Resumos Apresentados II COUFPA - Odontologia Hospitalar

416653- O PAPEL DA ODONTOLOGIA NA PREVENÇÃO DA PNEUMONIA ASSOCIADA A VENTILAÇÃO MECÂNICA (PAVM) EM PACIENTES INTERNADOS NA UTI Gabriel Martins Lima, Rebeca Barbosa Lopes, Amanda Dionísia Sousa Araújo, Nalanda Christine Martins Ramos e Daniel Cavallero Colares Uchoa

A pneumonia associada a ventilação mecânica (PAVM) é uma das principais infecções nosocomiais associadas a pacientes internados em unidades de terapia intensiva, causada por bactérias que colonizam as superfícies orotraqueais. Dessa forma, este trabalho objetiva caracterizar os principais métodos de prevenção dessa patologia em pacientes internados em UTI. A metodologia baseia-se em uma revisão de literatura nas bases de dados: Pubmed e SciElo nos anos de 2019 a 2024, encontrando 89 artigos, 85 foram excluidos e 4 foram selecionados. A higiene inadequada propicia a formação de colônias bacterianas que tem origem tanto pelo acúmulo de biofilme em estruturas orais quanto pela aspiração de patógenos advindos de estruturas infectadas de áreas próximas à região orofaríngea e é a segunda maior causa de infecção hospitalar, responsável pela mortalidade de 20% a 50% em pacientes entubados e ventilados mecanicamente. A higienização dos tecidos orais e do tubo respiratório mostra-se a melhor forma de prevenção e deverá ser feita sempre que necessário com soluções de bochecho/colutório, géis, raspador, escova dentária, de forma isolada ou combinada com a aspiração de secreções, além da limpeza da língua e aplicação de solução de digluconato de clorexidina 0,12% por toda mucosa oral, esta solução é a mais utilizada, sendo eficaz para o controle de placa bacteriana e tendo efeito bacteriostático por até 12 horas após sua aplicação, sendo absorvida pelas paredes dos tecidos orais. Tais medidas, mostraram-se promissoras no propósito de reduzir o risco de adquirir a PAVM, diminuindo o tempo de internação dos pacientes. Fica evidente que, ao garantir uma higiene bucal adequada e um tratamento precoce, os riscos de desenvolvimento da PAVM são significativamente reduzidos. Dessa forma, o dentista exerce um papel fundamental na equipe multidisciplinar de cuidados intensivos, contribuindo para melhores desfechos clínicos e promovendo uma recuperação mais rápida dos pacientes internados. 

Palavras-chave: Odontologia; Unidades de Terapia Intensiva; Pacientes Internados; Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica.

416195- A ATUAÇÃO DO CIRURGIÃO DENTISTA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA Jamille da Penha Rodrigues, Ana Eliza Gomes Veras, Beatriz Reis Santana, Laura Jhanne Serrão de Freitas, Letícia Marúcia Barata da Costa

O paciente que se encontra na unidade de terapia intensiva tem mais de chances de complicações visto seu sistema imunológico deficitário. Em pacientes sem a devida higiene bucal, a cavidade oral se torna habitat de microrganismos patogênicos, os quais causam diversos tipos de infecções. A presença do cirurgião-dentista evita a evolução de doenças sistêmicas atuando na redução do biofilme bacteriano oral. O objetivo do presente trabalho é evidenciar a importância do cirurgião-dentista na unidade de terapia intensiva para a prevenção de doenças. Trata-se de uma revisão de literatura fundamentada em artigos das bases de dados Google Acadêmico, Lilacs e Scielo. Como critério de inclusão foram selecionados artigos publicados entre os anos de 2018 a 2024 e relevantes ao tema. A atuação do cirurgião dentista no hospital é justificada pela influência da saúde bucal na saúde sistêmica do paciente. Na unidade de terapia intensiva será necessário o acompanhamento diário para evitar a proliferação de patógenos e complicações provenientes da imobilidade e da xerostomia, visto a presença dos tubos endotraqueais comprometendo a produção de saliva. Com esta condição, o acúmulo de biofilme oral e proliferação bacteriana aumenta o risco de infecções respiratórias como pneumonia associada a ventilação mecânica, sendo necessário o trabalho de prevenção realizado pelo cirurgião dentista garantindo a higiene oral e remoção de biofilmes. Para a prevenção e tratamento podem ser utilizados agentes químicos como soluções antimicrobianas, antifúngicas e substitutos salivares. Além de agentes físicos como a laserterapia de baixa potência e agentes físico-químicos como a terapia fotodinâmica antimicrobiana. Conclui-se que a higiene e saúde bucal tem grande relevância no ambiente hospitalar, tornando a odontologia hospitalar fundamental na prevenção e tratamento de doenças bucais que influenciam na condição sistêmica do paciente. 

Palavras-chave: Higiene Bucal; Unidades de Terapia Intensiva; Unidade Hospitalar de Odontologia. 

415529- PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE BUCAL EM PACIENTES ONCOLÓGICOS SUBMETIDOS À QUIMIOTERAPIA E RADIOTERAPIA Milena Silva de Oliveira, Regina Angélica de Araújo Tavares Silva

O presente trabalho resulta de uma revisão de literatura voltada para apresentar estratégias de prevenção de saúde bucal em pacientes oncológicos submetidos ao tratamento de quimioterapia e radioterapia. O corpus da pesquisa é composto por artigos científicos disponibilizados nas bases de dados Scielo e Google Acadêmico, sob as quais foram identificados diversos estudos que podem corroborar em potencial impacto na saúde desses pacientes. Os achados indicam que a elevada incidência de câncer é um problema mundial de saúde pública (Santos et al., 2023). Pacientes oncológicos necessitam de atenção odontológica antes, durante e após o tratamento, visto que, a boca é a fonte mais comum de sepse em imunossuprimidos. Dentre os métodos terapêuticos para o tratamento do câncer estão: cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou associação entre elas, podendo resultar em agravos como mucosite, infecções, disgeusia, xerostomia, doença periodontal, cárie de radiação, osteorradionecrose, candidíase e trismo (Allen et al., 2010). A quimioterapia, por exemplo, tem como consequência a imunossupressão do indivíduo, causando manifestações orais em 40% dos pacientes. Isso se deve ao fato de que pacientes com higiene bucal deficiente e/ou problemas dentários e periodontais pré-existentes correm maior risco de sofrer infecções graves nas cavidades orais durante períodos de mielossupressão induzida por quimioterapia (Peterson et al., 2010). Dada a importância do atendimento odontológico contínuo a esses pacientes, Carvalho et al. (2023) consideram esse serviço indispensável para a prevenção de infecções e complicações orais em pacientes oncológicos, ajudando lhes a mitigar eventuais desconfortos, além de promover o bem-estar geral e mental dessas pessoas. A pesquisa se mostrou necessária para auxiliar na promoção da saúde bucal em pacientes adultos com câncer e contribuir com a comunidade científica; podendo ainda, colaborar com a elaboração de políticas públicas voltadas a esse público. 

Palavras-chave: Saúde Bucal; Oncologia; Radioterapia; Manifestações Bucais; Políticas Públicas.

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