciente do sexo masculino, 45 anos, encaminhado ao ambulatório de Cirurgia Buco-maxilo-facial do Hospital Universitário João de Barros Barreto para avaliação de infecção parasitária em cavidade oral. Clinicamente apresentava odor fétido oral e infestação de larvas no rebordo maxilar anterior, onde foi diagnosticado com Miíase. Foi solicitado um exame de tomografia computadorizada para avaliação imaginológica da extensão da condição patológica, a qual se limitava à crista alveolar da maxila. Foi administrado o medicamento Ivermectina e o paciente foi submetido ao procedimento cirúrgico sob anestesia local para remoção mecânica das larvas e desbridamento do sítio afetado. O retalho em envelope se mostrou essencial para exposição adequada do sítio cirúrgico, seguido da extração dos elementos dentários com comprometimento local e alveoloplastia da região abordada. A antibioticoterapia com Amoxicilina foi mantida por uma semana e o paciente foi orientado sobre a manutenção da higiene oral. Atualmente o paciente encontra-se em acompanhamento pós-operatório de 03 meses, com cicatrização satisfatória, ausência de infecção e em retornos periódicos para manutenção da higiene oral. Conclui-se que o desbridamento e o suporte medicamentoso com Ivermectina evidentemente se mostram eficazes para este tipo de enfermidade. Todavia, defeitos maiores com perda de substância geralmente necessitam de reconstruções locais.
Palavras-chave: Miíase; Higiene Bucal; Larva
416037- ABORDAGEM TERAPÊUTICA PARA INFECÇÃO ODONTOGÊNICA AGRESSIVA: RELATO DE CASO ENEIDA JULIANE TEIXEIRA BERNARDO RAMOS, MARIA EDUARDA CARLOS CONCEIÇÃO, LORENA MARIA DE SOUZA DA SILVA, RAPHAEL HOLANDA SANTOS, VICTOR MATHEUS CHAVES ALBUQUERQUE
A infecção odontogênica é uma patologia que se origina nos tecidos periodontais e dentais tendo como fatores causais a cárie dentária, periodontite, trauma maxilofacial, entre outros. O objetivo desse trabalho é apresentar uma abordagem terapêutica para a resolução dessas infecções odontogênicas. Paciente do sexo feminino, 23 anos, compareceu ao serviço de cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial do Hospital Universitario João de Barros Barreto com dor intensa e aumento de volume em região submandibular esquerda. Foi realizada radiografia periapical, onde foi identificada uma lesão radiolúcida com limites mal definidos no periápice do elemento 37. A paciente apresentava trismo severo com abertura bucal de 6 milimetros impossibilitando a anestesia pterigomandibular levando o profissional a lançar mão da técnica Vazirani Akinosi. Ademais, com a técnica anestésica utilizada a paciente conseguiu mais 3 milimetros de abertura, assim, possibilitando a remoção do elemento, após isso, o alvéolo foi curetado e o procedimento seguiu-se com a incisão e drenagem do abscesso odontogênico extra-oral com instalação de dreno de Penrose, o qual foi removido após 03 dias. O esquema de antibióticoterapia foi iniciado com Metronidazol e Amoxicilina por 07 dias e marcado o retorno para acompanhamento. Após 07 dias do procedimento cirúrgico, a abertura bucal aumentou para 33 milimetros e o alvéolo dentário apresentou cicatrização satisfatória, com o quadro clínico favorável, o esquema antimicrobiano foi suspenso e paciente orientada a administrar analgésicos em caso de dor. Portanto, a abordagem terapêutica teve efeitos significativos na recuperação do paciente, tendo como benefícios o aumento significativo da abertura bucal, cicatrização do alvéolo sem intercorrências, alívio da dor e ausência de recidiva de reinfecções de origem odontogênica diante do esquema de antibióticoterapia.
Palavras-chave: Controle de Infecções; Infecções Bacterianas; Terapêutica.
415995- ERITEMA MULTIFORME CAUSADO POR INTOXICAÇÃO ACIDENTAL DE METOTREXATO: RELATO DE CASO JAMIRIS RODRIGUES DO ESPÍRITO SANTO; BIANCA RAFAELA MIRANDA DE OLIVEIRA; GEORGEANA CRISTINA COELHO CARNEIRO; JACKEANE CARDOSO MATIAS; RAISSA PINHEIRO DE MENDONÇA AFFONSO
O eritema multiforme (EM) é uma condição mucocutânea aguda, frequentemente associada a reações medicamentosas. Este relato tem como objetivo descrever um caso de EM causado por intoxicação acidental com metotrexato, uma medicação comumente utilizada no tratamento de artrite reumatoide, destacando a importância do acompanhamento odontológico em pacientes polimedicados. Paciente do sexo feminino, 71 anos, portadora de artrite reumatoide e em uso de metotrexato há 11 anos, ingeriu acidentalmente uma dose elevada do medicamento (8 comprimidos em vez de 1 semanal), ao confundi-lo com um suplemento vitamínico iniciado há 6 meses. A paciente apresentou úlceras dolorosas em mucosa jugal bilateral, mucosa labial superior e inferior, soalho bucal, orofaringe e vermelhão do lábio, sendo diagnosticada com EM após exame clínico e revisão do histórico medicamentoso. O tratamento incluiu laserterapia de baixa potência e Flogoral spray sabor cereja. Devido à dificuldade de higienização, foi prescrito Peroxidin, escova de dentes de cerdas extra macias, fita dental, limpador de língua e dentifrício sem lauril sulfato de sódio. Após duas sessões de laserterapia (Therapy EC DMC, 100 mW, 2 J, 20 segundos, técnica pontual), a paciente relatou melhora significativa dos sintomas e redução das lesões, conseguindo voltar a se alimentar corretamente. Realizou mais três sessões e foi encaminhada para profilaxia. O EM induzido por metotrexato é uma complicação rara, porém grave, em pacientes polimedicados, ressaltando a importância da orientação sobre o uso correto dos medicamentos para evitar possíveis complicações. No caso relatado, a terapia com laser de baixa potência demonstrou ser eficaz na redução da dor e na cicatrização das lesões.
Palavras-chaves: Eritema multiforme; Metotrexato; Úlceras Orais; Laserterapia.
415961- FIBROMA TRAUMÁTICO EM MUCOSA BUCAL: RELATO DE CASO E ABORDAGEM TERAPÊUTICA COM LASER DE BAIXA POTÊNCIA BIANCA RAFAELA MIRANDA DE OLIVEIRA, GEORGEANA CRISTINA COELHO CARNEIRO, JAMIRIS RODRIGUES DO ESPÍRITO SANTO, JACKEANE CARDOSO MATIAS e RAISSA PINHEIRO DE MENDONÇA AFFONSO
O fibroma traumático é a lesão benigna mais comum na cavidade oral, resultante de traumas repetitivos de baixa intensidade em uma área específica, o que causa irritação e crescimento lento e contínuo do tecido conjuntivo fibroso. Clinicamente, apresenta-se como uma nodulação de superfície lisa, assintomática e de coloração rosada, desde que não haja ulceração secundária. Este estudo relata um caso clínico de fibroma, destacando o papel do laser de baixa potência (LBP) no tratamento. Uma paciente do sexo feminino, 47 anos, procurou a clínica odontológica queixando-se de uma “bolinha” na bochecha com 9 meses de evolução. Ao exame clínico intraoral, observou-se uma lesão de coloração rósea na linha de oclusão da mucosa jugal esquerda, de consistência firme e formato nodular, sendo então levantada a hipótese diagnóstica de fibroma. Para promover analgesia pré-operatória, aplicou-se LBP (100 mW, luz infravermelha, 4 joules, Therapy EC – DMC) em 4 pontos ao redor da lesão. Em seguida, a biópsia excisional foi realizada e, após controle do sangramento ativo, com o objetivo de modular a inflamação, além de promover estímulo a cicatrização tecidual, aplicou-se LBP (100 mW, luz vermelha, 2 joules, Therapy EC – DMC) sobre a ferida cirúrgica. O fragmento foi armazenado em formol 10% e enviado para análise anatomopatológica. Foi prescrita dipirona 500 mg a cada 6 horas por 48 horas. A paciente foi orientada a retornar em 7 dias e evitar a ingestão de alimentos quentes nas primeiras 48 horas. No retorno, a paciente relatou um pós operatório satisfatório, sem necessidade de uso da medicação prescrita para dor. Ao exame clínico, constatou-se boa cicatrização, sem sinais de inflamação. O laudo histopatológico confirmou a hipótese diagnóstica inicial. Conclui-se que o uso terapêutico do LBP foi essencial para proporcionar ação analgésica e anti-inflamatória, além de promover a regeneração tecidual na área cirúrgica, resultando em um bom prognóstico para a paciente.
Palavras-chave: Fibroma; Terapia com Luz de Baixa Intensidade; Biópsia.
415889- CARCINOMA ESPINOCELULAR EM ASSOALHO DE BOCA: RELATO DE CASO Daniel Ermindo Silveira consul, Thábita Barges de Paula, Igor Mesquita Lameira, Anderson Maurício Paiva e Costa, Hélder Antônio Rabelo Pontes
O câncer de boca está entre as cinco neoplasias malignas mais prevalentes entre homens no Brasil. Entre os tumores malignos que acometem a cavidade oral nove em cada dez, tem como agente etiológico o carcinoma espinocelular (CEC). Sua prevalência é maior em homens leucodermas a partir da quarta década de vida. O Aparecimento do carcinoma Espinocelular está relacionado a fatores como o uso de tabaco associado ou não ao consumo de álcool, podendo também está associado a infecção pelo papiloma vírus humano (HPV). O tratamento desta lesão é multidisciplinar e multimodal e tem participação ativa do cirurgião-dentista em diversas etapas. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de carcinoma epidermóide. Paciente, sexo masculino com 71 anos, procurou o serviço odontológico em um centro de referência, com queixa de aumento de volume e lesão ulcerada de bordas elevadas e irregulares com áreas de necrose em região de assoalho bucal direito, com tempo de evolução de aproximadamente dois anos. O paciente relatou ser fumante e etilistas há 60 anos. Baseado nos sinais clínicos foi levantada a hipótese de carcinoma espinocelular, a hipótese foi confirmada após a realização de biópsia Incisional e laudo do exame anátomo histopatológico. O cirurgião dentista é um profissional extremamente importante, tanto para o diagnóstico do câncer de boca, quanto para os cuidados, pré, trans e pós-tratamento, podendo atenuar as sequelas e melhorar a sobrevida do paciente.
Palavras-chave: Carcinoma espinocelular, câncer de boca, Papiloma Vírus Humano, carcinoma de células escamosas.
416729- NEOPLASIAS MALIGNAS DE LÁBIO, CAVIDADE ORAL E FARINGE NO ESTADO DO PARÁ: ANÁLISE NOS ÚLTIMOS 10 ANOS. João Elias Silva da Silva, Micael Douglas de Souza Gomes, Anna Carolina Pinheiro Bentes, Erick Nelo Pedreira
Caracterizando-se pelo crescimento desordenado de células anormais, a neoplasia maligna de lábio, cavidade oral e faringe representa um grupo heterogêneo de tumores que afetam regiões críticas do sistema digestivo e respiratório, sendo responsáveis por significativas taxas de morbimortalidade vinculadas ao câncer no mundo. No Brasil, especificamente na Região Norte do país, ainda são escassos estudos que avaliem o perfil desses pacientes. Diante disso, o objetivo do presente estudo foi analisar o perfil dos casos de neoplasias malignas de lábio, cavidade oral e faringe no estado Pará entre os anos de 2013 e 2023. O presente estudo trata-se de um estudo descritivo, transversal e quantitativo a partir de dados secundários do Sistema de Informações Hospitalares do SUS fornecidos pelo DATASUS sobre neoplasias malignas de lábio, cavidade oral e faringe notificadas no estado do Pará entre janeiro de 2013 a dezembro de 2023. Foram analisadas as seguintes variáveis: macrorregião de saúde, sexo, faixa etária, caráter de atendimento e número de óbitos. No período analisado, foram notificados 2.235 casos de neoplasia maligna do lábio, cavidade oral e faringe no Pará, sendo as macrorregiões com maior número de casos a Macrorregião I, 83,40% (n= 1.864), e a Macrorregião III, 8,72% (n= 195). O perfil dos casos foi composto, predominantemente, por indivíduos do sexo masculino, 68,54% (n= 1.532), e faixa etária acima dos 50 anos, 69,70% (n= 1.558). Quanto ao caráter de atendimento, 78,93% (n= 1.764) foram de urgência. Além disso, foram registrados 430 óbitos no período. Portanto, nos últimos 10 anos, a incidência de neoplasia maligna do lábio, cavidade oral e faringe no Pará, se deu, sobretudo, na macrorregião de saúde I, sendo mais comum em homens acima de 50 anos de idade. Logo, conhecer o perfil dessa condição é de suma importância, uma vez que esses dados oferecem subsídios para o planejamento de estratégias eficazes de prevenção, detecção e tratamento precoce desta neoplasia.
Palavras-chave: Epidemiologia; Neoplasias malignas; Cavidade Oral; Faringe.
416921- A EFICÁCIA DO PROTOCOLO PENTOXIFILINA-TOCOFEROL CLODRONATO NO TRATAMENTO DE OSTEORRADIONECROSE: REVISÃO DE LITERATURA GABRIEL MEDEIROS TÁVORA , SAMILLE DE SOUSA QUEIROZ, LEONARDO ARAUJO CARDOSO, EMILLY JULIER COSTA DO NASCIMENTO , LETÍCIA MARÚCIA BARATA DA COSTA
As neoplasias malignas na região de cabeça e pescoço têm alta prevalência no Brasil (Chaves et al., 2021). A radioterapia, amplamente utilizada no tratamento, pode afetar células saudáveis, reduzindo o fluxo sanguíneo, dificultando a nutrição tecidual e impactando a atividade dos osteoblastos e a formação óssea (Coutinho et al., 2021). Pacientes que recebem doses acima de 60 Gy têm maior risco de complicações como mucosites, xerostomia, trismo e osteorradionecrose (Ribeiro et al., 2021). Dessa forma, a osteorradionecrose é caracterizada pela necrose óssea isquêmica, surgindo até três anos após a radioterapia, agravada por má higiene bucal e infecções. Seus sintomas incluem dor, fístulas e dificuldade para mastigar (Ribeiro et al., 2021). Este estudo visa analisar a eficácia do protocolo Pentoxifilina-Tocoferol-Clodronato no tratamento da osteorradionecrose (ORN), por meio de revisão de literatura, utilizando bases como Google Acadêmico, Scielo e Pubmed, com as palavras chaves “Osteorradionecrose”, “Pentoxifilina” e “Tocoferol”. Nesse sentido, A teoria fibroatrófica, de Delanian e Lefaix, atribui à necrose o efeito de espécies reativas de oxigênio (ROS) sobre fibroblastos e células endoteliais, levando à necrose microvascular (Arqueros-Lemus et al., 2023). Nos últimos anos, o protocolo PENTOCLO, combinação de pentoxifilina, tocoferol e clodronato, tem mostrado resultados promissores. A pentoxifilina melhora o fluxo sanguíneo e reduz inflamações (Arqueros-Lemus et al., 2023), enquanto o tocoferol atua como antioxidante, reduzindo a fibrose (Alves, 2021). O clodronato estimula a regeneração óssea (Lyons, 2017). Contudo, o protocolo PENTOCLO surge como uma abordagem promissora no tratamento da osteorradionecrose, com potencial para melhorar a perfusão tecidual e regenerar o osso. No entanto, a adesão prolongada ao tratamento é um desafio, e mais estudos são essenciais para confirmar sua aplicabilidade clínica global.
Palavras-chave: Osteorradionecrose; Pentoxifilina; Clodronato.
416883- IMUNOEXPRESSÃO DE KI-67 E CASPASE-3 EM AMELOBLASTOMA CONVENCIONAL: UMA REVISÃO DE LITERATURA Francisco Genardo Neto Almeida de Oliveira, Flávia Letícia Magalhães Lemos, Giordanna Pereira Chemelo, Maria Sueli da Silva Kataoka, João de Jesus Viana Pinheiro
A desregulação entre a apoptose e a proliferação celular está relacionada à progressão de várias neoplasias. Esse desequilíbrio possivelmente também está presente no Ameloblastoma convencional (AME), pois, embora benigno e de crescimento lento, é um tumor localmente agressivo e invasivo. Em vista disso, a avaliação da técnica de imuno histoquímica é uma ferramenta importante para identificar marcadores de prognóstico. Assim, foram identificadas na literatura evidências que mostram a diferença de marcação entre as células centrais e periféricas do AME para Ki-67 (marcador de proliferação), e Caspase-3 (marcador de apoptose). Para isso, foi realizado um levantamento bibliográfico nas bases de dados PubMed, SciELO, Periódicos CAPES e LILACS com os descritores “Ameloblastoma”, “Oral”, “Human”, “Caspase 3”, “Ki-67 antigen” totalizando 38 artigos publicados entre 2000 e 2024. Dessa forma, dos artigos inicialmente obtidos, apenas 13 cumpriram os critérios de inclusão. Após análise desses artigos, observou-se que os núcleos positivamente corados por Ki-67 estavam situados principalmente nas células basais periféricas, levantando a hipótese de que a morfologia complexa do subtipo do AME dificulta sua remoção completa, o que colabora para sua alta taxa de recorrência. Além disso, houve forte marcação de Caspase-3 no citoplasma de células próximas às áreas císticas das ilhas epiteliais, e marcação nuclear e citoplasmática em células selecionadas da camada basal. No parênquima tumoral, áreas de formação de cistos e áreas sólidas de ilhas epiteliais mostraram coloração quase exclusivamente citoplasmática para Caspase-3, evidenciando a capacidade apoptótica desse tumor. Por fim, verificou-se que a apoptose é inibida na proliferação de células tumorais no AME, além de estar intimamente associada ao processo frequente de metaplasia escamosa e transformação granular das células tumorais, colaborando para a progressão dessa neoplasia.
Palavras-chave: Ameloblastoma; Antígeno Ki-67; Caspase 3.
416811- A VIA DE SINALIZAÇÃO MAPK/ERK ATUA NA PROGRESSÃO DE TUMORES ODONTOGÊNICOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA Francisco Genardo Neto Almeida de Oliveira, Nathália Fernandes Silva, Giordanna Pereira Chemelo, Maria Sueli da Silva Kataoka e João de Jesus Viana Pinheiro
Muitas vias de sinalização são responsáveis pelo comportamento biológico de neoplasias como os tumores odontogênicos, sendo uma delas a via de sinalização da proteína quinase ativada por mitógeno regulada por sinal extracelular (MAPK/ERK). Essa via, fisiologicamente regula funções importantes e tem papel na odontogênese, porém distúrbios nas sinalizações podem levar à formação de tumores. As proteínas dessa via atuam na proliferação, diferenciação, migração celular e angiogênese, processos que são cruciais na tumorigênese. Então, o intuito do trabalho é avaliar a influência da via de sinalização MAPK/ERK no comportamento de tumores odontogênicos. Realizou-se a busca nas bases de dados PubMed, Scielo e Google Acadêmico, utilizando como descritores “tumores odontogênicos” e “MAPK-ERK”, em português e inglês. Os critérios para seleção dos artigos consistiram na delimitação de estudos dos últimos 6 anos, que investigassem a relação essa via MAPK/ERK com tumores odontogênicos, por meio de experimentos in vivo ou in vitro. Artigos que citavam tumores odontogênicos e os relacionavam a outras vias foram excluídos. Foram selecionadas 9 publicações que estavam de acordo com os critérios estabelecidos. A literatura aponta grande influência da via MAPK/ERK em tumores odontogênicos, principalmente no Ameloblastoma (AME) e Tumor Odontogênico Adenomatoide (TOA). A mutação dos genes BRAF V600E e KRAS foi predominante em AME e TOA, respectivamente, e eles interferem na via de sinalização MAPK/ERK, mediando comportamentos biológicos. Outros genes mutados, como ERK, MEK e EGRF, também foram citados nos estudos. Esses genes regulam a sobrevivência celular, a proliferação e causam a replicação celular descoordenada. Assim, a partir dos resultados encontrados, pode-se sugerir que a via MAPK/ERK influencia na progressão de tumores odontogênicos.
Palavras-chave: Ameloblastoma; Neoplasias; MAP-ERK Quinase.
416675- OS EFEITOS DOS TRATAMENTOS ONCOLÓGICOS DE CARCINOMA NASOFARÍNGEO NA SAÚDE BUCAL DOS PACIENTES Jhemeson Robert Farias Alves,Daphne Ramires Tavares Lopes,Samara Carrias Caldas,Sâmia Cordovil de Almeida
O carcinoma nasofaríngeo (CNF) é um tipo de câncer de cabeça e pescoço com alta prevalência em regiões endêmicas. Em 2020, foram registrados cerca de 133,354 casos no mundo. O tratamento depende do estágio da doença e pode incluir radioterapia (RT), quimioterapia, ambos ou ressecção cirúrgica. No entanto, os tratamentos apresentam efeitos adversos na saúde bucal, o que impacta na qualidade de vida e no prognóstico. O objetivo do trabalho é fazer uma revisão bibliográfica sobre como os tratamentos desse câncer impactam na saúde bucal dos pacientes durante e após a radioterapia e quimioterapia (QT). O presente trabalho é uma revisão bibliográfica com a busca nas bases de dados SciElo e PUBMED, onde foram encontrados 47 artigos, resultando na seleção de 19 artigos que estavam de acordo com os critérios de inclusão e 28 excluídos pois não apresentavam os critérios de inclusão. Um dos efeitos colaterais mais comuns é a mucosite oral, que afeta cerca de 80% dos pacientes que realizam a RT. Essa condição se caracteriza por lesões ulceradas que dificultam funções básicas como mastigação, deglutição e ingestão de alimentos, o que pode levar a outras complicações orais e sistêmicas. Além disso, a RT pode causar hipossalivação, devido à atrofia das glândulas salivares, o que aumenta o risco de infecções bucais oportunistas e lesões de cárie. A QT também contribui negativamente na saúde bucal, resultando em infecções oportunistas, como a candidíase oral, alteração no paladar, cáries e hipossalivação. Essas infecções são exacerbadas pelo uso de antibióticos e corticosteroides, comuns no tratamento do CNF. Conclui-se que os tratamentos para CNF apesar de eficazes, apresentam graves efeitos colaterais na cavidade oral, enfatizando a necessidade de um manejo multidisciplinar, que inclui o cirurgião-dentista, para amenizar esses danos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Palavras-chave: Carcinoma Nasofaringeo; Saúde Bucal; Quimioterapia; Radioterapia.
416657- A UTILIZAÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL EM LESÕES E CONDIÇÕES PRÉ CANCERIZÁVEIS DA MUCOSA BUCAL Cauã Almeida Carneiro, Raíssa Baía Valente, Breno Ênrique Teixeira Reis e Erick Nelo Pedreira
As lesões orais potencialmente malignas são lesões precursoras que podem evoluir para o câncer oral, tornando o diagnóstico precoce essencial visando um melhor prognóstico. A inteligência artificial (IA) tem sido estudada e analisada como uma possível ferramenta de suporte no diagnóstico precoce dessas lesões. Este trabalho tem como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre o uso da inteligência artificial no auxílio do diagnóstico de lesões potencialmente malignas da mucosa bucal; buscando avaliar o desempenho da IA em comparação com métodos tradicionais, destacando o potencial impacto dessa tecnologia no manejo clínico dessas lesões. Foi realizado um levantamento bibliográfico de artigos científicos com data de publicação nos últimos 5 anos, em língua portuguesa e inglesa, indexados nas seguintes bases: PUBMED, Scientific Electronic Library (SciELO) e Google Acadêmico, interligando palavras-chave utilizando ferramentas dos próprios sites, afim de refinar as buscas. A maioria dos métodos baseados em IA analisados nesta revisão mostrou resultados promissores no auxílio ao diagnóstico das lesões orais potencialmente malignas. No entanto, juntamente com esses resultados, foram identificados casos de falso positivo e falso negativo, o que evidencia que o método não é completamente eficaz para o diagnóstico dessas lesões. Conclui-se, portanto, que a inteligência artificial demonstrou ser uma ferramenta viável e com potencial para melhorar o prognóstico por meio da detecção precoce das lesões bucais. No entanto, são necessários estudos mais específicos para o rastreamento de lesões orais potencialmente malignas, para que essas inovações possam ser plenamente compreendidas e aplicadas na prática clínica.
Palavras-chave: Odontologia; Inteligência Artificial; Lesões Pré-Cancerosas.
416216- DOENÇAS AUTOIMUNES E SUAS MANIFESTAÇÕES ORAIS - REVISÃO DE LITERATURA Camilly Victória Barbosa Borges, Flávio Eduardo Paiva Camargo e Michel Wagner de Souza Matos
O sistema imunológico tem a função de produzir anticorpos que protegem o organismo contra antígenos. No entanto, nas doenças autoimunes (DAI), esse sistema passa a atacar equivocadamente as células, tecidos e órgãos da pessoa afetada, provocando assim, manifestações por todo o corpo, incluindo a cavidade oral. O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), Pênfigo Vulgar (PV) e o Líquen Plano Oral (LPO), são as DAI mais comuns com manifestações orais primárias, podendo surgir inicialmente em forma de erosões, úlceras ou vesículas, acompanhado de dor e desconforto. Este estudo visa, por meio de uma revisão de literatura, apresentar as manifestações orais presentes nas DAI. As fontes de pesquisas utilizadas foram as bases de dados PubMed, Google Acadêmico e SciELO. Foram selecionados artigos publicados entre 2021 e 2024, com conteúdo relacionado ao tema proposto. A literatura mostra que as DAI geralmente se manifestam, na cavidade bucal, primordialmente em mucosa, entretanto, a sua etiologia ainda não é completamente compreendida. Acredita-se que fatores ambientais, genéticos, microbianos e até mesmo psicológicos, podem estar ligados ao desencadeamento das doenças. A literatura descreve que, além das lesões erosivas, vesículas e úlceras, a doença periodontal, gengivite, cárie, xerostomia e alteração no paladar também são manifestações presentes em pacientes com DAI, devido à quebra da homeostase na microbiota oral. Em suma, o presente estudo mostrou que as manifestações primárias do LES, PV e LPO se dão em cavidade oral, onde sua etiologia ainda não é confirmada, mas fatores internos e externos podem desencadear as patologias. Dado isso, fica nítido que o papel do cirurgião-dentista é de extrema importância, uma vez que ele pode ser responsável por identificar a presença da DAI e tratar suas manifestações bucais.
Palavras-chave: Doenças Autoimunes; Manifestações Orais; Sistema Imunológico.
416307- RADIOTERAPIA EM REGIÃO DE CABEÇA E PESCOÇO: UMA REVISÃO DE LITERATURA DAS PRINCIPAIS REPERCUSSÕES NA CAVIDADE ORAL. Rayane Andresa Carvalho Batista, Kauane Cristine de Oliveira Costa, Rayssa Izabelly Souza Moraes do Couto, Bárbara Lethycia Gomes Lima e Daniel Cavallero Colares Uchoa
A radioterapia é um tratamento de energia ionizante eletromagnética muito utilizada na intervenção de neoplasias malignas impedindo sua replicação, entretanto não é um tratamento seletivo, atuando sobre as células saudáveis também, o que provoca toxicidade ao organismo e repercussões na região craniofacial. O objetivo dessa revisão de literatura é observar os efeitos deletérios da radioterapia na área de cabeça e pescoço. Para a realização dessa revisão utilizou-se artigos científicos que abordavam o tema da base de dados do SciELO, PubMed e Google acadêmico, por intermédio dos seguintes descritores: radioterapia, osteorradionecrose e neoplasias de cabeça e pescoço. Foram selecionados cinco artigos científicos entre os anos de 2019 e 2023. Excluímos um total de três artigos com tempo de publicação científica superior a 5 anos. Para a seleção dos artigos foram incluídos relatos de caso e revisões sistemáticas. A radioterapia, apesar dos benefícios no tratamento da neoplasia maligna, pode causar efeitos adversos que variam conforme o nível de exposição à radiação, a idade, o local afetado e o estado geral de saúde do paciente. Esses efeitos podem surgir tanto durante o tratamento quanto após sua conclusão, isso ocorre porque a radiação age diretamente no DNA das células impelindo suas funções normais, diminui a produção de saliva pelas glândulas salivares, gera atrofia, afeta a mucosa oral e debilita a função imunológica, além de todos os efeitos psicossomáticos dessa condição. Sendo assim, as principais repercussões na cavidade oral do tratamento radioterápico são a xerostomia, mucosite, hipogeusia e disgeusia, cárie de radiação, osteorradionecrose, infecções oportunistas, trismo e doença periodontal. Dessa forma, é essencial que os profissionais de odontologia conheçam as principais repercussões do tratamento radioterápico na cavidade oral, a fim de preveni-las, proporcionando um melhor tratamento e maior bem estar ao paciente.
Palavras-chave: Radioterapia; Osteorradionecrose; Neoplasias de cabeça e pescoço.
412619- LESÕES ORAIS EM PACIENTES COM HIV: REVISÃO DE LITERATURA. Renan Matheus Farias dos Santos, Amanda Emanuelly Martins Lopes, Jakson Antonio Ipiranga Machado, João Artur Pereira Paixão, Flávia Sirotheau Corrêa Pontes
A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e a sua possível evolução para a síndrome da imunodeficiência adquirida provoca uma série de alterações clínicas devido ao enfraquecimento do sistema imunológico. As lesões bucais são frequentes em pacientes infectados pelo HIV, sendo consideradas a primeira representação da doença. Esse estudo objetivou revisar a literatura sobre as principais lesões orais em pacientes com HIV. Realizou-se uma revisão literária de artigos publicados entre 2021 e 2024, utilizando as bases de dados BVS, PUBMED, SCIELO e Portal Capes com os descritores Manifestações Bucais, HIV e Odontólogos. Após análise detalhada de 4 artigos, constatou-se que as lesões bucais são comuns em indivíduos infectados pelo HIV, devido a capacidade do vírus em se ligar ao componente CD4 da membrana celular de linfócitos T e utilizar o metabolismo celular para se replicar, gerando, assim, um enfraquecimento do sistema imunológico e facilitando o desenvolvimento de doenças oportunistas no hospedeiro. Nesse sentido, as lesões mais incidentes em pacientes infectados pelo HIV são a candidíase, a leucoplasia pilosa, o Sarcoma de Kaposi, as doenças periodontais, a queilite angular e a gengivite ulcerativa. Ao fim desse estudo, foi possível concluir que apesar de existirem tratamentos antirretrovirais para HIV, que melhoram a qualidade de vida desses indivíduos, ainda há uma alta suscetibilidade desses às lesões bucais. Assim, é fundamental a atuação do cirurgião dentista para identificação dessas alterações que, quando diagnosticadas precocemente, podem gerar uma melhoria na qualidade de vida dos indivíduos afetados.
Palavras-chave: Manifestações Bucais; HIV; Odontólogos.
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