Resumos Apresentados II COUFPA - Odontopediatria

416894- TRATAMENTO ORTOPÉDICO E ORTODÔNTICO COM PLACA PALATINA DE MEMÓRIA EM PACIENTE COM SÍNDROME DE DOWN: RELATO DE CASO Raissa Baia Valente, Cauã Almeida Carneiro Sissy Maria dos Anjos Mendes, Suelly Maria Mendes Ribeiro

Os bebês que apresentam a Síndrome de Down (SD) possuem, em geral, hipotonia da musculatura, língua flácida e protruída e selamento labial insuficiente. A Placa Palatina de Memória (PPM), proposta por Castillo Morales, possui estimuladores para língua e lábios que induzem o vedamento labial e a manutenção da língua dentro da boca levando a uma melhora da musculatura orofacial da criança e o desenvolvimento da respiração nasal, e deve ser usada no primeiro ano de vida, período de maior desenvolvimento do Sistema Nervoso Central e da boca. O despreparo e falta de informação dos Cirurgiões Dentistas dificulta que pacientes com SD consigam receber tratamentos. O objetivo do presente trabalho é apresentar um relato de caso envolvendo o tratamento de disfunções orofaciais em uma criança com Síndrome de Down, através de terapia de estimulação precoce e uso de PPM, descrevendo a sua confecção e prescrição de utilização. Paciente gênero masculino, 5 meses de idade, encaminhado pela fonoaudióloga para terapia com a Placa Palatina de Memória. Foi realizada a moldagem com silicona para confecção da moldeira individual e após a nova moldagem para confecção e instalação da Placa Palatina de Memória. Com prescrição para uso 2 vezes ao dia pelo período de 15 minutos, ou 30 minutos sem interrupção 1 vez ao dia. Paciente encontra-se em acompanhamento, realizando terapia que já está com duração superior a 22 meses. O planejamento terapêutico teve como propósito a aprendizagem motora, postura e movimento, fisiologia sensorial e também atividades de sucção, deglutição e mastigação. Conclui-se que a Placa Palatina de Memória se apresentou como um recurso eficiente no estímulo da musculatura perioral e da correta posição da língua, sendo de suma importância na terapia de motricidade oral dos pacientes com Síndrome de Down, permitindo que estimulo adequado de crescimento e desenvolvimento crânio facial, prevenindo a instalação ou agravamento de má oclusão. 

Palavras-chave: Síndrome de Down; Terapia Miofuncional; Odontopediatria; Ortodontia preventiva. 

392865- SAÚDE COLETIVA: CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DO FLÚOR PARA A SAÚDE BUCAL DAS CRIANÇAS EM COMUNIDADES RIBEIRINHAS Beatriz Cardoso de Souza Reis, Mayra Leal Pimenta, Luana Jucá Figueira, Rayffe Gabriel Silva de Souza, Camile Lopes

O Projeto Sorena, projeto vinculado à Pró-Reitoria de Extensão da UFPA, atua toda semana no Projeto Social Unidade Sorena utilizando atividades lúdicas (como vídeos, dinâmicas em equipe e prática de escovação) para ensinar às crianças principalmente sobre a saúde da cavidade bucal. Apesar do público aparentar estar absorvendo bem os temas, dúvidas surgiram acerca do efeito da abordagem utilizada. Por isso, avaliar se os alunos estão tendo uma performance positiva em casa, usando os conhecimentos obtidos, se tornou uma prioridade. Portanto, foi elaborado um questionário objetivo com seis perguntas e um termo de consentimento livre e esclarecido. Foram feitas e entregues 60 cópias do questionário para os responsáveis dos alunos responderem e entregarem na semana seguinte. No entanto, apenas 31 cópias retornaram. Então, esse foi o número trabalhado na pesquisa. Após análise dos resultados, observou-se que: 27 responsáveis notaram as crianças mais autônomas na escovação desde o primeiro contato com o Projeto Sorena; aproximadamente 90% dos alunos estão mais preocupados com a higiene e saúde da boca; quase 84% dos filhos usam as técnicas de escovação infantis (vassourinha, trenzinho e bolinha); uma margem de 97% das crianças escovam a língua, entretanto, 23 crianças não usam fio dental, e essa deficiência é preocupante. Contudo, deve-se levar em consideração a baixa condição financeira da família de muitos alunos, questão que já é de conhecimento dos atuantes do Projeto Sorena. Além disso, aproximadamente 90% dos pais consideram efetiva a metodologia usada pelo projeto. Diante disso, os resultados são considerados satisfatórios, pois revelaram o impacto positivo dos exercícios lúdicos na saúde bucal da maioria das crianças, tendo o questionário, em média, 79% de respostas consideradas boas. Fora isso, mostrou que o programa terá que articular formas de incluir o fio dental na higienização oral das crianças fora dos muros da escola. 

Palavras-chave: Odontopediatria; Atividades Lúdicas; Estatísticas; Estudo de Avaliação; Saúde Bucal. 

410874- AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES LÚDICAS UTILIZADAS NO ENSINO DE SAÚDE ORAL PARA AS CRIANÇAS DO PROJETO SOCIAL UNIDADE SORENA Alberto de Santana Lima, Camylle Ferreira Gaspar, Isadora Maia Cruz da Costa, Leonardo Silva do Nascimento, Lucidia Fonseca Santiago

Os projetos de extensão têm como objetivo levar os ensinamentos da graduação para a população. Dessa forma, o projeto apresentado teve como fim levar informações sobre os benefícios do flúor para a saúde oral da comunidade ribeirinha, e principalmente para as crianças. Realizado na Comunidade Barracão da Canaã, localizado na Ilha das onças, restrito a cidade (Belém-Barcarena) no dia 18 de maio, com o intuito que as crianças adotem hábitos saudáveis de higiene oral desde a infância, para crescerem saudáveis. Os materiais e métodos utilizados foram: Sessão de Sensibilização com a personagem fada do dente contando histórias. Palestras didáticas sobre o uso do flúor e a cárie. Demonstração de técnicas ideais de escovação dentária utilizando modelos educativos, como os materiais lúdicos: boca, escova de dente, creme dental. Discussão sobre Alimentos benéficos e prejudiciais à saúde bucal, enfatizando a relação entre alimentação e saúde dos dentes. Atividade didática que contou com dois modelos de dentes, um ruim com alimentos não saudáveis e um dente bom com alimentos saudáveis. Oficina de Escovação: Realização de práticas de escovação supervisionadas pelos estudantes de odontologia, oferecendo orientações individuais aos alunos. Distribuição de Brindes: Entrega de kits de higiene bucal contendo escova de dentes, dentifrício e fio dental, e entrega de cartilha com orientação sobre o uso do flúor, escovação adequada e hábitos saudáveis para os adultos responsáveis. Ao fim da aplicação do projeto, foi perceptível que conseguimos alcançar e incentivar as crianças a terem hábitos mais saudáveis de higiene bucal, e obtivemos um Feedback positivo dos pais participantes sobre a relevância e eficácia do projeto na comunidade. Infelizmente não pudemos resolver o entrave da falta de flúor na água, que é retirada do rio e fervida para uso geral, entretanto não há dúvidas de que haverá uma maior conscientização e diminuição da incidência de cárie após a implementação do projeto. 

Palavras-chave: Odontologia; Crianças; Saúde Bucal. 

416875- INTERVENÇÃO PRECOCE DA CLASSE III COM USO DE DISJUNÇÃO PALATINA RÁPIDA E TRAÇÃO REVERSA DA MAXILA: RELATO DE CASO. Raissa Baia Valente , Sissy Maria dos Anjos Mendes, Suelly Maria Mendes Ribeiro

A especialidade da Ortodontia e da Ortopedia Facial dos Maxilares caminha em harmonia com a odontopediatria para alcançar precocemente metas como a eficiência e a longevidade da face humana, do aparelho mastigatório, da oclusão dinâmica dos dentes, da estética, da função, do crescimento e do bem-estar do indivíduo. O princípio importante a ser respeitado é o diagnóstico detalhado de cada caso através de documentação criteriosa avaliando ainda métodos de tratamento embasado na experiência clínica. O tratamento precoce de más oclusões tem avançado significativamente, e em virtude desta tendência, o presente trabalho objetiva relatar um caso clínico mostrando uma abordagem terapêutica pra a correção precoce da maloclusão de classe III, utilizando um planejamento preciso. Paciente infantil do sexo feminino, 5 anos e 6 meses de idade, compareceu a clínica odontológica apresentando na análise facial perfil côncavo e, ao exame intraoral, mordida cruzada anterior e unilateral, dentição mista. Optou-se pela expansão rápida da maxila com aparelho Haas, em combinação com uso de aparelho de tração extrabucal reversa (máscara facial de Petit), mostrando um resultado positivo após apenas 4 meses de intervenção. Conclui-se que a atuação em casos de maloclusão classe III deve ser o mais cedo possível para que favoreça a auto estima da criança e o crescimento crânio facial, permitindo uma melhor estabilidade do caso e podendo evitar a intervenção cirúrgica posterior. 

Palavras-chave: Má Oclusão; Odontopediatria, Expansão Maxilar.

416628- FACETA UTILIZANDO A TÉCNICA DA MÃO LIVRE EM PACIENTE ODONTOPEDIÁTRICO Mayra Emanuele Magalhães Alves, Maria Eugênia Figueredo Santos, Raquel Rodrigues Bastos, Wellany Borges dos Santos e Paulo Bisi dos Santos Junior

As facetas dentárias pela técnica à mão livre permitem uma abordagem personalizada e minimamente invasiva para o tratamento de problemas estéticos e funcionais em odontopediatria. Este trabalho apresenta um relato de caso clínico realizado na clínica infantil da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Pará (UFPA). Paciente J. P. P. V., 5 anos, sexo masculino, compareceu acompanhado da responsável, à Clínica  Odontológica Infantil da Faculdade de Odontologia da UFPA, com a queixa de bullying na escola e baixa autoestima devido aos “dentes escuros e quebrados”. Para determinar a conduta do caso foi realizada uma anamnese minuciosa, exame físico e exames de imagens complementares para o caso. A escovação da criança era precária, realizada pelo próprio paciente e sem acompanhamento de um adulto e sem hábito de utilizar fio dental. Ao exame intra-oral foi identificada presença de lesões nos elementos 52 e 62, causadas pela doença cárie, com as demais estruturas dentárias hígidas. Após avaliação optou-se por realizar a reabilitação micro funcional do paciente, devolvendo aos dentes afetados pela cárie, anatomia e funcionalidade através de técnica adesiva direta com resina composta, realizada a mão livre. Foi feita a seleção da resina, após profilaxia prévia, e optou-se por utilizar a resina opaca Aura. Após isso, o condicionamento com ácido fosfórico a 37% durante 30 segundos, lavagem abundante com água e em seguida o isolamento relativo para aplicação do adesivo (Ambar Vittra) e posterior fotopolimerização. Foi realizada a inserção da resina composta e escultura da anatomia dental e fotopolimerização, na sessão seguinte foi executado o acabamento e polimento final da restauração com a sequência de discos de lixa Sof-lex e borrachas para polimento de resina. Os procedimentos permitiram que o resultado estético e funcional fosse alcançado de modo harmônico devolvendo autoestima ao paciente, o que pôde ser percebido ao término da última consulta. 

Palavras-chave: Odontopediatria; Dentística Operatória; Estética; Resinas Compostas

416441- TRANSIÇÃO DO MANTENEDOR DE ESPAÇO ALÇA COLADA PARA BANDA ALÇA: RELATO DE CASO Hozana Adrya da Silva Teixeira, Juliana Garcia Alves , Evellyn de Cássia Martins Rodrigues, Flávia Garcia de Aquino, e Suelly Maria Mendes Ribeiro

A transição da dentição decídua para a dentição permanente deve ocorrer de maneira saudável e ordenada para garantir o correto desenvolvimento da oclusão. A perda precoce de um dente é detectada por meio de exame radiográfico, quando se observa que o sucessor permanente ainda não atingiu o estágio seis de Nolla, ou seja, quando a coroa está completamente formada e a formação radicular já começou, ou se o dente decíduo é perdido um ano antes da sua esfoliação natural. O objetivo deste trabalho é relatar a confecção e troca da alça colada para banda alça na maxila posterior de um paciente pediátrico. Paciente de 7 anos de idade, sem alterações sistêmicas, compareceu a Clínica Odontológica do Instituto Odontológico das Américas (IOA) Belém com queixa de dor. No exame clínico paciente apresentou abscesso no elemento 54. Dessa maneira, o tratamento proposto foi a exodontia do elemento 54 e colagem da alça colada nos elementos 55 e 53, até a erupção total do elemento 55 para colagem da banda alça. Realizou-se a remoção da alça, seleção do anel ortodôntico e a moldagem com alginato da arcada superior. Após isso, foi feito a fixação do anel no molde com cera e vazado com gesso em seguida. Assim, foi confeccionado uma nova alça com fio ortodôntico 0.8 e soldado com solda de prata no modelo de gesso. Após a soldagem, com o auxílio do kit de polimento, efetuou-se o acabamento e cimentação com ionômero de vidro (CIV). Concluímos que a alça colada em casos de elementos parcialmente erupcionados tem resultados satisfatórios até a instalação da banda alça. 

Palavras-chave: Perda de Dente; Dente Decíduo; Odontopediatria; Mantenedor de Espaço em Ortodontia.

416439- AFERIÇÃO DE PRESSÃO ARTERIAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES PELO ODONTOPEDIATRA: UM RELATO DE CASO Ana Rita Martins Lima, Carla do Socorro Jatahy Brazão, Jorge Sá Elias Nogueira, Samuel de Carvalho Chaves Júnior e Ivam Freire da Silva Júnior

Uma vez que a prevalência de Hipertensão Arterial (HA) em crianças e adolescentes vem demonstrando um crescimento significativo, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a aferição de Pressão Arterial (PA) de todas as crianças acima de 3 anos na consulta inicial. O objetivo deste trabalho é o relato de caso de aferição de PA de um paciente infantil, com ênfase nas indicações, técnica e interpretação da PA. Criança do sexo masculino, 10 anos de idade, com sobrepeso e sedentário, procurou o IOA Belém para tratamento odontológico. Foi realizada a aferição utilizando aparelho oscilométrico de braço e braçadeira média, de acordo com o tamanho do paciente. Os resultados obtidos resultaram em 108 sistólica e 66 diastólica e posteriormente foi aplicado esses dados de acordo com o Indice z-escore que utiliza o percentil de altura e tabelas para crianças nas curvas de crescimento. Como os valores da PA na idade pediátrica aumentam com a idade e o crescimento corporal, tornando impossível definir um valor ideal como ocorre com os adultos, os valores obtidos são classificados em função do P de estatura, idade e sexo e para a interpretação da PA em crianças, sendo assim, recomenda-se que o processo se inicie pela aplicação da tabela de valores de pressão arterial. Caso a sistólica e/ou diastólica seja igual ou maior que o valor da tabela, a interpretação deverá ser confirmada através da aplicação da tabela de percentis de pressão arterial sistêmica para meninos e meninas por idade e percentis de estatura, o qual foi o caso do paciente. Ao analisar esta segunda tabela, o paciente foi classificado como normotenso. Concluímos que todo paciente deve ter sua PA aferida na consulta inicial, a técnica de aferição deve seguir rigorosamente a orientação das diretrizes e interpretada de acordo com as tabelas de estatura, idade e sexo. 

Palavras-chave: Hipertensão; Pressão Arterial; Odontopediatria; Sinais Vitais.

416418- ALÇA COLADA UMA OPÇÃO DE MANTENEDOR DE ESPAÇO IMEDIATO PARA PERDA PRECOCE DE DENTE DECÍDUO: RELATO DE CASO. Juliana Garcia Alves, Evellyn de Cássia Martins Rodrigues, Flávia Garcia de Aquino, Hozana Adrya da Silva Teixeira, Suelly Maria Mendes Ribeiro

A perda precoce dos dentes decíduos frequentemente está associada à doença cárie e pode ter como consequência a migração dos dentes adjacentes, extrusão do antagonista, diminuição do perímetro do arco e, por conseguinte, apinhamento na dentadura permanente. Desse modo, a ortodontia preventiva pode intervir, com o uso de mantenedores de espaço para evitar que tais eventos aconteçam e possibilitar o posicionamento correto dos dentes permanentes. O presente trabalho tem por objetivo relatar o uso da alça colada como mantenedor de espaço imediato na perda precoce do dente 54. Paciente, 7 anos de idade, com queixa de dor no dente 54; após o exame clínico e radiográfico foi constatada a presença de abscesso neste elemento. Devido ao grau de comprometimento, foi indicada a instalação da alça colada, mantenedor de espaço imediato, e a exodontia. A alça colada foi escolhida pois o dente 55 ainda não estava completamente erupcionado e foi confeccionada com fio 0.8 de aço e adaptada às faces vestibulares do 53 e 55. Inicialmente foi realizada a adequação do meio oral -por meio da profilaxia-, condicionamento ácido dos elementos 53 e 55, lavagem do local, secagem, colocação do adesivo e fotopolimerização; após esta etapa, foi aplicada a resina composta em ambos os dentes e o posicionamento da alça, seguida da foto ativação e acabamento da resina. Depois da instalação do aparelho, o paciente foi anestesiado e a exodontia do elemento comprometido foi realizada. Evitando, desse modo, a movimentação indesejada dos dentes adjacentes até que o 55 erupcione completamente e que a banda alça tradicional possa ser instalada propriamente. Percebe-se, então, a importância de utilizar mantenedores de espaço imediatos na perda precoce de dentes decíduos, evitando quaisquer complicações e possibilitando o estabelecimento da oclusão ideal. 

Palavras-chave: Odontopediatria; Ortodontia; Mantenedores de Espaço em Ortodontia. 

416264- FOTOBIOMODULAÇÃO PARA ALÍVIO DE INCÔMODO DO PROCESSO IRRUPTIVO DENTÁRIO E CICATRIZAÇÃO PÓS-CIRÚRGICA EM BEBÊ Samara Alves Freitas, Letícia Fernandes Raiacovitch, Aline Costa Flexa Ribeiro Proença, Samuel de Carvalho Chaves Junior, Ivam Freire da Silva Júnior

As inovações no campo da odontologia vêm crescendo, com a incorporação de métodos menos invasivos, visando reduzir os riscos de complicações e minimizar dores e desconfortos, trazendo mais qualidade de vida aos pacientes. Nesse sentido, a Laserterapia de Baixa Potência (LBP) surge na prática odontológica como suporte, com um grande potencial de uso e tem se difundido em todas as especialidades. A LBP tem se apresentado como excelente opção de tratamento, com efeitos benéficos aos tecidos irradiados, como ativação da microcirculação e efeitos anti-inflamatórios e analgésicos, estimulando o crescimento e regeneração celular. Desse modo, o presente trabalho constitui-se de um relato de caso clínico com o objetivo de avaliar e descrever os benefícios advindos do uso da LBP para alívio de incômodo do processo irruptivo dentário e cicatrização pós operatória em um bebê. Paciente com 32 dias de vida apresentava grande irritabilidade em razão da fase pré-irruptiva dentária (região 71 e 81), observou-se que, logo após a primeira aplicação de LPB (luz infravermelha – 2 Joules), a sensação dolorosa foi minimizada, fazendo com que o bebê voltasse a ter qualidade de sono, com mamadas regulares, e consequente ganho de peso. Houve retorno 10 dias após, 30 dias, 60 dias e 90 dias e em todos os retornos foi realizada luz infravermelha (0,5 joule). No 6º mês de vida, o bebê retornou para frenotomia, o qual também foi utilizada a LBP no pós operatório (luz vermelha e infravermelha – 1 joule), com o objetivo de auxiliar na reparação tecidual e controle de dor. Conclui-se que a LBP mostrou eficaz no caso em questão, pois minimizou a sensação dolorosa do paciente nas fases pré-irruptiva e irruptiva dos primeiros dentes, bem como, analgesia e cicatrização pós procedimento cirúrgico de frenotomia lingual, podendo ser indicado para casos semelhantes. 

Palavras-chave: Analgesia; Terapia a laser; Odontopediatria, Erupção dentária.

416154- RECURSOS REABILITADORES PROTÉTICOS EM ODONTOPEDIATRIA: UMA ALTERNATIVA VIAVEL PARA CÁRIE NA PRIMEIRA INFÂNCIA Marlene Ribeiro de Oliveira, Gabriella Vieira Carneiro, Jorge Sá Elias Nogueira, Samuel de Carvalho Chaves Júnior, Ivam Freire da Silva Júnior

Cárie na Primeira Infância (CPI) é a presença de uma ou mais superfícies cariadas em qualquer dente decíduo de crianças menores de seis anos de idade. A CPI pode evoluir rapidamente para extensa destruição coronária, envolvimento pulpar, podendo levar a perda precoce dos dentes decíduos, gerando impactos na função, estética e qualidade de vida da criança levando a necessidade de abordagens terapêuticas e reabilitadoras. O objetivo deste trabalho é apresentar as diferentes abordagens reabilitadoras utilizadas em duas crianças acometidas por CPI. No primeiro caso clínico, para uma criança de quatro anos de idade com perda precoce de molares decíduos levando à perda de espaço foi planejada prótese parcial removível com mola para a reabilitação funcional e recuperação do espaço. Para o outro caso, criança com cinco anos de idade, com extensa destruição coronária e envolvimento pulpar de todos os molares decíduos inferiores e perda precoce de um dos primeiros molares decíduos, foi indicado reabilitação com coroas de aço pré fabricadas e mantenedor coroa-alça devido a perda precoce do primeiro molar decíduo. Ambos os casos seguem em acompanhamento do tratamento reabilitador e para manutenção da saúde bucal. Os dois casos relatados neste estudo necessitaram de modalidades diferentes de reabilitação protética e modificações nas técnicas. No acompanhamento dos casos constatou-se através dos relatos que os dispositivos protéticos foram bem aceitos pelos pacientes e suas famílias e que houve colaboração com o tratamento. 

Palavras-chave: Reabilitação Bucal; Cárie Dentária; Prótese Dentária; Odontopediatria; Dente Decíduo.

416153- REABILITAÇÃO PROTÉTICA INFANTIL UTILIZANDO ARCO MODIFICADO DE NANCE Maitê Rodrigues Alves, Maria Josiely Albuquerque, Suelly Maria Mendes Ribeiro

A dentição decídua é de suma importância para o correto funcionamento do sistema  estomatognático, desenvolvimento dos maxilares, fonação, mastigação e assim evitando o desenvolvimento de hábitos parafuncionais. Assim, os problemas gerados pela perda precoce de dentes decíduos varia de acordo com as características da própria arcada dentária e a pré-existência de hábitos ou anomalias de musculatura bucal. Em virtude disso, o uso de próteses parciais produzidas em arco modificado de nance, são usados como mantenedores de espaço, e se faz de suma importância na odontopediatria. No relato; paciente sexo masculino, 4 anos, apareceu na clínica odontológica do Cesupa com perda precoce dos dentes 51 e 52 por trauma. Por esse motivo recomendou-se como tratamento a reabilitação protética com arco modificado de nance. Foi realizado moldagem e vazamento do gesso para se obter o modelo de gesso dos arcos superiores, com a obtenção do modelo de gesso, preparou-se a adaptação das bandas nos segundos molares superiores decíduos e sua cimentação com ionômero de vidro, ademais utilizou se fio de aço ortodôntico 0,80 e alicate 139 para fazer o formato do arco, usando o modelo de gesso como guia, com o Arco concluído o fio foi fixado nas bandas com ajuda de cera utilidade e uma parte coberta com gesso para que, assim, a soldagem com solda de prata fosse realizada no arco. Após a soldagem do arco, passou-se para a próxima etapa a preparação dos dentes para ser fixado no arco, os dentes foram fixados em resina com o uso de espátula suprafill, seguindo as etapas do sistema adesivo, assim em seguida, efetuou-se a fotopolimerização dos dentes. Após a finalização foi testado na boca do paciente e feito o ajuste da oclusão. A intervenção odontológica com o uso do mantenedor de espaço logo quando ocorre a perda precoce de um dente decíduo, faz com que o espaço necessário para que a erupção do permanente seja mantida trazendo qualidade na oclusão e na vida do paciente. 

Palavras-chave: Reabilitação Bucal; Perda de Dente; Dente Decíduo; Ortodontia Preventiva. 

416046- FRENECTOMIA LINGUAL EM CRIANÇA NA IDADE ESCOLAR: RELATO DE CASO Tatiana Helen Vaconcelos Costa, Flávia Portilho Viana, Jorge Sá Elias Nogueira, Suelly Maria Mendes Ribeiro, Ivam Freire da Silva Júnior

A frenectomia lingual é um procedimento cirúrgico que consiste na excisão completa do freio lingual, a faixa de tecido que conecta a língua ao assoalho da boca. Essa intervenção é realizada quando o freio lingual é curto ou espesso, limitando os movimentos da língua e causando dificuldades na fala, alimentação ou outras funções orais. Dito isso, o objetivo do presente trabalho é relatar um caso de frenectomia lingual em uma criança na idade escolar, desde o diagnóstico até o controle pós-operatório. Paciente W.L.S, sexo masculino, 11 anos e 03 meses, através da anamnese e um exame clínico minuncioso foi diagnosticado com baixa inserção do freio lingual, causando alterações na sua fala, assim, a frenectomia é a técnica cirúrgica indicada. Foi utilizado como anestésico local a lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000, sendo necessário bloqueio do nervo lingual. Procedeu-se com a fixação da língua com fio de sutura, depois com um bisturi e lâmina 15c para a incisão e a tesoura de Goldman Fox para divulsão, visando a liberação do freio lingual. Por fim, foi realizado pontos simples com fio de nylon 4-0 para promover a cicatrização. O pós-cirúrgico incluiu a prescrição medicamentosa, orientação para acompanhamento com o fonoaudiólogo e uma sessão de laserterapia, com o objetivo de contruibuir para o alívio da dor e acelerar o processo de cicatrização, assim, otimizando a recuperação do paciente. O acompanhamento pós- cirúrgico foi favorável, o paciente mostrou melhora na fala e nas funções orais. Portanto, conclui se que o tratamento foi realizado de forma criteriosa e cuidadosa, obtendo êxito, viabilizando os movimentos tridimensionais da língua e uma melhora na fala do paciente. Então, o sucesso cirúrgico depende desde o diagnóstico, técnica cirúrgica e um pós-operátorio correto, refroçando, assim, a necessidade de uma abordagem individualizada, para otimizar a eficácia e a segurança da frenectomia em crianças, devolvendo sáude e função. 

Palavras-chave: Odontopediatria; Freio Lingual; Saúde Bucal. 

415450- O IMPACTO DA AMAMENTAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DA DENTIÇÃO DECÍDUA É O SISTEMA ESTOMATOGNATICO DO BEBÊ Jalyne Batista de Oliveira, Mayara Oliveira de jesus, Maria Cristina Rolla Vilas Boas

O aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida é fundamental para o desenvolvimento saudável do bebê. A sucção durante a amamentação natural promove o alinhamento da língua e lábios, auxiliando na deglutição e respiração, prevenindo más oclusões. O leite materno oferece nutrientes essenciais, como proteínas, gorduras e carboidratos, protegendo contra doenças alérgicas e digestivas. Além disso, o ato de sucção estimula o desenvolvimento muscular e ósseo, favorecendo o crescimento facial harmonioso e evitando problemas ortodônticos futuros. Com isso o objetivo desse trabalho e demonstrar a importância da amamentação natural para o desenvolvimento do sistema estomatognático infantil. A pesquisa bibliográfica foi realizada nas bases de dados Bvs, Google Acadêmico, SciElo incluindo apenas revisões sistemáticas e ensaio clinico randomizado no período de 2014 a 2024, utilizando-se como descritores: Aleitamento materno, Sistema Estomatognático, desenvolvimento Craniofacial. Foram selecionados 04 artigos de revisão sistemática onde os todos os autores concordam que o aleitamento materno desempenha um papel fundamental no desenvolvimento funcional e anatômico do sistema estomatognático e ainda ressaltam alguns benefícios como desenvolvimento da musculatura orofacial, posicionamento adequado da língua, diminuição de maloclusões e o papel do cirurgião dentista quanto à orientação quanto o impacto do aleitamento materno exclusivo nos primeiro seis meses do bebê além dos riscos associados ao uso de chupetas ou mamadeira para o desenvolvimento orofacial. Concluímos que o aleitamento materno exerce uma influência decisiva no desenvolvimento saudável do sistema estomatognático infantil além de contribui para o amadurecimento das funções orofaciais, fortalecendo a musculatura, favorecendo o desenvolvimento adequado da dentição e prevenindo problemas como a respiração bucal, deglutição atípica e maloclusões. 

Palavras-chave: Aleitamento Materno; Sistema Estomatognático; Desenvolvimento Maxilofacial.  

414248- A IMPORTÂNCIA DO ODONTOPEDIATRA NO AMBIENTE HOSPITALAR: DESAFIOS E CUIDADOS PARA CRIANÇAS HOSPITALIZADAS. Jakson Antonio Ipiranga Machado, Alex Kayky Soares Pereira, Diana Ferreira Leite, Renan Matheus Farias dos Santos, Antonia Roberta Mitre Sampaio

Injúrias são frequentemente relatadas na mucosa oral. Um exemplo seria a úlceração, que consiste em um rompimento do epitélio oral, expondo as terminações nervosas na lâmina própria subjacente. É comum a presença de dor, que afetada a qualidade de vida dos pacientes. O tratamento mais convencional para as úlceras envolve o uso dos corticosteroides. Entretanto, os lasers de baixa potência tem sido estudados como um tratamento que oferece conforto ao paciente, além de apresentar bons resultados em relação a analgesia e reparo tecidual. Dito isso, o presente relato de caso tem como objetivo descrever o manejo de uma ulceração traumática em um paciente infantil utilizando a terapia com laser de baixa intensidade. Paciente J.L.M.A, sexo masculino, 1 ano e 9 meses, recebeu atendimento odontológico de urgência, e no exame clínico foi observada lesão traumática com laceração em região interna do lábio inferior após queda. Apresentava-se febril, irritado, com dificuldade para se alimentar e dormir. Após 9 dias do tratamento (Ibuprofeno e Trioncinolona Acetonida) não houve melhora do caso. Então, foram encaminhados para a especialização em odontopediatria do Instituto Orofacial das Américas – Belém (IOA Belém) onde foi proposto a utilização da terapia de laser de baixa potência, com duas sessões de fotobiomodulação e uma de fotodinâmica antimicrobiana (aPDT), associada ao uso de triancinolona acetonida, pois o paciente apresentava o hábito de morder a região da lesão. O paciente apresentou significativa melhora, foi observada regressão da lesão, diminuição da dor, voltou a se alimentar e a dormir bem. Então, conclui-se que a terapia a laser foi uma excelente alternativa de tratamento, tendo em vista que trata-se de um instrumento de baixa complexidade de manuseio e boa aceitação pelos pacientes pediátrico, onde o tratamento estipulado trouxe os benefícios necessários para a devolução da qualidade de vida do paciente, reduzindo dores e acelerando o reparo tecidual. 

Palavras-chave: Odontopediatria; Úlceras Orais; Terapia a laser. 

414248- A IMPORTÂNCIA DO ODONTOPEDIATRA NO AMBIENTE HOSPITALAR: DESAFIOS E CUIDADOS PARA CRIANÇAS HOSPITALIZADAS. Jakson Antonio Ipiranga Machado, Alex Kayky Soares Pereira, Diana Ferreira Leite, Renan Matheus Farias dos Santos, Antonia Roberta Mitre Sampaio

A atuação do odontopediatra na equipe multidisciplinar hospitalar vai além de inspeções periódicas da cavidade oral de crianças internadas, sua presença é crucial para prevenir doenças oportunistas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Este estudo tem como objetivo revisar a literatura sobre a importância e os impactos do tema na contemporaneidade. Foi realizada uma busca nas bases de dados BVS e PubMed, utilizando os descritores “Saúde Bucal”, “Equipe Hospitalar de Odontologia” e “Odontopediatria”. Após aplicar critérios de inclusão e exclusão, foram encontrados cinco estudos com relevante potencial para este trabalho. Após análise, pode-se inferir que a presença de um odontopediatra em UTI´s é crucial para prevenir e tratar doenças, como cárie e outras lesões orais, que podem se agravar durante a hospitalização, e sua atuação também contribui para reduzir infecções sistêmicas, como Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAV). A pesquisa destacou a necessidade de um melhor treinamento da equipe multidisciplinar para higiene bucal e educação em saúde bucal para as crianças e seus responsáveis. Concomitante a isso, a presença do odontopediatra na equipe multidisciplinar é essencial para diagnóstico precoce de patologias e para proporcionar conforto e ludicidade aos pacientes. Conclui-se que a presença do odontopediatra em UTI´s pediátricas é essencial, pois sua expertise auxilia na observação e prevenção de agravos. No entanto, faz-se necessário também um melhor preparo da equipe multidisciplinar para garantir uma atenção adequada à higiene bucal, proporcionando conforto aos pacientes, promovendo um cuidado mais eficaz e integrado, com o objetivo de melhorar a estadia da criança e de seus responsáveis nas UTI´s. 

Palavras-chave: Saúde Bucal; Odontopediatria; Equipe Hospitalar de Odontologia. 

416891- DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA: UMA REVISÃO DE LITERATURA APLICADA À CLÍNICA ODONTOPEDIÁTRICA ANNE CAROLLINE VILAS BÔAS SOUZA, SAMUEL CARVALHO CHAVES JUNIOR

A doença mão-pé-boca (DMPB) é uma enfermidade infecto-contagiosa comum em crianças e relevante ao contexto odontopediátrico devido a estomatite desenvolvida. Esta revisão visa compilar aspectos etiológicos, epidemiológicos, sintomatologia, diagnóstico, tratamento e prevenção envolvidos nesta condição. Uma busca foi realizada nas bases de dados PubMed e Periódicos Capes com as palavras-chaves “Hand, Foot and Mouth Disease”, “stomatitis” e o operador booleano AND, o recorte temporal adotado foi de 10 anos, excluindo trabalhos que não apresentassem as palavras pesquisadas em seu título, e desta forma, 4 trabalhos foram selecionados. A transmissão viral é diversa e a característica principal são vesículas eritematosas na mão, pé e boca. Manifesta-se em surtos durante a primavera e verão e é possível evidenciar predileção pelo sexo masculino. O diagnóstico é clínico e a cultura do vírus é indicada em casos severos da doença. Alterações na mucosa como estomatite aftosa, gengivoestomatite herpética, varicela, eritema multiforme e herpes zoster possuem alguma similaridade com a sintomatologia da DMPB. Por ser autolimitada e com bom prognóstico, seu tratamento é sintomático e preventivo. A possibilidade de ser o primeiro profissional em contato com a criança infectada torna o odontopediatra vetor importante da propagação do conhecimento sobre a doença e da utilização das melhores técnicas para o manejo adequado. 

Palavras-chave: Doença das Mãos, Pés e Boca; Doença Mão-Pé-Boca; Doença Mão Pé e Boca. 

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